Com bolsa em alta, diretor do BTG Pactual vê novos follow-ons e M&As no radar — e até IPOs podem voltar
Para Renato Hermann Cohn, diretor financeiro (CFO) do banco, com a bolsa voltando aos trilhos, o cenário começa a mudar para o mercado de ofertas de ações

A forte valorização da bolsa brasileira e a retomada do apetite por risco podem ser o sinal que os investidores ansiavam de que a seca de IPOs e follow-ons na B3 está chegando ao fim. Pelo menos, esta é a avaliação de um dos diretores do BTG Pactual.
Para Renato Hermann Cohn, diretor financeiro (CFO) e de relações com investidores (DRI) do banco, embora a volatilidade tenha drenado os fluxos da renda variável nos últimos meses, com a bolsa voltando aos trilhos, o cenário começa a mudar para o mercado de ofertas de ações.
- VEJA MAIS: Com Selic a 14,75% ao ano, ‘é provável que tenhamos alcançado o fim do ciclo de alta dos juros’, defende analista – a era das vacas gordas na renda fixa vai acabar?
"Estamos começando a ver alguma movimentação, que há algum tempo estava estagnada", disse Cohn, destacando a recuperação da bolsa como um possível ponto de virada para o mercado de ações.
No pregão desta terça-feira (13), o Ibovespa renovou o recorde de pontuação máxima da bolsa brasileira, ao ultrapassar a marca de 138.942 pontos. A “antiga” máxima intradiária do índice aconteceu em 8 de maio, quando o índice registrou 137.634,57 pontos.
Além de follow-ons, B3 verá novos IPOs?
Porém, ele é cauteloso quanto ao retorno dos IPOs (ofertas iniciais de ações).
"Talvez os IPOs demorem um pouco mais. Não vejo isso acontecendo de forma imediata, pois as condições ainda precisam melhorar", disse, em conversa com jornalistas.
Leia Também
Na avaliação de Cohn, há empresas prontas para abrir o capital, mas elas devem esperar o melhor momento para garantir o sucesso dessas ofertas.
“Estamos todos torcendo para que o mercado volte, mas se vai dar tempo de fazer em 2025, é difícil dizer.”
BTG no mercado: O teto da ação está longe, diz diretor
Segundo o diretor, essa retomada de emissões no mercado de renda variável pode abrir uma oportunidade de recuperação para o banco de investimento do BTG.
As receitas da área de Investment Banking foram umas das poucas linhas negativas no balanço do banco, divulgado nesta segunda-feira (12). Confira aqui mais detalhes sobre o resultado.
De olho na performance das ações do próprio BTG Pactual, Cohn afirma que o banco ainda não "chegou ao teto".
“As ações do setor financeiro, em geral, estão sendo afetadas por uma correção do mercado, mas o desempenho do BTG segue em linha com o crescimento sólido da companhia”, afirmou.
"Ainda tem bastante espaço para a nossa ação andar. Conforme formos entregando os resultados, as pessoas vão se convencendo disso", acrescentou.
As units BPAC11 operam por volta de R$ 40,50, acumulando alta de 49,4% em 2025 e de 18,8% em um ano.
- E MAIS: Calendário de resultados desta semana inclui Banco do Brasil, BRF, Cosan e outras empresas; acompanhe a cobertura completa de balanços
Além dos IPOs, os mercados de dívida e de M&As
Do lado do mercado de dívida, Cohn destacou que a volatilidade do dólar e das taxas de juros prejudicou as emissões no começo do ano, mas a partir de março e abril, “a situação foi bem melhor”.
Para o segundo trimestre, o diretor do BTG acredita que o volume de operações de dívida será substancialmente maior do que no primeiro, com o mercado de emissão de títulos já demonstrando sinais de recuperação.
Veja também:
- Onde investir na renda fixa em maio: Tesouro IPCA+ e CRA da BRF são destaques; indicações incluem LCA e debêntures incentivadas
- CDI+5% é realista? Gestores discutem o retorno das debêntures no Brasil e destacam um motivo para o investidor se preocupar com esse mercado
- As empresas não querem mais saber da bolsa? Puxada por debêntures, renda fixa domina o mercado com apetite por títulos isentos de IR
Já sobre o mercado de fusões e aquisições (M&A), Cohn acredita que a atividade deve acelerar nos próximos meses, apesar da tendência mais fraca nos primeiros meses do ano. “Tem bastante coisa para sair neste ano.”
“Acho que o mercado foi mais fraco no início de 2025, mas a volatilidade não foi o principal fator. Agora, esperamos um volume maior de operações fechando nos próximos trimestres”, afirmou.
BTG e a compra do Banco Master
Questionado sobre a potencial aquisição de ativos do Banco Master, Cohn afirma que “não tem interesse particular por nenhum negócio do banco”.
No entanto, destaca que, se houver alguma operação de mercado onde existam ativos disponíveis à venda, o banco pode analisar para comprar.
O diretor do BTG afirmou que, dependendo do que acontecer e se houver ativos disponíveis no mercado, “o banco pode ajudar nesse processo, auxiliando tanto os reguladores como o sistema financeiro”.
Raízen (RAIZ4) e Braskem (BRKM5) derretem mais de 10% cada: o que movimentou o Ibovespa na semana
A Bolsa brasileira teve uma ligeira alta de 0,3% em meio a novos sinais de desaceleração econômica doméstica; o corte de juros está próximo?
Ficou barata demais?: Azul (AZUL4) leva puxão de orelha da B3 por ação abaixo de R$ 1; entenda
Em comunicado, a companhia aérea informou que tem até 4 de fevereiro de 2026 para resolver o problema
Nubank dispara 9% em NY após entregar rentabilidade maior que a do Itaú no 2T25 — mas recomendação é neutra, por quê?
Analistas veem limitações na capacidade de valorização dos papéis diante de algumas barreiras de crescimento para o banco digital
TRXF11 renova apetite por aquisições: FII adiciona mais imóveis no portfólio por R$ 98 milhões — e leva junto um inquilino de peso
Com a transação, o fundo imobiliário passa a ter 72 imóveis e um valor total investido de mais de R$ 3,9 bilhões em ativos
Banco do Brasil (BBAS3): Lucro de quase R$ 4 bilhões é pouco ou o mercado reclama de barriga cheia?
Resultado do segundo trimestre de 2025 veio muito abaixo do esperado; entenda por que um lucro bilionário não é o bastante para uma instituição como o Banco do Brasil (BBAS3)
FII anuncia venda de imóveis por R$ 90 milhões e mira na redução de dívidas; cotas sobem forte na bolsa
Após acumular queda de mais de 67% desde o início das operações na B3, o fundo imobiliário vem apostando na alienação de ativos do portfólio para reduzir passivos
“Basta garimpar”: A maré virou para as small caps, mas este gestor ainda vê oportunidade em 20 ações de ‘pequenas notáveis’
Em meio à volatilidade crescente no mercado local, Werner Roger, gestor da Trígono Capital, revelou ao Seu Dinheiro onde estão as principais apostas da gestora em ações na B3
Dólar sobe a R$ 5,4018 e Ibovespa cai 0,89% com anúncio de pacote do governo para conter tarifaço. Por que o mercado torceu o nariz?
O plano de apoio às empresas afetadas prevê uma série de medidas construídas junto aos setores produtivos, exportadores, agronegócio e empresas brasileiras e norte-americanas
Outra rival para a B3: CSD BR recebe R$ 100 milhões do Citi, Morgan Stanley e UBS para criar nova bolsa no Brasil
Investimento das gigantes financeiras é mais um passo para a empresa, que já tem licenças de operação do Banco Central e da CVM
HSML11 amplia aposta no SuperShopping Osasco e passa a deter mais de 66% do ativo
Com a aquisição, o fundo imobiliário concluiu a aquisição adicional do shopping pretendida com os recursos da 5ª emissão de cotas
Bolsas no topo e dólar na base: estas são as estratégias de investimento que o Itaú (ITUB4) está recomendando para os clientes agora
Estrategistas do banco veem um redirecionamento global de recursos que pode chegar ao Brasil, mas existem algumas condições pelo caminho
A Selic vai cair? Surpresa em dado de inflação devolve apetite ao risco — Ibovespa sobe 1,69% e dólar cai a R$ 5,3870
Lá fora os investidores também se animaram com dados de inflação divulgados nesta terça-feira (12) e refizeram projeções sobre o corte de juros pelo Fed
Patria Investimentos anuncia mais uma mudança na casa — e dessa vez não inclui compra de FIIs; veja o que está em jogo
A movimentação está sendo monitorada de perto por especialistas do setor imobiliário
Stuhlberger está comprando ações na B3… você também deveria? O que o lendário fundo Verde vê na bolsa brasileira hoje
A Verde Asset, que hoje administra mais de R$ 16 bilhões em ativos, aumentou a exposição comprada em ações brasileiras no mês passado; entenda a estratégia
FII dá desconto em aluguéis para a Americanas (AMER3) e cotas apanham na bolsa
O fundo imobiliário informou que a iniciativa de renegociação busca evitar a rescisão dos contratos pela varejista
FII RBVA11 anuncia venda de imóvel e movimenta mais de R$ 225 milhões com nova estratégia
Com a venda de mais um ativo, localizado em São Paulo, o fundo imobiliário amplia um feito inédito
DEVA11 vai dar mais dores de cabeça aos cotistas? Fundo imobiliário despenca mais de 7% após queda nos dividendos
Os problemas do FII começaram em 2023, quando passou a sofrer com a inadimplência de CRIs lastreados por ativos do Grupo Gramado Parks
Tarifaço de Trump e alta dos juros abrem oportunidade para comprar o FII favorito para agosto com desconto; confira o ranking dos analistas
Antes mesmo de subir no pódio, o fundo imobiliário já vinha chamando a atenção dos investidores com uma série de aquisições
Trump anuncia tarifa de 100% sobre chips e dispara rali das big techs; Apple, AMD e TSMC sobem, mas nem todas escapam ilesas
Empresas que fabricam em solo americano escapam das novas tarifas e impulsionam otimismo em Wall Street, mas Intel não conseguiu surfar a onda
Ações baratas e dividendos gordos: entenda a estratégia deste gestor para multiplicar retornos com a queda dos juros
Com foco em papéis descontados e empresas alavancadas, a AF Invest aposta em retomada da bolsa e distribuição robusta de proventos com a virada de ciclo da Selic