Casas Bahia (BHIA3) corta dívida em R$ 1,6 bi e reduz alavancagem pela metade com acordo — ações chegam a subir 20%
Acordo com credores tem o objetivo de melhorar sua saúde financeira, reduzir o endividamento e aumentar a flexibilidade para investimentos
A Casas Bahia (BHIA3) anunciou na noite da última quinta-feira (5) um acordo que muda o jogo para a empresa: a varejista conseguiu chegar a um entendimento com os credores para converter parte relevante da sua dívida em ações.
Assim, a dívida bruta da empresa cai R$ 1,6 bilhão. A alavancagem será cortada pela metade: de 1,6 vez a relação dívida líquida sobre Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) para 0,8 vez.
Esse indicador mostra em quanto tempo uma empresa é capaz de pagar suas obrigações, considerando os resultados atuais. Ou seja, quanto menor, melhor.
As ações chegaram a subir 26% ao longo do dia, mas perderam força ao longo do dia e terminaram o pregão com valorização de 2,99%, a R$ 4,14.
- VEJA TAMBÉM: Está no ar o programa “Onde Investir”, do Seu Dinheiro em parceria com a Empiricus; confira mais de 20 recomendações de investimentos
O acordo da Casas Bahia com os credores
De acordo com comunicado, a companhia vai converter em ações toda a série 2 de sua 10ª emissão de debêntures, que chega a R$ 1,56 bilhão.
Bradesco e Banco do Brasil, detentores desses papéis, vão vender para outro player financeiro não revelado. A conversão é realizada pela média de preço de 90 dias, com 20% de desconto.
Leia Também
A companhia também informou, para fins de referência, que se toda essa dívida fosse transformada em ações hoje, seria necessária a emissão de 328 milhões de ações. Isso significa que a maior parte da empresa deixaria de pertencer aos acionistas atuais e passaria para os credores, que iriam deter mais de 77% da companhia.
Em outras palavras, haveria uma diluição relevante da participação de quem já era sócio.
No entanto, o novo detentor das debêntures se comprometeu com um lockup gradativo de 16 meses, com a possibilidade de vender até 10% da posição no primeiro trimestre, mais 15% no segundo e assim por diante.
Basicamente, isso evita que seja despejada uma enxurrada de ações no mercado — o que poderia derrubar violentamente o preço —, mas não impede a diluição.
A Casas Bahia também conseguiu melhorar os prazos da série 1 das debêntures, que soma R$ 1,6 bilhão na negociação.
A companhia adiou o pagamento do primeiro juro de novembro de 2026 para novembro de 2027 e estendeu o cronograma de amortização da dívida, postergando o início da quitação do valor principal para o mesmo ano.
Com o chamado reperfilamento, a varejista alivia a pressão sobre o caixa no curto prazo, ganhando fôlego financeiro para investir na operação enquanto avança na conversão da Série 2 das debêntures em ações.
Para contexto: em julho de 2024, a Casas Bahia fez uma captação de recursos por meio da 10ª emissão de debêntures. Essa emissão foi dividida em três séries:
- 1ª e 3ª séries: são debêntures simples com garantia real, que não podem ser convertidas em ações. Os investidores recebem juros, mas não viram sócios da empresa.
- 2ª série: é uma debênture conversível, ou seja, pode ser trocada por ações da empresa no futuro, caso o investidor queira.
Nubank (ROXO34) pode estar ajudando a ‘drenar’ os clientes de Tim (TIMS3) e Vivo (VIVT3); entenda
Segundo a XP, o avanço da Nucel pode estar acelerando a migração de clientes para a Claro e pressionando rivais como Tim e Vivo, o que sinaliza uma mudança mais rápida na dinâmica competitiva do setor
Bradespar (BRAP4) distribui quase R$ 600 milhões em dividendos e JCP; pagamento será feito em duas etapas
Do total anunciado, R$ 330 milhões correspondem aos dividendos e R$ 257 milhões aos juros sobre capital próprio (JCP); Localiza também detalha distribuição de proventos
Falta de luz em SP: Prejuízo a bares, hotéis e restaurantes pode chegar a R$ 100 milhões
Estimativa da Fhoresp é que 5 mil estabelecimentos foram atingidos pelo apagão
Isa Energia (ISAE4) recebe upgrade duplo do JP Morgan depois de comer poeira na bolsa em 2025
Após ficar atrás dos pares em 2025, a elétrica recebeu um upgrade duplo de recomendação. Por que o banco vê potencial de valorização e quais os catalisadores?
Não colou: por que a Justiça barrou a tentativa do Assaí (ASAI3) de se blindar de dívidas antigas do Pão de Açúcar
O GPA informou, nesta segunda (15), que o pedido do Assaí por blindagem contra passivos tributários anteriores à cisão das duas empresas foi negado pela Justiça
Braskem (BRKM5) com novo controlador: IG4 fecha acordo com bancos e tira Novonor do comando
Gestora fecha acordo com bancos credores, avança sobre ações da Novonor e pode assumir o controle da petroquímica
São Paulo às escuras: quando a Enel assumiu o fornecimento de energia no estado? Veja o histórico da empresa
Somente no estado, a concessionária atende 24 municípios da região metropolitana, sendo responsável por cerca de 70% da energia distribuída
Concessão da Enel em risco: MP pede suspensão da renovação, e empresa promete normalizar fornecimento até o fim do dia
O MPTCU defende a divisão da concessão da Enel em partes menores, o que também foi recomendado pelo governador de São Paulo
Cemig (CMIG4) promete investir cifra bilionária nos próximos anos, mas não anima analistas
Os analistas do Safra cortaram o preço-alvo das ações da empresa de R$ 13,20 para R$ 12,50, indicando um potencial de alta de 13% no próximo ano
Casas Bahia (BHIA3) avança em mudança de estrutura de capital e anuncia emissão de R$ 3,9 bilhões em debêntures
Segundo o documento, os recursos obtidos também serão destinados para reperfilamento do passivo de outras emissões de debêntures ou para reforço de caixa
Azul (AZUL4) avança no Chapter 11 com sinal verde da Justiça dos EUA, e CEO se pronuncia: ‘dívida está baixando 60%’
Com o plano aprovado, grande parte da dívida pré-existente será revertida em ações, permitindo que a empresa levante recursos
Bancos oferecem uma mãozinha para socorrer os Correios, mas proposta depende do sinal verde do Tesouro Nacional
As negociações ganharam fôlego após a entrada da Caixa Econômica Federal no rol de instituições dispostas a emprestar os recursos
Mais de R$ 9 bilhões em dividendos e JCP: Rede D’Or (RDOR3) e Engie (EGIE3) preparam distribuição de proventos turbinada
Os pagamentos estão programados para dezembro de 2025 e 2026, beneficiando quem tiver posição acionária até as datas de corte
BRK Ambiental: quem é a empresa que pode quebrar jejum de IPO após 4 anos sem ofertas de ações na bolsa brasileira
A BRK Ambiental entrou um pedido na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para realizar um IPO; o que esperar agora?
Os bastidores da nova fase da Riachuelo (GUAR3), segundo o CEO. Vale comprar as ações agora?
Em entrevista ao Money Times, André Farber apresenta os novos projetos de expansão da varejista, que inaugura loja-conceito em São Paulo
O rombo de R$ 4,3 bilhões que quase derrubou o império de Silvio Santos; entenda o caso
Do SBT à Tele Sena, o empresário construiu um dos maiores conglomerados do país, mas quase perdeu tudo no escândalo do Banco Panamericano
Citi corta recomendação para Auren (AURE3) e projeta alta nos preços de energia
Banco projeta maior volatilidade no setor elétrico e destaca dividendos como diferencial competitivo
De sucos naturais a patrocínio ao campeão da Fórmula 1: quem colocou R$ 10 mil na ação desta empresa hoje é milionário
A história da Monster Beverage, a empresa que começou vendendo sucos e se tornou uma potência mundial de energéticos, multiplicando fortunas pelo caminho
Oi (OIBR3) ganha mais fôlego para pagamentos, mas continua sob controle da Justiça, diz nova decisão
Esse é mais um capítulo envolvendo a Justiça, os grandes bancos credores e a empresa, que já está em sua segunda recuperação judicial
Larry Ellison, cofundador da Oracle, perdeu R$ 167 bilhões em um só dia: veja o que isso significa para as ações de empresas ligadas à IA
A perda vem da queda do valor da empresa de tecnologia que oferece softwares e infraestrutura de nuvem e da qual Ellison é o maior acionista
