Ibovespa sobe 0,52% após renovar máxima intradia com IPCA e PPI no radar; dólar cai a R$ 5,4069
Deflação aqui e lá fora em agosto alimentaram a expectativa de juros menores ainda neste ano; confira os dados e o que mais mexeu com a bolsa e o câmbio nesta quarta-feira (10)
O combo deflação e julgamento da tentativa de golpe de Estado supostamente organizada no governo Jair Bolsonaro ditaram o ritmo das negociações nesta quarta-feira (10). O Ibovespa chegou a renovar máximas intradia, enquanto o dólar à vista operou em queda.
Por aqui, o índice nacional de preços ao consumidor amplo (IPCA) apresentou uma deflação maior do que a esperada para o mês de agosto — o resultado foi o mais brando desde setembro de 2022. Lá fora, o índice de preços ao produtor (PPI) dos EUA caiu ante uma expectativa de alta.
Além disso, os investidores acompanham as declarações do ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele votou hoje pela incompetência da Corte para julgar a ação penal sobre uma trama golpista que teria atuado para manter Bolsonaro no poder mesmo com derrota nas eleições de 2022.
- VEJA TAMBÉM: Não é Petrobras (PETR4) – analista recomenda ação do setor petroleiro que ficou para trás e vale a pena investir agora
Depois de subir mais de 1% e superar os 143 mil pontos na sessão, o Ibovespa fechou em alta de 0,52%, aos 142.348,70 pontos. No mercado de câmbio, o dólar à vista recuou 0,54%, a R$ 5,4069.
Em Wall Street, o S&P 500 e o Nasdaq renovaram máxima no fechamento, aos 6.532,04 pontos (+0,30%) e 21.886,06 pontos (+0,03%), respectivamente, enquanto o Dow Jones recuou 0,48%, aos 45.490,92 pontos.
Ibovespa reage ao IPCA
O Ibovespa reagiu aos dados de inflação de agosto, quando o IPCA caiu 0,11%, após subir 0,26% em julho, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta manhã. A deflação ficou abaixo da mediana das projeções do mercado, que apontava recuo de 0,16%.
Leia Também
Com o resultado de agosto, o IPCA acumula alta de 3,15% no ano e avanço de 5,13% em 12 meses. Cinco dos nove grupos que compõem o indicador registraram queda de preços no mês.
“O dado de hoje trouxe uma surpresa altista tanto no índice cheio, influenciado principalmente pela energia elétrica (desconto de Itaipu), quanto nos núcleos, com serviços e bens industriais subjacentes acima do esperado", diz o Itaú BBA em relatório.
O banco chama atenção também para o fato de o alívio em serviços subjacentes no IPCA do mês passado ser temporário, o que reforça a expectativa da instituição de aceleração dos serviços subjacentes até o final do ano, encerrando próximo de 7% em 2025.
Na avaliação do Bradesco, a leitura do IPCA de agosto, embora com deflação aquém do esperado, reforça que há uma trajetória benigna para o comportamento da inflação.
“Resultado acima do previsto, mas com surpresa concentrada em itens pontuais —
automóveis e alguns industriais voláteis. Os núcleos relevantes para política monetária mantêm dinâmica mais benigna na margem”, diz o banco em relatório, indicando que o dado reforçou a previsão de IPCA de 4,7% ao final do ano.
Para o economista da XP Investimentos, Alexandre Maluf, a deflação menos intensa do que a esperada do IPCA em agosto deve tirar o ímpeto do mercado financeiro em rever para baixo as projeções de inflação no ano, com algumas estimativas já se aproximando de 4,5% ou até abaixo disso.
“A leitura não muda nossa perspectiva para o ano, vamos manter nossa projeção de 4,8% para 2025 e 4,5% para 2026”, disse.
Descubra qual a joia oculta dos DIVIDENDOS para lucrar bem neste mês
IPCA aqui, PPI nos EUA
Não foi só ao IPCA que o Ibovespa reagiu hoje. O principal índice da bolsa brasileira também avançou embalado pela divulgação do PPI nos EUA, que caiu 0,1% em agosto ante julho. Na comparação anual, o índice avançou 2,6% em agosto. Analistas consultados pela FactSet projetavam alta mensal de 0,4% e acréscimo anual de 3,3% em agosto.
O presidente norte-americano, Donald Trump, reagiu imediatamente à divulgação do PPI. "Powell é um desastre total", disse. Segundo ele, o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, tem "deve cortar os juros agora".
A leitura do PPI levou o mercado a reforçar as expectativas de que o Fed retomará os cortes de juros na semana que vem, e que faça uma redução acumulada de 75 pontos-base (pb) até o fim do ano, segundo ferramenta de monitoramento do CME Group.
“A deflação nos preços ao produtor nos EUA entusiasmou o mercado nesta manhã, abrindo espaço para renovação dos recordes atingidos ontem na esteira de apostas ainda mais fortes no corte de juros pelo Fed na semana que vem, com mais players apostando inclusive em um corte de 50 pb em vez do tradicional ritmo de 25 pb, que ainda é o consenso”, disse Paula Zogbi, estrategista-chefe da Nomad.
Para ela, com indicadores de mercado de trabalho fracos na semana passada, a barreira para o Fed assumir uma postura acomodatícia mais firme está justamente na inflação, que resiste em convergir para a meta de 2%.
“Na última leitura, justamente os preços ao produtor indicavam maior pressão, o que se dissipa em parte com a leitura de hoje. De todo modo, o índice ao consumidor de amanhã será olhado ainda mais de perto, porque a inflação na ponta é o que entra no mandato do banco central norte-americano”, afirma.
O julgamento no STF
Os investidores também monitoraram com atenção o julgamento no STF. O mercado teme que uma decisão pela condenação de Bolsonaro possa desencadear uma nova onda de sanções dos EUA contra o Brasil.
Depois dos votos de Alexandre de Moraes e Flávio Dino pela condenação, hoje foi a vez de Luiz Fux votar. O ministro defendeu a incompetência da Corte máxima do País para analisar o caso da tentativa de golpe de Estado.
Para o ministro, o caso deveria ter tramitado na primeira instância da Justiça Federal, uma vez que nenhum dos oito réus possui foro por prerrogativa de função no Supremo Tribunal Federal (STF). Na avaliação dele, o processo que tramita no Supremo deveria ser inteiramente anulado.
“Estamos diante de uma incompetência absoluta”, disse. “E, como é sabido, em virtude da incompetência absoluta para o julgamento, impõem-se a declaração de nulidade de todos os atos decisórios praticados”, complementou Fux.
Em março deste ano, o Supremo aprovou, por 7 votos a 4, uma nova interpretação do foro privilegiado, para afirmar que casos criminais devem tramitar na Corte mesmo após o ocupante deixar o cargo.
Para o ministro, essa modificação “recentíssima”, feita neste ano no regimento interno do Supremo, que alterou a interpretação sobre o foro privilegiado e embasou a decisão de manter o julgamento na Primeira Turma da Corte, não poderia ter sido aplicado ao caso da trama golpista.
*Com informações da Agência Brasil
Com novo inquilino no pedaço, fundo imobiliário RBVA11 promete mais renda e menos vacância aos cotistas
O fundo imobiliário RBVA11, da Rio Bravo, fechou contrato de locação com a Fan Foods para um restaurante temático na Avenida Paulista, em São Paulo, reduzindo a vacância e ampliando a diversificação do portfólio
Fiagro multiestratégia e FoFs de infraestrutura: as inovações no horizonte dos dois setores segundo a Suno Asset e a Sparta
Gestores ainda fazem um alerta para um erro comum dos investidores de fundos imobiliários que queiram alocar recursos em Fiagros e FI-Infras
FIIs atrelados ao CDI: de patinho feio à estrela da noite — mas fundos de papel ainda não decolam, segundo gestor da Fator
Em geral, o ciclo de alta dos juros tende a impulsionar os fundos imobiliários de papel. Mas o voo não aconteceu, e isso tem tudo a ver com os últimos eventos de crédito do mercado
JP Morgan rebaixa Fleury (FLRY3) de compra para venda por desinteresse da Rede D’Or, e ações têm maior queda do Ibovespa
Corte de recomendação leva os papéis da rede de laboratórios a amargar uma das maiores quedas do Ibovespa nesta quarta (22)
“Não é voo de galinha”: FIIs de shoppings brilham, e ainda há espaço para mais ganhos, segundo gestor da Vinci Partners
Rafael Teixeira, gestor da Vinci Partners, avalia que o crescimento do setor é sólido, mas os spreads estão maiores do que deveriam
Ouro cai mais de 5% com correção de preço e tem maior tombo em 12 anos — Citi zera posição no metal precioso
É a pior queda diária desde 2013, em um movimento influenciado pelo dólar mais forte e perspectiva de inflação menor nos EUA
Por que o mercado ficou tão feliz com a prévia da Vamos (VAMO3) — ação chegou a subir 10%
Após divulgar resultados operacionais fortes e reforçar o guidance para 2025, os papéis disparam na B3 com investidores embalados pelo ritmo de crescimento da locadora de caminhões e máquinas
Brava Energia (BRAV3) enxuga diretoria em meio a reestruturação interna e ações têm a maior queda do Ibovespa
Companhia simplifica estrutura, une áreas estratégicas e passa por mudanças no alto escalão enquanto lida com interdição da ANP
Inspirada pela corrida pelo ouro, B3 lança Índice Futuro de Ouro (IFGOLD B3), 12° novo indicador do ano
Novo indicador reflete a crescente demanda pelo ouro, com cálculos diários baseados no valor de fechamento do contrato futuro negociado na B3
FII RCRB11 zera vacância do portfólio — e cotistas vão sair ganhando com isso
O contrato foi feito no modelo plug-and-play, em que o imóvel é entregue pronto para uso imediato
Recorde de vendas e retorno ao Minha Casa Minha Vida: é hora de comprar Eztec (EZTC3)? Os destaques da prévia do 3T25
BTG destaca solidez nos números e vê potencial de valorização nas ações, negociadas a 0,7 vez o valor patrimonial, após a Eztec registrar o maior volume de vendas brutas da sua história e retomar lançamentos voltados ao Minha Casa Minha Vida
Usiminas (USIM5) lidera os ganhos do Ibovespa e GPA (PCAR3) é a ação com pior desempenho; veja as maiores altas e quedas da semana
Bolsa se recuperou e retornou aos 143 mil pontos com melhora da expectativa para negociações entre Brasil e EUA
Como o IFIX sobe 15% no ano e captações de fundos imobiliários continuam fortes mesmo com os juros altos
Captações totalizam R$ 31,5 bilhões até o fim de setembro, 71% do valor captado em 2024 e mais do que em 2023 inteiro; gestores usam estratégias para ampliar portfólio de fundos
De operário a milionário: Vencedor da Copa BTG Trader operava “virado”
Agora milionário, trader operava sem dormir, após chegar do turno da madrugada em seu trabalho em uma fábrica
Apesar de queda com alívio nas tensões entre EUA e China, ouro tem maior sequência de ganhos semanais desde 2008
O ouro, considerado um dos ativos mais seguros do mundo, acumulou valorização de 5,32% na semana, com maior sequência de ganhos semanais desde setembro de 2008.
Roberto Sallouti, CEO do BTG, gosta do fundamento, mas não ignora análise técnica: “o mercado te deixa humilde”
No evento Copa BTG Trader, o CEO do BTG Pactual relembrou o início da carreira como operador, defendeu a combinação entre fundamentos e análise técnica e alertou para um período prolongado de volatilidade nos mercados
Há razão para pânico com os bancos nos EUA? Saiba se o país está diante de uma crise de crédito e o que fazer com o seu dinheiro
Mesmo com alertas de bancos regionais dos EUA sobre o aumento do risco de inadimplência de suas carteiras de crédito, o risco não parece ser sistêmico, apontam especialistas
Citi vê mais instabilidade nos mercados com eleições de 2026 e tarifas e reduz risco em carteira de ações brasileiras
Futuro do Brasil está mais incerto e analistas do Citi decidiram reduzir o risco em sua carteira recomendada de ações MVP para o Brasil
Kafka em Wall Street: Por que você deveria se preocupar com uma potencial crise nos bancos dos EUA
O temor de uma infestação no setor financeiro e no mercado de crédito norte-americano faz pressão sobre as bolsas hoje
B3 se prepara para entrada de pequenas e médias empresas na Bolsa em 2026 — via ações ou renda fixa
Regime Fácil prevê simplificação de processos e diminuição de custos para que companhias de menor porte abram capital e melhorem governança