Fusão entre Petz (PETZ3) e Cobasi anima analistas — mas esse bancão ainda vê potencial de alta limitado para ações
Bank of America elevou o preço-alvo dos papéis da Petz nesta segunda-feira (20), mas manteve recomendação neutra; entenda
A potencial fusão entre a Petz e a Cobasi, as duas redes que lideram o varejo voltado para animais de estimação, animou os analistas do Bank of America (BofA) — mas o bancão ainda prevê um potencial limitado para as ações PETZ3 na bolsa brasileira.
O banco norte-americano elevou nesta segunda-feira (20) o preço-alvo dos papéis, de R$ 4,00 para R$ 4,80, implicando em um potencial de alta de 7,8% em relação ao último fechamento.
Apesar das perspectivas mais otimistas de valorização das ações, o preço ainda está bem abaixo da avaliação da fusão, já que a relação de troca entre as companhias considera o valor de R$ 7,10 por papel.
O BofA ainda não acha que é hora de incluir PETZ3 na carteira. Os analistas mantiveram a recomendação neutra para os ativos.
As ações reagiram em queda à visão mais cautelosa do banco. Por volta das 15h25, os papéis caíam 2,02%, a R$ 4,36. Mas no final do pregão reduziram as perdas e terminaram o dia com alta de 0,45%, a 4,47. No acumulado do ano, a empresa marca uma escalada de mais de 12% na B3.
- 10 ações para investir neste mês: veja a carteira recomendada da analista Larissa Quaresma, baixando este relatório gratuito.
O casamento vai ser consumado?
Na avaliação do Bank of America, a combinação de negócios entre as gigantes do mercado pet traz uma tese atraente e com “risco antitruste limitado”.
Leia Também
Energisa (ENGI3) avança em reorganização societária com incorporações e aumento de capital na Rede Energia
Sinal verde no conselho: Ambipar (AMBP3) aprova plano de recuperação judicial
Isso porque a Petz e a Cobasi possuem cerca de 7,9% e 6,7% de participação de mercado (market share), respectivamente. “O mercado varejista de animais de estimação no Brasil continua altamente fragmentado”, afirmou o banco.
A expectativa é que a combinação possa ser cinco vezes o tamanho do concorrente mais próximo, a Petlove, de 2,9%. De acordo com dados do Euromonitor de 2023, o casamento entre Cobasi e Petz representaria um valor “relativamente modesto” de 14,6% de participação.
Devido à quota limitada, os analistas projetam pouca oposição dos órgãos antitruste como o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), especialmente diante da aprovação de acordos recentes com concentrações muito mais elevadas em outros segmentos e indústrias de varejo.
Os potenciais da fusão
Nas contas do Bank of America, a empresa resultante da fusão “totalmente integrada” poderia quase triplicar o lucro líquido a partir de uma base deprimida, excluindo os custos de implementação.
Além disso, segundo o BofA, o acordo entre a Petz (PETZ3) e a Cobasi também permitiria uma “mudança no foco competitivo e uma alocação de ativos mais eficiente”.
“No entanto, vemos alguma probabilidade de desinvestimento em micromercados específicos.”
Para os analistas, a Petz deve passar por uma redução de 10% no número de lojas, além da terceirização de serviços, com uma reabsorção de 70% das vendas das lojas fechadas.
- [Carteira recomendada] 10 ações brasileiras para investir agora e buscar lucros – baixe o relatório gratuito
Na avaliação do banco, a margem bruta da empresa combinada deve subir em 100 pontos-base devido às sinergias de preço. O banco ainda espera uma redução de 20% em despesas gerais e administrativas e melhoria modesta no prazo do fornecedor.
“As estruturas centrais e administrativas, no entanto, são em grande parte redundantes, implicando amplas oportunidades em todas as funções”, destacam os analistas.
Então por que o BofA não recomenda a compra de Petz (PETZ3)?
O Bank of America acredita que a fusão deve trazer um “potencial de valorização” para os negócios, com “extensas sinergias entre vendas, margem bruta e despesas administrativas centrais”.
Porém, os analistas projetam um crescimento de vendas mais lento em previsões independentes da Petz.
Além disso, o banco assumiu um múltiplo mais conservador de preço sobre lucro (P/E) de 14 vezes para 2025, contra 16 vezes na avaliação anterior.
“Dados os riscos competitivos e de implementação, reiteramos nossa classificação neutra.”
Para o BofA, existem riscos para a empresa após a fusão. São eles: atrasos ou incapacidade de concluir a fusão com a Cobasi, sentimento mais fraco dos investidores, menor procura dos consumidores, desafios de execução, concorrência, custos de financiamento mais elevados, desafios de integração, saída dos principais gestores seniores e dinâmicas ou termos desfavoráveis de consolidação do setor.
‘Socorro’ de R$ 10 bilhões à Raízen (RAIZ4) está na mesa da Cosan (CSAN3) e da Shell, segundo agência
Estresse no mercado de crédito pressiona a Raízen, que avalia aporte bilionário, desinvestimentos e uma reestruturação financeira com apoio dos controladores
WEG (WEGE3) abre o cofre e paga R$ 5,2 bilhões em dividendos
Os proventos autorizados nesta sexta-feira (19) serão divididos em três parcelas anuais de R$ 1,732 bilhão cada; confira os detalhes
Embraer (EMBJ3) testa protótipo de “carro voador” elétrico e inicia fase de certificação; ações chegam a subir 3%
Aeronave eVTOL da Eve Air Mobility inicia campanha de certificação com quase 3 mil encomendas; ações da Embraer avançam após voo inaugural
Raízen (RAIZ4) acelera desinvestimentos e vende carteira de comercialização de energia para Tria Energia, da Patria Investimentos
O negócio envolve o portfólio de contratos de trading de energia mantido pela Raízen no mercado livre; entenda
Mais um presente aos acionistas: Axia Energia (AXIA6) vai distribuir R$ 30 bilhões em bonificação com nova classe de ações
A distribuição ocorrerá com a criação de uma nova classe de ações preferenciais, a classe C (PNC). Os papéis serão entregues a todos os acionistas da Axia, na proporção de sua participação no capital social
Do campo de batalha ao chão da sala: a empresa de robôs militares que virou aspirador de pó — e acabou pedindo falência
Criadora dos robôs Roomba entra em recuperação judicial e será comprada por sua principal fabricante após anos de prejuízos
É para esvaziar o carrinho: o que levou o JP Morgan rebaixar o Grupo Mateus (GMAT3); ações caem mais de 2%
Embora haja potencial para melhorias operacionais, o banco alerta que o ruído de governança deve manter a ação da varejista fora do radar de muitos investidores
Sabesp (SBSP3), C&A (CEAB3), Hypera (HYPE3), Sanepar (SAPR11), Alupar (ALUP11), Ourofino (OFSA3) e outras 3 empresas anunciam R$ 2,5 bilhões em dividendos e JCP
Quem lidera a distribuição polpuda é a Sabesp, com R$ 1,79 bilhão em JCP; veja todos os prazos e condições para receber os proventos
Com dívidas bilionárias, Tesouro entra como ‘fiador’ e libera empréstimo de até R$ 12 bilhões aos Correios
Operação terá juros de 115% do CDI, carência de três anos e prazo de 15 anos; uso dos recursos será limitado em 2025 e depende de plano de reequilíbrio aprovado pelo governo
Banco Inter (INBR32) vai a mercado e reforça capital com letras financeiras de R$ 500 milhões
A emissão das “debêntures dos bancos” foi feita por meio de letras financeiras Tier I e Tier II e deve elevar o índice de Basileia do Inter; entenda como funciona a operação
Sob ameaça de banimento, TikTok é vendido nos EUA em um acordo cheio de pontos de interrogação
Após anos de pressão política, TikTok redefine controle nos EUA, com a Oracle entre os principais investidores e incertezas sobre a separação da ByteDance
O “presente de Natal” do Itaú (ITUB4): banco distribui ações aos investidores e garante dividendos turbinados
Enquanto os dividendos extraordinários não chegam, o Itaú reforçou a remuneração recorrente dos investidores com a operação; entenda
Petrobras (PETR4) e Braskem (BRKM5) fecham contratos de longo prazo de quase US$ 18 bilhões
Os contratos são de fornecimento de diferentes matérias primas para várias plantas da Braskem pelo país, como nafta, etano, propano e hidrogênio
Bradesco (BBDC4), Cemig (CMIG4), PetroRecôncavo (RECV3), Cogna (COGN3) e Tenda (TEND3) pagam R$ 5 bilhões em proventos; Itaú (ITUB4) anuncia bônus em ações
A maior fatia dessa distribuição farta ficou com o Bradesco, com R$ 3,9 bilhões, enquanto o Itaú bonifica acionistas em 3%; confira todos os prazos e condições para receber
CVM reabre caso da Alliança e mira fundo de Nelson Tanure e gestora ligada ao Banco Master 2 anos depois de OPA
O processo sancionador foi aberto mais de dois anos após a OPA que consolidou o controle da antiga Alliar, na esteira de uma longa investigação pela autarquia; entenda
Dona do Google recebe uma forcinha de Zuckerberg na ofensiva para destronar a Nvidia no mercado de IA
Com o TorchTPU, a Alphabet tenta remover barreiras técnicas e ampliar a adoção de suas TPUs em um setor dominado pela gigante dos chips
Casas Bahia (BHIA3) aprova plano que estica dívidas até 2050 e flexibiliza aumento de capital; ações sobem mais de 2%
Plano aprovado por acionistas e credores empurra vencimentos, reduz pressão de caixa e amplia a autonomia do conselho
Brava Energia (BRAV3) salta mais de 10% após rumores de venda de poços e com previsão de aumento nos investimentos em 2026
Apesar de a empresa ter negado a venda de ativos para a Eneva (ENEV3), o BTG Pactual avalia que ainda há espaço para movimentações no portfólio
Agora é lei: cardápios de papel serão obrigatórios em bares e restaurantes de São Paulo, dando adeus à hegemonia dos ‘QR Codes’
Cardápios digitais, popularizados durante a pandemia, permaneceram quase que de forma exclusiva em muitos estabelecimentos – mas realidade pode mudar com projeto de lei aprovado pela Alesp
Presente de Natal da Prio (PRIO3)? Empresa anuncia novo programa de recompra de até 86,9 milhões de ações; confira os detalhes
O conselho da Prio também aprovou o cancelamento de 26.890.385 ações ordinárias mantidas em tesouraria, sem redução do capital social
