Ação da Minerva (BEEF3) dispara na bolsa mesmo após frigorífico sair de lucro para prejuízo; qual foi a boa notícia então?
Balanço foi o primeiro após empresa concluir aquisição de ativos da Marfrig no Brasil, Argentina e Chile
A Minerva Foods (BEEF3) divulgou seus resultados nesta quinta-feira (20) — e os números da última linha do balanço vieram em vermelho.
A companhia reportou prejuízo líquido de R$ 1,567 bilhão no 4T24, em comparação com lucro de R$ 19,8 milhões no 4T23. No consolidado de 2024, houve prejuízo líquido de R$ 1,564 bilhão, ante lucro de R$ 395 milhões em 2023.
- E MAIS: Quer investir melhor? Veja como ficar por dentro do que está acontecendo de mais quente no mercado financeiro
Ainda assim, a ação da Minerva (BEEF3) figura entre as maiores altas do Ibovespa, chegando a subir 11,09%, a R$ 6,20, por volta do meio-dia.
O que, então, os investidores viram de positivo no balanço? Fomos conferir.
O que teve de bom no balanço da Minerva (BEEF3)
Nem só notícias ruins trouxe o balanço da Minerva. Os analistas do BB Investimentos, por exemplo, consideraram os resultados positivos.
“Em pleno trimestre marcado pelo início da operação dos ativos adquiridos da Marfrig, pressionando a rentabilidade operacional e o capital de giro, a companhia foi capaz de manter uma margem Ebitda positiva, com geração de caixa operacional robusta”, escreveram os analistas.
Leia Também
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) atingiu R$ 943,7 milhões no 4T24, 55,8% acima dos R$ 605,9 milhões apurados no 4T23. A empresa destacou que o valor foi recorde para um trimestre. O Ebitda do ano passado foi de R$ 3,130 bilhões, com crescimento de 22,1%.
A margem Ebitda ficou em 8,8%, ante 9,8% no quarto trimestre de 2023.
O Goldman Sachs afirmou que a Minerva apresentou um trimestre forte, superando em 21% o consenso da Bloomberg no nível de Ebitda, com o Brasil sendo novamente o principal responsável pelas surpresas no trimestre.
Os analistas do BB reforçaram, ainda, que as ações apresentam valorização acima de 30% nos últimos 30 dias, e avaliaram o atual contexto internacional favorável ao papel. “(…) dado o atual patamar de câmbio e a guerra tarifária ocorrendo entre Estados Unidos e China, a Minerva, na qualidade de líder de exportações na América do Sul, encontra-se em posição bastante favorável para desfrutar desse cenário positivo para as exportações”, afirmaram.
O BB mudou a recomendação da ação BEEF3 para compra, mantendo o preço-alvo de R$ 10 ao fim do ano (ante R$ 6,20 hoje).
O Goldman manteve a sinalização de compra, com preço-alvo mais baixo. "Com uma China potencialmente mais forte, uma demanda doméstica amplamente inelástica no Brasil e o foco contínuo da administração na integração de aquisições, reiteramos nossa recomendação de compra (preço-alvo de R$ 6,65 e potencial de alta de 19%) para as ações da BEEF3”, escreveram Thiago Bortoluci e Nicolas Sussmann.
A avaliação dos analistas do BTG Pactual foi menos “empolgada” com os resultados, mas ainda assim positiva. “Após analisar o demonstrativo de resultados, ainda sentimos um certo alívio”, escreveu o banco. O BTG conta com uma recomendação neutra para a ação, com preço-alvo de R$ 7 e potencial de alta de 13,27%.
Aquisição de ativos da Marfrig concluída
Sobre a aquisição dos ativos da Marfrig, a operação, anunciada em 2023, foi concluída em novembro de 2024, com a incorporação de 13 unidades industriais e um centro de distribuição localizados no Brasil, Argentina e Chile. Com essa expansão, a Minerva passou a operar 46 unidades industriais.
- VEJA MAIS: Onde investir este mês? Analistas recomendam as melhores ações, fundos imobiliários, BDRs e criptomoedas
"A aquisição representa uma oportunidade estratégica única para expandirmos nossa presença e reforçarmos nosso protagonismo no setor, aproveitando sinergias operacionais e comerciais que trarão ganhos de escala e maior eficiência", disse o CEO Fernando Queiroz, em comunicado à imprensa.
Segundo avaliação do Goldman Sachs, a aquisição acrescentou aproximadamente 5% aos resultados consolidados da Minerva.
A aquisição também foi destacada no relatório do BTG. “Em menos de dois meses, os novos ativos representaram 7% das vendas no trimestre. Com a capitalização de mercado representando menos de 20% do valor da empresa, a tese de investimento em ações depende essencialmente da capacidade da Minerva de entregar a desalavancagem do balanço. Seguimos reconhecendo o sólido histórico da Minerva em M&As, mas mantemos uma postura cautelosa, considerando o que vemos como um investimento de alto risco e alta recompensa”, escreveram Thiago Duarte, Pedro Soares, Guilherme Guttilla e Bruno Henriques.
Mais detalhes do balanço da Minerva
A receita líquida no período de outubro a dezembro somou R$ 10,714 bilhões, alta de 73,8% em comparação ao período correspondente de 2023 (R$ 6,166 bilhões) e também recorde para um trimestre. No consolidado de 2024 avançou 26,7%, para R$ 34,069 bilhões.
A receita bruta da companhia somou R$ 11,443 bilhões no quarto trimestre, alta de 75,8% na comparação anual.
A receita bruta com o mercado externo atingiu R$ 6,102 bilhões, alta de 39,4% ante igual intervalo de 2023.
- VEJA TAMBÉM: Declaração do IR já começou e deve se estender até 30 de maio - no que é preciso ficar de olho para não ter o risco de cair na malha fina?
Já no mercado interno atingiu R$ 5,341 bilhões, avanço anual de 150,3%, impulsionado pelo efeito sazonal do final do ano e pelo fortalecimento das marcas da empresa no Brasil.
A Minerva contabilizou 409,6 mil toneladas de carne vendidas no quarto trimestre, 15,6% acima do igual período do ano passado. O abate total, de 1,186 milhão de animais, cresceu 10,0% na comparação anual.
O índice de alavancagem (relação entre dívida líquida e Ebitda) ficou em 3,7 vezes, superior a um ano antes, quando foi de 2,8 vezes. A empresa destacou que o resultado foi alcançado após o desembolso relativo à aquisição dos ativos da Marfrig na América do Sul. O fluxo de caixa livre do quarto trimestre foi de R$ 990 milhões.
(Com informações de Estadão Conteúdo e Money Times)
Brasil registra recorde em 2025 com abertura de 4,6 milhões de pequenos negócios; veja quais setores lideram o crescimento
No ano passado, pouco mais de 4,1 milhões de empreendimentos foram criados
Raízen (RAIZ4) vira penny stock e recebe ultimato da B3. Vem grupamento de ações pela frente?
Com RAIZ4 cotada a centavos, a B3 exige plano para subir o preço mínimo. Veja o prazo que a bolsa estipulou para a regularização
Banco Pan (BPAN4) tem incorporação pelo BTG Pactual (BPAC11) aprovada; veja detalhes da operação e vantagens para os bancos
O Banco Sistema vai incorporar todas as ações do Pan e, em seguida, será incorporado pelo BTG Pactual
Dividendos e JCP: Ambev (ABEV3) anuncia distribuição farta aos acionistas; Banrisul (BRSR6) também paga proventos
Confira quem tem direito a receber os dividendos e JCP anunciados pela empresa de bebidas e pelo banco, e veja também os prazos de pagamento
Correios não devem receber R$ 6 bilhões do Tesouro, diz Haddad; ajuda depende de plano de reestruturação
O governo avalia alternativas para reforçar o caixa dos Correios, incluindo a possibilidade de combinar um aporte com um empréstimo, que pode ser liberado ainda este ano
Rede de supermercados Dia, em recuperação judicial, tem R$ 143,3 milhões a receber do Letsbank, do Banco Master
Com liquidação do Master, há dúvidas sobre os pagamentos, comprometendo o equilíbrio da rede de supermercados, que opera queimando caixa e é controlada por um fundo de Nelson Tanure
Nubank avalia aquisição de banco para manter o nome “bank” — e ainda pode destravar vantagens fiscais com isso
A fintech de David Vélez analisa dois caminhos para a licença bancária no Brasil; entenda o que está em discussão
Abra Group, dona da Gol (GOLL54) e Avianca, dá mais um passo em direção ao IPO nos EUA e saída da B3; entenda
Esse é o primeiro passo no processo para abertura de capital, que possibilita sondar o mercado antes de finalizar a proposta
Por que a Axia Energia (AXIA3), ex-Eletrobras, aprovou um aumento de capital de R$ 30 bilhões? A resposta pode ser boa para o bolso dos acionistas
O objetivo do aumento de capital é manter o equilíbrio financeiro da empresa ao distribuir parte da reserva de lucros de quase R$ 40 bilhões
Magazine Luiza (MGLU3) aposta em megaloja multimarcas no lugar da Livraria Cultura para turbinar faturamento
Com cinco marcas sob o mesmo teto, a megaloja Galeria Magalu resgata a memória da Livraria Cultura, cria palco para conteúdo e promete ser a unidade mais lucrativa da varejista
Dividendos e bonificação em ações: o anúncio de mais de R$ 1 bilhão da Klabin (KLBN11)
A bonificação será de 1%, terá como data-base 17 de dezembro e não dará direito aos dividendos anunciados
Dividendos e recompra de ações: a saída bilionária da Lojas Renner (LREN3) para dar mais retorno aos acionistas
A varejista apresentou um plano de proventos até 2030, mas nesta segunda-feira (8) divulgou uma distribuição para os acionistas; confira os prazos
Vale (VALE3) é a ação preferida dos investidores de commodities. Por que a mineradora não é mais a principal escolha do UBS BB?
Enquanto o banco suíço prefere outro papel no setor de mineração, Itaú BBA e BB-BI reafirmam a recomendação de compra para a Vale; entenda os motivos de cada um
Cemig (CMIG4) ganha sinal verde da Justiça de Minas para a venda de usinas
A decisão de primeira instância havia travado inclusive o contrato decorrente do leilão realizado em 5 de dezembro de 2024
Nubank (NU/ROXO34) pode subir cerca de 20% em 2026, diz BB Investimentos: veja por que banco está mais otimista com a ação
“Em nossa visão o Nubank combina crescimento acelerado com rentabilidade robusta, algo raro no setor, com diversificação de receitas, expansão geográfica promissora e a capacidade de escalar com custos mínimos sustentando nossa visão positiva”, escreve o BB Investimentos.
“Selic em 15% não tem cabimento”, diz Luiza Trajano. Presidente e CEO do Magazine Luiza (MGLU3) criticam travas ao varejo com juros nas alturas
Em evento com jornalistas nesta segunda-feira (8), a empresária Luiza Trajano voltou a pressionar pela queda da Selic, enquanto o CEO Frederico Trajano revelou as perspectivas para os juros e para a economia em 2026
IRB (IRBR3) dispara na bolsa após JP Morgan indicar as ações como favoritas; confira
Os analistas da instituição também revisaram o preço-alvo para 2026, de R$ 54 para R$ 64 por ação, sugerindo potencial de alta de cerca de 33%
SpaceX, de Elon Musk, pode retomar posto de startup mais valiosa do mundo, avaliada em US$ 800 bilhões em nova rodada de investimentos, diz WSJ
A nova negociação, se concretizada, dobraria o valuation da empresa de Musk em poucos meses
Localiza (RENT3) propõe emitir ações preferenciais e aumento de capital
A Localiza, que tem uma frota de 600.000 carros, disse que as novas ações também seriam conversíveis em ações ordinárias
Fitch elevou rating da Equatorial Transmissão e de suas debêntures; veja o que baseou essa decisão
Sem grandes projetos à vista, a expectativa é de forte distribuição de dividendos, equivalente a 75% do lucro líquido regulatório a partir de 2026, afirma a Fitch.
