Copel (CPLE6) em promoção dois por um: Itaú BBA eleva preço-alvo e destaca dividendos e gatilhos para valorização das ações
Analistas ajustaram a avaliação da Copel para incorporar novas metas para 2025 e atualizar os preços de energia
Que tal uma valorização em dobro — no preço e nos dividendos — pelo valor de uma ação da Copel (CPLE6)?
A promoção é brincadeira, mas a análise é verdadeira e consta no relatório desta quinta-feira (29) do Itaú BBA, onde os analistas do banco afirmam que revisaram as estimativas para a empresa de energia.
Filipe Andrade afirma que, apesar do recente desempenho superior das ações CPLE6, ainda há espaço para uma relação risco-retorno atraente, com possibilidade de valorização no preço e ganhos com dividendos.
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Desde o início do ano até o fechamento anterior (28), as ações da Copel registraram uma alta de 37,60%, saindo de R$ 9,09 para R$ 12,59.
Entretanto, o BBA espera mais 8% de valorização, após aumentar o preço-alvo ao fim de 2025 para R$ 13,60.
Nesta quinta-feira (29), as ações da Copel sobem na bolsa, com alta de 1,83% por volta das 12h15 (horário de Brasília), a R$ 12,80.
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“Em nossa visão, a empresa combina a melhor perspectiva para investidores dispostos a receber dividendos substanciais, ao mesmo tempo em que possui gatilhos que podem liberar mais valor para os acionistas”, diz Andrade, em relatório.
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Dividendos da Copel
No início deste mês de maio, a Copel anunciou sua nova política de dividendos.
De acordo com o BBA, as novas regras permitem que a empresa “pague altos dividendos recorrentes, otimizando sua estrutura de capital e mantendo a alavancagem em níveis sustentáveis”.
O analista escreve que espera o pagamento de dividendos extraordinários pela Copel ainda em 2025, além de uma consistência nos próximos anos de um rendimento com dividendos (dividend yield) “de pelo menos um dígito alto”.
Para 2025, o dividend yield da Copel está estimado em 9,1% pelo Itaú BBA, somando um volume de distribuição de R$ 3,42 bilhões.
Para 2026, o valor sobe para R$ 4,39 bilhões, equivalente a 11,7% de dividend yield.

Copel migra para o Novo Mercado
Os catalisadores para as ações no curto prazo, segundo o relatório, são a possível migração para o Novo Mercado e o próximo leilão de capacidade de reserva.
“A migração da Copel para o Novo Mercado deve voltar ao radar dos investidores, e acreditamos que as discussões possam avançar no segundo semestre do ano”, diz o relatório.
Andrade espera um aumento na liquidez das negociações das ações da Copel em decorrência da troca de ações no processo de migração.
Atualmente, o Estado do Paraná detém 15,9% do capital total da Copel, com maior exposição à classe de ações ordinárias do que à classe de ações preferenciais (27,6% da CPLE3 e 6,9% da CPLE6).
Enquanto isso, a BNDES Participações detém 22% do capital total da Copel, com maior exposição à classe de ações preferenciais do que à classe de ações ordinárias (10,1% da CPLE3 e 31,2% da CPLE6).
Segundo o relatório, quanto maior a relação de troca de ações entre ONs e PNs durante a migração para o Novo Mercado, maior será a participação da BNDESPar na Copel. Por outro lado, quanto menor a relação de troca de ações, maior será a participação do Estado do Paraná na Copel.
O BBA avalia que uma relação de troca de 1,0 a 1,1 ação CPLE3 para cada ação CPLE6 seria o resultado mais provável. Caso isso ocorra, o volume médio diário de negociação (ADTV) pode aumentar em até cerca de 30%, passando de R$ 235 milhões para R$ 299 milhões, na análise de Andrade.
Novos preços de energia
Há também a questão da recuperação nos preços de energia, que entrou na avaliação para o novo preço-alvo. O BBA avalia que a nova curva de preços Dcide indica um aumento significativo de receita para a Copel.
“A Copel possui um volume considerável de energia não contratada a ser vendida nos próximos anos, mas conseguiu assinar novos contratos nos últimos trimestres, capturando spreads atrativos sobre os preços Dcide.
Os analistas do BBA estabeleceram R$ 160/MWh como preço de energia de longo prazo, em comparação com a premissa anterior de R$ 150/MWh.
“Vemos muito mais risco de alta do que de redução para o preço de energia de longo prazo, pois acreditamos que ele deve convergir para um custo marginal de expansão mais alto, dados os riscos crescentes associados às energias renováveis”, disseram.
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