🔴 AÇÕES, FIIs, BDRs E CRIPTO – ONDE INVESTIR EM SETEMBRO? CONFIRA AQUI

Julia Wiltgen

Julia Wiltgen

Jornalista formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com pós-graduação em Finanças Corporativas e Investment Banking pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Trabalhou com produção de reportagem na TV Globo e foi editora de finanças pessoais de Exame.com, na Editora Abril. Hoje é editora-chefe do Seu Dinheiro.

Aperta aqui, solta ali

CMN reduz carência das LCIs de 12 para 9 meses e as equipara às LCAs, mas acaba com a “farra” dos CDCAs, que haviam escapado das restrições

O órgão restringiu as regras de emissão dos títulos do agronegócio, equiparando-as às de CRIs e CRAs, e também regulamentou LCD, novo título isento de IR

Julia Wiltgen
Julia Wiltgen
22 de agosto de 2024
20:20
Plantação e imóveis, destinação dos recursos da LCA e LCI
Plantação e imóveis, destinação dos recursos da LCA e LCI. - Imagem: Freepik

O Conselho Monetário Nacional (CMN) se reuniu nesta quinta-feira (22) e trouxe boas e más notícias para os investidores de renda fixa.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Por um lado, o colegiado reduziu de 12 para nove meses a carência das Letras de Crédito Imobiliário (LCI), equiparando-as as Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), o que melhora a atratividade dos títulos imobiliários, que agora poderão ser resgatados em um prazo menor.

Além disso, o órgão também regulamentou as condições de emissão das Letras de Crédito do Desenvolvimento (LCD), títulos isentos de imposto de renda "primos" das LCIs e LCAs lançados no fim de julho.

Por outro lado, o CMN acabou com a "farra" dos também isentos Certificados de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCA), que não haviam tido a sua emissão restringida no início deste ano, como ocorreu com os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) e Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs).

Em razão disso, o mercado passou a ver algumas emissões polpudas de CDCA, uma vez que, nesse tipo de papel, o benefício tributário é aproveitado tanto pelo investidor quanto pelo emissor.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

No entanto, agora o CMN equiparou as regras de emissão dos CDCAs às dos CRIs e CRAs, restringindo o tipo de ativo que pode lastrear esses instrumentos de renda fixa.

Leia Também

LCIs passam a ter carência de 9 meses

Em fevereiro deste ano, causou polêmica uma decisão do CMN que aumentou a carência mínima das LCIs e LCAs não indexadas à inflação de 90 dias (três meses) para 12 e nove meses, respectivamente.

A medida diminuiu bastante a atratividade desses papéis para o investidor pessoa física, afeito às aplicações de renda fixa isentas de IR.

No entanto, o CMN decidiu, na reunião desta quinta, equiparar as carências dos dois títulos, uma vez que entende que os dois tipos de papel oferecem a mesma relação risco-retorno e que a diferenciação entre ambos acabou desfavorecendo as instituições financeiras com atuação voltada para o mercado imobiliário, financiado pelas LCIs.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

"Considerando-se que a LCA e a LCI são avaliados como papéis que oferecem semelhante relação entre risco e retorno, que os investidores possuem preferência por liquidez e que os prazos diferenciados trariam condições desfavoráveis para as instituições com atuação voltada para o mercado imobiliário, o CMN entendeu necessário reduzir para nove meses o prazo mínimo de vencimento da LCI não atualizada por índice de preço, equalizando esse prazo com aquele estabelecido para a LCA", diz a decisão do colegiado.

CDCAs equiparados a CRIs e CRAs

Em adição a isso, o CMN emitiu ainda a Resolução nº 5.163, de 22/08/2024, que, segundo o Ministério da Fazenda, "harmoniza" as condições de emissão dos CDCAs com as regras vigentes em relação ao lastro de emissão de CRAs e CRIs.

Na mesma ocasião da mudanças das regras de LCIs e LCAs, o CMN também restringiu os tipos de negócios que poderiam emitir CRIs e CRAs e os tipos de ativos que poderiam lastreá-los, a fim de que apenas empresas e operações realmente relacionadas ao mercado imobiliário e ao agronegócio se valessem da captação de recursos por meio desses papéis.

A medida reduziu a emissão de CRIs e CRAs no mercado e acabou levando os recursos dos investidores a migrarem em peso para as debêntures incentivadas, títulos de dívida de empresas que também contam com isenção de IR para financiar projetos de infraestrutura.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Agora, os CDCAs também entrarão na dança.

"Os CDCAs são títulos de crédito vinculados a direitos creditórios originários de negócios realizados entre produtores rurais ou suas cooperativas e terceiros, inclusive financiamentos ou empréstimos, relacionados com a produção, a comercialização, o beneficiamento ou a industrialização de produtos ou insumos agropecuários ou de máquinas e implementos utilizados na atividade agropecuária", diz comunicado do ministério.

Assim, a nova resolução estabelece que os CDCAs só poderão ser lastreados em "operações compatíveis com as finalidades que justificam a sua criação", isto é, negócios e operações de crédito de fato relacionados ao agronegócio.

"Dessa forma, o CMN reafirma a possibilidade de empresas típicas do agronegócio financiarem suas atividades por meio da emissão de CDCAs."

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A nova regra, no entanto, não afetará as operações em processo de emissão, ou seja, os CDCAs já distribuídos ou cujas ofertas de distribuição pública já tenham sido objeto de requerimento junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

CMN regulamenta as condições de emissão da Letra de Crédito do Desenvolvimento (LCD)

Quanto à LCD, a Resolução CMN nº 5.169, que regulamenta o papel, trata dos aspectos fundamentais para a emissão do título, com destaque para:

  • As condições de recompra ou resgate antecipado do título, que só poderão ocorrer em ambiente de negociação competitivo, observado o prazo mínimo de 12 meses (isto é, só podem ocorrer com carência mínima de 1 ano);
  • O estabelecimento de limites de emissão de acordo com o porte e o perfil de risco da instituição emissora;
  • E a obrigatoriedade de que as instituições financeiras observem critérios de transparência e adequação na distribuição, colocação ou negociação do título, prestando ao investidor as informações necessárias para a correta decisão de investimento.

A LCD foi criada pela Lei nº 14.937, de 26 de julho de 2024 para serem instrumentos de captação de recursos por parte do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e dos bancos de desenvolvimento estaduais, a fim de financiar projetos de infraestrutura, pesquisa e outros segmentos que contribuam para o desenvolvimento do país.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
VISÃO DO GESTOR

SPX diminui aposta no Banco do Brasil e vê oportunidade rara no crédito soberano da Argentina

3 de setembro de 2025 - 17:30

Com spreads comprimidos travando o mercado local de títulos de dívida, a SPX afina a estratégia para preservar relação risco-retorno em fundos de crédito

RESILIENTES COM PRAZO

Braskem, Vale, Mercado Livre… onde estão os riscos e oportunidades no crédito para quem investe em debêntures, na visão da Moody’s

3 de setembro de 2025 - 14:22

Relatório da agência de risco projeta estabilidade na qualidade do crédito até o próximo ano, mas desaceleração da atividade em meio a juros altos e incertezas políticas exigem cautela

RISCO SEM PRÊMIO?

Prêmio das debêntures de infraestrutura é o menor em cinco anos — quem está comprando esse risco e por quê?

22 de agosto de 2025 - 17:46

Diferença nas taxas em relação aos retornos dos títulos públicos está cada vez menor, diante da corrida aos isentos impulsionada por uma possível cobrança de imposto

ENTRE O RISCO E O RETORNO

A nova jogada dos gestores de crédito para debêntures incentivadas em meio à incerteza da isenção do IR

21 de agosto de 2025 - 12:07

Com spreads cada vez mais apertados e dúvidas sobre a isenção do imposto de renda, gestores recorrem ao risco intermediário e reforçam posições em FIDCs para buscar retorno

24/7

Tesouro Direto vai operar 24 horas por dia a partir de 2026

17 de agosto de 2025 - 15:55

Novidades incluem título para reserva de emergência sem marcação a mercado e plataforma mais acessível para novos investidores

BATALHA DA RENDA FIXA

Tesouro Direto IPCA ou Prefixado: Qual a melhor opção de renda fixa para lucrar na virada de ciclo dos juros?

13 de agosto de 2025 - 6:01

Com juros em queda e inflação sob controle, entenda como escolher a melhor opção de rentabilidade para proteger e potencializar os investimentos

CARTEIRA RECOMENDADA

Debêntures da Petrobras (PETR4) e prefixados com taxa de 13% ao ano são destaques. Confira as recomendações para renda fixa em agosto

8 de agosto de 2025 - 15:00

BTG Pactual, Itaú BBA e XP recomendam travar boa rentabilidade agora e levar títulos até o vencimento diante das incertezas futuras

DOIS ANOS

Tesouro Educa+ faz aniversário com taxas de IPCA + 7% em todos os vencimentos; dá para garantir faculdade, material e mais

6 de agosto de 2025 - 14:29

Título público voltado para a educação dos filhos dobrou de tamanho em relação ao primeiro ano e soma quase 160 mil investidores

GARANTA JÁ O SEU ISENTO

De debêntures incentivadas a fundos de infraestrutura, investidores raspam as prateleiras para garantir títulos isentos — e aceitam taxas cada vez menores 

23 de julho de 2025 - 16:58

A Medida Provisória 1.303/25 tem provocado uma corrida por ativos isentos de imposto de renda, levando os spreads dos títulos incentivados a mínimas históricas

adia, mas paga

De SNCI11 a URPR11: Calote de CRIs é problema e gestores de fundos imobiliários negociam alternativas

19 de julho de 2025 - 14:15

Os credores têm aceitado abrir negociações para buscar alternativas e ter chances maiores de receber o pagamento dos títulos

NOVA REALIDADE

Renda fixa capta bilhões em dólar e em real e consolida ‘novo normal’ no primeiro semestre de 2025, diz Anbima

17 de julho de 2025 - 13:42

Debêntures incentivadas ganham cada vez mais destaque, e até mesmo uma “alternativa exótica” cresce como opção

DIVERSIFICAÇÃO EM DÓLAR

Ficou mais barato investir em títulos do Tesouro dos EUA e renda fixa global: Avenue amplia variedade de bonds e diminui valor mínimo

14 de julho de 2025 - 13:11

São mais de 140 novos títulos emitidos por companhias de países como Canadá, França e Reino Unido

SEGUNDA CHANCE

Perdeu a emissão primária de debêntures da Petrobras (PETR4)? Títulos já estão no mercado secundário e são oportunidade para o longo prazo

14 de julho de 2025 - 6:02

Renda fixa da Petrobras paga menos que os títulos públicos agora, mas analistas veem a possibilidade de retorno ou ganho de capital no futuro

UPGRADE NA RENDA FIXA

Renda fixa vai ganhar canal digital de negociação no mercado secundário com aval da CVM; entenda como vai funcionar

10 de julho de 2025 - 16:28

O lançamento está previsto para acontecer neste mês, já com acesso a debêntures, CRIs, CRAs, CDBs, LCIs, LCAs e LIGs

CRÉDITO PRIVADO EM XEQUE

Gestores não acreditam que tributação de títulos isentos vai passar, mas aumentam posição em debêntures incentivadas

9 de julho de 2025 - 15:45

Pesquisa exclusiva da Empiricus revela expectativa de grandes gestores de crédito sobre a aprovação da MP 1.303 e suas possíveis consequências

CARTEIRA RECOMENDADA

Isa Energia e CPFL são compra em julho. Confira as recomendações de debêntures, CRI e CRA, LCD e títulos públicos para o mês 

9 de julho de 2025 - 13:08

BB Investimentos, BTG Pactual, Itaú BBA e XP recomendam travar boa rentabilidade na renda fixa agora, diante da perspectiva de taxas menores no futuro

VALE A PENA?

CDB ou LCA: títulos mais rentáveis de junho diminuem taxas, mas valores máximos chegam a 105% do CDI com imposto e 13,2% ao ano isento de IR

8 de julho de 2025 - 16:00

Levantamento da Quantum Finance traz as emissões com taxas acima da média do mercado e mostra que os valores diminuíram em relação a maio

ONDE INVESTIR NO 2º SEMESTRE

“Uma pena o Brasil ter entrado nessa indústria de isento”: por que Reinaldo Le Grazie, ex-BC, vê a taxação de títulos de renda fixa com bons olhos?

3 de julho de 2025 - 8:00

MP 1.303 reacende uma discussão positiva para a indústria, segundo o sócio da Panamby, que pode melhorar a alocação de capital no Brasil

ONDE INVESTIR NO 2º SEMESTRE

Nem toda renda fixa, mas sempre a renda fixa: estas são as escolhas dos especialistas para investir no segundo semestre

3 de julho de 2025 - 6:00

Laís Costa, da Empiricus, Mariana Dreux, da Itaú Asset, e Reinaldo Le Grazie, da Panamby, indicam o caminho das pedras para garantir os maiores retornos na renda fixa em evento exclusivo do Seu Dinheiro

FICOU POP

Crédito privado conquistou os investidores com promessas de alto retorno e menos volatilidade; saiba o que esperar daqui para frente

26 de junho de 2025 - 18:38

Ativos de crédito privado, como FIDCs e debêntures, passaram a ocupar lugar de destaque na carteira dos investidores; especialistas revelam oportunidades e previsões para o setor

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar