Ação da Vale (VALE3) chega a cair mais de 5% e valor de mercado da mineradora vai ao menor nível em cinco anos
Temor de que a China cresça menos com as tarifas de 104% dos EUA e consuma menos minério de ferro afetou em cheio os papéis da companhia nesta terça-feira (8)
A guerra comercial de Donald Trump não está perdoando ninguém — nem mesmo as grandes empresas da bolsa brasileira. A Vale (VALE3), por exemplo, está sentindo na pele — ou nas ações — os efeitos da troca de tarifas entre os EUA e a China.
E mais um desses efeitos veio depois que a Casa Branca confirmou na tarde desta terça-feira (8) que os EUA vão impor, a partir de amanhã (9), taxas de 104% sobre produtos chineses importados.
A notícia não só fez o Ibovespa inverter a trajetória de ganhos do início do dia e renovar mínimas na sessão, como derrubou os papéis da Vale assim que foi divulgada.
- VEJA MAIS: Caos nos mercados? ‘Ninguém gosta de incerteza, mas ela abre oportunidades’, diz analista que indica estas ações para investir; confira
As ações da mineradora caíram mais de 5% na esteira da nova taxação da China, uma das maiores consumidoras de minério de ferro do mundo.
Essa perda fez com que o valor de mercado da Vale encolhesse em US$ 11 bilhões, para US$ 224,8 bilhões — o menor desde 2020.
A interpretação do mercado é que, com as novas tarifas, a China deve ter um crescimento menor e, por consequência, consumirá menos minério de ferro, o que afeta diretamente a Vale.
Leia Também
As ações da Vale fecharam o dia cotadas abaixo de R$ 50, amargando uma queda de 5,30% (R$ 49,29). No ano, os papéis acumulam perda de 6,1%.
Vale já tinha sentido o efeito Trump antes
Na semana passada, o tarifaço de Trump já havia custado caro tanto para a Vale como para a Petrobras (PETR4).
As duas estrelas da bolsa brasileira perderam juntas R$ 25,9 bilhões em valor de mercado entre quarta-feira (2) e quinta-feira(3), com a Petrobras respondendo pela maior parte: R$ 17,2 bilhões e a Vale com os restantes R$ 8,7 bilhões.
No caso da estatal, a forte desvalorização do petróleo que, na ocasião, recuou mais de 6% no mercado internacional, pesou sobre as ações.
No dia 2 de abril, Trump finalmente anunciou as tarifas recíprocas sobre parceiros comerciais. Além de taxar a China em 34%, o governo norte-americano impôs a alíquota mínima para o Brasil, de 10%.
TRUMP ATACA: O que você PRECISA SABER sobre a GUERRA DE TARIFAS e como PROTEGER seus INVESTIMENTOS
Mercados em pânico com Trump
Desde que iniciou a guerra tarifária, Trump tem levado pânico aos investidores — que fogem de ativos mais arriscados como as ações. Mas hoje essa história mudou.
As bolsas globais operaram em forte alta durante a manhã — com Ásia e Europa fechando com ganhos expressivos — diante da sinalização de que muitos parceiros comerciais dos EUA estavam buscando Trump para negociar.
A Casa Branca chegou a informar que foi procurada por cerca de 70 países que querem negociar a suspensão das tarifas norte-americanas. Japão, Vietnã e Coreia do Sul são alguns deles.
Mas a alegria durou pouco. Assim que a Casa Branca anunciou a tarifa de 104% sobre a China, Wall Street devolveu os ganhos, o Ibovespa bateu a mínima do dia e o dólar encostou nos R$ 6 no mercado à vista.
Orizon (ORVR3) compra Vital e cria negócio de R$ 3 bilhões em receita: o que está por trás da operação e como fica o acionista
Negócio amplia a escala da companhia, muda a composição acionária e não garante direito de recesso a acionistas dissidentes
Maior rede de hospitais privados pagará R$ 8,12 bilhões em proventos; hora de investir na Rede D’Or (RDOR3)?
Para analista, a Rede D’Or é um dos grandes destaques da “mini temporada de dividendos extraordinários”
Fim da especulação: Brava Energia (BRAV3) e Eneva (ENEV3) negam rumores sobre negociação de ativos
Após rumores de venda de ativos de E&P avaliados em US$ 450 milhões, companhias desmentem qualquer transação em curso
Virada à vista na Oncoclínicas (ONCO3): acionistas querem mudanças no conselho em meio à crise
Após pedido da Latache, Oncoclínicas convoca assembleia que pode destituir todo o conselho. Veja a proposta dos acionistas
Bancos pagam 45% de imposto no Brasil? Não exatamente. Por que os gigantes do setor gastam menos com tributos na prática
Apesar da carga nominal elevada, as instituições financeiras conseguem reduzir o imposto pago; conheça os mecanismos por trás da alíquota efetiva menor
Mais de R$ 4 bilhões em dividendos e JCP: Tim (TIMS3), Vivo (VIVT3) e Allos (ALOS3) anunciam proventos; veja quem mais paga
Desse total, a Tim é a que fica com a maior parte da distribuição aos acionistas: R$ 2,2 bilhões; confira cronogramas e datas de corte
Vale (VALE3) mais: Morgan Stanley melhora recomendação das ações de olho nos dividendos
O banco norte-americano elevou a recomendação da mineradora para compra, fixou preço-alvo em US$ 15 para os ADRs e aposta em expansão do cobre e fluxo de caixa robusto
Não é por falta de vontade: por que os gringos não colocam a mão no fogo pelo varejo brasileiro — e por quais ações isso vale a pena?
Segundo um relatório do BTG Pactual, os investidores europeus estão de olho nas ações do varejo brasileiro, mas ainda não estão confiantes. Meli, Lojas Renner e outras se destacam positivamente
Pequenos negócios têm acesso a crédito verde com juros reduzidos; entenda como funciona
A plataforma Empreender Clima, lançada pelo Governo Federal durante a COP30, oferece acesso a financiamentos com juros que variam de 4,4% a 10,4% ao ano
Antes ‘dadas como mortas’, lojas físicas voltam a ser trunfo valioso no varejo — e não é só o Magazine Luiza (MGLU3) que aposta nisso
Com foco em experiência, integração com o digital e retorno sobre capital, o Magalu e outras varejistas vêm evoluindo o conceito e papel das lojas físicas para aumentar produtividade, fidelização e eficiência
Petrobras (PETR4): com novo ciclo de investimentos, dividendos devem viver montanha-russa, segundo Itaú BBA e XP
O novo ciclo de investimentos da Petrobras (PETR4) tende a reduzir a distribuição de proventos no curto prazo, mas cria as bases para dividendos mais robustos no médio prazo, disseram analistas. A principal variável de risco segue sendo o preço do petróleo, além de eventuais pressões de custos e riscos operacionais. Na visão do Itaú […]
Depois de despencarem quase 12% nesta terça, ações da Azul (AZUL4) buscam recuperação com otimismo do CEO
John Rodgerson garante fluxo de caixa positivo em 2026 e 2027, enquanto reestruturação reduz dívidas em US$ 2,6 bilhões
Ozempic genérico vem aí? STJ veta prorrogação de patente e caneta emagrecedora mais em conta deve chegar às farmácias em 2026
Decisão do STJ mantém vencimento da patente da semaglutida em março de 2026 e abre espaço para a chegada de versões genéricas mais baratas do Ozempic no Brasil
Por que tantas empresas estão pagando dividendos agora — e por que isso pode gerar uma conta alta para o investidor no futuro
A antecipação de dividendos tomou a B3 após o avanço da tributação a partir de 2026, mas essa festa de proventos pode esconder riscos para o investidor
Cosan (CSAN3) vende fatia da Rumo (RAIL3) e reforça caixa após prejuízo bilionário; ações caem forte na B3
A holding reduziu participação na Rumo para reforçar liquidez, mas segue acompanhando desempenho da companhia via derivativos
Raízen (RAIZ4) recebe mais uma baixa: S&P reduz nota de crédito para ‘BBB-‘, de olho na alavancagem
Os analistas da agência avaliam que a companhia enfrenta dificuldades para reduzir a alavancagem, em um cenário de dívida nominal considerável e queima de caixa
Fim da era Novonor na Braskem (BRKM5) abre oportunidade estratégica que a Petrobras (PETR4) tanto esperava
A saída da Novonor da Braskem abre espaço para a Petrobras ampliar poder na petroquímica. Confira o que diz a estatal e como ficam os acionistas minoritários no meio disso tudo
Fusão entre Petz (PETZ3) e Cobasi finalmente vai sair do papel: veja cronograma da operação e o que muda para acionistas
As ações da Petz (PETZ3) deixarão de ser negociadas na B3 ao final do pregão de 2 de janeiro de 2026, e novas ações ordinárias da Cobasi serão creditadas aos investidores
Fim da concessão de telefonia fixa da Vivo; relembre os tempos do “alô” no fio
Ao encerrar o regime de concessão, a operadora Vivo deixará de ser concessionária pública de telefonia fixa
Vamos (VAMO3), LOG CP (LOGG3), Blau Farmacêutica (BLAU3) anunciam mais de R$ 500 milhões em dividendos; Rede D´Or (RDOR3) aprova recompra de ações
A LOG fica com a maior parte da distribuição aos acionistas, ou R$ 278,5 milhões; Rede D´Or já havia anunciado pagamento de proventos e agora renova a recompra de ações