Suzano (SUZB3) lidera as altas no Ibovespa após aquisição milionária de fábrica nos EUA – mas é hora de comprar a ação?
Na semana passada, a companhia anunciou a compra, por meio de uma subsidiária, dos ativos da Pactiv Evergreen, por US$ 110 milhões
A Suzano (SUZB3) começou a semana em alta na bolsa, enquanto o mercado repercute a recente aquisição milionária anunciada pela companhia na noite da última sexta-feira (12).
Nesta segunda-feira (15), às 14h, o papel subia 3,06% na B3, a R$ 53,92. Com isso, a empresa opera entre as maiores altas do Ibovespa hoje.
Na semana passada, a Suzano anunciou a aquisição, por meio de uma subsidiária, dos ativos da Pactiv Evergreen, empresa de embalagens dos Estados Unidos.
O valor do acordo é de US$ 110 milhões (cerca de R$ 598 milhões, na cotação atual) e será pago em dinheiro, à vista, no fechamento da operação.
Com a compra, a Suzano terá a totalidade dos ativos da Pactiv, que compõem as plantas integradas de fabricação de papel-cartão revestido e não revestido. As plantas estão localizadas na cidade de Pine Bluff, no Arkansas e em Waynesville, na Carolina do Norte.
DIVIDENDOS: Veja 5 ações para comprar agora e buscar pagamentos extras na sua conta ainda em 2024
Leia Também
Aquisição acalma investidores
O anúncio da compra da empresa de embalagens segue a última aquisição da Suzano, que abocanhou 15% de participação na Lenzing, por cerca de R$ 1,3 bilhão, no mês passado.
Além disso, ocorre após a tentativa frustrada de adquirir a International Paper por US$ 15 bi.
Embora a transação envolvendo a Pactiv Evergreen seja pequena – representa menos de 1% do valor de mercado da Suzano –, os analistas do BTG Pactual elogiaram a aquisição.
Na visão do banco, essas pequenas aquisições no negócio de papéis e embalagens da Suzano podem acalmar as preocupações dos investidores sobre a alocação de capital.
Por conta disso, o BTG recomenda a compra da ação, com um preço-alvo de R$ 82. O valor representa uma alta de 36% em relação ao fechamento anterior (R$ 52,30).
Os analistas também ressaltam que a aquisição pode ajudar a reduzir a volatilidade do fluxo de ganhos da Suzano e sua dependência dos mercados chineses de celulose.
“Além disso, proporciona à Suzano uma forte entrada no mercado norte-americano de papel-cartão, ativos de baixo custo, estrategicamente localizados e com acesso a madeira de baixo custo”, afirma a instituição, em relatório.
“Embora as perspectivas de curto prazo para os preços da celulose sejam negativas e uma correção relevante possa ocorrer, notamos que o consenso já desconta isso e que as ações já precificam uma curva de celulose próxima a US$ 520/t (US$ 220/t abaixo do preço à vista - níveis insustentáveis)”, comentam os analistas do banco.
“Mesmo com US$ 550/t de celulose, a Suzano entrega um rendimento de fluxo de caixa de 12%-13%, o que é bastante impressionante”.
Mais um passo – mesmo que pequeno – no mercado americano
Já o Goldman Sachs manteve uma posição neutra em relação às ações da Suzano. O preço-alvo é de R$ 60, o equivalente a uma alta de 13% sobre o fechamento anterior.
Entre os riscos, o Goldman cita a possibilidade de os preços da celulose ficarem abaixo do esperado, reduzindo os lucros da Suzano, que tem 90% do seu Ebitda advindo desse negócio. Além disso, o real mais forte que o dólar pode levar a companhia a margens mais baixas.
Por outro lado, os analistas veem a aquisição como um passo pequeno, mas inicial, da Suzano em direção ao mercado americano e a uma maior diversificação de seus negócios.
Esse passo, segundo o Goldman, também vai permitir que a companhia ganhe mais experiência operando nos EUA e se prepare para mais (e maiores) fusões e aquisições.
Os analistas do Itaú BBA também acreditam que a aquisição é uma boa estratégia para a Suzano entrar no mercado americano, usando sua expertise nas operações industriais.
Quanto à capacidade da nova parceria para geração de Ebitda da Suzano, a instituição vê três principais benefícios: menor volatilidade de lucros, menor dependência da China e defensividade versus tendências recentes de verticalização observadas na Ásia.
Para as ações da companhia, o BBA manteve a perspectiva outperform, o equivalente a uma recomendação de compra. O preço-alvo é de R$ 67, uma alta de 22%.
BRK Ambiental: quem é a empresa que pode quebrar jejum de IPO após 4 anos sem ofertas de ações na bolsa brasileira
A BRK Ambiental entrou um pedido na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para realizar um IPO; o que esperar agora?
Os bastidores da nova fase da Riachuelo (GUAR3), segundo o CEO. Vale comprar as ações agora?
Em entrevista ao Money Times, André Farber apresenta os novos projetos de expansão da varejista, que inaugura loja-conceito em São Paulo
O rombo de R$ 4,3 bilhões que quase derrubou o império de Silvio Santos; entenda o caso
Do SBT à Tele Sena, o empresário construiu um dos maiores conglomerados do país, mas quase perdeu tudo no escândalo do Banco Panamericano
Citi corta recomendação para Auren (AURE3) e projeta alta nos preços de energia
Banco projeta maior volatilidade no setor elétrico e destaca dividendos como diferencial competitivo
De sucos naturais a patrocínio ao campeão da Fórmula 1: quem colocou R$ 10 mil na ação desta empresa hoje é milionário
A história da Monster Beverage, a empresa que começou vendendo sucos e se tornou uma potência mundial de energéticos, multiplicando fortunas pelo caminho
Oi (OIBR3) ganha mais fôlego para pagamentos, mas continua sob controle da Justiça, diz nova decisão
Esse é mais um capítulo envolvendo a Justiça, os grandes bancos credores e a empresa, que já está em sua segunda recuperação judicial
Larry Ellison, cofundador da Oracle, perdeu R$ 167 bilhões em um só dia: veja o que isso significa para as ações de empresas ligadas à IA
A perda vem da queda do valor da empresa de tecnologia que oferece softwares e infraestrutura de nuvem e da qual Ellison é o maior acionista
Opportunity acusa Ambipar (AMBP3) de drenar recursos nos EUA com recuperação judicial — e a gestora não está sozinha
A gestora de recursos a acusa a Ambipar de continuar retirando recursos de uma subsidiária nos EUA mesmo após o início da RJ
Vivara (VIVA3) inicia novo ciclo de expansão com troca de CEO e diretor de operações; veja quem assume o comando
De olho no plano sucessório para acelerar o crescmento, a rede de joalherias anunciou a substituição de sua dupla de comando; confira as mudanças
Neoenergia (NEOE3), Copasa (CSMG3), Bmg (BMGB4) e Hypera (HYPE3) pagam juntas quase R$ 1,7 bilhão em dividendos e JCP
Neoenergia distribui R$ 1,084 bilhões, Copasa soma R$ 338 milhões, Bmg paga R$ 87,7 milhões em proventos e Hypera libera R$ 185 milhões; confira os prazos
A fome pela Petrobras (PETR4) acabou? Pré-sal é o diferencial, mas dividendos menores reduzem apetite, segundo o Itaú BBA
Segundo o banco, a expectativa de que o petróleo possa cair abaixo de US$ 60 por barril no curto prazo, somada à menor flexibilidade da estatal para cortar capex, aumentou preocupações sobre avanço da dívida bruta
Elon Musk trilionário? IPO da SpaceX pode dobrar o patrimônio do dono da Tesla
Com avaliação de US$ 1,5 trilhão, IPO da SpaceX, de Elon Musk, pode marcar a maior estreia da história
Inter mira voo mais alto nos EUA e pede aval do Fed para ampliar operações; entenda a estratégia
O Banco Inter pediu ao Fed autorização para ampliar operações nos EUA. Entenda o que o pedido representa
As 8 ações brasileiras para ficar de olho em 2026, segundo o JP Morgan — e 3 que ficaram para escanteio
O banco entende como positivo o corte na taxa de juros por aqui já no primeiro trimestre de 2026, o que historicamente tende a impulsionar as ações brasileiras
Falta de luz causa prejuízo de R$ 1,54 bilhão às empresas de comércio e serviços em São Paulo; veja o que fazer caso tenha sido lesado
O cálculo da FecomercioSP leva em conta a queda do faturamento na quarta (10) e quinta (11)
Nubank busca licença bancária, mas sem “virar banco” — e ainda pode seguir com imposto menor; entenda o que está em jogo
A corrida do Nubank por uma licença bancária expõe a disputa regulatória e tributária que divide fintechs e bancões
Petrobras (PETR4) detalha pagamento de R$ 12,16 bilhões em dividendos e JCP e empolga acionistas
De acordo com a estatal, a distribuição será feita em fevereiro e março do ano que vem, com correção pela Selic
Quem é o brasileiro que será CEO global da Coca-Cola a partir de 2026
Henrique Braun ocupou cargos supervisionando a cadeia de suprimentos da Coca-Cola, desenvolvimento de novos negócios, marketing, inovação, gestão geral e operações de engarrafamento
Suzano (SUZB3) vai depositar mais de R$ 1 bilhão em dividendos, anuncia injeção de capital bilionária e projeções para 2027
Além dos proventos, a Suzano aprovou aumento de capital e revisou estimativas para os próximos anos. Confira
Quase R$ 3 bilhões em dividendos: Copel (CPLE5), Direcional (DIRR3), Minerva (BEEF3) e mais; confira quem paga e os prazos
A maior fatia dessa distribuição é da elétrica, que vai pagar R$ 1,35 bilhão em proventos aos acionistas
