Petróleo em queda pressiona Petrobras (PETR4) na B3, mas este banco segue animado com as ações — e com os dividendos extraordinários
Goldman Sachs mantém recomendação de compra para as ações e ADRs da Petrobras, mas corta preço-alvo diante de perspectivas mais fracas para o petróleo
Mesmo com uma desvalorização de 20% do petróleo desde junho, o Goldman Sachs ainda vê motivos para continuar animado com as ações da Petrobras (PETR4) — especialmente diante do potencial de dividendos extraordinários bilionários da estatal.
Os analistas mantiveram recomendação de compra para a Petrobras, tanto para as ações listadas na B3 quanto para os ADRs negociados em Wall Street.
- Ação de petróleo pode saltar até 89% (não é PETR4): BTG Pactual revela 5 motivos para investir neste papel agora – veja de graça.
No entanto, diante de perspectivas mais fracas para o petróleo, o banco cortou os preços-alvo, agora com uma expectativa de ganhos próximos a 6% para os próximos 12 meses.
Confira as novas estimativas:
- Ações preferenciais PETR4: R$ 39,40 (+5,7% em relação ao último fechamento)
- Ações ordinárias PETR3: R$ 43,40 (+5,9%)
- ADRs PBR: US$ 15,40 (+5,8%)
Vale destacar que os analistas reduziram as estimativas para o Brent para US$ 70 a US$ 85 o barril, em meio à demanda fraca na China, produção mais forte do que o esperado nos EUA e surpresas positivas nos estoques da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico).
As ações da Petrobras (PETR4) sentem o momento mais fraco do petróleo no mercado internacional e acumulam uma queda de 6,5% na B3 no acumulado do mês na B3.
Leia Também
No pregão desta quinta-feira (12), os papéis chegaram a cair mais de 1%, mas arrefeceram as perdas para 0,83% por volta das 12h45, a R$ 36,98, na contramão do desempenho da commodity hoje.
Vem dividendos extraordinários da Petrobras (PETR4)?
Um pilar fundamental na visão otimista do Goldman Sachs para a Petrobras (PETR4) é a possibilidade de dividendos extraordinários nos próximos meses.
O banco prevê a distribuição de até US$ 6 bilhões — equivalente a R$ 33,99 bilhões no câmbio atual — aos acionistas da petroleira até meados de 2025.
Desse total, cerca de US$ 4 bilhões devem pingar na conta dos investidores até o final do ano, enquanto os US$ 2 bilhões restantes devem ser distribuídos no primeiro semestre do ano que vem, segundo o Goldman.
“Isso deve ser visto como um teto da remuneração adicional potencial que a Petrobras poderia anunciar, pois assume que ela reduziria sua posição de caixa para o nível mínimo de US$ 8 bilhões exigido pela administração”, afirmaram os analistas.
Vale lembrar que a atual política de remuneração de acionistas da petroleira prevê a distribuição de 45% do fluxo de caixa livre caso a dívida bruta seja igual ou inferior ao nível máximo definido pelo plano estratégico em vigor, de US$ 65 bilhões.
Nas perspectivas do banco, a Petrobras pode exceder ligeiramente o limite de dívida bruta de US$ 65 bilhões fixado pela direção da empresa, principalmente devido à introdução de FPSOs (plataformas) arrendados até o quarto trimestre de 2025.
“Caso a administração decida pagar a dívida para cumprir com esse teto (em vez de ajustar o limite para cima à luz do novo plano estratégico da Petrobras, esperado para novembro), isso pode reduzir a disponibilidade de caixa e também representar riscos para nossas estimativas de dividendos extras.”
Eventuais acordos de fusão e aquisição (M&A) também poderiam pressionar os potenciais dividendos extraordinários, segundo os analistas.
- VEJA TAMBÉM: Analista indica ação brasileira do setor de petróleo que pode se beneficiar da alta do dólar; entenda
Valuation importa
Na avaliação do Goldman Sachs, a Petrobras (PETR4) ainda oferece prêmio no rendimento com fluxo de caixa livre (FCFY) em relação aos pares internacionais.
No entanto, o potencial é menor que anteriormente previsto: para 2025, a projeção é de 11% de FCFY, acompanhando as perspectivas mais conservadoras para o petróleo, de US$ 70 o barril.
Nas contas dos analistas, cada aumento de US$ 5 por barril nas previsões de preço do petróleo Brent para 2025 se traduziria em um avanço de 3 pontos porcentuais no FCFY da Petrobras.
Já em relação ao valuation, os analistas veem a ação da Petrobras negociada a um múltiplo de 3,4 vezes a relação valor de firma sobre Ebitda (EV/Ebitda), em torno de 36% abaixo dos rivais globais.
3tentos (TTEN3): veja por que Bank of America, XP e BBA compartilham otimismo com a ação, que já avança 30% em 2025
Vemos a 3tentos como uma história de crescimento sólida no setor agrícola, com um forte histórico, como demonstrado pela sua expansão no MT nos últimos 4 anos, diz Bank of America
Petrobras (PETR4) diz que é “possível” assumir operação na Braskem, prepara projeto de transição energética e retomará produção de fertilizantes
A presidente da estatal afirmou que não há nada fechado, mas que poderia “exercer mais sinergias” entre a atividade de uma petroquímica, Braskem, com a de uma petroleira, a Petrobras
ANS nega recurso da Hapvida (HAPV3), e empresa terá de reapresentar balanço à agência com ajustes de quase R$ 870 milhões
A empresa havia contabilizado o crédito fiscal relacionado ao programa, que prevê a negociação com desconto de dívidas das empresas de saúde suplementar com o Sistema Único de Saúde (SUS)
Super ricaços na mira: Lifetime acelera a disputa por clientes que têm mais de R$ 10 milhões para investir e querem tratamento especial, afirma CEO
O CEO Fernando Katsonis revelou como a gestora pretende conquistar clientes ‘ultra-high’ e o que está por trás da contratação de Christiano Ehlers para o Family Office
Game of Thrones, Friends, Harry Potter e mais: o que a Netflix vai levar em acordo bilionário com a Warner
Compra bilionária envolve HBO, DC, Cartoon Network e séries de peso; integração deve levar até 18 meses
A guerra entre Nubank e Febraban esquenta. Com juros e impostos no centro da briga, quais os argumentos de cada um?
Juros, inadimplência, tributação e independência regulatória dividem fintechs e grandes instituições financeiras. Veja o que dizem
Depois de escândalo com Banco Master, Moody’s retira ratings do BRB por risco de crédito
O rebaixamento dos ratings do BRB reflete preocupações significativas com seus processos e controles internos, atualmente sob investigação devido a operações suspeitas envolvendo a aquisição de carteiras de crédito, diz a agência
Cyrela (CYRE3) e SLC (SLCE3) pagam R$ 1,3 bilhão em dividendos; Eztec (EZTC3) aumentará capital em R$ 1,4 bilhão com bonificação em ações
A maior fatia da distribuição de proventos foi anunciada pela Cyrela, já o aumento de capital da Eztec com bonificação em ações terá custo de R$ 23,53 por papel e fará jus a dividendos
Gol (GOLL54) é notificada pelo Idec por prática de greenwashing a viajantes; indenização é de R$ 5 milhões
No programa “Meu Voo Compensa”, os próprios viajantes pagavam a taxa de compensação das emissões. Gol também dizia ter rotas neutras em carbono
Se todo mundo acha que é uma bolha, não é: veja motivos pelos quais o BTG acredita que a escalada da IA é real
Banco aponta fundamentos sólidos e ganhos de produtividade para justificar alta das empresas de tecnologia, afastando o risco de uma nova bolha
Produção de cerveja no Brasil cai, principalmente para Ambev (ABEV3) e Heineken (HEIA34); preço das bebidas subiu demais, diz BTG
A Ambev aumentou os preços de suas marcas no segundo trimestre do ano, seguida pela Heineken, em julho — justamente quando as vendas começaram a encolher
Vale (VALE3) desafia a ordem de pagar R$ 730 milhões à União; mercado gosta e ações sobem mais de 1%
Em comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a mineradora alega que a referida decisão foi proferida em primeira instância, “portanto, seu teor será objeto de recursos cabíveis”
De seguro pet a novas regiões: as apostas da Bradesco Seguros para destravar o próximo ciclo de crescimento num mercado que engatinha
Executivos da seguradora revelaram as metas para 2026 e descartam possibilidade de IPO
Itaú com problema? Usuários relatam falhas no app e faturas pagas aparecendo como atrasadas
Usuários dizem que o app do Itaú está mostrando faturas pagas como atrasadas; banco admite instabilidade e tenta normalizar o sistema
Limpando o nome: Bombril (BOBR4) tem plano de recuperação judicial aprovado pela Justiça de SP
Além da famosa lã de aço, ela também é dona das marcas Mon Bijou, Limpol, Sapólio, Pinho Bril, Kalipto e outras
Vale (VALE3) fecha acima de R$ 70 pela primeira vez em mais de 2 anos e ganha R$ 10 bilhões a mais em valor de mercado
Os papéis VALE3 subiram 3,23% nesta quarta-feira (3), cotados a R$ 70,69. No ano, os ativos acumulam ganho de 38,64% — saiba o que fazer com eles agora
O que faz a empresa que tornou brasileira em bilionária mais jovem do mundo
A ascensão de Luana Lopes Lara revela como a Kalshi criou um novo modelo de mercado e impulsionou a brasileira ao posto de bilionária mais jovem do mundo
Área técnica da CVM acusa Ambipar (AMBP3) de violar regras de recompra e pede revisão de voto polêmico de diretor
O termo de acusação foi assinado pelos técnicos cerca de uma semana depois da polêmica decisão do atual presidente interino da autarquia que dispensou o controlador de fazer uma OPA pela totalidade da companhia
Nubank (ROXO34) agora busca licença bancária para não mudar de nome, depois de regra do Banco Central
Fintech busca licença bancária para manter o nome após norma que restringe uso do termo “banco” por instituições sem autorização
Vapza, Wittel: as companhias que podem abrir capital na BEE4, a bolsa das PMEs, em 2026
A BEE4, que se denomina “a bolsa das PMEs”, tem um pipeline de, pelo menos, 10 empresas que irão abrir capital em 2026
