Plano financeiro da Gol (GOLL4) envolve aumento de capital de até US$ 1,5 bilhão e refinanciamento de US$ 2 bilhões para deixar a recuperação judicial
Contudo, a decisão da Gol de prosseguir com o plano exigirá a aprovação do Tribunal de Falências dos EUA
A Gol (GOLL4) acaba de anunciar um plano financeiro para os próximos cinco anos, em meio ao processo de reestruturação empresarial nos Estados Unidos, conhecido como chapter 11, iniciado em janeiro deste ano.
Para conseguir sair da recuperação judicial, a Gol precisará refinanciar cerca de US$ 2 bilhões em dívidas (acrescido de qualquer pagamento de make-whole permitido e juros de mora).
A companhia aérea também vai precisar de uma injeção de capital de US$ 1,5 bilhão por meio da emissão de novas ações. No entanto, a Gol ainda não entrou em detalhes sobre como será feita a emissão de ações.
Também é preciso dizer que, recentemente, aqui no Brasil, a Gol e a Azul (AZUL4) anunciaram na semana passada um acordo de cooperação comercial que vai conectar as suas malhas aéreas no Brasil por meio de codeshare, um processo que está sendo analisada pelo Cade.
Apesar de não haver nada formal por parte das empresas, há uma expectativa do mercado de que as empresas eventualmente anunciem uma fusão.
Sobre o tema, o diretor-presidente da Azul, John Peter Rodgerson, disse que a empresa monitora de perto a situação.
Leia Também
“Você tem a obrigação com seus acionistas de observar as oportunidades que existem”, afirmou ele em março deste ano.
Veja alguns números da Gol:
- Valor de mercado: R$ 590 milhões
- Desempenho das ações nos últimos 12 meses: -82,53%
- Desempenho das ações desde o início de 2024: -84,55%
Porém, o mercado parece não ter gostado muito da notícia. Os papéis da companhia aérea terminaram o dia com baixa de 3,55%, cotados a R$ 1,36.
- Onde investir neste mês? Veja 10 ações em diferentes setores da economia para buscar lucros. Baixe o relatório gratuito aqui.
O plano da Gol (GOLL4) para voltar trilhos
De acordo com a carta assinada por Celso Ferrer, CEO da empresa, e anexada ao documento enviado à CVM, a Gol negociou os acordos com seus arrendadores e planeja investir no aumento da frota operacional.
Assim, o plano de cinco anos visa a um retorno de capacidade doméstica aos níveis pré-pandemia até 2026.
Para apoiar essa expansão, a Gol espera que a frota da companhia cresça para 169 aviões até 2029.
Porém, para dar sustentação financeira ao plano, a companhia aérea deve sacrificar a margem Ebitda (um indicador de eficiência operacional utilizado pelo mercado).
Já em 2024, essa margem deve cair para aproximadamente 23% das receitas totais, contra 27% em 2023.
Mas a companhia espera uma recuperação nos próximos anos, com um crescimento das margens para 29%, 30% e 34% em 2025, 2026 e 2029, respectivamente.
De acordo com o balanço da Gol no primeiro trimestre deste ano, a margem Ebitda atingiu os 30,3% das receitas, uma alta de 5,1 pontos percentuais ante ao mesmo período de 2023.
Aumento de capital e melhora das contas
Mas a “cereja do bolo” do plano quinquenal da Gol deve vir com um aumento de capital da ordem de US$ 1,5 bilhão, que deve acontecer em algum momento dos próximos cinco anos.
“A companhia pagará seu financiamento existente de Devedor em Posse (DIP) ao mesmo tempo que adicionará liquidez incremental ao seu balanço”, destaca o comunicado.
Contudo, a decisão da Gol de prosseguir com o plano exigirá a aprovação do Tribunal de Falências dos EUA.
Ainda, a companhia aérea conta com refinanciamentos da dívida garantida assim que a empresa sair do processo de reestruturação. Há uma grande expectativa envolvendo o aumento da liquidez de caixa para os próximos anos.
Assim, a Gol espera que os níveis de liquidez atinjam alto entre 18% e 25% da receita em 12 meses até o final de 2025. Do mesmo modo, a relação dívida/Ebitda deve começar a reduzir de 3,6x naquele mesmo ano para 2,9x em 2026 e, finalmente, 1,7x em 2029.
De acordo com o balanço mais recente, a mesma relação ficou em 4,0x no período encerrado em março de 2024.
Petrobras (PETR4): com novo ciclo de investimentos, dividendos devem viver montanha-russa, segundo Itaú BBA e XP
O novo ciclo de investimentos da Petrobras (PETR4) tende a reduzir a distribuição de proventos no curto prazo, mas cria as bases para dividendos mais robustos no médio prazo, disseram analistas. A principal variável de risco segue sendo o preço do petróleo, além de eventuais pressões de custos e riscos operacionais. Na visão do Itaú […]
Depois de despencarem quase 12% nesta terça, ações da Azul (AZUL4) buscam recuperação com otimismo do CEO
John Rodgerson garante fluxo de caixa positivo em 2026 e 2027, enquanto reestruturação reduz dívidas em US$ 2,6 bilhões
Ozempic genérico vem aí? STJ veta prorrogação de patente e caneta emagrecedora mais em conta deve chegar às farmácias em 2026
Decisão do STJ mantém vencimento da patente da semaglutida em março de 2026 e abre espaço para a chegada de versões genéricas mais baratas do Ozempic no Brasil
Por que tantas empresas estão pagando dividendos agora — e por que isso pode gerar uma conta alta para o investidor no futuro
A antecipação de dividendos tomou a B3 após o avanço da tributação a partir de 2026, mas essa festa de proventos pode esconder riscos para o investidor
Cosan (CSAN3) vende fatia da Rumo (RAIL3) e reforça caixa após prejuízo bilionário; ações caem forte na B3
A holding reduziu participação na Rumo para reforçar liquidez, mas segue acompanhando desempenho da companhia via derivativos
Raízen (RAIZ4) recebe mais uma baixa: S&P reduz nota de crédito para ‘BBB-‘, de olho na alavancagem
Os analistas da agência avaliam que a companhia enfrenta dificuldades para reduzir a alavancagem, em um cenário de dívida nominal considerável e queima de caixa
Fim da era Novonor na Braskem (BRKM5) abre oportunidade estratégica que a Petrobras (PETR4) tanto esperava
A saída da Novonor da Braskem abre espaço para a Petrobras ampliar poder na petroquímica. Confira o que diz a estatal e como ficam os acionistas minoritários no meio disso tudo
Fusão entre Petz (PETZ3) e Cobasi finalmente vai sair do papel: veja cronograma da operação e o que muda para acionistas
As ações da Petz (PETZ3) deixarão de ser negociadas na B3 ao final do pregão de 2 de janeiro de 2026, e novas ações ordinárias da Cobasi serão creditadas aos investidores
Adeus, telefone fixo: Vivo anuncia fim de operação e deixa para trás uma história de memória afetiva para milhões de brasileiros
Ao encerrar o regime de concessão do telefone fixo, a Vivo sela o fim de um modelo que moldou a comunicação no Brasil por décadas
Vamos (VAMO3), LOG CP (LOGG3), Blau Farmacêutica (BLAU3) anunciam mais de R$ 500 milhões em dividendos; Rede D´Or (RDOR3) aprova recompra de ações
A LOG fica com a maior parte da distribuição aos acionistas, ou R$ 278,5 milhões; Rede D´Or já havia anunciado pagamento de proventos e agora renova a recompra de ações
Itaúsa (ITSA4) vai bonificar investidor com novas ações; saiba quem tem direito a participar
Quem é acionista da holding vai ganhar 2 ações bônus a cada 100; operação acontece depois do aumento de capital
Casas Bahia (BHIA3) busca fôlego financeiro com nova emissão, mas Safra vê risco para acionistas
Emissão bilionária de debêntures promete reduzir dívidas e reforçar caixa, mas analistas dizem que pode haver uma diluição pesada para quem tem ações da varejista
Banco do Brasil (BBAS3) ou Bradesco (BBDC4)? Um desses bancos está na mira dos investidores estrangeiros
Em roadshow com estrangeiros nos EUA, analistas do BTG receberam muitas perguntas sobre as condições do Banco do Brasil e do Bradesco para 2026; confira
Um novo controlador será capaz de resolver (todos) os problemas da Braskem (BRKM5)? Analistas dizem o que pode acontecer agora
O acordo para a saída da Novonor do controle da petroquímica reacendeu entre os investidores a expectativa de uma solução para os desafios da empresa. Mas só isso será suficiente para levantar as ações BRKM5 outra vez?
Nubank (ROXO34) pode estar ajudando a ‘drenar’ os clientes de Tim (TIMS3) e Vivo (VIVT3); entenda
Segundo a XP, o avanço da Nucel pode estar acelerando a migração de clientes para a Claro e pressionando rivais como Tim e Vivo, o que sinaliza uma mudança mais rápida na dinâmica competitiva do setor
Bradespar (BRAP4) distribui quase R$ 600 milhões em dividendos e JCP; pagamento será feito em duas etapas
Do total anunciado, R$ 330 milhões correspondem aos dividendos e R$ 257 milhões aos juros sobre capital próprio (JCP); Localiza também detalha distribuição de proventos
Falta de luz em SP: Prejuízo a bares, hotéis e restaurantes pode chegar a R$ 100 milhões
Estimativa da Fhoresp é que 5 mil estabelecimentos foram atingidos pelo apagão
Isa Energia (ISAE4) recebe upgrade duplo do JP Morgan depois de comer poeira na bolsa em 2025
Após ficar atrás dos pares em 2025, a elétrica recebeu um upgrade duplo de recomendação. Por que o banco vê potencial de valorização e quais os catalisadores?
Não colou: por que a Justiça barrou a tentativa do Assaí (ASAI3) de se blindar de dívidas antigas do Pão de Açúcar
O GPA informou, nesta segunda (15), que o pedido do Assaí por blindagem contra passivos tributários anteriores à cisão das duas empresas foi negado pela Justiça
Braskem (BRKM5) com novo controlador: IG4 fecha acordo com bancos e tira Novonor do comando
Gestora fecha acordo com bancos credores, avança sobre ações da Novonor e pode assumir o controle da petroquímica
