Trump vai aliviar (um pouco) a barra do Brasil? EUA cogitam isentar cafés e outros produtos agrícolas
O secretário do Comércio dos EUA afirmou que “recursos naturais” não cultivados no país poderão ter isenção, mas haverá um preço

Não é só cena de filme de Hollywood: o costume — ou necessidade — de beber um bom copo de café antes do trabalho já é quase uma tradição norte-americana.
Desde o aumento da tarifa imposta ao Brasil por Donald Trump, que passou de 10% para 50%, a bebida queridinha dos EUA corre perigo — e vem trazendo preocupações para os “viciados” em cafeína.
Isso porque o país não é um produtor de café, fornecendo apenas 1% do que é consumido pelos norte-americanos. Assim, a taxação de produtos brasileiros vai acarretar o encarecimento da bebida, já que o Brasil é o maior produtor mundial de café.
Mas parece que Trump está escutando as preces dos amantes da cafeína. Em entrevista à rede norte-americana CNBC, Howard Lutnick, secretário do Comércio dos EUA, afirmou que o país pode reconsiderar e isentar bens incapazes de “crescer” em solo norte-americano — como café, manga, abacaxi, cacau e outros produtos.
Ele não chegou a citar quais países serão beneficiados pela isenção ou se valeria para todos os parceiros comerciais. Além disso, Lutnick voltou a dizer que as tarifas são necessárias para corrigir injustiças no comércio.
“Em nossos acordos comerciais, [em relação aos] recursos naturais indisponíveis — uma banana, outras especiarias e as raízes —, a expectativa deve ser que não haverá tarifa”, disse o secretário, que trata os produtos agrícolas como “recurso natural”.
Leia Também
Vale lembrar que o caso do Brasil é delicado. Diferentemente do caso das demais tarifas anunciadas anteriormente, a relação comercial entre os países é benéfica para os EUA, que registra superávit.
Ao aumentar a taxação, Trump divulgou uma carta, na qual cita o processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e as decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) contra empresas norte-americanas para justificar a decisão.
- LEIA TAMBÉM: Quer investir mais e melhor? Faça seu cadastro gratuitamente na newsletter do Seu Dinheiro e receba dicas de onde investir melhor diariamente
As exigências de Trump
No entanto, se Trump decidir isentar o café, o Brasil terá que pagar um preço — afinal, nada nessa vida é de graça. Segundo Lutnick, caso os EUA não imponham tarifas para esses produtos, o parceiro comercial terá de abrir seu mercado para permitir que os agricultores norte-americanos vendam soja, em contrapartida.
“Por que vocês esperam nos vender café e cacau e não nos deixam vender soja? Parece injusto”, afirmou. “Vamos tornar isso justo”.
Ao ser questionado sobre o andamento das negociações, Lutnick reforçou que os países precisam de mais agilidade nas negociações e abrir completamente seus mercados.
“Esses acordos normalmente levam décadas, mas Trump trabalha com tempo diferente e quer acordos feitos agora”, disse.
O secretário chegou a sugerir que Trump rejeitou repetidamente possíveis acordos em busca de condições mais vantajosas para o país.
“Muitos países nos fizeram ofertas razoáveis para abrir seus mercados. Coisas como 50%, 30%”, disse Lutnick. “O presidente disse: ‘Não, eu quero os mercados completamente abertos’”, contou o secretário, na entrevista à CNBC.
“Então, agora, o preço de um acordo com os Estados Unidos da América é preto no branco: mercados completamente abertos”, afirmou. “Mas [o presidente] sabe que pode simplesmente definir a tarifa, estabelecer o preço e seguir em frente”, completou.
Os acordos estabelecidos até hoje e mais impostos no horizonte dos EUA
Além disso, Lutnick reforçou que o prazo final para o início das tarifas não será adiado novamente. A aplicação das taxações está programada para esta sexta-feira (1º).
A única exceção é a China. As negociações com o Gigante Asiático deverão se estender por mais algum tempo, em um cronograma separado.
“Temos nossa própria equipe trabalhando com a China. Eles são um caso à parte”, disse ele. “Mas para o resto do mundo, vamos resolver tudo até sexta-feira. E sexta-feira não está longe, [dia] 1º de agosto é a data em que definiremos todas essas tarifas, e daí em diante elas entram em vigor”, reiterou.
Ainda assim, ele também afirmou que os EUA continuam abertos a negociações com os países mesmo após essa data.
Em relação à União Europeia (UE), o secretário comemorou o pacto firmado e disse que ainda pretende conversar com o bloco para eliminar impostos sobre serviços digitais.
Ele ainda revelou que novas taxas, dessa vez sobre produtos farmacêuticos, serão anunciadas nas próximas duas semanas e serão “massivas” para empresas que não tenham fábricas estabelecidas nos EUA.
*Com informações do Estadão Conteúdo e da Agência Brasil.
Lula diz que quer negociar tarifas, mas que não pretende se curvar ao presidente dos EUA
Em entrevista ao New York Times, o presidente brasileiro disse estar tratando do assunto com seriedade, mas negou que isso exija subserviência
Com 3 ganhadores, Lotofácil salva a pele da Quina e da Mega-Sena, mas não faz nenhum novo milionário
Enquanto os ganhadores do concurso 3455 da Lotofácil digerem a bola dividida, o prêmio acumulado na Mega-Sena subiu para R$ 76 milhões
Selic pode ir a 18% que não vai resolver a inflação: “É um problema fiscal, não monetário”, diz Alberto Ramos, do Goldman Sachs
A manutenção da Selic em 15% ao ano nesta Super Quarta é consenso. A dúvida é quando os cortes vão começar e se a inflação vai ceder. Ramos vê o Copom entre o remédio e o veneno.
Com o plano de contingência na mesa de Lula, Haddad revela os bastidores das preparações para a tarifa de 1º de agosto
Entre críticas à postura do BC, metas e esperanças de um lugar na mesa de negociações, o ministro da Fazenda deu detalhes à CNN sobre os planos do governo para lidar com a taxação de Donald Trump
Nem todo mundo curtiu: líderes europeus se queixam de acordo fechado com os EUA, e setores pedem tarifa zero; entenda o que incomodou
Setores-chave da economia europeia seguem sendo alvos das tarifas de Trump, e líderes enxergam que a UE saiu enfraquecida
Super Quarta sem emoção? Como investir no meio do fogo cruzado com meta de juros e incerteza global
No Touros e Ursos desta semana, Wilson Barcellos, CEO da Azimut Brasil, analisa os impactos das decisões do Copom e do Fed e traz insights sobre investimentos
Cancela o churrasco! Lotofácil tem 10 ganhadores e ninguém fica milionário — e tem gente que ainda não aprendeu a jogar na Lotomania
Enquanto os ganhadores digerem a bola dividida na Lotofácil, a Quina segue acumulada e a Mega-Sena corre hoje valendo R$ 51 milhões
Brasil vai conseguir escapar das garras de Trump? Saiba qual é a ‘bala de bronze’ do país na guerra comercial, segundo este gestor
O Seu Dinheiro conversou com o head de renda variável do ASA, Marcelo Nantes Souza, que apontou para um possível trunfo do Brasil na negociação com os EUA
Tarifaço de Trump entra em semana decisiva, e perspectiva de acordo com os EUA fica mais distante
Até o momento, não há o menor sinal de que esse movimento poderá ser revertido ou adiado
R$ 90 milhões em jogo: Mega-Sena, Lotofácil, Quina, Lotomania, Dupla-Sena e outros — os sorteios que acontecem entre hoje (28) e amanhã (29)
Nesta segunda-feira (28) serão sorteados mais de R$ 30 milhões em diferentes concursos das Loterias Caixa, com Lotofácil, Quina, Lotomania, Dupla-Sena e Super-Sete; veja os prêmios e até quando jogar
Agenda econômica: Super Quarta, Trump, PIB, balanços e muito mais; calendário da semana promete virar o mercado de ponta-cabeça
Agenda desta semana traz as decisões do Copom e do Fed, balanços de gigantes e o possível impacto das tarifas dos EUA sobre o Brasil
Recalibrando rotas: Brasil mapeia mercados para redirecionar exportações do agro afetadas pelo tarifaço de Trump
No radar brasileiro estão países da Ásia e do Oriente Médio, com destaque para Japão, Coreia do Sul, Turquia, China, Indonésia, Vietnã, Arábia Saudita e México.
Brasil deveria reduzir tarifas para os EUA para negociar taxa de 50%, diz Evandro Bucini, da Rio Bravo
Executivo avalia possibilidade de retaliação do Brasil aos EUA em outras frentes que não a comercial.
Stuhlberger: “ganho político de Lula com tarifas de Trump é voo de galinha” — e é hora de apostar no Brasil
No painel da ExpertXP 2025, Luis Stuhlberger e outros gestores destacaram o impacto das tarifas de Trump ao Brasil, as perspectivas para o mercado diante da volatilidade e as eleições de 2026
“ESG não é caridade, é lucro maior”: o futuro do investimento é sustentável e o Brasil está no epicentro dessa revolução verde, diz Al Gore
O ex-vice-presidente dos Estados Unidos e ganhador do Prêmio Nobel da Paz afirma que a atual crise climática é uma “oportunidade histórica de transformação” para os investidores
Copom sem emoção, Selic nas alturas e tarifas de Trump: ex-diretor do Banco Central revela onde estão suas apostas em juros
Para Rodrigo Azevedo, ex-diretor do BC e sócio da Ibiuna Investimentos, o investidor deveria estar de olho na curva de juros — e não só no Brasil
Consignado CLT: governo sanciona o ‘crédito do trabalhador’, com inclusão de novas categorias; veja quais
Programa começou a valer em março, como Medida Provisória, e foi aprovado pelo Congresso no começo de julho, ganhando agora peso de lei
A sorte passou longe: Lotofácil, Mega-Sena, Quina e Lotomania acumulam
Nenhuma das principais loterias da Caixa teve ganhador nesta quinta (24); prêmio da Mega-Sena já promete R$ 42 milhões
Alckmin negocia com o governo dos EUA e indica que pauta de minérios críticos pode avançar; confira os próximos passos
Vice-presidente brasileiro se reuniu no sábado (19) com o secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick
INSS começa a reembolsar hoje os valores descontados de aposentados e pensionistas; saiba como receber
A condição primordial para ter acesso aos valores é aderir ao acordo proposto pelo governo federal