Eletrobras (ELET3) levanta R$ 4,7 bilhões com venda de termelétricas — e ainda diminui o risco do portfólio
O negócio inclui os últimos ativos termoelétricos da Eletrobras em operação, localizados nos estados do Amazonas e Rio de Janeiro

A Eletrobras (ELET3) anunciou nesta segunda-feira (10) que venderá seu portfólio termoelétrico para a Âmbar Energia. Com o acordo, a ex-estatal federal receberá R$ 4,7 bilhões pelos ativos.
Deste total, aproximadamente R$ 1,2 bilhão será a título de earn-out, condicionado ao cumprimento de determinadas metas estipuladas em contrato.
De acordo com fato relevante enviado à CVM, a operação permitiu a maximização do valor dos ativos da companhia com “adequada alocação de risco” — eliminando os impactos de inadimplência de contratos de venda de energia elétrica.
Outro objetivo da transação é acelerar o atingimento de uma das metas de sustentabilidade da Eletrobras, de zerar a emissão de carbono até 20230
“As iniciativas reforçam o compromisso da companhia de mitigar riscos operacionais e financeiros, avançar na otimização de seu portfólio e alocação de capital”, disse a empresa.
- Elétrica “mais barata entre os seus pares” é uma das recomendações da carteira de dividendos do analista Ruy Hungria; veja o portfólio completo gratuitamente
O negócio térmico da Eletrobras (ELET3)
A venda dos ativos da Eletrobras (ELET3) foi resultado de um processo competitivo iniciado em julho do ano passado.
Leia Também
O negócio inclui os últimos ativos termoelétricos da Eletrobras em operação, localizados nos estados do Amazonas e Rio de Janeiro: as unidades Mauá III; Rio Negro; Aparecida; Anamã; Anori; Codajás; Caapiranga; e Santa Cruz.
Além disso, a transação abrange os direitos de reversão dos produtores independentes de energia (PIEs) das unidades térmicas Cristiano Rocha, Manauara, Jaraqui, Tambaqui e Ponta Negra.
- [Carteira recomendada] 10 ações brasileiras para investir agora e buscar lucros – baixe o relatório gratuito
As unidades possuem capacidade instalada total de 2 gigawatts (GW) e prazo médio de contratação de cerca de 2 anos na UTE Santa Cruz — operada pela Furnas no RJ — e de aproximadamente 6 anos para o perímetro Eletronorte, no Amazonas.
Segundo a empresa, o portfólio será transferido para a Âmbar sem nenhuma dívida ou caixa.
Em termos financeiros, os ativos vendidos resultaram em uma receita líquida de R$ 2,4 bilhões para a Eletrobras no ano passado.
Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) — usado pelo mercado como uma forma de mensurar a geração de caixa de uma empresa — foi de R$ 1,1 bilhão.
Leia também:
- Fux, do STF, adia cobrança bilionária da Eletrobras; entenda o caso
- Eletrobras (ELET3) aprova a captação de até R$ 10,9 bilhões, sendo R$ 4 bilhões no exterior
Além da venda…
A Eletrobras (ELET3) ainda assinou nesta segunda-feira outros dois acordos com a Âmbar Energia.
O primeiro deles assegura que, em caso de “operação subsequente envolvendo transferência do controle da distribuidora, contraparte dos contratos de energia dos ativos termoelétricos”, a Eletrobras cederá a totalidade dos créditos para a Âmbar.
Por sua vez, a companhia terá opção de compra para possibilitar a “captura do benefício econômico” resultante da recuperação operacional e financeira da distribuidora.
Já o outro contrato tem relação com a compra do complexo eólico Baleia, anunciada em meados de setembro de 2023.
Com o aditamento do documento, a Eletrobras poderá assumir o resultado integral do direito de recebimento da ação de cobrança sobre a indenização securitária das unidades adquiridas, que ainda está em discussão com a seguradora.
O que dizem os analistas sobre o negócio da Eletrobras
Na avaliação do Itaú BBA, o negócio entre a Eletrobras (ELET3) e a Âmbar Energia foi "altamente positivo".
"A empresa estabeleceu com sucesso um quadro de transações robusto, com vantagens claras, ao mesmo tempo que abordou questões importantes relacionadas com o crédito", escreveu o banco, em relatório.
Nas contas dos analistas, o potencial desinvestimento de participações minoritárias em outras empresas poderia gerar R$ 5 bilhões extras para a Eletrobras.
Segundo o Itaú BBA, com os recursos da emissão de dívida realizada na última semana e da venda de ativos, a Eletrobras teria os recursos necessários para um potencial acordo com o governo federal sobre a disputa de direitos de voto.
Para os analistas, a companhia potencialmente precisaria de mais de R$ 20 bilhões em pagamentos anteriores da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), um fundo usado para bancar subsídios do setor de energia e cobrado diretamente de tarifas dos consumidores.
Deixa a bolsa me levar: Ibovespa volta a flertar com máxima histórica em dia de IPCA-15 e repercussão de balanço da Vale
Apesar das incertezas da guerra comercial de Donald Trump, Ibovespa está a cerca de 2% de seu recorde nominal
Hypera (HYPE3): quando a incerteza joga a favor e rende um lucro de mais de 200% — e esse não é o único caso
A parte boa de trabalhar com opções é que não precisamos esperar maior clareza dos resultados para investir. Na verdade, quanto mais incerteza melhor, porque é justamente nesses casos em que podemos ter surpresas agradáveis.
Guido Mantega vai ficar de fora do conselho da Eletrobras (ELET3) e governo busca novo nome, diz jornal
Há cinco dias da assembleia que elegerá os membros do conselho da empresa, começa a circular a informação de que o governo procura outra opção para indicar para o posto
Dona do Google vai pagar mais dividendos e recomprar US$ 70 bilhões em ações após superar projeção de receita e lucro no trimestre
A reação dos investidores aos números da Alphabet foi imediata: as ações chegaram a subir mais de 4% no after market em Nova York nesta quinta-feira (24)
Subir é o melhor remédio: ação da Hypera (HYPE3) dispara 12% e lidera o Ibovespa mesmo após prejuízo
Entenda a razão para o desempenho negativo da companhia entre janeiro e março não ter assustado os investidores e saiba se é o momento de colocar os papéis na carteira ou se desfazer deles
Lucro líquido da Usiminas (USIM5) sobe 9 vezes no 1T25; então por que as ações chegaram a cair 6% hoje?
Empresa entregou bons resultados, com receita maior, margens melhores e lucro alto, mas a dívida disparou 46% e não agradou investidores que veem juros altos como um detrator para os resultados futuros
O que está derrubando Wall Street não é a fuga de investidores estrangeiros — o JP Morgan identifica os responsáveis
Queda de Wall Street teria sido motivada pela redução da exposição dos fundos de hedge às ações disponíveis no mercado dos EUA
CCR agora é Motiva (MOTV3): empresa troca de nome e de ticker na bolsa e anuncia pagamento de R$ 320 milhões em dividendos
Novo código e nome passam a valer na B3 a partir de 2 de maio
A culpa é da Gucci? Grupo Kering entrega queda de resultados após baixa de 25% na receita da principal marca
Crise generalizada do mercado de luxo afeta conglomerado francês; desaceleração já era esperada pelo CEO, François Pinault
OPA do Carrefour (CRFB3): com saída de Península e GIC do negócio, o que fazer com as ações?
Analistas ouvidos pelo Seu Dinheiro indicam qual a melhor estratégia para os pequenos acionistas — e até uma ação alternativa para comprar com os recursos
‘Momento de garimpar oportunidades na bolsa’: 10 ações baratas e de qualidade para comprar em meio às incertezas do mercado
CIO da Empiricus vê possibilidade do Brasil se beneficiar da guerra comercial entre EUA e China e cenário oportuno para aproveitar oportunidades na bolsa; veja recomendações
Tudo tem um preço: Ibovespa tenta manter o bom momento, mas resposta da China aos EUA pode atrapalhar
China nega que esteja negociando tarifas com os Estados Unidos e mercados internacionais patinam
É investimento no Brasil ou no exterior? Veja como declarar BDR no imposto de renda 2025
A forma de declarar BDR é similar à de declarar ações, mas há diferenças relativas aos dividendos distribuídos por esses ativos
Desempenho acima do esperado do Nubank (ROXO34) não justifica a compra da ação agora, diz Itaú BBA
Enquanto outras empresas de tecnologia, como Apple e Google, estão vendo seus papéis passarem por forte desvalorização, o banco digital vai na direção oposta, mas momento da compra ainda não chegou, segundo analistas
Ação da Neoenergia (NEOE3) sobe 5,5% após acordo com fundo canadense e chega ao maior valor em cinco anos. Comprar ou vender agora?
Bancos que avaliaram o negócio não tem uma posição unânime sobre o efeito da venda no caixa da empresa, mas são unânimes sobre a recomendação para o papel
Bolsa nas alturas: Ibovespa sobe 1,34% colado na disparada de Wall Street; dólar cai a R$ 5,7190 na mínima do dia
A boa notícia que apoiou a alta dos mercados tanto aqui como lá fora veio da Casa Branca e também ajudou as big techs nesta quarta-feira (23)
A decisão de Elon Musk que faz os investidores ignorarem o balanço ruim da Tesla (TSLA34)
Ações da Tesla (TSLA34) sobem depois de Elon Musk anunciar que vai diminuir o tempo dedicado ao trabalho no governo Trump. Entenda por que isso acontece.
Embraer (EMBR3) divulga carteira de pedidos do 1º tri, e BTG se mantém ‘otimista’ sobre os resultados
Em relatório divulgado nesta quarta-feira (23), o BTG Pactual afirmou que continua “otimista” sobre os resultados da Embraer
JBS (JBSS3) aprova assembleia para votar dupla listagem na bolsa de Nova York e prevê negociações em junho; confira os próximos passos
A listagem na bolsa de valores de Nova York daria à JBS acesso a uma base mais ampla de investidores. O processo ocorre há alguns anos, mas ainda restam algumas etapas pela frente
Agora 2025 começou: Ibovespa se prepara para seguir nos embalos da festa do estica e puxa de Trump — enquanto ele não muda de ideia
Bolsas internacionais amanheceram em alta nesta quarta-feira diante dos recuos de Trump em relação à guerra comercial e ao destino de Powell