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Ricardo Gozzi

É jornalista e escritor. Passou quase 20 anos na editoria internacional da Agência Estado antes de se aventurar por outras paragens. Escreveu junto com Sócrates o livro 'Democracia Corintiana: a utopia em jogo'. Também é coautor da biografia de Kid Vinil.

ATA DO COPOM

Galípolo prepara a caneta: a meta de inflação já tem data para ser descumprida — e isso tende a tornar o Banco Central ainda mais rigoroso

Ata do Copom trouxe poucas novidades em relação ao comunicado, mas proporcionou vislumbres sobre o novo regime de metas de inflação.

Ricardo Gozzi
4 de fevereiro de 2025
13:06 - atualizado às 7:40
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Imagem: Agência Brasil/Canva - Montagem Maria Eduarda Nogueira

Banqueiro central sofre. Se for brasileiro então, o sofrimento vem em dobro. Parece ser o caso de Gabriel Galípolo, ao menos em seu início de mandato como presidente do Banco Central (BC).

Galípolo nem bem assumiu a autarquia e já se viu obrigado a assinar a famosa cartinha justificando o descumprimento da meta da inflação em 2024 — uma herança de Roberto Campos Neto.

Agora, Galípolo mal entrou no segundo mês na função e aparentemente já sabe quando vai ter que se explicar de novo aos demais integrantes do Conselho Monetário Nacional (CMN).

É o que sugere a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, divulgada na manhã desta terça-feira (4).

O documento trouxe poucas novidades em relação ao comunicado que acompanhou a decisão de juros da semana passada, quando o Copom elevou a taxa Selic em 1 ponto porcentual, a 13,25% ao ano.

No geral, o colegiado confirmou o que já se sabia antes: o Copom pretende aumentar a taxa de juros a 14,25% em março e deixou em aberto o passo seguinte, a ser tomado na reunião de maio.

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Também não antecipou a magnitude total do ciclo, pontuou a economista-chefe do Inter, Rafaela Vitória.

A íntegra da ata você confere aqui.

Um problema para Galípolo

De novidade, a ata começou a fornecer vislumbres de como vai funcionar o novo regime de meta de inflação.

Até 2024, o Copom precisava se preocupar apenas com a inflação acumulada durante o ano-calendário, de janeiro a dezembro.

A partir de janeiro de 2025, ao invés de levar em consideração somente o IPCA fechado de um ano específico, o colegiado passa a ter a incumbência de usar as ferramentas disponíveis de política monetária para manter a inflação em 12 meses dentro da meta mês após mês.

Além disso, a meta de inflação será dada como descumprida se ficar fora do intervalo de tolerância por seis meses consecutivos.

E essa é a má notícia da ata do Copom.

Levando-se em consideração o cenário de referência, a inflação acumulada em 12 meses permanecerá acima do limite superior do intervalo de tolerância da meta pelos próximos seis meses.

Vale lembrar que a meta de inflação vigente em 2025 é de 3,00% ao ano, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto porcentual para mais ou para menos.

“Desse modo, com a inflação de junho deste ano, configurar-se-ia descumprimento da meta sob a nova sistemática do regime de metas”, segundo a ata.

Na avaliação de Alberto Ramos, diretor de pesquisa econômica do Goldman Sachs para América Latina, a admissão dessa possibilidade tende a fazer com que o Copom adote uma postura mais rigorosa já na reunião de maio.

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