‘Os shoppings vão muito bem, obrigado’: CFO da Multiplan (MULT3) detalha estratégias de expansão em meio à volatilidade de ações na B3
Armando d’Almeida Neto, diretor vice-presidente financeiro, relembrou que a companhia completou 50 anos em 2024 e, desde sua fundação, nunca parou de crescer
Entre os ruídos em torno do potencial impacto da reforma tributária para as empresas de shoppings e a divulgação de um balanço com lucro recorde, a Multiplan (MULT3) parece não sair dos holofotes — para o bem e para o mal.
Nesta semana, a companhia voltou a ser o centro das atenções do mercado depois que o Ontario Teacher’s Pension Plan, um dos maiores e históricos acionistas, decidiu se desfazer de parte da sua posição que não era ligada ao acordo de acionistas com o fundador José Isaac Peres.
Mas apesar de todos os cenários distintos na bolsa, a empresa está otimista quanto à realidade além do sobe e desce das ações. É o que afirma Armando d’Almeida Neto, diretor vice-presidente financeiro e de relações com investidores da Multiplan.
“A despeito de todo o estresse que o mercado teve no mundo e no Brasil, os shoppings estão indo bem, obrigado. Estão cheios e as pessoas estão felizes, tomando sorvete, encontrando as outras, almoçando. Então é essa a realidade em que nós vivemos”, diz o executivo em entrevista ao Seu Dinheiro.
Na conversa, que ocorreu antes do anúncio da venda de parte da fatia do Ontario Teachers, d’Almeida Neto relembrou que a companhia completou 50 anos em 2024 e, desde sua fundação, nunca parou de crescer, mesmo em momentos difíceis para a economia e para o setor.
“A crise muitas vezes é uma oportunidade. Quando estamos em um período muito bom, tem um monte de concorrentes. Já em um momento mais difícil, a concorrência é menor e é nessa hora que gostamos de crescer por uma razão: temos uma visão de muito longo prazo. E neste ano celebramos 50 anos maiores, mais rentáveis e mais produtivos do que nunca.”
Leia Também
- 1T24: Interpretar os números do balanço de uma empresa não é tarefa fácil. Por isso, os analistas da Empiricus vão “traduzir” todos aqueles dados para que você invista melhor e monte uma carteira mais rentável. Clique aqui para receber as análises do 1T24 em primeira mão GRATUITAMENTE.
A estratégia de crescimento da Multiplan (MULT3)
E, ao contrário da maior parte das rivais, a Multiplan não foca na compra de novos ativos para crescer, mas sim na expansão de empreendimentos que já fazem parte do portfólio.
A companhia encerrou o primeiro trimestre de 2024 com uma carteira de 20 shoppings centers e cerca de seis mil lojas. O portfólio totaliza 880,35 mil metros quadrados de Área Bruta Locável (ABL), com participação média de 81,1%.
“Nunca baseamos a nossa estratégia de crescimento em M&A, porque você não sabe se vai ter oportunidade ou não. Então nos baseamos inteiramente no que temos controle: expansões, revitalizações e até lançamentos de novos shoppings centers”, destaca d’Almeida Neto.
E a escolha tem mostrado resultados. Um exemplo é o New York City Center, inaugurado em 1999 no Rio de Janeiro e que passou por um processo de revitalização no ano passado. Após a reforma, as vendas dos lojistas cresceram 42% na comparação com o primeiro trimestre do ano passado. A receita de locação subiu mais de 21%, enquanto a taxa de ocupação subiu para 91,6%.
A companhia também investiu R$ 139 milhões em novas expansões entre janeiro e março. Para o segundo trimestre, a Multiplan já anunciou um investimento de R$ 55,4 milhões na primeira ampliação do Parque Shopping Maceió, localizado em Alagoas.
Cuidando da vizinhança
Além do investimento no crescimento dos shoppings, a Multiplan aumentou recentemente a participação no ParkJacarepaguá, comprando a fatia que faltava para ser dona de 100% do empreendimento.
A aquisição de participações minoritárias é outro pilar nos planos de expansão da companhia. Completa ainda esse tripé a venda de terrenos ao redor dos shoppings para o desenvolvimento de outros projetos, incluindo residenciais e corporativos.
A estratégia tem um pé na história da criação da companhia, fundada em 1974 como uma empresa de incorporação imobiliária. A transição para um negócio de renda focado no varejo ocorreu a partir de 1979, com a construção de seu primeiro shopping.
“Usamos essa experiência toda de desenvolvedor imobiliário para desenvolver o entorno dos shoppings centers e, desde então, nunca paramos de crescer”, diz Armando d’Almeida Neto.
Ao final do primeiro trimestre, a companhia era dona de um banco de terrenos de 628,7 mil metros quadrados destinado aos projetos multiuso que devem levar a um aumento de fluxo (e vendas) para os shoppings.
- “Preferimos estar concentrados em empresas de alta qualidade de execução”, diz a analista Larissa Quaresma; veja as 10 ações que compõem seu portfólio atual
Americanas (AMER3) aceita nova proposta da BandUP! para a venda da Uni.Co, dona da Imaginarium e Pucket; entenda o que falta para a operação sair do papel
A nova oferta conta com os mesmos termos e condições da proposta inicial, porém foi incluído uma provisão para refletir novas condições do edital de processo competitivo
Vale tudo pelos dividendos da Petrobras (PETR4)? O que esperar do plano estratégico em ano de eleição e petróleo em queda
A estatal está programada para apresentar nesta quinta-feira (27) o novo plano de negócios para os próximos cinco anos; o Seu Dinheiro foi atrás de pistas para contar para você o que deve ser divulgado ao mercado
Lula mira expansão da Petrobras (PETR4) e sugere perfuração de gás em Moçambique
O presidente afirmou que o país africano tem muito gás natural, mas não tem expertise para a extração — algo que a Petrobras pode oferecer
Mais um adeus à B3: Controladora da Neoenergia (NEOE3) lança OPA para comprar ações e retirar empresa da bolsa
A espanhola Iberdrola Energia ofereceu um prêmio de 8% para o preço dos papéis da Neoenergia; confira o que acontece agora
Banco Master: Light (LIGT3) e Gafisa (GFSA3) dizem não ter exposição ao banco, após questionamentos da CVM
A Light — em recuperação judicial — afirmou que não mantém qualquer relação comercial, operação financeira ou aplicação ligada ao Banco Master ou a instituições associadas ao conglomerado.
Hapvida (HAPV3) revive pesadelo do passado… só que pior: além do balanço, o que realmente está por trás da queda de 42% em um dia?
Não é a primeira vez que as ações da Hapvida são dilaceradas na bolsa logo após um balanço. Mas agora o penhasco foi maior — e tem muito mais nisso do que “só” os números do terceiro trimestre
Sem esclarecer irregularidades, Banco Master diz não ser responsável por R$ 12,2 bilhões repassados ao BRB
Segundo o Master, a empresa que deu origem ao crédito foi a responsável pela operação e pelo fornecimento da documentação com irregularidades
Após privatização e forte alta, Axia Energia (AXIA3), Ex-Eletrobras, ainda tem espaço para avançar, diz Safra
O banco Safra reforçou a recomendação outperform (equivalente a compra) para a Axia Energia após atualizar seus modelos com os resultados recentes, a nova política de dividendos e premissas revisadas para preços de energia. O banco fixou preço-alvo de R$ 71,40 para AXIA3 e R$ 77,60 para AXIA6, o que indica retorno potencial de 17% […]
Neoenergia (NEOE3) levanta R$ 2,5 bilhões com venda de hidrelétrica em MT, mas compra fatia na compradora e mantém participação indireta de 25%
Segundo a Neoenergia, a operação reforça sua estratégia de rotação de ativos, com foco na otimização do portfólio, geração de valor e disciplina de capital.
Hapvida (HAPV3): Itaú BBA segue outras instituições na avaliação da empresa de saúde, rebaixa ação e derruba preço-alvo
As perspectivas de crescimento se distanciaram das expectativas à medida que concorrentes, especialmente a Amil, ganharam participação nos mercados chave da Hapvida, sobretudo em São Paulo.
BRB já recuperou R$ 10 bilhões em créditos falsos comprados do Banco Master; veja como funcionava esquema
Depois de ter prometido mundos e fundos aos investidores, o Banco Master criou carteiras de crédito falsas para levantar dinheiro e pagar o que devia, segundo a PF
Banco Master: quem são os dois empresários alvos da operação da PF, soltos pela Justiça
Empresários venderam carteiras de crédito ao Banco Master sem realizar qualquer pagamento, que revendeu ao BRB
Uma noite sobre trilhos: como é a viagem no novo trem noturno da Vale?
Do coração de Minas ao litoral do Espírito Santo, o Trem de Férias da Vale vai transformar rota centenária em uma jornada noturna inédita
Com prejuízo bilionário, Correios aprovam reestruturação que envolve demissões voluntárias e mais. Objetivo é lucro em 2027
Plano prevê crédito de R$ 20 bilhões, venda de ativos e cortes operacionais para tentar reequilibrar as finanças da estatal
Supremo Tribunal Federal já tem data para julgar acordo entre Axia (AXIA3) e a União sobre o poder de voto na ex-Eletrobras; veja
O julgamento acontece após o acordo entre Axia e União sobre poder de voto limitado a 10%
Deixe o Banco do Brasil (BBAS3) de lado: para o Itaú BBA, é hora de olhar para outros dois bancões — e um deles virou o “melhor da bolsa”
Depois da temporada de balanços do terceiro trimestre, o Itaú BBA, que reiterou sua preferência por Nubank (ROXO33) e Bradesco (BBDC4), enquanto rebaixou a indicação do Santander (SANB11) de compra para neutralidade. Já o Banco do Brasil (BBAS3) continua com recomendação neutra
O novo trunfo do Magazine Luiza (MGLU3): por que o BTG Pactual vê alavanca de vendas nesta nova ferramenta da empresa?
O WhatsApp da Lu, lançado no início do mês, pode se tornar uma alavanca de vendas para a varejista, uma vez que já tem mostrado resultados promissores
5 coisas que o novo Gemini faz e você talvez não sabia
Atualização do Gemini melhora desempenho e interpretação de diferentes formatos; veja recursos que podem mudar sua rotina
Vibra (VBBR3) anuncia R$ 850 milhões em JCP; Energisa (ENGI11) e Lavvi (LAVV3) anunciam mais R$ 500 milhões em dividendos
Vibra e Energisa anunciaram ainda aumentos de capital com bonificação em ações; veja os detalhes das distribuições de dividendos e ações
Nvidia (NVDC34) tem resultados acima do esperado no 3T25 e surpreende em guidance; ações sobem no after market
Ações sobem quase 4% no after market; bons resultados vêm em meio a uma onda de temor com uma possível sobrevalorização ou até bolha das ações ligadas à IA
