Carrefour quer fatia restante do Atacadão (CRFB3) no Brasil e ações disparam com possível fechamento de capital
A rede brasileira de supermercados, que abriu capital em 2017, tem aproximadamente 70% de seus papéis nas mãos dos acionistas majoritários
De olho na operação brasileira do Carrefour, a controladora da rede de supermercados na França estuda fechar o capital do Atacadão (CRFB3) para abocanhar uma fatia restante.
Segundo fato relevante desta terça-feira (11), o Atacadão (Grupo Carrefour Brasil) informou que seu acionista controlador (o francês Carrefour S.A. em conjunto com o Carrefour dos Países Baixos), propôs transformar a rede brasileira em uma subsidiária integral.
Se isso acontecer, o Carrefour Brasil/Atacadão sairia do Novo Mercado da B3 e mudaria sua categoria na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) de “A” para “B”, deixando de emitir ações no mercado.
A informação foi divulgada pelo grupo em comunicado ao mercado após uma notícia publicada pela Bloomberg sobre um possível fechamento de capital da companhia
Os rumores movimentaram o setor de varejo, fazendo as ações do Carrefour Brasil dispararem. Os papéis, que chegaram a subir 17%, fecharam o dia com alta de 10,08%, cotados a R$ 7,10.
Já o Ibovespa subiu 0,76%, aos 126.521,66 pontos.
Leia Também
A operação francesa do Carrefour pretende comprar as ações do Atacadão que ainda não controla. A rede brasileira de supermercados, que abriu capital em 2017, tem aproximadamente 70% de seus papéis nas mãos dos acionistas majoritários.
Já a Península, da família do empresário já falecido Abilio Diniz, detém 7,3% do capital.
VEJA MAIS: BTG Pactual projeta um crescimento de 106% no lucro líquido de incorporadora; saiba qual
A proposta do grupo Carrefour
A proposta prevê a incorporação da totalidade das ações da companhia por uma sociedade brasileira integralmente controlada pelo Carrefour S.A., denominada “MergerSub”.
Com isso, os papéis dos atuais acionistas do Atacadão seriam substituídos por ações resgatáveis da MergerSub de classes A, B ou C, conforme a escolha dos acionistas durante um período de opção após a aprovação da operação. Posteriormente, todas as novas ações seriam resgatadas.
A relação de troca proposta pelo controlador para esse resgate ocorreria da seguinte forma:
- Cada ação resgatável Classe A será convertida em um pagamento de R$ 7,70 por ação, um valor 19% maior que o preço de fechamento de R$ 6,45 dos papéis CRFB3 na última segunda-feira (10);
- Cada ação resgatável Classe B dará ao acionista o direito de escolher entre receber 0,0454 ação do Carrefour S.A. listada na Bolsa de Paris (Euronext Paris) ou 0,0454 BDR do Carrefour S.A. na B3, além de um pagamento adicional de R$ 3,85 por ação;
- Cada ação resgatável Classe C permitirá a escolha entre 0,0909 ação do Carrefour S.A. negociada em Paris ou 0,0909 BDR do Carrefour S.A. negociado na B3.
Na visão do bloco controlador, a proposta oferece aos acionistas do Carrefour Brasil/Atacadão um prêmio de 32,4% em relação ao preço médio ponderado por volume (VWAP) das ações da companhia no mês anterior a 10 de fevereiro de 2025 e um prêmio de 27,3% sobre a relação de troca (o resultado da divisão entre o preço por ação do Atacadão e do Carrefour S.A.) assumindo o VWAP para o mesmo período e a taxa oficial de câmbio em 10 de fevereiro de 2025.
Em termos mais simples, o grupo francês propõe pagar um valor 32,4% maior do que o preço médio ponderado por volume da ação CRFB3 nos últimos 30 dias e um valor 27,3% maior que a relação entre as ações CRFB3 e as do Carrefour S.A. considerando também o preço médio ponderado por volume nos últimos 30 dias.
Ainda segundo o controlador, a operação fornece a todos os acionistas da Companhia a opção de migrar para o Carrefour S.A., ao mesmo tempo em que mantêm exposição indireta ao Carrefour Brasil; além de fornecer à administração do Atacadão "maior capacidade para focar exclusivamente nas operações principais e contribuir ainda mais para a estratégia do grupo de continuar a oferecer retorno superior aos acionistas", diz o comunicado.
Segundo o Carrefour Brasil, a operação seguirá os trâmites legais e ainda depende da aprovação dos órgãos competentes e dos acionistas da companhia.
O Grupo Carrefour Brasil reforçou que, neste momento, não há decisão final sobre o tema e que manterá o mercado informado sobre novos desdobramentos da proposta.
Pequenos negócios têm acesso a crédito verde com juros reduzidos; entenda como funciona
A plataforma Empreender Clima, lançada pelo Governo Federal durante a COP30, oferece acesso a financiamentos com juros que variam de 4,4% a 10,4% ao ano
Antes ‘dadas como mortas’, lojas físicas voltam a ser trunfo valioso no varejo — e não é só o Magazine Luiza (MGLU3) que aposta nisso
Com foco em experiência, integração com o digital e retorno sobre capital, o Magalu e outras varejistas vêm evoluindo o conceito e papel das lojas físicas para aumentar produtividade, fidelização e eficiência
Petrobras (PETR4): com novo ciclo de investimentos, dividendos devem viver montanha-russa, segundo Itaú BBA e XP
O novo ciclo de investimentos da Petrobras (PETR4) tende a reduzir a distribuição de proventos no curto prazo, mas cria as bases para dividendos mais robustos no médio prazo, disseram analistas. A principal variável de risco segue sendo o preço do petróleo, além de eventuais pressões de custos e riscos operacionais. Na visão do Itaú […]
Depois de despencarem quase 12% nesta terça, ações da Azul (AZUL4) buscam recuperação com otimismo do CEO
John Rodgerson garante fluxo de caixa positivo em 2026 e 2027, enquanto reestruturação reduz dívidas em US$ 2,6 bilhões
Ozempic genérico vem aí? STJ veta prorrogação de patente e caneta emagrecedora mais em conta deve chegar às farmácias em 2026
Decisão do STJ mantém vencimento da patente da semaglutida em março de 2026 e abre espaço para a chegada de versões genéricas mais baratas do Ozempic no Brasil
Por que tantas empresas estão pagando dividendos agora — e por que isso pode gerar uma conta alta para o investidor no futuro
A antecipação de dividendos tomou a B3 após o avanço da tributação a partir de 2026, mas essa festa de proventos pode esconder riscos para o investidor
Cosan (CSAN3) vende fatia da Rumo (RAIL3) e reforça caixa após prejuízo bilionário; ações caem forte na B3
A holding reduziu participação na Rumo para reforçar liquidez, mas segue acompanhando desempenho da companhia via derivativos
Raízen (RAIZ4) recebe mais uma baixa: S&P reduz nota de crédito para ‘BBB-‘, de olho na alavancagem
Os analistas da agência avaliam que a companhia enfrenta dificuldades para reduzir a alavancagem, em um cenário de dívida nominal considerável e queima de caixa
Fim da era Novonor na Braskem (BRKM5) abre oportunidade estratégica que a Petrobras (PETR4) tanto esperava
A saída da Novonor da Braskem abre espaço para a Petrobras ampliar poder na petroquímica. Confira o que diz a estatal e como ficam os acionistas minoritários no meio disso tudo
Fusão entre Petz (PETZ3) e Cobasi finalmente vai sair do papel: veja cronograma da operação e o que muda para acionistas
As ações da Petz (PETZ3) deixarão de ser negociadas na B3 ao final do pregão de 2 de janeiro de 2026, e novas ações ordinárias da Cobasi serão creditadas aos investidores
Adeus, telefone fixo: Vivo anuncia fim de operação e deixa para trás uma história de memória afetiva para milhões de brasileiros
Ao encerrar o regime de concessão do telefone fixo, a Vivo sela o fim de um modelo que moldou a comunicação no Brasil por décadas
Vamos (VAMO3), LOG CP (LOGG3), Blau Farmacêutica (BLAU3) anunciam mais de R$ 500 milhões em dividendos; Rede D´Or (RDOR3) aprova recompra de ações
A LOG fica com a maior parte da distribuição aos acionistas, ou R$ 278,5 milhões; Rede D´Or já havia anunciado pagamento de proventos e agora renova a recompra de ações
Itaúsa (ITSA4) vai bonificar investidor com novas ações; saiba quem tem direito a participar
Quem é acionista da holding vai ganhar 2 ações bônus a cada 100; operação acontece depois do aumento de capital
Casas Bahia (BHIA3) busca fôlego financeiro com nova emissão, mas Safra vê risco para acionistas
Emissão bilionária de debêntures promete reduzir dívidas e reforçar caixa, mas analistas dizem que pode haver uma diluição pesada para quem tem ações da varejista
Banco do Brasil (BBAS3) ou Bradesco (BBDC4)? Um desses bancos está na mira dos investidores estrangeiros
Em roadshow com estrangeiros nos EUA, analistas do BTG receberam muitas perguntas sobre as condições do Banco do Brasil e do Bradesco para 2026; confira
Um novo controlador será capaz de resolver (todos) os problemas da Braskem (BRKM5)? Analistas dizem o que pode acontecer agora
O acordo para a saída da Novonor do controle da petroquímica reacendeu entre os investidores a expectativa de uma solução para os desafios da empresa. Mas só isso será suficiente para levantar as ações BRKM5 outra vez?
Nubank (ROXO34) pode estar ajudando a ‘drenar’ os clientes de Tim (TIMS3) e Vivo (VIVT3); entenda
Segundo a XP, o avanço da Nucel pode estar acelerando a migração de clientes para a Claro e pressionando rivais como Tim e Vivo, o que sinaliza uma mudança mais rápida na dinâmica competitiva do setor
Bradespar (BRAP4) distribui quase R$ 600 milhões em dividendos e JCP; pagamento será feito em duas etapas
Do total anunciado, R$ 330 milhões correspondem aos dividendos e R$ 257 milhões aos juros sobre capital próprio (JCP); Localiza também detalha distribuição de proventos
Falta de luz em SP: Prejuízo a bares, hotéis e restaurantes pode chegar a R$ 100 milhões
Estimativa da Fhoresp é que 5 mil estabelecimentos foram atingidos pelo apagão
Isa Energia (ISAE4) recebe upgrade duplo do JP Morgan depois de comer poeira na bolsa em 2025
Após ficar atrás dos pares em 2025, a elétrica recebeu um upgrade duplo de recomendação. Por que o banco vê potencial de valorização e quais os catalisadores?