Suzano (SUZB3) não comenta possível compra da International Paper, mas vê espaço para recomprar ações; veja o que disseram os executivos
O CEO da fabricante de papel e celulose afirmou que a empresa não “quer crescer por crescer”
Em meio às especulações de uma nova aquisição, a Suzano (SUBZ3) preferiu manter o silêncio mesmo após a divulgação dos resultados do primeiro trimestre.
Os executivos esquivaram-se ao máximo das perguntas de analistas e jornalistas sobre a possível compra da International Paper — revelada pela Reuters nesta semana — nas teleconferências realizadas pela companhia nesta sexta-feira (10).
“Não comentamos sobre isso [processos de sondagem de aquisições], nunca fizemos e não pretendemos fazer. O posicionamento da companhia é claro em não comentar sobre esse tipo de operação”, afirmou Walter Schalka, presidente da Suzano — que já está de saída do comando da empresa.
“Estamos em uma indústria intensiva em capital e sempre fazemos uma análise profunda sobre as oportunidades que vemos para o futuro”, afirmou Schalka. “Não queremos crescer por crescer.”
Sem descartar e nem confirmar a possível operação, o CEO reafirmou que a política financeira segue de maneira “bastante” disciplinada e com geração de caixa.
- [Recomendação de investimento] 5 ações para buscar dividendos recorrentes na sua conta; baixe o relatório gratuito
Os rumores de compra da IP levaram a Suzano a perder quase R$ 10 bilhões em valor de mercado na última quarta-feira (07), quando suas ações caíram mais de 12%. Para a empresa, porém, essa queda abriu uma oportunidade de investimento nas suas próprias ações, dando continuidade ao programa de recompra aberto desde janeiro de 2024.
Leia Também
Com data de término em julho de 2025, o processo prevê a recompra pela Suzano de até 40 milhões de ações, mas até agora só foram recompradas cerca de 6 milhões. Ou seja, cerca de 34 milhões ainda estão disponíveis.
“Vamos tomar as decisões, mas a gente não pode antecipar o que vai fazer em relação à recompra. O que podemos dizer é que ainda tem um limite expressivo em aberto nesse programa que está aprovado pelo conselho”, afirmou Marcelo Bacci, diretor executivo de Finanças, Relações com Investidores e Jurídico da companhia, em apresentação dos resultados a jornalistas.
“Temos um olhar de longo prazo, sempre avaliando oportunidades de criação de valor para os acionistas, o que pode se dar por via orgânica e inorgânica, mas também via recompra de ações, dividindo valor, assim como fizemos quando unificamos as classes de ações da companhia em papéis ordinários”, disse o CEO, em teleconferência com analistas mais cedo.
Na avaliação da XP, as ações da Suzano estão negociadas em níveis de avaliação atraentes, mas é razoável esperar por mais detalhes sobre a futura alocação de capital da empresa.
Suzano: os números do balanço
Com o impacto negativo da desvalorização cambial sobre a dívida em dólar e operações com derivativos, o lucro líquido da Suzano recuou 96% no primeiro trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior, a R$ 220 milhões.
Os preços mais baixos de celulose e menor volume de vendas da matéria-prima também contribuíram para a queda do lucro líquido nos primeiros três meses do ano.
Em reação, as ações da Suzano (SUZB3) iniciaram o pregão com queda superior a 5%. Ao longo do dia e após as teleconferências, os papéis arrefeceram o tom negativo. No fechamento do pregão, as ações caíam 1,90%, a R$ 51,70 na B3. Siga os mercados.
Confira os principais números do balanço:
- O Ebitda ajustado totalizou R$ 4,558 bilhões, uma queda de 26% na base anual
- Receita líquida de R$ 9,46 bilhões, queda de 16% na base anual.
- O preço médio líquido da celulose ficou US$ 624 por tonelada, 13% menor. O preço médio líquido do papel recuou 9% para R$ 6,713 por tonelada.
- Volume de vendas somaram 2,7 milhões de toneladas, sendo 2,4 milhões de toneladas de celulose e 313 mil toneladas de papel, 1% abaixo do registrado no primeiro trimestre de 2023. Em celulose, houve queda de 2% e, em papel, alta de 12% no volume comercializado.
Na avaliação da XP, os resultados do primeiro trimestre, apesar da queda nos volumes da celulose, estabelecem um tom positivo para os próximos trimestres deste ano.
“Os custos caixa de celulose (excluindo paradas) apresentaram melhoria contínua no 1T24, com os custos de madeira refletindo os esforços relacionados à eficiência da empresa e impulsionados positivamente pela queda nos preços dos insumos, estabelecendo um tom positivo para as projeções do 2T24 em diante, uma vez que a Suzano captura a recente recuperação da celulose”, escrevem os analistas Lucas Laghi, Guilherme Nippes e Fernanda Urbano.
Entre os destaques está o endividamento da companhia, que atingiu o valor máximo para os parâmetros de Suzano de 3,5x dívida líquida/Ebitda ajustado em reais. No trimestre anterior, era de 3,1x.
Isso porque, segundo a política de endividamento da companhia, o teto de alavancagem é 3,5x em ciclo de investimento e de 2 a 3x em ciclos normais.
Na avaliação do BTG Pactual, o avanço do endividamento “permanece altamente administrável”.
Agora, segundo o CEO, começa um processo de desalavancagem de forma gradativa, com a finalização do Projeto Cerrado — que já atingiu 94% do progresso físico e 87% do progresso financeiro até o final de abril.
A nova fábrica de celulose da Suzano com capacidade de 2,55 milhões de toneladas de celulose por ano se localiza em Ribas do Rio Pardo, no Mato Grosso do Sul. O projeto está dentro do cronograma e tem previsão de início de operação até o fim de junho. A companhia está investindo R$ 22,2 bilhões no projeto.
- Quer receber em primeira mão as análises dos balanços do 1T24? Clique aqui para receber relatórios de investimentos gratuitos, feitos pelos profissionais da Empiricus Research
Mudanças em andamento
Walter Schalka, executivo que ficou 11 anos no comando da Suzano, está de saída. A partir de 1º julho, Schalka deixa a presidência e João Alberto Fernandez de Abreu, conhecido como Beto Abreu, será o novo CEO.
Para além da troca no comando da companhia, a Suzano também vê outra mudança: a aceleração da “substituição” da fibra longa em fibra curta. Um processo iniciado há décadas deve ganhar força, seja pelo custo, seja pela competitividade.
“A demanda de fibra curta nos surpreendeu positivamente e superou nossas expectativas na China, onde o ritmo de produção de papel cresceu, assim como na Europa e na América do Norte, levando nossos clientes a revisar pedidos para cima”, disse Leonardo Guinaldi, diretor comercial de celulose.
- Gigantes estatais têm os bastidores revelados. Ex-líderes se reúnem e “abrem o jogo” sobre experiência na Petrobras, Eletrobras e Caixa. Descubra tudo ao vivo, participando do evento “Elas Revolucionaram as Estatais” no dia 28/05. Retire seu ingresso gratuito aqui.
Oncoclínicas (ONCO3) confirma vencimento antecipado de R$ 433 milhões em CDBs do Banco Master
Ações caem forte no pregão desta terça após liquidação extrajudicial do banco, ao qual o caixa da empresa está exposto
Por que Vorcaro foi preso: PF investiga fraude de R$ 12 bilhões do Banco Master para tentar driblar o BC e emplacar venda ao BRB
De acordo com informações da Polícia Federal, o fundador do Master vendeu mais de R$ 12 bilhões em carteiras de crédito inexistentes ao BRB e entregou documentos falsos ao Banco Central para tentar justificar o negócio com o banco estatal de Brasília
Banco Central nomeia liquidante do Banco Master e bloqueia bens de executivos, inclusive do dono, Daniel Vorcaro
O BC também determinou a liquidação extrajudicial de outras empresas do grupo, como a corretora, o Letsbank e o Banco Master de Investimento
Cloudflare cai e arrasta X, ChatGPT e outros serviços nesta terça-feira (18)
Falha em um dos principais provedores de infraestrutura digital deixou diversos sites instáveis e fora do ar
Liquidado: de crescimento acelerado à crise e prisão do dono, relembre como o Banco Master chegou até aqui
A Polícia Federal prendeu o dono da empresa, Daniel Vorcaro, em operação para apurar suspeitas de crimes envolvendo a venda do banco para o BRB, Banco de Brasília.
BTG Pactual (BPAC11) quer transformar o Banco Pan (BPAN4) em sua subsidiária; confira proposta
Segundo fato relevante publicado, cada acionista do Pan receberá 0,2128 unit do BTG para cada ação, exceto o Banco Sistema, que já integra a estrutura de controle. A troca representa um prêmio de 30% sobre o preço das ações preferenciais do Pan no fechamento de 13 de outubro de 2025
Polícia Federal prende Daniel Vorcaro, dono do Banco Master; BC decreta liquidação extrajudicial da instituição
O Banco Central (BC) decretou a liquidação extrajudicial do Master, que vinha enfrentando dificuldades nos últimos meses
Azzas 2154 (AZZA3) e Marcopolo (POMO4) anunciam mais de R$ 300 milhões em dividendos e juros sobre capital próprio (JCP)
Dona da Arezzo pagará R$ 180 milhões, e fabricante de ônibus, R$ 169 milhões, fora os JCP; veja quem tem direito aos proventos
XP (XPBR31) anuncia R$ 500 milhões em dividendos e recompra de até R$ 1 bilhão em ações após lucro recorde no 3T25
Companhia reportou lucro líquido de R$ 1,33 bilhão, avanço de 12% na comparação anual; veja os destaques do balanço
Banco do Brasil (BBAS3) lança cartão para a altíssima renda de olho nos milionários; veja os benefícios
O cartão BB Visa Altus Liv será exclusivo para clientes com mais de R$ 1 milhão investido, gastos médios acima de R$ 20 mil e/ou renda mínima de R$ 30 mil
A ação que pode virar ‘terror’ dos vendidos: veja o alerta do Itaú BBA sobre papel ‘odiado’ na B3
Apesar da pressão dos vendidos, o banco vê gatilhos de melhora para 2026 e 2027 e diz que shortear a ação agora pode ser um erro
JBS (JBSS32): BofA ‘perdoa’ motivo que fez mercado torcer o nariz para a empresa e eleva preço-alvo para as ações
Após balanço do terceiro trimestre e revisão do guidance, o BofA elevou o preço-alvo e manteve recomendação de compra para a JBS
Grupo Toky (TOKY3), da Mobly e Tok&Stok, aprova aumento de capital e diminui prejuízo, mas briga entre sócios custou até R$ 42 milhões
Empresa amargou dificuldades com fornecedores, que levaram a perdas de vendas, faltas de produtos e atraso nas entregas
Petrobras (PETR4) descobre ‘petróleo excelente’ no Rio de Janeiro: veja detalhes sobre o achado
A estatal identificou petróleo no bloco Sudoeste de Tartaruga Verde e segue com análises para medir o potencial da nova área
Gigantes de frango e ovos: JBS e Mantiqueira compram empresa familiar nos EUA para acelerar expansão internacional
A maior produtora de frangos do mundo e a maior produtora de ovos da América do Sul ampliam sua presença global
Cosan (CSAN3) e Raízen (RAIZ4) têm perdas bilionárias no trimestre; confira os números dos balanços
Os resultados são uma fotografia dos desafios financeiros que as duas companhias enfrentam nos últimos meses; mudanças na alta cúpula também são anunciadas
Nubank (ROXO34): o que fazer com a ação após maior lucro da história? O BTG responde
Na bolsa de Nova York, a ação NU renovava máximas, negociada a US$ 16,06, alta de 3,11% no pregão. No acumulado de 2025, o papel sobe mais de 50%.
IRB (IRBR3) lidera quedas do Ibovespa hoje após tombo de quase 15% no lucro líquido, mas Genial ainda vê potencial
Apesar dos resultados fracos no terceiro trimestre, a gestora manteve a recomendação de compra para os papéis da empresa
Não aprendi dizer adeus: falência da Oi (OIBR3) é revertida. Tribunal vê recuperação possível e culpa gestão pela ruína
A desembargadora Mônica Maria Costa, da Primeira Câmara do Direito Privado do TJ-RJ, decidiu suspender os efeitos da decretação de falência, concedendo à companhia uma nova chance de seguir com a recuperação judicial
iPhones com até 45% de desconto no Mercado Livre; veja as ofertas
Ofertas são da loja oficial da Apple dentro do marketplace e contam com entrega Full e frete grátis