Essa gigante do petróleo vai processar os próprios acionistas — e o motivo não vai te surpreender
A Exxon Mobil tenta impedir investidores ativistas de apresentarem propostas durante a reunião anual de acionistas da gigante petrolífera
Uma das maiores empresas de petróleo do mundo decidiu processar os próprios acionistas nesta semana. A Exxon Mobil entrou com uma ação judicial contra investidores ativistas dos Estados Unidos e da Holanda.
A queixa foi apresentada no domingo em um tribunal do Texas contra a empresa de investimentos Arjuna Capital, de Massachusetts, e o Follow This, um grupo de investidores ativistas com sede em Amsterdã.
A empresa tenta impedir os investidores ativistas de apresentar propostas de cunho ambiental durante a reunião anual de acionistas da gigante petrolífera, marcada para maio.
A petroleira norte-americana afirma que os investidores são “movidos por uma agenda extremista” e que as suas repetidas propostas não servem aos interesses dos investidores nem promovem valor para os acionistas a longo prazo.
“Estamos simplesmente pedindo ao tribunal que aplique as regras de procuração da SEC [a CVM dos EUA] conforme escritas para impedir esse abuso e eliminar os recursos significativos necessários para resolvê-los”, escreveu a Exxon Mobil, em comunicado enviado por e-mail à CNBC.
Esta é a primeira vez que a Exxon recorre à justiça para confrontar uma proposta apresentada por seus próprios acionistas.
Leia Também
A Exxon busca uma decisão da SEC, a xerife do mercado de capitais norte-americano, até 19 de março, a tempo de sua assembleia anual de acionistas em 29 de maio.
- VEJA MAIS: ONDE INVESTIR EM 2024: AÇÕES, RENDA FIXA, DIVIDENDOS, FIIS, BDRs E CRIPTOMOEDAS - INDICAÇÕES GRÁTIS
Os pedidos dos acionistas da gigante do petróleo
Dois grupos de investidores ativistas estão pedindo à Exxon Mobil e a outras grandes empresas de petróleo que adotem metas climáticas mais rigorosas.
No caso da Exxon, os acionistas pedem que a empresa estabeleça as metas “Escopo 3” para reduzir as emissões produzidas pelos usuários de seus produtos.
Vale destacar que a Exxon é a única das cinco grandes empresas de petróleo do Ocidente que não estabeleceu esses objetivos.
“Com este passo notável, a ExxonMobil quer claramente impedir que os acionistas utilizem os seus direitos”, disse Mark van Baal, da Follow This, em comunicado.
“Aparentemente, o conselho teme que os acionistas votem a favor das metas de redução de emissões.”
Nos últimos dois anos, a Follow This fez propostas semelhantes em assembleias de acionistas de diferentes grandes empresas petrolíferas.
“Os investidores enfrentam riscos decorrentes das alterações climáticas em toda a economia”, afirmou Natasha Lamb, cofundadora e diretora de investimentos da Arjuna Capital.
“Temos os direitos e deveres fundamentais de expressar preocupação sobre o risco climático, os seus impactos na economia global e o valor para os acionistas.”
A Exxon Mobil anunciou planos para atingir emissão zero até 2050 no Escopo 1 e Escopo 2, que tratam da poluição de seus processos de produção e a energia que é consumida.
Porém, a companhia de petróleo deixou de fora o Escopo 3 — que refere-se às emissões produzidas em toda a cadeia de valor de uma empresa e muitas vezes representa a maior parte da pegada de carbono de uma companhia.
No passado recente, porém, os acionistas da Exxon votaram pela rejeição das propostas por medidas mais fortes para mitigar as mudanças climáticas.
*Com informações de Reuters e CNBC.
Falta de luz causa prejuízo de R$ 1,54 bilhão às empresas de comércio e serviços em São Paulo; veja o que fazer caso tenha sido lesado
O cálculo da FecomercioSP leva em conta a queda do faturamento na quarta (10) e quinta (11)
Nubank busca licença bancária, mas sem “virar banco” — e ainda pode seguir com imposto menor; entenda o que está em jogo
A corrida do Nubank por uma licença bancária expõe a disputa regulatória e tributária que divide fintechs e bancões
Petrobras (PETR4) detalha pagamento de R$ 12,16 bilhões em dividendos e JCP e empolga acionistas
De acordo com a estatal, a distribuição será feita em fevereiro e março do ano que vem, com correção pela Selic
Quem é o brasileiro que será CEO global da Coca-Cola a partir de 2026
Henrique Braun ocupou cargos supervisionando a cadeia de suprimentos da Coca-Cola, desenvolvimento de novos negócios, marketing, inovação, gestão geral e operações de engarrafamento
Suzano (SUZB3) vai depositar mais de R$ 1 bilhão em dividendos, anuncia injeção de capital bilionária e projeções para 2027
Além dos proventos, a Suzano aprovou aumento de capital e revisou estimativas para os próximos anos. Confira
Quase R$ 3 bilhões em dividendos: Copel (CPLE5), Direcional (DIRR3), Minerva (BEEF3) e mais; confira quem paga e os prazos
A maior fatia dessa distribuição é da elétrica, que vai pagar R$ 1,35 bilhão em proventos aos acionistas
Cade aprova fusão entre Petz (PETZ3) e Cobasi com exigência de venda de lojas em SP
A união das operações cria a maior rede pet do Brasil. Entenda os impactos, os “remédios” exigidos e a reação da concorrente Petlove
Crise nos Correios: Governo Lula publica decreto que abre espaço para recuperação financeira da estatal
Novo decreto permite que estatais como os Correios apresentem planos de ajuste e recebam apoio pontual do Tesouro
Cyrela (CYRE3) propõe aumento e capital e distribuição bilionária de dividendos, mas ações caem na bolsa: o que aconteceu?
A ideia é distribuir esses dividendos sem comprometer o caixa da empresa, assim como fizeram a Axia Energia (AXIA3), ex-Eletrobras, e a Localiza, locadora de carros (RENT3)
Telefônica Brasil (VIVT3) aprova devolução de R$ 4 bilhões aos acionistas e anuncia compra estratégica em cibersegurança
A Telefônica, dona da Vivo, vai devolver R$ 4 bilhões aos acionistas e ainda reforça sua presença em cibersegurança com a compra da CyberCo Brasil
Brasil registra recorde em 2025 com abertura de 4,6 milhões de pequenos negócios; veja quais setores lideram o crescimento
No ano passado, pouco mais de 4,1 milhões de empreendimentos foram criados
Raízen (RAIZ4) vira penny stock e recebe ultimato da B3. Vem grupamento de ações pela frente?
Com RAIZ4 cotada a centavos, a B3 exige plano para subir o preço mínimo. Veja o prazo que a bolsa estipulou para a regularização
Banco Pan (BPAN4) tem incorporação pelo BTG Pactual (BPAC11) aprovada; veja detalhes da operação e vantagens para os bancos
O Banco Sistema vai incorporar todas as ações do Pan e, em seguida, será incorporado pelo BTG Pactual
Dividendos e JCP: Ambev (ABEV3) anuncia distribuição farta aos acionistas; Banrisul (BRSR6) também paga proventos
Confira quem tem direito a receber os dividendos e JCP anunciados pela empresa de bebidas e pelo banco, e veja também os prazos de pagamento
Correios não devem receber R$ 6 bilhões do Tesouro, diz Haddad; ajuda depende de plano de reestruturação
O governo avalia alternativas para reforçar o caixa dos Correios, incluindo a possibilidade de combinar um aporte com um empréstimo, que pode ser liberado ainda este ano
Rede de supermercados Dia, em recuperação judicial, tem R$ 143,3 milhões a receber do Letsbank, do Banco Master
Com liquidação do Master, há dúvidas sobre os pagamentos, comprometendo o equilíbrio da rede de supermercados, que opera queimando caixa e é controlada por um fundo de Nelson Tanure
Nubank avalia aquisição de banco para manter o nome “bank” — e ainda pode destravar vantagens fiscais com isso
A fintech de David Vélez analisa dois caminhos para a licença bancária no Brasil; entenda o que está em discussão
Abra Group, dona da Gol (GOLL54) e Avianca, dá mais um passo em direção ao IPO nos EUA e saída da B3; entenda
Esse é o primeiro passo no processo para abertura de capital, que possibilita sondar o mercado antes de finalizar a proposta
Por que a Axia Energia (AXIA3), ex-Eletrobras, aprovou um aumento de capital de R$ 30 bilhões? A resposta pode ser boa para o bolso dos acionistas
O objetivo do aumento de capital é manter o equilíbrio financeiro da empresa ao distribuir parte da reserva de lucros de quase R$ 40 bilhões
Magazine Luiza (MGLU3) aposta em megaloja multimarcas no lugar da Livraria Cultura para turbinar faturamento
Com cinco marcas sob o mesmo teto, a megaloja Galeria Magalu resgata a memória da Livraria Cultura, cria palco para conteúdo e promete ser a unidade mais lucrativa da varejista
