Sem acordo: funcionários da Boeing fazem primeira greve em 16 anos, e ações caem mais de 4% hoje
O acordo com o sindicato, que representa mais de 32 mil trabalhadores no noroeste dos Estados Unidos, foi desaprovado por 94,6% dos participantes
As ações da Boeing (NYSE: BA) registram queda de mais de 4% no pré-mercado em Nova York nesta sexta-feira (13) após uma rejeição esmagadora dos trabalhadores à proposta de negociação salarial da fabricante de aviões e a aprovação da greve.
O acordo com o sindicato, que representa mais de 32 mil trabalhadores no noroeste dos Estados Unidos, foi desaprovado por 94,6% dos participantes.
Já a proposta de greve, votada na sequência, foi aprovada por 96% deles — muito mais do que os dois terços necessários para paralisar as atividades.
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O presidente regional da International Association of Machinists and Aerospace Workers (IAM), Jon Holden, anunciou o resultado na noite de ontem (12), afirmando que a Boeing precisa negociar com boa-fé.
Segundo ele, os trabalhadores passaram por “conduta discriminatória, questionamentos coercitivos, vigilância ilegal e promessas de benefícios ilegais”.
O acordo dos trabalhadores com a Boeing
Stephanie Pope, CEO da unidade de aviões comerciais da Boeing, disse aos trabalhadores no início desta semana que o acordo provisório foi a “melhor proposta que já apresentamos.”
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O pedido inicial previa uma recomposição salarial de 40% nos próximos quatro anos, mas os trabalhadores aceitaram um aumento geral de 25% no mesmo período, reconhecendo as dificuldades financeiras da empresa.
Dessa maneira, os aumentos seriam escalonados, com os trabalhadores novos e mais antigos recebendo a maior parte do montante, visando aumentar a retenção de talentos.
O acordo preliminar com os trabalhadores foi comemorado como uma vitória inicial do novo CEO da Boeing, Kelly Ortberg. Ele assumiu o cargo há cerca de um mês com a difícil tarefa de reverter a situação da fabricante de aviões.
A Boeing tenta restaurar a confiança dos investidores e clientes após a empresa se declarar culpada em um acordo com a Justiça dos EUA. Vale lembrar que em janeiro deste ano, uma porta do modelo 737 MAX se desprendeu de um jato enquanto estava no ar.
Por último, o impacto da greve nos já turbulentos negócios da Boeing dependerá de quanto tempo a paralisação durar.
*Com informações do Yahoo Finance
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