Com aval do Cade, WeWork assina o divórcio com o Softbank e encerra oficialmente a parceria com o gigante japonês no Brasil
A empresa de escritórios oficializou a saída do gigante japonês de investimentos, que vendeu sua participação de 49,9% na operação local em janeiro
Após pouco mais de um mês desde o anúncio da “separação”, a WeWork no Brasil assinou, enfim, os papéis de divórcio da sociedade com o Softbank.
Com o sinal verde do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), a empresa oficializou nesta segunda-feira (24) a saída do gigante japonês de investimentos, que vendeu sua participação de 49,9% na operação local em janeiro.
- LEIA TAMBÉM: Fernando Haddad confirmado na CEO Conference 2025 – o que esperar do evento organizado pelo BTG Pactual?
Com isso, a multinacional WeWork Inc. volta a deter 100% de suas operações no país.
“A reintegração da WeWork Brasil em nossa estrutura global é um passo importante para consolidar nossa posição no País e reflete nosso compromisso em firmar a bandeira da marca nesta importante região do mercado latino-americano”, disse John Santora, CEO da WeWork.
Segundo Santora, a integração das operações brasileiras abrirá novas oportunidades em uma “região de foco chave” para a empresa.
A situação financeira da WeWork no Brasil
Assim como lá fora, a WeWork compartilhados passou por uma crise detonada pela pandemia, quando boa parte de seus clientes migrou para o expediente em home office.
Leia Também
Além disso, a companhia de escritórios entrou em declínio pela dificuldade de consolidar o seu modelo de negócios de escritórios compartilhados.
A empresa aluga andares inteiros em prédios corporativos em contratos que geralmente duram 5 a 15 anos e têm cláusulas rígidas de rescisão.
Já o seu negócio consiste na sublocação dos espaços em contratos flexíveis.
Isso criou problemas de fluxo de caixa, e levou a empresa a atrasar pagamentos de aluguéis e ser alvo de ações de despejo, chegando a fechar cerca de cinco pontos comerciais.
Paralelamente, o Softbank criou uma joint venture com a WeWork na América Latina em 2021, usando seu fundo de US$ 5 bilhões para a região e a experiência de ter trabalhado com a empresa de locação de escritórios nos Estados Unidos. Na época, o banco era dono de 71% da operação.
Em meados de 2024, de acordo com fontes, os dois sócios fizeram um acordo e a WeWork passou a ser dona da operação na região, mas o grupo japonês permaneceu sócio da divisão brasileira, com 49,9%.
Em janeiro, a WeWork fez um acordo para também ficar com essa fatia. Assim, os japoneses saíram de vez da sociedade.
Entre uma tentativa frustrada de IPO e a recuperação judicial
Nos Estados Unidos, o Softbank é investidor antigo da WeWork, onde aplicou mais de US$ 10 bilhões, em uma parceria conturbada — que inclusive rendeu uma série batizada de "WeCrashed".
Os japoneses amargaram prejuízos e tentaram, sem sucesso, abrir o capital do grupo em Nova York, em meio a uma briga com o fundador, o polêmico Adam Neumann, que foi afastado e viu seu empreendimento entrar em recuperação judicial nos EUA, com uma dívida de US$ 12 bilhões.
No auge, a empresa de escritórios chegou a valer quase US$ 50 bilhões, mas depois de sair da recuperação judicial, em meados do ano passado, era avaliada em US$ 665 milhões.
Para a reestruturação no Brasil, a WeWork contratou a Alvarez & Marsal, mesma consultoria financeira que deu apoio à reestruturação lá fora, e o escritório Galdino Advogados, especialista em direito empresarial e litígio.
Atualmente, a WeWork opera 28 locais no Brasil, incluindo São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, e está focada em manter operações financeiramente sustentáveis.
*Com informações do Estadão Conteúdo.
BRB ganha novo presidente: Banco Central aprova Nelson Souza para o cargo; ações chegam a subir mais de 7%
O então presidente do banco, Paulo Henrique Costa, foi afastado pela Justiça Federal em meio a investigações da Operação Compliance Zero
Raízen (RAIZ4) perde grau de investimento e é rebaixada para Ba1 pela Moody’s — e mais cortes podem vir por aí
A agência de classificação de risco avaliou que o atual nível da dívida da Raízen impõe restrições significativas ao negócio e compromete a geração de caixa
Dividendos robustos e corte de custos: o futuro da Allos (ALOS3) na visão do BTG Pactual
Em relatório, o banco destacou que a companhia tem adotado cautela ao considerar novos investimentos, na busca por manter a alavancagem sob controle
Mercado torce o nariz para Casas Bahia (BHIA3): ações derretem mais de 20% com aumento de capital e reperfilamento de dívidas
Apesar da forte queda das ações – que aconteceu com os investidores de olho em uma diluição das posições –, os analistas consideraram os anúncios positivos
Oncoclínicas (ONCO3): grupo de acionistas quer destituir conselho; entenda
O pedido foi apresentado por três fundos geridos pela Latache — Latache IV, Nova Almeida e Latache MHF I — que, juntos, representam cerca de 14,6% do capital social da companhia
Por que o Itaú BBA acredita que a JBS (JBSS32) ainda pode mais? Banco elevou o preço-alvo e vê alta de 36% mesmo com incertezas no horizonte
Para os analistas Gustavo Troyano, Bruno Tomazetto e Ryu Matsuyama, a tese de investimento permanece praticamente inalterada e o processo de listagem nos EUA segue como um potencial catalisador
Black Friday 99Pay e PicPay: R$ 70 milhões em recompensas, até 250% do CDI e descontos de até 60%; veja quem entrega mais vantagens ao consumidor
Apps oferecem recompensas, viagens com cashback, cupons de até R$ 8 mil e descontos de 60% na temporada de descontos
Uma pechincha na bolsa? Bradesco BBI reitera compra de small cap e calcula ganho de 167%
O banco reiterou recomendação de compra para a companhia, que atua no segmento de logística, e definiu preço-alvo de R$ 15,00
Embraer (EMBJ3) recebe R$ 1 bilhão do BNDES para aumentar exportações de jatos comerciais
Financiamento fortalece a expansão da fabricante, que prevê aumento nas entregas e vive fase de demanda recorde
Raízen (RAIZ4): membros do conselho renunciam no meio do mandato; vagas serão ocupadas por indicados de Shell e Cosan
Um dos membros já havia deixado cargo de diretor vice-presidente financeiro e de relações com investidores da Cosan
A hora da Localiza (RENT3) chegou? O que levou mais esse banco a retomar o otimismo com as ações
Depois de o Itaú BBA ter melhorado projeções para a locadora de veículos, agora é a vez de o BTG Pactual reavaliar o desempenho da companhia
Executivos da empresa que Master usou para captar R$ 12,2 bilhões do BRB também foram sócios em fintech suspensa do Pix após ataque hacker, diz PF
Nenhum dos dois executivos da Tirreno, empresa de fachada usada pelo Master, estavam na Nuoro quanto esta foi suspeita de receber dinheiro desviado de golpe bilionário do Pix
Americanas (AMER3) aceita nova proposta da BandUP! para a venda da Uni.Co, dona da Imaginarium e Pucket; entenda o que falta para a operação sair do papel
A nova oferta conta com os mesmos termos e condições da proposta inicial, porém foi incluído uma provisão para refletir novas condições do edital de processo competitivo
Vale tudo pelos dividendos da Petrobras (PETR4)? O que esperar do plano estratégico em ano de eleição e petróleo em queda
A estatal está programada para apresentar nesta quinta-feira (27) o novo plano de negócios para os próximos cinco anos; o Seu Dinheiro foi atrás de pistas para contar para você o que deve ser divulgado ao mercado
Lula mira expansão da Petrobras (PETR4) e sugere perfuração de gás em Moçambique
O presidente afirmou que o país africano tem muito gás natural, mas não tem expertise para a extração — algo que a Petrobras pode oferecer
Mais um adeus à B3: Controladora da Neoenergia (NEOE3) lança OPA para comprar ações e retirar empresa da bolsa
A espanhola Iberdrola Energia ofereceu um prêmio de 8% para o preço dos papéis da Neoenergia; confira o que acontece agora
Banco Master: Light (LIGT3) e Gafisa (GFSA3) dizem não ter exposição ao banco, após questionamentos da CVM
A Light — em recuperação judicial — afirmou que não mantém qualquer relação comercial, operação financeira ou aplicação ligada ao Banco Master ou a instituições associadas ao conglomerado.
Hapvida (HAPV3) revive pesadelo do passado… só que pior: além do balanço, o que realmente está por trás da queda de 42% em um dia?
Não é a primeira vez que as ações da Hapvida são dilaceradas na bolsa logo após um balanço. Mas agora o penhasco foi maior — e tem muito mais nisso do que “só” os números do terceiro trimestre
Sem esclarecer irregularidades, Banco Master diz não ser responsável por R$ 12,2 bilhões repassados ao BRB
Segundo o Master, a empresa que deu origem ao crédito foi a responsável pela operação e pelo fornecimento da documentação com irregularidades
Após privatização e forte alta, Axia Energia (AXIA3), Ex-Eletrobras, ainda tem espaço para avançar, diz Safra
O banco Safra reforçou a recomendação outperform (equivalente a compra) para a Axia Energia após atualizar seus modelos com os resultados recentes, a nova política de dividendos e premissas revisadas para preços de energia. O banco fixou preço-alvo de R$ 71,40 para AXIA3 e R$ 77,60 para AXIA6, o que indica retorno potencial de 17% […]