Nvidia surpreende investidores com balanço forte mais uma vez e ações saltam 15% no pré-mercado
O aquecido mercado de IA não é um terreno totalmente dominado pela Nvidia — e outras empresas sabem disso, correndo para sair da posição de clientes para concorrentes
Depois de subir quase 230% em 2023, o balanço da Nvidia (BDR: NVDC34 / Nasdaq: NVDA) era um dos mais esperados pelo mercado nesta quarta-feira (21).
Em 12 meses, o desempenho da fabricante de chips, microchips e semicondutores superou facilmente seus rivais AMD (AMD) e Intel (INTC), cujas ações subiram 91% e 67%, respectivamente.
Essa esticada nos papéis levantou a suspeita nos investidores de que as ações não deveriam subir mais e que a empresa poderia começar a reduzir o ritmo de crescimento. Mas não foi o que aconteceu — e a companhia de chips surpreendeu com resultados sólidos mais uma vez.
Com isso, por volta das 7h10 desta quinta-feira (22), os papéis da Nvidia subiam 14,73% no pré-mercado em Nova York depois de um salto de mais de 7% no after market de ontem, cotados a US$ 773,96.
Fundada em abril de 1993, a empresa já é uma Millennial do setor de tecnologia, com exatos 30 anos de existência. Mas só nos últimos 15 anos que a Nvidia passou a ganhar destaque, chamando a atenção do mundo dos jogos com suas superplacas de vídeo.
Veja a seguir os detalhes do balanço da Nvidia:
Leia Também
- Quer receber em primeira mão as análises dos balanços do 4T23? Clique aqui para receber relatórios de investimentos gratuitos, feitos pelos profissionais da Empiricus Research.
O balanço da Nvidia: projeções x realidade
Os analistas projetaram para o quarto trimestre um lucro por ação (EPS, na sigla em inglês) de US$ 4,60 e uma receita de US$ 20,4 bilhões. Contudo, de acordo com o balanço a receita da empresa no trimestre foi de US$22,103 bilhões, valor 265% maior do que o reportado um ano antes.
Há um ano, o EPS era de US$ 0,88 sobre uma receita de US$ 6,1 bilhões, o que representa um aumento ano a ano de 234%. Para efeitos de comparação, a empresa reportou US$ 27 bilhões em receita para todo o ano de 2022.
Como já era esperado, o grande responsável por esse crescimento foram os produtos voltados a Data Center, que totalizaram vendas de US$18,404 bilhões, número 409% maior que o último trimestre de 2023. A receita projetada para esse segmento na Nvidia era de US$ 17,2 bilhões no período.
Esse setor se tornou a fonte de receita mais importante da Nvidia — tudo graças ao rápido aumento do interesse em inteligência artificial, impulsionado pela explosão de aplicativos de IA generativa.
Deixado de lado
Já a parte de games, que era o principal segmento da companhia, somou vendas de US$2,865 bilhões, acima das projeções de US$ 2,7 bilhões e 56% maior que no mesmo intervalo do ano passado.
Os analistas de Wall Street também elevaram as estimativas para a Nvidia. Enquanto alguns analistas do banco UBS aumentaram as perspectivas do preço-alvo de US$ 580 para US$ 850, outros acreditam que a empresa pode chegar a US$ 865.
Os desafios da Nvidia agora
Apesar do aumento nas despesas operacionais em 25%, o percentual bem menor que o crescimento nas vendas fez com que a empresa reportasse um lucro operacional 563% maior na comparação anual, totalizando US$14,479 bilhões.
Mas o aquecido mercado de IA não é um terreno já dominado pela Nvidia. E a concorrência sabe disso, correndo para sair da posição de clientes para concorrentes.
Além da AMD, Intel e Taiwan Semiconductors Manufacturing (TSMC), outras empresas procuram desenvolver seus próprios chips de IA especializados — também para reduzir a dependência da Nvidia.
Gigantes como Amazon, Google, Meta, Microsoft e Tesla são apenas delas. Isso porque cada empresa tem necessidades específicas no ramo de IA e o desenvolvimento de produtos mais nichados aumenta a eficiência em comparação aos chips mais generalistas da Nvidia.
E vem mais pela frente
Não bastassem os rivais, a Nvidia continua a enfrentar restrições de exportação dos EUA para a China.
Embora a empresa tenha dito que a proibição não impactará sua situação financeira no momento, os executivos da empresa demonstraram preocupação de que a medida possa fazê-la perder vendas potencialmente grandes no futuro.
"Os resultados referentes ao ano fiscal também mostraram que a demanda por chips para que as tecnologias de IA se tornem realidade segue firme e forte" explica Enzo Pacheco, analista de tecnologia da Empiricus, sobre a companhia.
A demanda pelos chips de IA da Nvidia continua forte. "O maior desafio da IA, é claro, é escalar a capacidade da IA. Estamos severamente limitados pela oferta", disse o CEO da Nvidia, Jensen Huang, a repórteres em Taiwan no mês passado. "O ano passado foi o começo. Este ano será um grande ano".
*Com informações do Yahoo Finance e do portal Barron's
Brasil registra recorde em 2025 com abertura de 4,6 milhões de pequenos negócios; veja quais setores lideram o crescimento
No ano passado, pouco mais de 4,1 milhões de empreendimentos foram criados
Raízen (RAIZ4) vira penny stock e recebe ultimato da B3. Vem grupamento de ações pela frente?
Com RAIZ4 cotada a centavos, a B3 exige plano para subir o preço mínimo. Veja o prazo que a bolsa estipulou para a regularização
Banco Pan (BPAN4) tem incorporação pelo BTG Pactual (BPAC11) aprovada; veja detalhes da operação e vantagens para os bancos
O Banco Sistema vai incorporar todas as ações do Pan e, em seguida, será incorporado pelo BTG Pactual
Dividendos e JCP: Ambev (ABEV3) anuncia distribuição farta aos acionistas; Banrisul (BRSR6) também paga proventos
Confira quem tem direito a receber os dividendos e JCP anunciados pela empresa de bebidas e pelo banco, e veja também os prazos de pagamento
Correios não devem receber R$ 6 bilhões do Tesouro, diz Haddad; ajuda depende de plano de reestruturação
O governo avalia alternativas para reforçar o caixa dos Correios, incluindo a possibilidade de combinar um aporte com um empréstimo, que pode ser liberado ainda este ano
Rede de supermercados Dia, em recuperação judicial, tem R$ 143,3 milhões a receber do Letsbank, do Banco Master
Com liquidação do Master, há dúvidas sobre os pagamentos, comprometendo o equilíbrio da rede de supermercados, que opera queimando caixa e é controlada por um fundo de Nelson Tanure
Nubank avalia aquisição de banco para manter o nome “bank” — e ainda pode destravar vantagens fiscais com isso
A fintech de David Vélez analisa dois caminhos para a licença bancária no Brasil; entenda o que está em discussão
Abra Group, dona da Gol (GOLL54) e Avianca, dá mais um passo em direção ao IPO nos EUA e saída da B3; entenda
Esse é o primeiro passo no processo para abertura de capital, que possibilita sondar o mercado antes de finalizar a proposta
Por que a Axia Energia (AXIA3), ex-Eletrobras, aprovou um aumento de capital de R$ 30 bilhões? A resposta pode ser boa para o bolso dos acionistas
O objetivo do aumento de capital é manter o equilíbrio financeiro da empresa ao distribuir parte da reserva de lucros de quase R$ 40 bilhões
Magazine Luiza (MGLU3) aposta em megaloja multimarcas no lugar da Livraria Cultura para turbinar faturamento
Com cinco marcas sob o mesmo teto, a megaloja Galeria Magalu resgata a memória da Livraria Cultura, cria palco para conteúdo e promete ser a unidade mais lucrativa da varejista
Dividendos e bonificação em ações: o anúncio de mais de R$ 1 bilhão da Klabin (KLBN11)
A bonificação será de 1%, terá como data-base 17 de dezembro e não dará direito aos dividendos anunciados
Dividendos e recompra de ações: a saída bilionária da Lojas Renner (LREN3) para dar mais retorno aos acionistas
A varejista apresentou um plano de proventos até 2030, mas nesta segunda-feira (8) divulgou uma distribuição para os acionistas; confira os prazos
Vale (VALE3) é a ação preferida dos investidores de commodities. Por que a mineradora não é mais a principal escolha do UBS BB?
Enquanto o banco suíço prefere outro papel no setor de mineração, Itaú BBA e BB-BI reafirmam a recomendação de compra para a Vale; entenda os motivos de cada um
Cemig (CMIG4) ganha sinal verde da Justiça de Minas para a venda de usinas
A decisão de primeira instância havia travado inclusive o contrato decorrente do leilão realizado em 5 de dezembro de 2024
Nubank (NU/ROXO34) pode subir cerca de 20% em 2026, diz BB Investimentos: veja por que banco está mais otimista com a ação
“Em nossa visão o Nubank combina crescimento acelerado com rentabilidade robusta, algo raro no setor, com diversificação de receitas, expansão geográfica promissora e a capacidade de escalar com custos mínimos sustentando nossa visão positiva”, escreve o BB Investimentos.
“Selic em 15% não tem cabimento”, diz Luiza Trajano. Presidente e CEO do Magazine Luiza (MGLU3) criticam travas ao varejo com juros nas alturas
Em evento com jornalistas nesta segunda-feira (8), a empresária Luiza Trajano voltou a pressionar pela queda da Selic, enquanto o CEO Frederico Trajano revelou as perspectivas para os juros e para a economia em 2026
IRB (IRBR3) dispara na bolsa após JP Morgan indicar as ações como favoritas; confira
Os analistas da instituição também revisaram o preço-alvo para 2026, de R$ 54 para R$ 64 por ação, sugerindo potencial de alta de cerca de 33%
SpaceX, de Elon Musk, pode retomar posto de startup mais valiosa do mundo, avaliada em US$ 800 bilhões em nova rodada de investimentos, diz WSJ
A nova negociação, se concretizada, dobraria o valuation da empresa de Musk em poucos meses
Localiza (RENT3) propõe emitir ações preferenciais e aumento de capital
A Localiza, que tem uma frota de 600.000 carros, disse que as novas ações também seriam conversíveis em ações ordinárias
Fitch elevou rating da Equatorial Transmissão e de suas debêntures; veja o que baseou essa decisão
Sem grandes projetos à vista, a expectativa é de forte distribuição de dividendos, equivalente a 75% do lucro líquido regulatório a partir de 2026, afirma a Fitch.
