Gol (GOLL4) sobe mais de 10% na bolsa com plano de recuperação nos Estados Unidos e reforço financeiro de R$ 11 bilhões
Companhia aérea apresentou no U.S. Bankruptcy Court um plano inicial de reestruturação como parte do processo de Chapter 11, iniciado em janeiro
O novo passo da Gol (GOLL4) rumo à reestruturação que promete dar fôlego às finanças da companhia aérea deu ânimo aos investidores e ao mercado nesta terça-feira (10).
Na sessão seguinte ao anúncio de que a empresa em crise financeira irá protocolar plano de reestruturação no Chapter 11 (equivalente à recuperação judicial no Brasil) perante o Tribunal nos Estados Unidos, as ações da GOLL4 operam em forte alta na bolsa.
Os papéis GOLL4 fecharam em alta de 12%, a R$ 1,40. No ano, no entanto, as ações da Gol acumulam queda de 86,06%, levando o valor de mercado da companhia a R$ 525 milhões.
Gol apresenta plano de reestruturação no Chapter 11
Na noite desta segunda-feira (9), em fato relevante ao mercado, a Gol anunciou que apresentou no U.S. Bankruptcy Court um plano inicial de reestruturação como parte do processo de Chapter 11, iniciado pela companhia em janeiro deste ano.
O plano é o passo seguinte ao Acordo de Apoio ao Plano de Reestruturação anunciado em novembro pela Gol e o grupo Abra, maior credora e investidora da aérea brasileira.
Leia Também
“A Gol pretende levantar até US$ 1,85 bilhão (R$ 11,2 bilhões) em novo capital para prover liquidez incremental que apoie a execução de sua estratégia de crescimento após a saída do processo, dos quais até US$ 330 milhões (R$ 2 bilhões) podem ser na forma de emissão de novas ações a serem subscritas por terceiros investidores”, informou a companhia.
VEJA MAIS: 3 características que o investidor precisa ter para comprar bolsa brasileira agora, segundo analista
Redução de dívidas e reestruturação de obrigações
O plano propõe um reforço significativo de capital para fortalecer as operações da Gol, com o objetivo de encerrar o processo de recuperação judicial no primeiro semestre de 2025. A proposta inclui a redução de até US$ 1,7 bilhão (R$ 10,3 bilhões) em dívidas anteriores ao Chapter 11 e até US$ 850 milhões (R$ 5,1 bilhões) de outras obrigações.
No âmbito do acordo firmado entre a Gol e o comitê de credores quirografários (aqueles sem garantia real), a Abra aceitou reduzir sua reivindicação inicial de US$ 2,8 bilhões (R$ 17 bilhões) para US$ 950 milhões (R$ 5,7 bilhões).
O grupo também poderá receber uma quantia adicional em novas ações, dependendo da resolução de algumas questões pendentes, segundo o documento.
A dívida remanescente da Gol com a Abra será reestruturada para um total de US$ 850 milhões (R$ 5,1 bilhões). Desse valor, US$ 250 milhões (R$ 1,5 bilhão) serão convertidos em novas ações após 30 meses da saída da companhia do processo de Chapter 11.
O plano será debatido em uma audiência no tribunal americano marcada para 15 de janeiro de 2025. Caso as medidas sejam aprovadas, os credores da Gol votarão para decidir se aceitam ou não o plano proposto.
A recuperação judicial da Gol
A Gol entrou em recuperação judicial no início deste ano, com aproximadamente R$ 20 bilhões em dívidas. A companhia justificou a decisão com base nos impactos contínuos da pandemia em suas operações e nos atrasos na entrega de novas aeronaves.
A companhia também vinha enfrentando desafios para administrar sua elevada dívida, situação que o CEO, Celso Ferrer, atribuiu aos "obstáculos causados pela pandemia".
Em dezembro do ano passado, a companhia decidiu contar com o apoio da consultoria Seabury Capital para conduzir uma revisão em sua estrutura de capital.
AUAU3: planos da Petz (PETZ3) para depois da fusão com a Cobasi incluem novo ticker; confira os detalhes
Operação será concluída em janeiro, com Paulo Nassar no comando e Sergio Zimerman na presidência do conselho
IPO no horizonte: Aegea protocola pedido para alterar registro na CVM; entenda a mudança
A gigante do saneamento solicitou a migração para a categoria A da CVM, passo que abre caminho para uma possível oferta pública inicial
Nelson Tanure cogita vender participação na Alliança (ALLR3) em meio a processo sancionador da CVM; ações disparam na B3
Empresa de saúde contratou assessor financeiro para estudar reorganização e possíveis mudanças no controle; o que está em discussão?
Pílula emagrecedora vem aí? Investidores esperam que sim e promovem milagre natalino em ações de farmacêutica
Papéis dispararam 9% em Nova York após agência reguladora aprovar a primeira pílula de GLP-1 da Novo Nordisk
AZUL4 dá adeus ao pregão da B3 e aérea passa ter novo ticker a partir de hoje; Azul lança oferta bilionária que troca dívidas por ações
Aérea pede registro de oferta que transforma dívida em capital e altera a negociação dos papéis na bolsa; veja o que muda
Hapvida (HAPV3) prepara ‘dança das cadeiras’ com saída de CEO após 24 anos para tentar reverter tombo de 56% nas ações em 2025
Mudanças estratégicas e plano de sucessão gerencial será implementado ao longo de 2026; veja quem assume o cargo de CEO
Magazine Luiza (MGLU3) vai dar ações de graça? Como ter direito ao “presente de Natal” da varejista
Acionistas com posição até 29 de dezembro terão direito a novas ações da varejista. Entenda como funciona a operação
Tupy (TUPY3) azeda na bolsa após indicação de ministro de Lula gerar ira de conselheiro. Será mais um ano para esquecer?
A indicação do ministro da Defesa para o conselho do grupo não foi bem recebida por membros do colegiado; entenda
Santander (SANB11), Raia Drogasil (RADL3), Iguatemi (IGTI11) e outras gigantes distribuem mais de R$ 2,3 bilhões em JCP e dividendos
Santander, Raia Drogasil, JHSF, JSL, Iguatemi e Multiplan somam cerca de R$ 2,3 bilhões em proventos, com pagamentos previstos para 2025 e 2026
Eztec (EZTC3) renova gestão e anuncia projeto milionário em São Paulo
Silvio Ernesto Zarzur assume nova função na diretoria enquanto a companhia lança projeto de R$ 102 milhões no bairro da Mooca
Dois bancos para lucrar em 2026: BTG Pactual revela dupla de ações que pode saltar 30% nos próximos meses
Para os analistas, o segmento de pequenos e médios bancos concentra oportunidades interessantes, mas também armadilhas de valor; veja as recomendações
Quase 170% em 2025: Ação de banco “fora do radar” quase triplica na bolsa e BTG vê espaço para mais
Alta das ações em 2025 não encerrou a tese: analistas revelam por que ainda vale a pena comprar PINE4 na bolsa
Tchau, B3! Neogrid (NGRD3) pode sair da bolsa com OPA do Grupo Hindiana
Holding protocolou oferta pública de aquisição na CVM para assumir controle da Neogrid e cancelar seu registro de companhia aberta
A reorganização societária da Suzano (SUZB3) que vai redesenhar o capital e estabelecer novas regras de governança
Companhia aposta em alinhamento de grupos familiares e voto em bloco para consolidar estratégia de longo prazo
Gafisa, Banco Master e mais: entenda a denúncia que levou Nelson Tanure à mira dos reguladores
Uma sequência de investigações e denúncias colocou o empresário sob escrutínio da Justiça. Entenda o que está em jogo
Bilionária brasileira que fez fortuna sem ser herdeira quer trazer empresa polêmica para o Brasil
Semanas após levantar US$ 1 bilhão em uma rodada de investimentos, a fundadora da Kalshi revelou planos para desembarcar no Brasil
Raízen (RAIZ4) precisa de quase uma “Cosan” para voltar a um nível de endividamento “aceitável”, dizem analistas
JP Morgan rebaixou a recomendação das ações de Raízen e manteve a Cosan em Neutra, enquanto aguarda próximos passos das empresas
Direito ao voto: Copel (CPLE3) migra para Novo Mercado da B3 e passa a ter apenas ações ordinárias
De acordo com a companhia, a reestruturação resulta em uma base societária mais simples, transparente e alinhada às melhores práticas do mercado
Então é Natal? Reveja comerciais natalinos que marcaram época na televisão brasileira
Publicidades natalinas se tornaram quase obrigatórias na cultura televisiva brasileira durante décadas, e permanecem na memória de muitos; relembre (ou conheça) algumas das mais marcantes
Com duas renúncias e pressão do BNDESPar, Tupy (TUPY3) pode eleger um novo conselho do zero; entenda
A saída de integrantes de conselhos da Tupy levou o BNDESPar a pedir a convocação de uma Assembleia Geral Extraordinária para indicar novos nomes. Como o atual conselho foi eleito por voto múltiplo, a eventual AGE pode resultar na eleição de todo o colegiado