Sexta-feira, 13: Israel ataca Irã e, no Brasil, mercado digere o pacote do governo federal
Mercados globais operam em queda, com ouro e petróleo em alta com aumento da aversão ao risco

O que esperar de uma sexta-feira 13? Pois é, as notícias não são nada boas.
Pra começar, enquanto você dormia, Israel decidiu atacar o Irã, numa ação sem precedentes, atingindo instalações nucleares e líderes militares do país.
Em reação, a aversão ao risco fez as bolsas caírem, o ouro subir e o petróleo disparar mais de 10% durante a madrugada — isso porque os mercados globais ainda analisavam os desdobramentos das negociações entre EUA e China.
Na Ásia, as bolsas encerraram o pregão de hoje em queda generalizada, enquanto os principais índices europeus iniciam a sessão também no vermelho.
Em Wall Street, a situação não é muito diferente: os índices futuros de Nova York caem mais de 1% nesta manhã.
Já no Brasil, as coisas vão bem — só que não. Investidores ainda digerem o tão esperado pacote de medidas do governo federal, que disparou uma rajada de taxas e não deixou quase nenhum investimento isento passar impune. Só a poupança ficou de fora.
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O foco do pacote é aumentar receitas, quase nada de reestruturar o gasto público. Até houve algum esforço de contenção de gastos, reconhece Spiess. Mas “tímido, periférico e — para ser honesto — quase decorativo”.
“(…) o governo repagina o discurso, mas insiste na velha fórmula. Gasta-se como sempre, tributa-se como nunca — e o ajuste, ao que tudo indica, continuará sendo feito pelo bolso do contribuinte”. E as reformas estruturais de que o país tanto precisa são novamente empurradas com a barriga. Ficam, com sorte, para 2027.
Ainda assim, ontem, o principal índice da bolsa brasileira acabou emendando a terceira alta seguida, impulsionado pelas ações da Petrobras — que também devem subir hoje, na esteira da valorização do petróleo. Resta saber se será o suficiente para manter o Ibovespa no campo positivo.
E aí, o que mais esperar de uma sexta-feira 13?
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Outros destaques do Seu Dinheiro:
SEXTOU COM O RUY
Labubu x Vale (VALE3): quem sai de moda primeiro? Se fosse para colocar o meu suado dinheirinho na fabricante do Labubu ou na mineradora, escolho aquela cujas ações, no longo prazo, acompanham o fundamento da empresa.
MOVIMENTO INÉDITO
Banco do Brasil (BBAS3) supera o Itaú (ITUB4) na B3 pela primeira vez em 2025 — mas não do jeito que o investidor gostaria. Em uma movimentação inédita neste ano, o BB ultrapassou o Itaú e a Vale em volume negociado na B3.
VALE OURO
O visto de US$ 5 milhões: EUA abrem inscrição para quem quer ter um Trump card. Se você não tem essa quantia, calma — o governo norte-americano tem outra opção, mas as exigências são elevadas.
ULTRA-LUXO NO ALÉM-MAR
Cruzeiro de luxo: como é viajar na maior suíte all-inclusive do mundo; veja preços e fotos. Nova suíte Skyview Regent é uma das 12 categorias disponíveis na embarcação Seven Seas Prestige, que começa a temporada em dezembro de 2026.
LEVANTAMENTO
Pesquisas indicam que avaliação do governo Lula interrompeu melhora; aprovação cai. Datafolha mostra que 40% dos entrevistados consideram o governo petista ruim ou péssimo; Ipsos-Ipec diz que a desaprovação se manteve em 55%.
NOVA ERA NOS INVESTIMENTOS
Acabou a isenção: como as mudanças propostas no imposto de renda dos investimentos podem mexer com os mercados. Investidores podem esperar mudanças nas taxas, nos prazos e nos retornos se propostas da MP 1.303/25, que estabelece imposto de 5% para isentos e alíquota única de 17,5% para demais investimentos, forem aprovadas.
NOVIDADE
Compensação de prejuízos para todos: o que muda no mecanismo que antes valia só para ações e outros ativos de renda variável. Compensação de prejuízos pode passar a ser permitida para ativos de renda fixa e fundos não incentivados, além de criptoativos; veja as regras propostas pelo governo.
MEXENDO NA BOLSA
Ações, ETFs e derivativos devem ficar sujeitos a alíquota única de IR de 17,5%, e pagamento será trimestral; veja todas as mudanças. Alterações fazem parte da MP que mexe na tributação de investimentos financeiros, publicada ontem pelo governo; veja como ficam as regras.
NA MIRA DO LEÃO
Adeus, dividendos isentos? Fundos imobiliários e fiagros devem passar a ser tributados; veja novas regras. O governo divulgou Medida Provisória que tira a isenção dos dividendos de FIIs e Fiagros, e o investidor vai precisar ficar atento às regras e aos impactos no bolso.
MENOS RENDIMENTOS
Fim da tabela regressiva: CDBs, Tesouro Direto e fundos devem passar a ser tributados por alíquota única de 17,5%; veja regras do novo imposto. Governo publicou Medida Provisória que visa a compensar a perda de arrecadação com o recuo do aumento do IOF. Texto muda premissas importantes dos impostos de investimentos e terá impacto no bolso dos investidores.
TAXA CRIPTO
Governo muda tributação de criptomoedas e deixa investimento mais caro; isenção para vendas de até R$ 35 mil por mês é eliminada. Nova medida provisória unifica alíquota em 17,5% e extingue limite de isenção; entenda o que está em jogo.
PREVIDÊNCIA PRIVADA
Governo muda novamente IOF para VGBL e planejamento sucessório melhora um pouco; veja como ficam as regras agora. Sofrerão cobrança de IOF apenas os aportes em VGBL que superarem os R$ 600 mil no ano, não mais os R$ 50 mil por mês; tributação se dará agora apenas sobre o que exceder limite de isenção.
IMPOSTO NA VEIA
Lula e Haddad defendem taxar títulos isentos após publicação da medida provisória: “Não fui eleito para beneficiar rico”, diz o presidente. Segundo o governo, a medida visa corrigir distorções no sistema tributário e não irá afetar o produtor ou os preços.
MAIS IMPOSTOS
Até o Nubank (ROXO34) vai pagar a conta: as empresas financeiras mais afetadas pelas mudanças tributárias do governo. Segundo analistas, os players não bancários, como Nubank, XP e B3, devem ser os principais afetados pelos novos impostos; entenda os efeitos para os balanços dos gigantes do setor.
AJUSTES NO PORTFÓLIO
Petrobras (PETR4) não é a única na berlinda: BofA também corta recomendação para a bolsa brasileira — mas revela oportunidade em uma ação da B3. O BofA reduziu a recomendação para a bolsa brasileira, de “overweight” para “market weight” (neutra). E agora, o que fazer com a carteira de investimentos?.
DECOLANDO
Com o pé na pista e o olho no céu: Itaú BBA acredita que esses dois gatilhos vão impulsionar ainda mais a Embraer (EMBR3). Após correção nas ações desde as máximas de março, a fabricante brasileira de aviões está oferecendo uma relação risco/retorno mais equilibrada, segundo o banco.
VOO COM HORA MARCADA
Radar ligado: Embraer (EMBR3) prevê demanda global de 10,5 mil aviões em 20 anos; saiba qual região é a líder. A fabricante brasileira de aviões projeta o valor de mercado de todas as novas aeronaves em US$ 680 bilhões, avanço de 6,25% em relação ao ano anterior.
DE CARA NOVA
Gol troca dívida por ação e muda até os tickers na B3 — entenda o plano da companhia aérea depois do Chapter 11. Mudança da companhia aérea vem na esteira da campanha de aumento de capital, aprovado no plano de saída da recuperação judicial.
BOM OU RUIM
Dividendo de R$ 1,5 bilhão da Rumo (RAIL3) é motivo para ficar com o pé atrás? Os bancos respondem. O provento representa 70% do lucro líquido do último ano e é bem maior do que os R$ 350 milhões distribuídos na última década. Mas como fica a alavancagem?
ALÔ, ACIONISTAS
Dividendos e JCP: Telefônica (VIVT3), Copasa (CSMG3) e Neoenergia (NEOE3) pagam R$ 1 bilhão em proventos; veja quem tem direito a receber. A maior fatia é da B3, a operadora da bolsa brasileira, que anunciou na noite desta quinta-feira (11) R$ 378,5 milhões em juros sobre capital próprio.
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Seria capaz de apostar que seu assessor de investimentos não ligou para oferecer uma carteira de small caps brasileiras neste momento. Há algo mais fora de moda do que elas agora? Olho para algumas dessas ações e tenho a impressão de estar diante de “Pomar com ciprestes”, em 1888.
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Mesmo com um endividamento controlado, a empresa em questão voltou a “passar o chapéu”, o que para nós é um sinal claro de que ela está de olho em novas aquisições. E a julgar pelo seu histórico, podemos dizer que isso tende a ser bastante positivo para os acionistas.
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Aqueles que têm um modus operandi e se atêm a ele são vitoriosos. Por sua vez, os indecisos que ora obedecem a um critério, ora a outro, costumam ser alijados do mercado.
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Em vez de entrar em disputas metodológicas na edição de hoje, proponho um outro tipo de exercício imaginativo, mais útil para fins didáticos