Allos (ALOS3) entra na reta final da fusão e aposta em dividendos com data marcada (e no começo do mês) para atrair pequeno investidor
Em conversa com Seu Dinheiro, a CFO Daniella Guanabara fala sobre os planos da Allos para 2025 e a busca por diversificar receitas — por exemplo, com a empresa de mídia out of home Helloo
Dinheiro na conta com dia marcado e no começo do mês. Esta é a receita da Allos (ALOS3) para tentar convencer mais pequenos investidores a colocarem sua ação na sacola de compras.
Hoje, a administradora de shopping centers que surgiu da união de Aliansce Sonae e brMalls tem cerca de 8% de seus papéis nas mãos de investidores pessoa física, mas acredita que este número pode subir — ainda que não tenha uma meta a ser atingida.
“Temos uma política de pagamentos desde outubro. A cada trimestre, sinalizamos qual vai ser o dividendo dos próximos três meses. Então, para quem quiser aproveitar o dividendo, você já tem a data certinha para os três próximos meses”, explica Daniella Guanabara, diretora Financeira e de Relações com Investidores da Allos, em entrevista exclusiva ao Seu Dinheiro.
- VEJA MAIS: Este FII pode subir até 15% nos próximos meses – e está entre os cinco melhores para comprar ainda hoje, segundo analista; confira a seleção
“E temos feito os pagamentos nos primeiros dias úteis de cada mês, que aí serve como complemento de salário para as pessoas”, complementa a CFO.
Há um mês, por exemplo, a companhia anunciou o pagamento de R$ 153 milhões em proventos aos seus acionistas, incluindo juros sobre capital próprio (JCP) e dividendos intercalares.
“Desde que fizemos a combinação de negócios [da Aliansce Sonae] com a brMalls, ali no começo de 2023, tínhamos um compromisso de sermos mais transparentes e mais consistentes na remuneração ao acionista como um todo. Entre recompra de ações e dividendos, já retornamos ao acionista R$ 2,5 bilhões”, calcula a executiva.
Leia Também
Das 12 casas que cobrem as ações da Allos, 10 têm recomendação de compra —–- incluindo BTG Pactual e Itaú BBA, com preço-alvo de R$ 25, e Santander, que vê a ação chegando a R$ 33,50.
Nesta sexta-feira (11), a ação ALOS3 fechou cotada a R$ 19,75, com valorização de 10,62% no ano e queda de 7,49% em 52 semanas.
Desinvestimentos saem de foco
A Allos entregou resultados acima das expectativas dos principais analistas no 4T24 e no consolidado de 2024, conforme relatórios divulgados em meados de março por BTG Pactual, Itaú BBA, Santander e BB Investimentos.
Quando Aliansce Sonae e brMalls anunciaram sua união, em 2022, tinham juntas 69 shoppings espalhados pelo Brasil, dos quais 10 vendiam mais de R$ 1 bilhão por ano. Hoje, a Allos enxugou seu portfólio para 47 shoppings, e 16 deles já giram mais de R$ 1 bilhão/ano.
E não pense que isso é exclusividade de Rio e São Paulo. Desses 16 shoppings bilionários, destaca Guanabara, três estão na região Norte — dois em Manaus e um em Belém. “É fantástica a diversidade de economia que a gente tem dentro do Brasil”, afirma. Os maiores shoppings da rede, por exemplo, hoje estão em Campinas (SP) e Recife.
- VEJA MAIS: Prazo para declaração do Imposto de Renda 2025 já começou; saiba como acertar as contas com o Leão
Mesmo com os desinvestimentos pós-sinergia, a Allos tem hoje o maior portfólio de shoppings dentre as companhias listadas no Brasil em termos de área bruta locável.
A fase de desinvestimentos, por sinal, perde força neste ano, conforme a CFO da Allos — tanto por conta das condições macroeconômicas, com juros mais altos, mas também por causa da posição atual da companhia.
“Hoje enxergamos que temos um portfólio mais forte, de shoppings dominantes em suas regiões. E não temos necessidade, do ponto de vista de balanço, de fazer mais desinvestimentos. A gente tem uma posição de caixa bastante confortável”, explica ela.
“Acho que vale a pena esperar para ver se a janela de mercado volta e aí, sim, a gente vai analisar alguma oportunidade.”
Sinergia entre Aliansce Sonae e brMalls na reta final
Daniella Guanabara também diz que os resultados de 2024 “celebram” dois anos da combinação de negócios entre Aliansce Sonae e brMalls, numa sinergia que caminha para a reta final — e sem grandes turbulências.
- VEJA MAIS: ‘Efeito Trump’ na bolsa pode gerar oportunidades de investimento: conheça as melhores ações internacionais para comprar agora, segundo analista
“Quando falamos de fusões e aquisições no Brasil, algumas recentes tiveram problemas… Isso é informação pública, a gente vê nos jornais. Então, termos conseguido chegar aqui sem nenhum grande percalço foi muito importante também. E os resultados foram muito consistentes”, comemora a CFO.
O guidance oficial é atingir R$ 210 milhões em sinergias até o quinto ano da fusão. Ao fim de 2024, foram atingidos R$ 134 milhões — indicativo de que a união está nos trilhos.
Neste mês, a Allos entra na fase de virada de sistemas das duas empresas. “Com isso, temos a finalização da integração. E os testes estão apontando que está tudo bem, não deve ser uma questão”, diz Guanabara.
Novas fontes de receita
Uma nova linha de faturamento da Allos tem sido a Helloo, sua empresa de mídia out of home – aquele tipo de publicidade que atinge as pessoas em locais públicos, como em ruas, pontos de ônibus, estações de transporte e, claro, shopping centers.
- VEJA TAMBÉM: Como não cair na malha fina? Guia do Imposto de Renda 2025 do Seu Dinheiro ensina o passo a passo
“Ela ainda tem muito potencial, porque você pode procurar anunciantes que não sejam do mercado de shopping. Ela não precisa ficar limitada a esse universo. Tem telas, por exemplo, em vários condomínios residenciais”, afirma a executiva. “Por exemplo, em cidades em que os nossos shoppings são muito fortes, a gente pode participar de leilão para mobiliário urbano.”
Segundo a executiva, a Helloo teve um crescimento de 20% em 2024 e já representa 6% da receita do grupo.
Em paralelo à empresa de mídia, a Allos pretende estender seu programa de fidelidade próprio, conforme a CFO. “Hoje ele já está em 11 shoppings e a gente vai esticar para mais de 38.”
Trata-se de um programa próprio, em que o consumidor acumula pontos e troca por benefícios nos shoppings e em varejistas parceiros — como desconto ou isenção no estacionamento, um cafezinho ou um upgrade de produto.
A vantagem, para a Allos, é conseguir com isso coletar dados sobre os clientes e usá-los para vender mídia. “Através do programa de fidelidade, eu consigo entender o comportamento do consumidor”, explica ela. “Eu passo a vender audiência, porque eu sei qual é o público, o perfil do público daquele shopping.”
Sequência do game mais vendido de todos os tempos é adiada de novo — e o medo do fracasso é um dos motivos
Com fracasso do Cyberpunk 2077 como referência, estúdio responsável pelo GTA 6 opta por ganhar tempo para alcançar o nível de qualidade esperado
Embraer (EMBJ3) está descontada na bolsa, e JP Morgan eleva preço-alvo para potencial de alta de até 42%
O JP Morgan atualizou suas estimativas para a ação da Embraer (EMBJ3) para R$ 108 ao final de dezembro de 2026. A nova projeção não está tão distante da anterior, de R$ 107 por ação, mas representa uma alta de até 27%. Incluindo a divisão EVE, subsidiária de veículos elétricos de pouso vertical, os chamados […]
Laranjinha vs. Roxinho na Black Friday: Inter (INBR32) turbina crédito e cashback enquanto Nubank (ROXO34) aposta em viagens
Inter libera mais de R$ 1 bilhão para ampliar poder de compra no mês de novembro; Nubank Ultravioleta reforça benefícios no Nu Viagens
Cemig (CMIG4) vira ‘moeda de troca’ de Zema para abater dívidas do Estado e destravar privatização
O governador oferta a participação na elétrica para reduzir a dívida de MG; plano só avançaria com luz verde da assembleia para o novo modelo societário
Petrobras (PETR4) ignora projeção, tem lucro 2,7% maior no 3T25 e ainda pagará R$ 12,6 bilhões em dividendos
Nos cálculos dos analistas ouvidos pela Bloomberg, haveria uma queda do lucro entre julho e setembro, e os proventos viriam na casa dos R$ 10 bilhões
Banco ABC Brasil (ABCB4) quer romper o teto histórico de rentabilidade e superar os 15% de ROE: “nunca estamos satisfeitos”, diz diretor
Mesmo com ROE de 15,5%, o diretor financeiro, Ricardo Moura, afirma que está “insatisfeito” e mapeia as alavancas para entregar retornos maiores
Magazine Luiza (MGLU3) tem lucro quase 70% menor no 3T25 e CFO culpa a Selic: “ainda não estamos imunes”
A varejista registrou lucro líquido ajustado de R$ 21 milhões entre julho e setembro; executivo coloca o desempenho do período na conta dos juros elevados
“Estamos vivendo um filme de evolução”, diz CFO da Espaçolaser (ESPA3). Receita e Ebitda crescem, mas 3T25 ainda é de prejuízo
A rede de depilação fechou o trimestre no vermelho, mas o diretor Fabio Itikawa vê 2025 como um ano de reconstrução: menos dívida, mais caixa e expansão apoiada em franquias
Cogna (COGN3) acerta na lição de casa no 3T25 e atinge menor alavancagem em 7 anos; veja os destaques do balanço
A companhia atribui o resultado positivo do terceiro trimestre ao crescimento e desempenho sólido das três unidades de negócios da empresa: a Kroton, a Vasta e a Saber
Axia (ELET3): após o anúncio de R$ 4,3 bilhões em dividendos, ainda vale comprar a ação da antiga Eletrobras?
Bancos consideraram sólido o desempenho da companhia no terceiro trimestre, mas um deles alerta para a perda de valor do papel; saiba o que fazer agora
Adeus home office: Nubank (ROXO34) volta ao escritório por “custos invisíveis”; funcionários terão tempo para se adaptar ao híbrido
O Nubank se une a diversas empresas que estão chamando os funcionários de volta para os escritórios
Minerva (BEEF3) tem receita líquida e Ebitda recordes no 3T25, mas ações desabam na bolsa. Por que o mercado torce o nariz para o balanço?
Segundo o BTG Pactual, com um trimestre recorde para a Minerva, o que fica na cabeça dos investidores é: o quão sustentável é esse desempenho?
Rede D’Or (RDOR3) brilha com lucro 20% acima das expectativas, ação é a maior alta da bolsa hoje e ainda pode subir mais
No segmento hospitalar, a empresa vem conseguindo manter uma alta taxa de ocupação dos leitos, mesmo com expansão
Vai caber tudo isso na Raposo Tavares? Maior empreendimento imobiliário do Brasil prepara “cidade própria”, mas especialistas alertam para riscos
Reserva Raposo prevê 22 mil moradias e até 80 mil moradores até 2030; especialistas alertam para mobilidade, infraestrutura e risco de sobrecarga urbana
iPhone, iPad, MacBook e mais: Black Friday da iPlace tem produtos da Apple com até 70% de desconto, mas nem tudo vale a pena
Rede autorizada Apple anuncia descontos em iPhones, MacBooks, iPads e acessórios, mas valores finais ainda exigem avaliação de custo-benefício
Banco ABC Brasil (ABCB4) corta guidance e adota tom mais cauteloso para 2025, mesmo com lucro e rentabilidade em alta no 3T25
O banco entregou mais um trimestre previsível, mas decidiu ajustar as metas para o ano; veja os principais números do resultado
O melhor está por vir para a Petrobras (PETR4)? Balanço do 3T25 pode mostrar que dividendo de mais de R$ 10 bilhões é apenas o começo
A produção de petróleo da estatal deve seguir subindo, de acordo com bancos e corretoras, abrindo caminho para novas distribuições robustas de proventos aos acionistas
Empreender na América Latina exige paciência, mas o país menos burocrático da região vai deixar você de queixo caído
Estudo internacional mostra que este país reduziu o tempo para abrir empresas e agora lidera entre os países latino-americanos, enquanto outro enfrenta o maior nível de burocracia
Serena Energia (SRNA3) está mais perto de se unir à lista de empresas que deram adeus à bolsa, após Ventos Alísios comprar 65% da empresa
A operação é resultado do leilão realizado no âmbito da oferta pública de aquisição (OPA) para fechamento de capital e saída da Serena do segmento Novo Mercado da B3
C&A (CEAB3) dá close no Ibovespa: ações figuram entre as maiores altas do dia, e bancos apontam a tendência do 4T25
A expectativa é de que a C&A continue reduzindo a diferença em relação à sua maior concorrente, a Lojas Renner — e os números do terceiro trimestre de 2025 mostram isso
