“A Selic vai aumentar em 2025 e o Magazine Luiza (MGLU3) vai se provar de novo”, diz executivo do Magalu, após 5º lucro consecutivo no 4T24
A varejista teve lucro líquido de R$ 294,8 milhões no quarto trimestre de 2024, um avanço de 38,9% no comparativo com o ano anterior
O Magazine Luiza (MGLU3) vivenciou uma “grande prova de fogo” com a taxa básica de juros (Selic) a dois dígitos — e conseguiu sair do outro lado vitoriosa em 2024. Pelo menos, é o que diz a administração da varejista.
O Magalu registrou um lucro líquido de R$ 294,8 milhões no quarto trimestre de 2024, um avanço de 38,9% no comparativo com o mesmo período do ano anterior. Trata-se do quinto resultado positivo consecutivo da varejista.
"Ninguém acreditava que o Magalu fosse dar lucro líquido. Nós conseguimos diversificar cada vez mais nossas fontes de receita para crescer independente de taxa de juros. Tivemos a prova de fogo agora em 2024, mesmo com o aumento da Selic, o ecossistema conseguiu se provar", disse Lucas Ozorio, gerente de relações com investidores da empresa, em entrevista exclusiva ao Seu Dinheiro.
- VEJA MAIS: Onde investir em março? Analistas recomendam as melhores ações, fundos imobiliários, BDRs e criptomoedas para este mês
Em termos ajustados, que desconsideram receitas líquidas não recorrentes, o lucro líquido trimestral da varejista somou R$ 139,2 milhões entre outubro e dezembro, um aumento de 37,1% na base anual.
O montante superou acima das estimativas do mercado, que previa ganhos da ordem de R$ 119,2 milhões, de acordo com o consenso Bloomberg.
No acumulado do ano, o lucro da varejista chega a R$ 448,7 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 979,1 milhões visto nos 12 meses anteriores.
Leia Também
O Magalu atribui o crescimento de lucro à maior eficiência operacional e à “significativa diluição das despesas financeiras”, que caíram 25% em 2024, passando a representar 4,0% da receita líquida.
- VAREJO: Está melhor investir em Mercado Livre (MELI34) ou Amazon (AMAZO34)? Analistas explicam o que fazer com ativos após resultados do 3T24; cadastre-se e confira
Outros destaques do balanço do Magazine Luiza (MGLU3) no 4T24
A receita líquida do Magalu somou R$ 10,79 bilhões no quarto trimestre, crescimento de 2,3% em relação ao mesmo período do ano passado, mas levemente aquém do esperado pelo mercado, de R$ 11,1 bilhões em receitas.
Segundo a empresa, o desempenho foi impulsionado pela performance das lojas físicas e o crescimento do e-commerce no trimestre.
As vendas totais do Magazine Luiza (MGLU3) chegaram a R$ 18 bilhões no quarto trimestre, crescimento de 3% no comparativo anual — impulsionado pelo aumento de 1,1% no comércio digital total e de 6,4% nas lojas físicas.
Em 2024, as vendas totais do Magalu atingiram o recorde de R$ 65 bilhões, dos quais mais de 70% vieram das plataformas digitais. Confira:
- Lojas físicas: R$ 19,2 bilhões;
- E-commerce 1P (com vendas de estoque próprio): R$ 27 bilhões;
- E-commerce 3P (marketplace): R$ 18,7 bilhões.
Ainda que o Magazine Luiza não abra os dados, a empresa afirma que a parceria estratégica com o AliExpress já começou a dar frutos e que é uma operação rentável. Um dos planos da varejista é expandir o negócio para passar a realizar as entregas de produtos da gigante asiática pelo Magalog, a divisão de logística do Magalu.
VEJA MAIS: Em entrevista ao Seu Dinheiro, especialistas do mercado apontaram os investimentos mais promissores para o mês; confira
Rentabilidade e caixa
Em termos ajustados, o Ebitda, indicador usado pelo mercado para mensurar a capacidade de geração de caixa de uma empresa, chegou a R$ 846,2 milhões, alta de 11,9% na comparação anual.
Por sua vez, a margem Ebitda ajustada chegou a 7,8% no trimestre, praticamente estável na base anual, com leve avanço de 0,6 ponto percentual.
Já a geração de caixa operacional foi de R$ 2,1 bilhões no quarto trimestre, elevando a cifra dos últimos 12 meses para um total de R$ 3,1 bilhões, com uma conversão de 100% do Ebitda em caixa.
O Magazine Luiza afirma que essa evolução está relacionada à significativa melhora no desempenho operacional do período e na evolução do capital de giro, de R$ 1 bilhão no quarto trimestre em relação aos três meses anteriores.
Um novo ciclo para o Magalu
De acordo com a diretoria, o Magalu está prestes a iniciar um novo ciclo estratégico, após um “período de profundas transformações iniciado em 2021, focado na construção e na consolidação de um poderoso ecossistema de negócios”.
O objetivo da estratégia era justamente transformar o Magazine Luiza em um negócio “à prova de Selic”.
"Ninguém espera uma evolução tão grande como nós conseguimos entregar. Agora, em 2025, a Selic vai aumentar outra vez e o Magazine Luiza vai se provar de novo", disse Ozorio.
Segundo o Magalu, um dos principais marcos deste final de ciclo, em 2025, será trabalhar a ”omnicanalidade” e abrir as portas do mundo físico para “todo o ecossistema de negócios”, o que incluiu a inauguração de lojas no formato outlet de KaBuM! e Netshoes.
Em 2024, o Magalu reduziu o parque de lojas em 41 unidades na comparação anual, encerrando o mês de dezembro com 1.245 lojas.
No entanto, para 2025, a varejista pretende abrir uma nova loja no conceito multimarcas no no prédio do Conjunto Nacional, em São Paulo (SP) — onde era localizada a histórica Livraria Cultura. O novo estabelecimento incluirá todas as submarcas do Magazine Luiza, como Época Negócios e Netshoes.
A ideia é que a existência no espaço físico, visto como gerador de receitas, redutor de custos e promotor de relacionamento com o consumidor, passe a atuar como uma alavanca para a plataforma digital.
“Como na vida, os ciclos de uma companhia se sobrepõem. Enquanto trabalhamos para consolidar nosso ecossistema, preparamos a nova etapa do Magalu, um ciclo que será baseado na inteligência artificial. O IA-commerce será uma revolução, que, mais uma vez, mudará o jogo do varejo. Estamos nos preparando para ela, com o entusiasmo de sempre”, disse a diretoria do Magalu, em nota.
De seguro pet a novas regiões: as apostas da Bradesco Seguros para destravar o próximo ciclo de crescimento num mercado que engatinha
Executivos da seguradora revelaram as metas para 2026 e descartam possibilidade de IPO
Itaú com problema? Usuários relatam falhas no app e faturas pagas aparecendo como atrasadas
Usuários dizem que o app do Itaú está mostrando faturas pagas como atrasadas; banco admite instabilidade e tenta normalizar o sistema
Limpando o nome: Bombril (BOBR4) tem plano de recuperação judicial aprovado pela Justiça de SP
Além da famosa lã de aço, ela também é dona das marcas Mon Bijou, Limpol, Sapólio, Pinho Bril, Kalipto e outras
Vale (VALE3) fecha acima de R$ 70 pela primeira vez em mais de 2 anos e ganha R$ 10 bilhões a mais em valor de mercado
Os papéis VALE3 subiram 3,23% nesta quarta-feira (3), cotados a R$ 70,69. No ano, os ativos acumulam ganho de 38,64% — saiba o que fazer com eles agora
O que faz a empresa que tornou brasileira em bilionária mais jovem do mundo
A ascensão de Luana Lopes Lara revela como a Kalshi criou um novo modelo de mercado e impulsionou a brasileira ao posto de bilionária mais jovem do mundo
Área técnica da CVM acusa Ambipar (AMBP3) de violar regras de recompra e pede revisão de voto polêmico de diretor
O termo de acusação foi assinado pelos técnicos cerca de uma semana depois da polêmica decisão do atual presidente interino da autarquia que dispensou o controlador de fazer uma OPA pela totalidade da companhia
Nubank (ROXO34) agora busca licença bancária para não mudar de nome, depois de regra do Banco Central
Fintech busca licença bancária para manter o nome após norma que restringe uso do termo “banco” por instituições sem autorização
Vapza, Wittel: as companhias que podem abrir capital na BEE4, a bolsa das PMEs, em 2026
A BEE4, que se denomina “a bolsa das PMEs”, tem um pipeline de, pelo menos, 10 empresas que irão abrir capital em 2026
Ambipar (AMBP3) perde avaliação de crédito da S&P após calote e pedidos de proteção judicial
A medida foi tomada após a empresa dar calote e pedir proteção contra credores no Brasil e nos Estados Unidos, alegando que foram descobertas “irregularidades” em operações financeiras
A fortuna de Silvio Santos: perícia revela um patrimônio muito maior do que se imaginava
Inventário do apresentador expõe o tamanho real do império construído ao longo de seis décadas
UBS BB rebaixa Raízen (RAIZ4) para venda e São Martinho (SMTO3) para neutro — o que está acontecendo no setor de commodities?
O cenário para açúcar e etanol na safra de 2026/27 é bastante apertado, o que levou o banco a rever as recomendações e preços-alvos de cobertura
Vale (VALE3): as principais projeções da mineradora para os próximos anos — e o que fazer com a ação agora
A companhia deve investir entre US$ 5,4 bilhões e US$ 5,7 bilhões em 2026 e cerca de US$ 6 bilhões em 2027. Até o fim deste ano, os aportes devem chegar a US$ 5,5 bilhões; confira os detalhes.
Mesmo em crise e com um rombo bilionário, Correios mantêm campanha de Natal com cartinhas para o Papai Noel
Enquanto a estatal discute um empréstimo de R$ 20 bilhões que pode não resolver seus problemas estruturais, o Papai Noel dos Correios resiste
Com foco em expansão no DF, Smart Fit compra 60% da rede de academias Evolve por R$ 100 milhões
A empresa atua principalmente no Distrito Federal e, segundo a Smart Fit, agrega pontos comerciais estratégicos ao seu portfólio
Por que 6 mil aviões da Airbus precisam de reparos: os detalhes do recall do A320
Depois de uma falha de software expor vulnerabilidades à radiação solar e um defeito em painéis metálicos, a Airbus tenta conter um dos maiores recalls da sua história
Os bastidores da crise na Ambipar (AMBP3): companhia confirma demissão de 35 diretores após detectar “falhas graves”
Reestruturação da Ambipar inclui cortes na diretoria e revisão dos controles internos. Veja o que muda até 2026
As ligações (e os ruídos) entre o Banco Master e as empresas brasileiras: o que é fato, o que é boato e quem realmente corre risco
A liquidação do Banco Master levantou dúvidas sobre possíveis impactos no mercado corporativo. Veja o que é confirmado, o que é especulação e qual o risco real para cada companhia
Ultrapar (UGPA3) e Smart Fit (SMFT3) pagam juntas mais de R$ 1,5 bilhão em dividendos; confira as condições
A maior fatia desse bolo fica com a Ultrapar; a Smartfit, por sua vez, também anunciou a aprovação de aumento de capital
RD Saúde (RADL3) anuncia R$ 275 milhões em proventos, mas ações caem na bolsa
A empresa ainda informou que submeterá uma proposta de aumento de capital de R$ 750 milhões
Muito além do Itaú (ITUB4): qual o plano da Itaúsa (ITSA4) para aumentar o pagamento de dividendos no futuro, segundo a CFO?
Uma das maiores pagadoras de dividendos da B3 sinaliza que um novo motor de remuneração está surgindo
