Lula se acha o dono da Petrobras (PETR4), diz Adriano Pires: “só falta passar para o Imposto de Renda dele”
O economista, que chegou a ser cotado para assumir a presidência da petroleira durante ao governo Bolsonaro, acredita que um dos principais problemas da estatal é o atual modelo misto de gestão
Não é de hoje que o Adriano Pires demonstra preocupação com o futuro da Petrobras (PETR4). Mas o balanço do primeiro trimestre de 2024, divulgado da noite da última segunda-feira (13), reforçou o pessimismo do sócio-fundador do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE).
“Eu vejo com preocupação, especialmente se voltar a cometer os mesmos erros do passado”, afirmou Pires quando questionado sobre a visão sobre a mudança de orientação política de preços da estatal.
“Ontem saiu o resultado e caiu tudo. A Petrobras mexe com o psique da nação, e o preço da gasolina no Brasil é um problemaço”, acrescentou, durante o painel “Efeito Borboleta” no evento TAG Summit 2024.

Entre janeiro e março, a companhia registrou lucro líquido de R$ 23,7 bilhões, o que representa uma queda de 37,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. Na comparação com o trimestre imediatamente anterior, a queda foi de 23,7%. Saiba mais sobre o balanço.
- [Evento gratuito] Ex-líderes da Petrobras, Eletrobras e Caixa se reúnem para discutir os “bastidores” das estatais; retire seu ingresso para a transmissão.
“Ou privatiza ou estatiza de uma vez”
Para o economista, um dos principais obstáculos no caminho da Petrobras (PETR4) é o modelo misto de gestão da Petrobras, “que já se mostrou falido” — e, com o atual modelo econômico, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva acredita que a Petrobras deve ser um instrumento de política econômica.
“Quanto mais demorar para privatizar, pior vai ser”, disse Pires, durante o evento TAG Summit 2024. “O governo acha que a Petrobras é do governo de plantão. O Lula só falta passar a Petrobras para o imposto de renda dele, porque ele acha que é dele.”
Leia Também
Vale destacar que, em 2022, durante a gestão de Jair Bolsonaro, o economista chegou a ser indicado pela União para assumir a presidência da petroleira, mas desistiu do cargo “por motivos pessoais”.
Pires atua há mais de quatro décadas na área de energia, com passagem pela ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis).
- LEIA TAMBÉM: O balanço da Petrobras (PETR4) não te diz tudo que você precisa saber sobre a estatal; entenda
O que esperar da Petrobras (PETR4)
Durante o evento, Pires afirmou que a empresa teve um bom resultado financeiro devido às cotações elevadas do petróleo, impulsionadas pelos conflitos geopolíticos no Oriente Médio.
Isso porque, ainda que tenha deixado de lado a política de paridade de preços, a petroleira manteve equilíbrio com as cotações do mercado internacional, já que a commodity foi negociada perto da média de US$ 80 o barril.
De acordo com o economista, a partir deste ano, a situação “já começa a preocupar”, especialmente diante do desempenho recente do petróleo. “Se a commodity cair, a Petrobras vai ter problemas sérios.”
“Essa ação poderia valer o dobro, porque do ponto de vista estrutural, a Petrobras é uma baita empresa, mas ela é a única no mundo que gosta de petróleo barato. Todas as petroleiras gostam da commodity cara porque dá lucro. Mas o presidente da Petrobras, seja ele qual for, tem medo do petróleo caro porque quando os preços sobem, o risco dele perder o emprego é muito alto.”
Segundo Adriano Pires, um dos erros da atual gestão da Petrobras (PETR4) é a retomada de investimentos em ativos considerados não “core”, como refinarias. “Pensa que agora vai dar certo, mas não vai. Vai ser um horror implantar isso.”
Smart Fit (SMFT3) lucrou 40% em 2025, e pode ir além em 2026; entenda a recomendação de compra do Itaú BBA
Itaú BBA vê geração de caixa elevada, controle de custos e potencial de crescimento em 2026; preço-alvo para SMFT3 é de R$ 33
CSN (CSNA3) terá modernização de usina em Volta Redonda ‘reembolsada’ pelo BNDES com linha de crédito de R$ 1,13 bilhão
Banco de fomento anunciou a aprovação de um empréstimo para a siderúrgica, que pagará por adequações feitas em fábrica da cidade fluminense
De dividendos a ações resgatáveis: as estratégias das empresas para driblar a tributação são seguras e legais?
Formatos criativos de remuneração ao acionista ganham força para 2026, mas podem entrar na mira tributária do governo
Grupo Toky (TOKY3) mexe no coração da dívida e busca virar o jogo em acordo com a SPX — mas o preço é a diluição
Acordo prevê conversão de debêntures em ações, travas para venda em bolsa e corte de até R$ 227 milhões em dívidas
O ano do Itaú (ITUB4), Bradesco (BBDC4), Banco do Brasil (BBAS3) e Santander (SANB11): como cada banco terminou 2025
Os balanços até setembro revelam trajetórias muito diferentes entre os gigantes do setor financeiro; saiba quem conseguiu navegar bem pelo cenário adverso — e quem ficou à deriva
A derrocada da Ambipar (AMBP3) em 2025: a história por trás da crise que derrubou uma das ações mais quentes da bolsa
Uma disparada histórica, compras controversas de ações, questionamentos da CVM e uma crise de liquidez que levou à recuperação judicial: veja a retrospectiva do ano da Ambipar
Embraer (EMBR3) ainda pode ir além: a aposta ‘silenciosa’ da fabricante de aviões em um mercado de 1,5 bilhão de pessoas
O BTG Pactual avalia que a Índia pode adicionar bilhões ao backlog — e ainda está fora do radar de muitos investidores
O dia em que o caso do Banco Master será confrontado no STF: o que esperar da acareação que coloca as decisões do Banco Central na mira
A audiência discutirá supervisão bancária, segurança jurídica e a decisão que levou à liquidação do Banco Master. Entenda o que está em jogo
Bresco Logística (BRCO11) é negociado pelo mesmo valor do patrimônio, segundo a XP; saiba se ainda vale a pena comprar
De acordo com a corretora, o BRCO11 está sendo negociado praticamente pelo mesmo valor de seu patrimônio — múltiplo P/VP de 1,01 vez
Um final de ano desastroso para a Oracle: ações caminham para o pior trimestre desde a bolha da internet
Faltando quatro dias úteis para o fim do trimestre, os papéis da companhia devem registrar a maior queda desde 2001
Negócio desfeito: por que o BRB desistiu de vender 49% de sua financeira a um grupo investidor
A venda da fatia da Financeira BRB havia sido anunciada em 2024 por R$ 320 milhões
Fechadas com o BC: o que diz a carta que defende o Banco Central dias antes da acareação do caso Master
Quatro associações do setor financeiro defendem a atuação do BC e pedem a preservação da autoridade técnica da autarquia para evitar “cenário gravoso de instabilidade”
CSN Mineração (CMIN3) paga quase meio bilhão de reais entre dividendos e JCP; 135 empresas antecipam proventos no final do ano
Companhia distribui mais de R$ 423 milhões em dividendos e JCP; veja como 135 empresas anteciparam proventos no fim de 2025
STF redefine calendário dos dividendos: empresas terão até janeiro de 2026 para deliberar lucros sem imposto
O ministro Kassio Nunes Marques prorrogou até 31 de janeiro do ano que vem o prazo para deliberação de dividendos de 2025; decisão ainda precisa ser confirmada pelo plenário
BNDES lidera oferta de R$ 170 milhões em fundo de infraestrutura do Patria com foco no Nordeste; confira os detalhes
Oferta pública fortalece projetos de logística, saneamento e energia, com impacto direto na região
FII BRCO11 fecha contrato de locação com o Nubank (ROXO34) e reduz vacância a quase zero; XP recomenda compra
Para a corretora, o fundo apresenta um retorno acumulado muito superior aos principais índices de referência
OPA da Ambipar (AMBP3): CVM rejeita pedido de reconsideração e mantém decisão contra a oferta
Diretoria da autarquia rejeitou pedido da área técnica para reabrir o caso e mantém decisão favorável ao controlador; entenda a história
Azul (AZUL54) chega a cair mais de 40% e Embraer (EMBJ3) entra na rota de impacto; entenda a crise nos ares
Azul reduz encomenda de aeronaves com a Embraer, enquanto ações despencam com a diluição acionária prevista no plano de recuperação
Corrida por proventos ganha força: 135 empresas antecipam remuneração; dividendos e JCP são os instrumentos mais populares
Recompras ganham espaço e bonificação de ações resgatáveis desponta como aposta para 2026, revela estudo exclusivo do MZ Group
IG4 avança na disputa pela Braskem (BRKM5) e leva operação bilionária ao Cade; ações lideram altas na B3
A petroquímica já havia anunciado, em meados deste mês, que a gestora fechou um acordo para assumir a participação da Novonor, equivalente a 50,1% das ações com direito a voto
