Com o pé na pista e o olho no céu: Itaú BBA acredita que esses dois gatilhos vão impulsionar ainda mais a Embraer (EMBR3)
Após correção nas ações desde as máximas de março, a fabricante brasileira de aviões está oferecendo uma relação risco/retorno mais equilibrada, segundo o banco
O Itaú BBA segue otimista com a Embraer (EMBR3), destacando dois grandes gatilhos para o curto prazo: o Paris Airshow, que acontece na próxima semana, e o teste de voo do EVE, previsto para o segundo semestre deste ano.
Para o banco, esses eventos podem impulsionar ainda mais os resultados da fabricante de aeronaves.
Após uma correção de 15% nas ações desde as máximas de março, a empresa está oferecendo uma relação risco-retorno mais equilibrada, segundo a equipe de analistas liderada por Daniel Gasparete.
- VEJA MAIS: Você está preparado para ajustar sua carteira este mês? Confira o novo episódio do “Onde Investir” do Seu Dinheiro
A casa reitera a recomendação de compra, com um preço-alvo de US$ 62 para ERJ — código de negociação da ação na Bolsa de Nova York (Nyse).
No pregão de desta quinta-feira (12), as ações EMBR3 fecharam com alta de 4,24%, negociadas a R$ 68,83. Em Nova York, ERJ subiu 4,12%, a US$ 49,79.
Paris Airshow e EVE devem ajudar a Embraer
O Paris Airshow é especialmente aguardado, com o otimismo sobre novos pedidos para as divisões Comercial e de Defesa ganhando força nas conversas com a gerência.
Leia Também
“No início deste ano, a gerência informou que havia seis campanhas ativas na divisão comercial (1 na América do Sul, 1 na América do Norte, 2 na Europa, 1 na África e 1 na Ásia), das quais, até o momento, apenas uma foi anunciada (ANA Airlines no Japão). Ainda, mencionou que nenhuma das outras campanhas foi cancelada devido a preocupações com a guerra comercial”, dizem os analistas.
Sobre o EVE, o BBA vê como uma das opções de maior valor da Embraer. A subsidiária vale US$ 1,6 bilhão — e a Embraer detém 84% de participação —, consideravelmente inferior ao de seus principais concorrentes, uma vez que Joby e Archer valem US$ 8,4 bilhões e US$ 6,5 bilhões, respectivamente.
A EVE é uma subsidiária da Embraer que produz aeronaves elétricas de decolagem e pouso vertical e infraestrutura de mobilidade aérea urbana.
“Acreditamos que a avaliação do EVE pode mudar no segundo semestre de 2025, à medida que o voo de teste do protótipo em escala real ocorrer (os eVTOLs da Joby e da Archer já foram testados)”, ponderam os analistas.
O BBA pontua que, conforme os últimos registros, o EVE tem uma carteira de pedidos de US$ 14 bilhões, distribuídos por meio de aproximadamente 2,8 mil cartas de intenção (LOIs), além de US$ 1,6 bilhão em contratos de revisão.
“Isso torna o EVE um dos maiores players do setor de eVTOLs, com 18% do total de LOIs. Se for bem-sucedido, o EVE avançará na certificação da aeronave em 2026, convertendo essas LOIs em pedidos firmes e, potencialmente, desfrutando de uma reclassificação considerável”.
Existem riscos, mas avaliação é atrativa
Apesar dos gatilhos positivos, o BBA não ignora riscos para a Embraer. Um deles é o eventual impacto do Chapter 11 (recuperação judicial nos Estados Unidos) da Azul (AZUL4), que levantou preocupações sobre os lucros da fabricante de aeronaves.
Para os analistas, ainda é muito cedo para avaliar, no entanto, em um primeiro momento, o impacto parece limitado, representando menos de 1% da projeção de Ebit (lucros antes de juros e impostos) para 2025, mesmo com a companhia sendo um dos maiores clientes da Embraer.
Em relação a uma potencial baixa contábil, os analistas ponderam que, segundo as demonstrações financeiras, há apenas US$ 36 milhões de clientes domiciliados no Brasil, dos quais acreditam que menos da metade estaria relacionada à companhia aérea.
“Em relação à carteira de pedidos, destacamos que as aeronaves da ERJ operadas por companhias aéreas brasileiras foram fornecidas por arrendadores, que acreditamos que devem manter seus pedidos, dadas as obrigações contratuais (por exemplo, pagamentos de pré-entrega já efetuados)”, dizem.
O segundo risco envolve os efeitos adicionais da guerra comercial na Embraer. A administração sinalizou um impacto de 90 pontos-base em seu Ebit gerado, proveniente dos custos da cadeia de suprimentos relacionados ao conflito.
No entanto, o BBA teme que possa haver efeitos adicionais, já que as companhias aéreas estão adiando a entrega de aeronaves para evitar custos extras.
“Embora concordemos que existam riscos que podem pesar sobre as expectativas de lucros para este ano, acreditamos que pode haver catalisadores que sustentem uma expansão dos múltiplos no curto prazo”, dizem.
*Com informações do Money Times
Concurso do IBGE 2025 tem 9,5 mil vagas com salários de até R$ 3.379; veja cargos e como se inscrever
Prazo de inscrição termina nesta quinta (11). Processo seletivo do IBGE terá cargos de agente e supervisor, com salários, benefícios e prova presencial
Heineken dá calote em fundo imobiliário, inadimplência pesa na receita, e cotas apanham na bolsa; confira os impactos para o cotista
A gestora do FII afirmou que já realizou diversas tratativas com a locatária para negociar os valores em aberto
Investidor estrangeiro minimiza riscos de manutenção do governo atual e cenários negativos estão mal precificados, diz Luis Stuhlberger
Na carta mensal do Fundo Verde, gestor afirmou que aumentou exposição às ações locais e está comprado em real
Após imbróglio, RBVA11 devolve agências à Caixa — e cotistas vão sair ganhando nessa
Com o distrato, o fundo reduziu ainda mais sua exposição ao setor financeiro, que agora representa menos de 24% do portfólio total
Efeito Flávio derruba a bolsa: Ibovespa perde mais de 2 mil pontos em minutos e dólar beira R$ 5,50 na máxima do dia
Especialistas indicam que esse pode ser o começo da real precificação do cenário eleitoral no mercado local, depois de sucessivos recordes do principal índice da bolsa brasileira
FII REC Recebíveis (RECR11) mira R$ 60 milhões com venda de sete unidades de edifício em São Paulo
Apesar de não ter informado se a operação vai cair como um dinheiro extra no bolso dos cotistas, o RECR11 voltou a aumentar os dividendos em dezembro
Ações de IA em alta, dólar em queda, ouro forte: o que esses movimentos revelam sobre o mercado dos EUA
Segundo especialistas consultados pelo Seu Dinheiro, é preciso separar os investimentos em equities de outros ativos; entenda o que acontece no maior mercado do mundo
TRX Real Estate (TRXF11) abocanha novos imóveis e avança para o setor de educação; confira os detalhes das operações
O FII fez sua primeira compra no segmento de educação ao adquirir uma unidade da Escola Eleva, na Barra da Tijuca (RJ)
O estouro da bolsa brasileira: gestor rebate tese de bolha na IA e vê tecnologia abrindo janela de oportunidade para o Brasil
Em entrevista exclusiva ao Seu Dinheiro, Daniel Popovich, gestor da Franklin Templeton, rebate os temores de bolha nas empresas de inteligência artificial e defende que a nova tecnologia se traduzirá em crescimento de resultados para as empresas e produtividade para as economias
Aura (AURA33): small cap que pode saltar 50% está no pódio das ações para investir em dezembro segundo 9 analistas
Aura Minerals (AURA33) pode quase dobrar a produção; oferece exposição ao ouro; paga dividendos trimestrais consistentes e negocia com forte desconto.
CVM suspende 6 empresas internacionais por irregularidades na oferta de investimentos a brasileiros; veja quais são
Os sites, todos em português, se apresentam como plataformas de negociação em mercados globais, com ativos como moedas estrangeiras, commodities, metais, índices, ETFs, ações, criptoativos e outros
Bolsa perdeu R$ 183 bilhões em um único dia; Itaú Unibanco (ITUB4) teve maiores perdas
Essa é a maior queda desde 22 de fevereiro de 2021, ainda período da pandemia, e veio depois que Flávio Bolsonaro foi confirmado como candidato à presidência pelo PL
Do céu ao inferno: Ibovespa tem a maior queda desde 2021; dólar e juros disparam sob “efeito Flávio Bolsonaro”
Até então, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, era cotado como o mais provável candidato da direita, na avaliação do mercado, embora ele ainda não tivesse anunciado a intenção de concorrer à presidência
Pequenas e poderosas: Itaú BBA escolhe as ações small cap com potencial de saltar até 50% para carteira de dezembro
A Plano & Plano (PLP3) tem espaço para subir até 50,6%; já a Tenda (TEND3) pode ter valorização de 45,7%
Ibovespa sobe 1,65% e rompe os 164 mil pontos em forte sequência de recordes. Até onde o principal índice da bolsa pode chegar?
A política monetária, com o início do ciclo de cortes da Selic, é um dos gatilhos para o Ibovespa manter o sprint em 2026, mas não é o único; calculamos até onde o índice pode chegar e explicamos o que o trouxe até aqui
Ibovespa vai dar um salto de 18% e atingir os 190 mil pontos com eleições e cortes na Selic, segundo o JP Morgan
Os estrategistas reconhecem que o Brasil é um dos poucos mercados emergentes com um nível descontado em relação à média histórica e com o múltiplo de preço sobre lucro muito mais baixo do que os pares emergentes
Empresas listadas já anunciaram R$ 68 bilhões em dividendos do quarto trimestre — e há muito mais por vir; BTG aposta em 8 nomes
Levantamento do banco mostra que 23 empresas já anunciaram valor ordinários e extraordinários antes da nova tributação
Pátria Malls (PMLL11) vai às compras, mas abre mão de parte de um shopping; entenda o impacto no bolso do cotista
Somando as duas transações, o fundo imobiliário deverá ficar com R$ 40,335 milhões em caixa
BTLG11 é destronado, e outros sete FIIs disputam a liderança; confira o ranking dos fundos imobiliários favoritos para dezembro
Os oito bancos e corretoras consultados pelo Seu Dinheiro indicaram três fundos de papel, dois fundos imobiliários multiestratégia e dois FIIs de tijolo
A bolsa não vai parar: Ibovespa sobe 0,41% e renova recorde pelo 2º dia seguido; dólar cai a R$ 5,3133
Vale e Braskem brilham, enquanto em Nova York, a Microsoft e a Nvidia tropeçam e terminam a sessão com perdas