Lucro do Bradesco (BBDC4) cresce 13% e atinge os R$ 5,2 bilhões no 3T24; rentabilidade volta a subir, mas despesas também aumentam
As despesas operacionais do Bradesco subiram 9,9% em 12 meses, para R$ 15,1 bilhões, enquanto a receita com prestação de serviços somaram R$ 9,9 bilhões
O Bradesco (BBDC4) segue na tentativa de colocar os negócios de volta nos trilhos. Após um lucro menor nos primeiros três meses de 2024 e uma retomada da lucratividade no segundo trimestre, o segundo maior banco privado brasileiro apresentou seus números do terceiro trimestre deste ano.
Assim como era esperado, o lucro líquido recorrente do Bradesco voltou a subir, crescendo 13,1% na comparação com o mesmo período do ano passado, para R$ 5,225 bilhões no terceiro trimestre de 2024. O avanço em relação ao trimestre imediatamente anterior é de 10,8%.
Com isso, o resultado do banco ficou acima da média das projeções coletadas pelo Seu Dinheiro, que apontava para um lucro de R$ 5,154 bilhões no terceiro trimestre.
Desta forma, a rentabilidade sobre o patrimônio líquido médio (ROE, na sigla em inglês) ficou em 12,4%, crescendo 1,0 ponto percentual (p.p.) em relação ao segundo trimestre e 1,1 p.p. se comparado aos últimos 12 meses.
O ROE do Bradesco ficou abaixo da média das projeções do Seu Dinheiro, que apontavam para uma rentabilidade de 12,8% no trimestre, e também do Santander (SANB11), que atingiu os 17,0%.
Seja como for, o retorno segue muito aquém do patamar de 20% que o Bradesco ostentou em seus melhores dias. Veja quem divulga seus resultados nos próximos dias.
Leia Também
Crédito e inadimplência
Em meio à ampla reestruturação em curso comandada pelo CEO Marcelo Noronha, o Bradesco ainda consegue expandir sua concessão de financiamentos.
“Continuamos a executar o plano estratégico. Alguns avanços importantes foram verificados no 3T24. Concluímos o fechamento do capital da Cielo, o que pode nos dar maior flexibilidade comercial para atender os clientes”, diz o banco no release de resultados.
Dessa forma, a carteira de crédito ampliada do banco encerrou o terceiro trimestre em R$ 943,9 bilhões. Trata-se de uma expansão de 3,5% em relação ao fim de junho e de 7,6% em 12 meses.
Enquanto isso, o índice de inadimplência, um dos pontos preocupantes do balanço do Bradesco, ficou em 4,2%, o que representa uma queda de 1,4 p.p. na comparação com o terceiro trimestre de 2023.
O próprio CEO do banco, Marcelo Noronha, esperava uma melhora do indicador, que chegou a superar os 6% considerando o calote da Americanas (AMER3).
Com a inadimplência menor, as despesas com provisões (PDD) do Bradesco somaram R$ 7,1 bilhões, uma queda relativamente pequena em relação ao trimestre imediatamente anterior (de 2,2%), mas bastante significativa em comparação com os três meses de 2023, com uma redução de 22,4%.
Por fim, o banco registrou uma margem financeira de R$ 16,0 bilhões no terceiro trimestre, aumento de 2,7% na passagem trimestral e de 0,9% na comparação anual.
Outros destaques do balanço do Bradesco (BBDC4)
Vale destacar ainda que as despesas operacionais do Bradesco subiram 9,9% em 12 meses, para R$ 15,1 bilhões. Em comparação com o trimestre anterior, o avanço das despesas foi de 2,0%.
De acordo com o Bradesco, o crescimento das despesas operacionais e com pessoal está em linha com a inflação.
Por fim, as receitas com prestação de serviços somaram R$ 9,9 bilhões — o que representa uma alta de 5,1% em relação ao terceiro trimestre de 2023.
O mercado também acompanha essa linha de perto, já que os bancos vêm sofrendo para crescer as receitas com a cobrança de tarifas com o acirramento da concorrência dos bancos digitais e de serviços gratuitos como o PIX.
Mais um presente aos acionistas: Axia Energia (AXIA6) vai distribuir R$ 30 bilhões em bonificação com nova classe de ações
A distribuição ocorrerá com a criação de uma nova classe de ações preferenciais, a classe C (PNC). Os papéis serão entregues a todos os acionistas da Axia, na proporção de sua participação no capital social
Do campo de batalha ao chão da sala: a empresa de robôs militares que virou aspirador de pó — e acabou pedindo falência
Criadora dos robôs Roomba entra em recuperação judicial e será comprada por sua principal fabricante após anos de prejuízos
É para esvaziar o carrinho: o que levou o JP Morgan rebaixar o Grupo Mateus (GMAT3); ações caem mais de 2%
Embora haja potencial para melhorias operacionais, o banco alerta que o ruído de governança deve manter a ação da varejista fora do radar de muitos investidores
Sabesp (SBSP3), C&A (CEAB3), Hypera (HYPE3), Sanepar (SAPR11), Alupar (ALUP11), Ourofino (OFSA3) e outras 3 empresas anunciam R$ 2,5 bilhões em dividendos e JCP
Quem lidera a distribuição polpuda é a Sabesp, com R$ 1,79 bilhão em JCP; veja todos os prazos e condições para receber os proventos
Com dívidas bilionárias, Tesouro entra como ‘fiador’ e libera empréstimo de até R$ 12 bilhões aos Correios
Operação terá juros de 115% do CDI, carência de três anos e prazo de 15 anos; uso dos recursos será limitado em 2025 e depende de plano de reequilíbrio aprovado pelo governo
Banco Inter (INBR32) vai a mercado e reforça capital com letras financeiras de R$ 500 milhões
A emissão das “debêntures dos bancos” foi feita por meio de letras financeiras Tier I e Tier II e deve elevar o índice de Basileia do Inter; entenda como funciona a operação
Sob ameaça de banimento, TikTok é vendido nos EUA em um acordo cheio de pontos de interrogação
Após anos de pressão política, TikTok redefine controle nos EUA, com a Oracle entre os principais investidores e incertezas sobre a separação da ByteDance
O “presente de Natal” do Itaú (ITUB4): banco distribui ações aos investidores e garante dividendos turbinados
Enquanto os dividendos extraordinários não chegam, o Itaú reforçou a remuneração recorrente dos investidores com a operação; entenda
Petrobras (PETR4) e Braskem (BRKM5) fecham contratos de longo prazo de quase US$ 18 bilhões
Os contratos são de fornecimento de diferentes matérias primas para várias plantas da Braskem pelo país, como nafta, etano, propano e hidrogênio
Bradesco (BBDC4), Cemig (CMIG4), PetroRecôncavo (RECV3), Cogna (COGN3) e Tenda (TEND3) pagam R$ 5 bilhões em proventos; Itaú (ITUB4) anuncia bônus em ações
A maior fatia dessa distribuição farta ficou com o Bradesco, com R$ 3,9 bilhões, enquanto o Itaú bonifica acionistas em 3%; confira todos os prazos e condições para receber
CVM reabre caso da Alliança e mira fundo de Nelson Tanure e gestora ligada ao Banco Master 2 anos depois de OPA
O processo sancionador foi aberto mais de dois anos após a OPA que consolidou o controle da antiga Alliar, na esteira de uma longa investigação pela autarquia; entenda
Dona do Google recebe uma forcinha de Zuckerberg na ofensiva para destronar a Nvidia no mercado de IA
Com o TorchTPU, a Alphabet tenta remover barreiras técnicas e ampliar a adoção de suas TPUs em um setor dominado pela gigante dos chips
Casas Bahia (BHIA3) aprova plano que estica dívidas até 2050 e flexibiliza aumento de capital; ações sobem mais de 2%
Plano aprovado por acionistas e credores empurra vencimentos, reduz pressão de caixa e amplia a autonomia do conselho
Brava Energia (BRAV3) salta mais de 10% após rumores de venda de poços e com previsão de aumento nos investimentos em 2026
Apesar de a empresa ter negado a venda de ativos para a Eneva (ENEV3), o BTG Pactual avalia que ainda há espaço para movimentações no portfólio
Agora é lei: cardápios de papel serão obrigatórios em bares e restaurantes de São Paulo, dando adeus à hegemonia dos ‘QR Codes’
Cardápios digitais, popularizados durante a pandemia, permaneceram quase que de forma exclusiva em muitos estabelecimentos – mas realidade pode mudar com projeto de lei aprovado pela Alesp
Presente de Natal da Prio (PRIO3)? Empresa anuncia novo programa de recompra de até 86,9 milhões de ações; confira os detalhes
O conselho da Prio também aprovou o cancelamento de 26.890.385 ações ordinárias mantidas em tesouraria, sem redução do capital social
Exclusivo: Oncoclínicas (ONCO3) busca novo CEO e quer reestruturar todo o alto escalão após a crise financeira, diz fonte
Após erros estratégicos e trimestres de sufoco financeiro, a rede de oncologia estuda sucessão de Bruno Ferrari no comando e busca novos executivos para a diretoria
Copasa (CSMG3): lei para a privatização da companhia de saneamento é aprovada pelo legislativo de Minas Gerais
O texto permite que o estado deixe de ser o controlador da companhia, mas mantenha uma golden share, com poder de veto em decisões estratégicas
B de bilhão: BB Seguridade (BBSE3) anuncia quase R$ 9 bi em dividendos; Cemig (CMIG4) também libera proventos
Empresas anunciam distribuição farta aos acionistas e garantem um fim de ano mais animado
Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) estão entre as rainhas dos dividendos no 4T25; Itaú BBA diz quais setores vão reinar em 2026
Levantamento do banco aponta que ao menos 20 empresas ainda podem anunciar proventos acima de 5% até o final do ano que vem
