Mistério detalhado: Petrobras (PETR4) vai investir 11,9% a menos em 2025 e abre janela de até US$ 55 bilhões para dividendos; confira os números do Plano Estratégico 2025-2029
Já era sabido que a petroleira investiria US$ 111 bilhões nos próximos cinco anos, um aumento de 8,8% sobre a proposta anterior; mercado queria saber se o foco seria em E&P — confira a resposta da companhia
A Petrobras (PETR4) finalmente revelou todo mistério envolvendo o Plano Estratégico 2025-2029 — que havia deixado de ser um completo segredo depois que a estatal deu um spoiler na segunda-feira (18) do que seria apresentado, na esteira do vazamento de informações da proposta.
Já era sabido que a Petrobras investirá US$ 111 bilhões nos próximos cinco anos — de US$ 102 bilhões do plano anterior, que traz um planejamento até 2028 — o que representa um aumento de 8,8%.
Apenas para o ano que vem, a previsão de capex da Petrobras é US$ 18,5 bilhões, um montante 11,9% menor do que os US$ 21 bilhões previstos para o período no último plano.
Como esperado, a estatal manteve o foco na área de Exploração e Produção (E&P), que ficará com US$ 77,3 bilhões ou 69,3% do total a ser investido nos próximos cinco anos. O valor destinado a E&P é cerca de US$ 4 bilhões ou 5,5% a mais do que o previsto no plano anterior.
O pré-sal segue como o maior foco da Petrobras, para o qual será destinado 60% do investimento previsto em E&P.
Já a exploração de petróleo e gás receberá US$ 7,9 bilhões até 2029, US$ 400 milhões ou 5,3% a mais do que o destinado no ano passado para o segmento.
Leia Também
Dívida e caixa da Petrobras
O teto da dívida da Petrobras aumentou de US$ 65 bilhões para US$ 75 bilhões no Plano Estratégico 2025-2029.
Vale ressaltar que a estatal cita um intervalo de referência de US$ 55 bilhões a US$ 75 bilhões, com convergência no patamar de US$ 65 bilhões.
A mudança, segundo a petroleira, é "aderente à minimização do custo de capital, aos riscos do fluxo de caixa e a uma gestão eficiente de caixa e liquidez".
O novo teto "considera métricas de alavancagem robustas, mesmo em cenários de baixos preços do Brent, além de proporcionar maior flexibilidade em relação à crescente relevância dos afretamentos na dívida bruta", diz a Petrobras no documento.
Já o caixa mínimo a ser mantido pela estatal caiu de US$ 8 bilhões para US$ 6 bilhões. O fluxo de caixa ficou entre US$ 45 bilhões e US$ 55 bilhões no novo plano e a geração de caixa operacional varia entre US$ 190 bilhões e US$ 210 bilhões.
E se HADDAD FALHAR no corte de gastos?
O investimento em baixo carbono da Petrobras
O capex para gás e energia e negócios de baixo carbono, uma das previsões mais aguardadas pelo mercado, ficou em US$ 11 bilhões até 2029, um aumento de 19,5% com relação aos US$ 9,2 bilhões previstos para 2024-2028.
Considerando o investimentos na descarbonização das operações, o capex verde da Petrobras vai a US$ 16,2 bilhões, ou 40,8% a mais que os US$ 11,5 bilhões do plano anterior.
Desse montante, a parte a ser dedicada à geração de energia eólica onshore e solar fotovoltaica em cinco anos ficou em US$ 4,3 bilhões, queda de 20,9%.
Já os investimentos em hidrogênio (US$ 500 milhões) e captura e estocagem de carbono, eólica offshore e venture capital (US$ 900 milhões) totalizaram US$ 1,4 bilhão, bem acima dos US$ 300 milhões previstos no último plano.
O investimento previsto pela Petrobras em bioprodutos (etanol, biorrefino, biodiesel e biometano) nos próximos cinco anos é de US$ 4,3 bilhões. No plano anterior, a Petrobras só citava biorrefino com previsão de capex de US$ 1,5 bilhão, que se manteve estável.
Agora, a Petrobras destinará US$ 2,2 bilhões para etanol e US$ 600 milhões para biodiesel e biometano até 2029.
Para Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), os recursos passaram para US$ 1 bilhão, de US$ 700 milhões no plano anterior.
O capex para baixo carbono subiu de US$ 3,9 bilhões para US$ 5,3 bilhões no plano atual até 2029, um aumento de 35,8%.
- Tranquilidade na aposentadoria: entenda como investir em renda fixa com o guia gratuito do Seu Dinheiro; cadastre-se e receba
O mistério dos dividendos já havia sido revelado
O mistério dos dividendos já havia sido revelado no início da semana. O detalhamento do plano divulgado hoje traz informações complementares àquelas já anunciadas.
A estatal deve pagar dividendos ordinários em uma faixa de US$ 45 bilhões a US$ 55 bilhões nos próximos cinco anos — um aumento de 22,2% com relação ao máximo que seria paga no plano até 2028 (de US$ 40 bilhões a US$ 45 bilhões).
"O fluxo de caixa livre robusto permite estimativa de sólidos dividendos, projetando US$ 45 bilhões a US$ 55 bilhões de dividendos ordinários no cenário-base, com flexibilidade para pagamentos extraordinários", diz o documento.
Sobre os proventos extraordinários, a Petrobras aponta flexibilidade para pagamentos entre US$ 5 bilhões e US$ 10 bilhões até 2029. No plano anterior, até 2028, falava-se na mesma banda.
Vale lembrar que, antes do anúncio do novo Plano Estratégico, a estatal anunciou o pagamento de R$ 20 bilhões em proventos extras — o que consumiu a reserva de remuneração com cerca de US$ 15,5 bilhões que mantinha. Estes valores, detalhou, já entram na estimativa apresentada no plano para os próximos cinco anos.
Tupy (TUPY3) azeda na bolsa após indicação de ministro de Lula gerar ira de conselheiro. Será mais um ano para esquecer?
A indicação do ministro da Defesa para o conselho do grupo não foi bem recebida por membros do colegiado; entenda
Santander (SANB11), Raia Drogasil (RADL3), Iguatemi (IGTI11) e outras gigantes distribuem mais de R$ 2,3 bilhões em JCP e dividendos
Santander, Raia Drogasil, JHSF, JSL, Iguatemi e Multiplan somam cerca de R$ 2,3 bilhões em proventos, com pagamentos previstos para 2025 e 2026
Eztec (EZTC3) renova gestão e anuncia projeto milionário em São Paulo
Silvio Ernesto Zarzur assume nova função na diretoria enquanto a companhia lança projeto de R$ 102 milhões no bairro da Mooca
Dois bancos para lucrar em 2026: BTG Pactual revela dupla de ações que pode saltar 30% nos próximos meses
Para os analistas, o segmento de pequenos e médios bancos concentra oportunidades interessantes, mas também armadilhas de valor; veja as recomendações
Quase 170% em 2025: Ação de banco “fora do radar” quase triplica na bolsa e BTG vê espaço para mais
Alta das ações em 2025 não encerrou a tese: analistas revelam por que ainda vale a pena comprar PINE4 na bolsa
Tchau, B3! Neogrid (NGRD3) pode sair da bolsa com OPA do Grupo Hindiana
Holding protocolou oferta pública de aquisição na CVM para assumir controle da Neogrid e cancelar seu registro de companhia aberta
A reorganização societária da Suzano (SUZB3) que vai redesenhar o capital e estabelecer novas regras de governança
Companhia aposta em alinhamento de grupos familiares e voto em bloco para consolidar estratégia de longo prazo
Gafisa, Banco Master e mais: entenda a denúncia que levou Nelson Tanure à mira dos reguladores
Uma sequência de investigações e denúncias colocou o empresário sob escrutínio da Justiça. Entenda o que está em jogo
Bilionária brasileira que fez fortuna sem ser herdeira quer trazer empresa polêmica para o Brasil
Semanas após levantar US$ 1 bilhão em uma rodada de investimentos, a fundadora da Kalshi revelou planos para desembarcar no Brasil
Raízen (RAIZ4) precisa de quase uma “Cosan” para voltar a um nível de endividamento “aceitável”, dizem analistas
JP Morgan rebaixou a recomendação das ações de Raízen e manteve a Cosan em Neutra, enquanto aguarda próximos passos das empresas
Direito ao voto: Copel (CPLE3) migra para Novo Mercado da B3 e passa a ter apenas ações ordinárias
De acordo com a companhia, a reestruturação resulta em uma base societária mais simples, transparente e alinhada às melhores práticas do mercado
Então é Natal? Reveja comerciais natalinos que marcaram época na televisão brasileira
Publicidades natalinas se tornaram quase obrigatórias na cultura televisiva brasileira durante décadas, e permanecem na memória de muitos; relembre (ou conheça) algumas das mais marcantes
Com duas renúncias e pressão do BNDESPar, Tupy (TUPY3) pode eleger um novo conselho do zero; entenda
A saída de integrantes de conselhos da Tupy levou o BNDESPar a pedir a convocação de uma Assembleia Geral Extraordinária para indicar novos nomes. Como o atual conselho foi eleito por voto múltiplo, a eventual AGE pode resultar na eleição de todo o colegiado
Natal combina com chocolate? Veja quanto custa ter uma franquia da incensada Cacau Show e o que é preciso para ser um franqueado
A tradicional rede de lojas de chocolates opera atualmente com quatro modelos principais de franquia
Energisa (ENGI3) avança em reorganização societária com incorporações e aumento de capital na Rede Energia
A Energisa anunciou a aprovação de etapas adicionais da reorganização societária do grupo, com foco na simplificação da estrutura e no aumento da eficiência operacional
Sinal verde no conselho: Ambipar (AMBP3) aprova plano de recuperação judicial
Conselho de administração aprovou os termos do plano de recuperação do Grupo Ambipar, que já foi protocolado na Justiça, mas ainda pode sofrer ajustes antes da assembleia de credores
AZUL4 com os dias contados: Azul convoca assembleias para extinguir essas ações; entenda
Medida integra o plano de recuperação judicial nos EUA, prevê a conversão de ações preferenciais em ordinárias e não garante direito de retirada
Totvs (TOTS3) acerta aquisição da empresa de software TBDC, em estratégia para fortalecer presença no agro
Negócio de R$ 80 milhões fortalece atuação da companhia no agronegócio e amplia oferta de soluções especializadas para o setor
Entre dividendos e JCP: Suzano (SUZB3), Isa (ISAE4), Porto Seguro (PSSA3) e Marcopolo (POMO4) anunciam pacote bilionário aos acionistas
Dividendos, JCP e bonificações movimentam quase R$ 4 bilhões em operações aprovadas na última sexta-feira antes do Natal
‘Socorro’ de R$ 10 bilhões à Raízen (RAIZ4) está na mesa da Cosan (CSAN3) e da Shell, segundo agência
Estresse no mercado de crédito pressiona a Raízen, que avalia aporte bilionário, desinvestimentos e uma reestruturação financeira com apoio dos controladores