Ação da Azul (AZUL4) cai mais de 30% em 2 dias e fecha semana a R$ 1,95; saiba o que mexe com a aérea
No radar do mercado está o resultado da oferta pública de ações preferenciais (follow-on) da companhia, mais um avanço no processo de reestruturação financeira

As ações da Azul Linhas Aéreas (AZUL4) voltaram a despencar nesta semana, acumulando uma queda de 36% no período. No pregão desta sexta-feira (25), os papéis fecharam o dia cotados a R$ 1,95, uma baixa de 17,37%, e bem próximo da mínima da sessão (R$ 1,94).
Com a queda de hoje, as ações da Azul acumulam perda de 45% em 2025 — só em abril, essa baixa é de 40,7%. É o pior momento para os papéis da empresa desde o auge da pandemia.
- VEJA MAIS: Ação brasileira da qual ‘os gringos gostam’ tem potencial para subir mais de 20% em breve; saiba o porquê
Sem novos anúncios até o momento, seguiu no radar do mercado o resultado da oferta pública de ações preferenciais (follow-on) da Azul, em mais um avanço no processo de reestruturação financeira.
A operação, concluída na noite de quarta-feira (24), levantou R$ 1,66 bilhão, com a emissão 464 milhões de novas ações. O novo capital social da companhia aérea passará a ser de R$ 7,13 bilhões.
Ao anunciar a oferta de ações, a Azul informou que emitiria inicialmente cerca de 450 milhões de ações preferenciais. Esse número poderia subir até cerca de 700 milhões, o que levaria a operação a movimentar até R$ 4,1 bilhões.
Apesar do potencial, apenas parte desse volume extra foi aproveitado.
Leia Também
O mercado de olho na reestruturação da Azul
Os analistas André Ferreira, do Bradesco BBI, e Wellington Lourenço e Larissa Monte, da Ágora Investimentos, destacam que a oferta consiste na troca da dívida por ações de R$ 1,6 bilhão (US$ 275 milhões) referente às notas com vencimento em 2029 e 2030.
“Apenas R$ 48 milhões foram subscritos, o que significa que a Azul continuará carregando aproximadamente US$ 100 milhões em dívidas que exigem uma emissão de capital de US$ 200 milhões ou mais para uma nova equitização (troca de dívida por ações)”, ponderam os analistas.
- LEIA MAIS: O Lifestyle do Seu Dinheiro chegou para te manter atualizado sobre as principais tendências de comportamento e consumo; receba nossa newsletter gratuita
A XP Investimentos acrescenta que a demanda reduzida dos acionistas existentes acarretou uma entrada de novo capital inferior ao esperado por parte dos investidores.
Nas estimativas da equipe de analistas liderada por Pedro Bruno, a alavancagem da companhia deve diminuir apenas em 0,4 vez na relação dívida líquida/Ebitda.
- Vale destacar que a alavancagem nada mais é do que a utilização de recursos de terceiros de uma companhia para sua operação. A alavancagem é medida pela relação dívida líquida sobre o lucro antes dos juros, tributos, depreciação e amortização (Ebitda). Quanto mais elevado o número, maior é o risco financeiro.
O último relatório de resultados da Azul, referente ao quarto trimestre de 2024, mostrou uma alavancagem de 4,9 vezes. Com o follow-on, a aérea buscava reduzir o indicador para 3,4 vezes.
No entanto, os cálculos da XP apontam que o número cairia para 4,5 vezes relação dívida líquida/Ebitda.
*Com informações do Money Times
Cogna (COGN3) capta US$ 100 milhões com Banco Mundial em busca de transformação digital
Os recursos irão financiar a transformação digital das atividades de graduação e da pós-graduação de uma vertical da companhia
Serena (SRNA3): decisão da AGE abre outro capítulo no fechamento de capital da empresa
A saída da elétrica da bolsa tem sido marcada por turbulências desde a proposta da Actis e do GIC, que ofereceram R$ 11,74 por ação da companhia
Por que as ações da Localiza e Movida despencaram na B3 — spoiler: tem a ver com o governo
Medida do governo pode impactar negativamente as locadoras de veículos, especialmente no valor dos seminovos
Crédito consignado privado ganha espaço no mercado sob liderança do Banco do Brasil (BBAS3), diz BofA
O banco americano considera que, além dos bons resultados ainda iniciais, a modalidade é uma tendência em ascensão
Mais etanol na gasolina: 4 empresas saem na frente, mas só uma é a grande vencedora, segundo o Santander
O cenário é visto como misto para as distribuidoras, mas as produtoras de biocombustíveis podem tirar algum proveito dessa nova regra
JBS (JBSS32) vai investir pesado em expansão e quer se tornar “ação de dividendos”. Para BTG, essa é “oportunidade única”
Empresa mostrou os planos para o futuro no JBS Day na última quarta-feira (25), e BTG gostou do que viu
Bradesco (BBDC4) confirma aposentadoria antecipada de vice-presidente; banco reestrutura parte da diretoria
Moacir Nachbar Junior atuava na empresa há 45 anos e estava à frente da área de gestão de risco desde 2022
Santander está otimista sobre a Direcional (DIRR3): dividendos robustos e valorização de capital estão no caminho da companhia
Otimização operacional e Faixa 4 do Minha Casa Minha Vida estão no cerne da tese de investimento do banco
Uma gigante do petróleo vem aí: Shell está em negociações para comprar a rival BP em negócio que pode redefinir o setor
Em ritmo lento, as discussões ainda não têm os termos definidos e estão longe de serem concluídas, segundo apurou o The Wall Street Journal.
RD Saúde (RADL3): por que a ação está subindo mais de 3% e liderando os ganhos do Ibovespa? É hora de comprar?
O BB Investimentos revisou as estimativas para a rede de farmácias, segundo relatório divulgado nesta quarta-feira (25)
BTG inicia cobertura de Pague Menos (PGMN3), vista pelo bancão como ‘aposta promissora’ até 2026
A tese do banco é que a rede de farmácias tem uma avaliação atrativa e deve se consolidar ainda mais no setor
Não é hora de comprar Minerva (BEEF3)? Essa corretora discorda e elege ação como nova favorita no setor agro; entenda o que faz o papel se destacar
Apesar da alavancagem financeira, o frigorífico ganha destaque após aumento de capital bilionário
Ibama concede licença prévia para primeiro projeto de energia eólica offshore no Brasil
Com capacidade instalada de até 24,5 megawatts (MW), usina deve ser implementada no litoral do Rio Grande do Norte
Serena (SRNA3) vai ou não vai sair da B3? Em votação à distância para OPA, acionistas ficam em cima do muro e maioria se abstém
A oferta pública de aquisição feita pelas gestoras Actis e GIC ainda terá que ser aprovada pela assembleia geral extraordinária
BTG decide retomar cobertura das ações de Méliuz (CASH3); veja qual a recomendação do banco para o papel
Estratégia da plataforma de cashback de criar uma reserva de bitcoins tem despertado a atenção dos investidores — e também dos analistas
Anac cassa direito de voar da Passaredo e aplica multa à principal empresa do grupo Voepass
Interrupção definitiva dos voos da companhia ocorre após detecção de falhas graves e persistentes em sistema de manutenção
Plano&Plano (PLPL3) já mirava a faixa 4 do MCMV antes mesmo de ela existir, diz vice-presidente — que aposta na permanência da ampliação
João Luís Ramos Hopp falou sobre as perspectivas para a inclusão da classe média no Minha Casa Minha Vida, a ameaça de taxação para LCIs e CRIs e os planos de expansão da construtora
Dividendos e JCP: Localiza (RENT3) vai distribuir mais de R$ 500 milhões aos acionistas; confira os detalhes
A locadora de veículos pagará proventos equivalente a R$ 0,506193662 por ação ordinária
Dois pelo preço de um: Multiplan (MULT3) paga R$ 120 milhões em JCP e aprova recompra de ações
A operadora de shoppings poderá adquirir até 10 milhões de ações por meio do programa; já os proventos serão distribuídos somente em 2026
Mau agouro para o balanço do 2T25? IRB (IRBR3) tem lucro 33% menor e sinistralidade piora em abril
Em termos de lucratividade, a resseguradora conseguiu se manter no azul em abril, mas entregou ganhos menores no comparativo anual; veja os números