“Compre ao som dos canhões…”: Após cair 25% no ano, a ação Locaweb (LWSA3) é “oportunidade única” e pode subir 56% em 2024, diz o BTG
Após IPO em 2020, ação da empresa de internet teve queda expressiva, mas fluxo de caixa após reestruturações iniciadas deve ser um fator potente para mover a ação
Em 2020, a Locaweb, que mudou o nome para LWSA (LWSA3), realizou o maior IPO daquele ano. Quatro anos depois, as ações da empresa brasileira de serviços de internet caíram mais de 25% no acumulado do ano, com o papel sendo negociado a quase o preço do IPO.
Mas, para os analistas do BTG Pactual, a queda expressiva “não faz nenhum sentido” e a LWSA3 ainda é uma opção de investimento atrativa. Não à toa que, em relatório divulgado nesta quarta-feira (10), o banco fez uma referência à famosa expressão “compre ao som dos canhões e venda ao som de violinos”, atribuída ao financista londrino Nathan Rothschild.
A instituição reiterou sua recomendação de 'compra' e estima um preço-alvo de R$ 7 para o papel da empresa – o que representa uma alta de 56% em relação ao fechamento anterior.
- “Preferimos estar concentrados em empresas de alta qualidade de execução”, diz a analista Larissa Quaresma; veja as 10 ações que compõem seu portfólio atual
A história da Locaweb: do crescimento à desaceleração
No relatório, o BTG divide a história da ex-Locaweb em três fases. A primeira começa com o IPO, em fevereiro de 2020, e vai até o segundo semestre de 2021. Na época, a empresa de serviços de internet entregava um crescimento acima do esperado, e isso era tudo o que importava no mercado.
Já na segunda fase, que vai do final de 2021 até o primeiro trimestre de 2023, as preocupações do mercado com a rentabilidade cresceram. Porém, a Locaweb vivia um momento de baixa lucratividade por conta de fusões e aquisições feitas pela companhia.
Na terceira fase, que vai do segundo trimestre de 2023 até o momento, o crescimento da LWSA perdeu fôlego. No entanto, as margens começaram a melhorar.
Leia Também
A Rede D’Or (RDOR3) pode mais: Itaú BBA projeta potencial de valorização de mais de 20% para as ações
Para virar a página e deixar escândalos para trás, Reag Investimentos muda de nome e de ticker na B3
Entre as razões para a desaceleração da empresa estão o cenário macro em 2023, com um fraco crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, e a reestruturação da Squid, "provavelmente o pior M&A da Locaweb", segundo o BTG.
A Squid foi adquirida em 2021, por R$ 176,5 milhões. Fundada em 2014, a startup atua no segmento de "Creators Economy", conectando influenciadores e criadores de conteúdo às marcas. Este ano, a empresa passou por uma mudança de marca e integração com o ecossistema da Wake, empresa com foco em soluções digitais para grandes negócios.
Compre ao som dos canhões…
Para o BTG, a reestruturação da Squid vai impactar de forma negativa no desempenho da companhia durante o ano inteiro, "mas fica claro que o crescimento anual deve ser de cerca de 15% assim que as bases comparativas forem limpas da reestruturação", afirma o banco.
Já para o segundo trimestre, a estimativa de crescimento da receita da Locaweb é de 7%, "que não é exatamente inspirador". Mesmo assim, os analistas destacam, entre outros números, o fluxo de caixa livre para o acionista da Locaweb, o free cash flow (FCF), que cresceu 69,5% no primeiro trimestre, na comparação anual.
Para 2025, o BTG estima que a companhia deve gerar um fluxo de caixa livre de R$ 200 milhões, o que significa que a ação estaria negociando hoje a 11x EV/FCF (valor de firma sobre fluxo de caixa livre). "Acreditamos que o crescimento de fluxo de caixa que a Locaweb deve surfar não está sendo levado em conta pelo mercado, e será um driver potente para mover a ação."
Em relação ao Preço/Lucro, a Locaweb negocia a 12x seu lucro estimado para o ano que vem, estima o BTG. Para o banco, é "um patamar muito atrativo".
Por conta disso, o BTG acredita "fortemente que a ação oferece aos investidores uma oportunidade única”.
Mercado torce o nariz para Casas Bahia (BHIA3): ações derretem mais de 20% com aumento de capital e reperfilamento de dívidas
Apesar da forte queda das ações – que aconteceu com os investidores de olho em uma diluição das posições –, os analistas consideraram os anúncios positivos
Oncoclínicas (ONCO3): grupo de acionistas quer destituir conselho; entenda
O pedido foi apresentado por três fundos geridos pela Latache — Latache IV, Nova Almeida e Latache MHF I — que, juntos, representam cerca de 14,6% do capital social da companhia
Por que o Itaú BBA acredita que a JBS (JBSS32) ainda pode mais? Banco elevou o preço-alvo e vê alta de 36% mesmo com incertezas no horizonte
Para os analistas Gustavo Troyano, Bruno Tomazetto e Ryu Matsuyama, a tese de investimento permanece praticamente inalterada e o processo de listagem nos EUA segue como um potencial catalisador
Black Friday 99Pay e PicPay: R$ 70 milhões em recompensas, até 250% do CDI e descontos de até 60%; veja quem entrega mais vantagens ao consumidor
Apps oferecem recompensas, viagens com cashback, cupons de até R$ 8 mil e descontos de 60% na temporada de descontos
Uma pechincha na bolsa? Bradesco BBI reitera compra de small cap e calcula ganho de 167%
O banco reiterou recomendação de compra para a companhia, que atua no segmento de logística, e definiu preço-alvo de R$ 15,00
Embraer (EMBJ3) recebe R$ 1 bilhão do BNDES para aumentar exportações de jatos comerciais
Financiamento fortalece a expansão da fabricante, que prevê aumento nas entregas e vive fase de demanda recorde
Raízen (RAIZ4): membros do conselho renunciam no meio do mandato; vagas serão ocupadas por indicados de Shell e Cosan
Um dos membros já havia deixado cargo de diretor vice-presidente financeiro e de relações com investidores da Cosan
A hora da Localiza (RENT3) chegou? O que levou mais esse banco a retomar o otimismo com as ações
Depois de o Itaú BBA ter melhorado projeções para a locadora de veículos, agora é a vez de o BTG Pactual reavaliar o desempenho da companhia
Executivos da empresa que Master usou para captar R$ 12,2 bilhões do BRB também foram sócios em fintech suspensa do Pix após ataque hacker, diz PF
Nenhum dos dois executivos da Tirreno, empresa de fachada usada pelo Master, estavam na Nuoro quanto esta foi suspeita de receber dinheiro desviado de golpe bilionário do Pix
Americanas (AMER3) aceita nova proposta da BandUP! para a venda da Uni.Co, dona da Imaginarium e Pucket; entenda o que falta para a operação sair do papel
A nova oferta conta com os mesmos termos e condições da proposta inicial, porém foi incluído uma provisão para refletir novas condições do edital de processo competitivo
Vale tudo pelos dividendos da Petrobras (PETR4)? O que esperar do plano estratégico em ano de eleição e petróleo em queda
A estatal está programada para apresentar nesta quinta-feira (27) o novo plano de negócios para os próximos cinco anos; o Seu Dinheiro foi atrás de pistas para contar para você o que deve ser divulgado ao mercado
Lula mira expansão da Petrobras (PETR4) e sugere perfuração de gás em Moçambique
O presidente afirmou que o país africano tem muito gás natural, mas não tem expertise para a extração — algo que a Petrobras pode oferecer
Mais um adeus à B3: Controladora da Neoenergia (NEOE3) lança OPA para comprar ações e retirar empresa da bolsa
A espanhola Iberdrola Energia ofereceu um prêmio de 8% para o preço dos papéis da Neoenergia; confira o que acontece agora
Banco Master: Light (LIGT3) e Gafisa (GFSA3) dizem não ter exposição ao banco, após questionamentos da CVM
A Light — em recuperação judicial — afirmou que não mantém qualquer relação comercial, operação financeira ou aplicação ligada ao Banco Master ou a instituições associadas ao conglomerado.
Hapvida (HAPV3) revive pesadelo do passado… só que pior: além do balanço, o que realmente está por trás da queda de 42% em um dia?
Não é a primeira vez que as ações da Hapvida são dilaceradas na bolsa logo após um balanço. Mas agora o penhasco foi maior — e tem muito mais nisso do que “só” os números do terceiro trimestre
Sem esclarecer irregularidades, Banco Master diz não ser responsável por R$ 12,2 bilhões repassados ao BRB
Segundo o Master, a empresa que deu origem ao crédito foi a responsável pela operação e pelo fornecimento da documentação com irregularidades
Após privatização e forte alta, Axia Energia (AXIA3), Ex-Eletrobras, ainda tem espaço para avançar, diz Safra
O banco Safra reforçou a recomendação outperform (equivalente a compra) para a Axia Energia após atualizar seus modelos com os resultados recentes, a nova política de dividendos e premissas revisadas para preços de energia. O banco fixou preço-alvo de R$ 71,40 para AXIA3 e R$ 77,60 para AXIA6, o que indica retorno potencial de 17% […]
Neoenergia (NEOE3) levanta R$ 2,5 bilhões com venda de hidrelétrica em MT, mas compra fatia na compradora e mantém participação indireta de 25%
Segundo a Neoenergia, a operação reforça sua estratégia de rotação de ativos, com foco na otimização do portfólio, geração de valor e disciplina de capital.
Hapvida (HAPV3): Itaú BBA segue outras instituições na avaliação da empresa de saúde, rebaixa ação e derruba preço-alvo
As perspectivas de crescimento se distanciaram das expectativas à medida que concorrentes, especialmente a Amil, ganharam participação nos mercados chave da Hapvida, sobretudo em São Paulo.
BRB já recuperou R$ 10 bilhões em créditos falsos comprados do Banco Master; veja como funcionava esquema
Depois de ter prometido mundos e fundos aos investidores, o Banco Master criou carteiras de crédito falsas para levantar dinheiro e pagar o que devia, segundo a PF