Como o Spotify venceu a Apple e deu um dos maiores “prejuízos” da história da fabricante do iPhone
A Apple foi multada em quase US$ 2 bilhões e acusa o app de streaming de música de ser o maior beneficiário da punição inédita aplicada por Bruxelas

Se um europeu quisesse ouvir uma música em seu iPhone, provavelmente teria que contratar o serviço da própria Apple para isso. Mas essa história deve mudar a partir de agora, abrindo mais espaço para concorrentes como o Spotify.
A Comissão Europeia considerou que a Apple usava da posição dominante no mercado de distribuição de aplicações de streaming de música e multou a empresa nesta segunda-feira (4) em quase US$ 2 bilhões (R$ 9,8 bilhões, no câmbio atual).
O braço executivo da União Europeia (UE) alega que a Apple aplicou restrições aos desenvolvedores de aplicativos que os impediram de informar os usuários do iOS sobre serviços de assinatura de música alternativos e mais baratos disponíveis.
A Apple também proibiu os desenvolvedores de aplicativos de streaming de música de fornecerem instruções sobre como os usuários poderiam assinar essas ofertas mais baratas.
Esta é a primeira multa antitruste da Apple em Bruxelas e uma das maiores aplicadas a uma empresa de tecnologia pela UE.
- VOCÊ JÁ DOLARIZOU SEU PATRIMÔNIO? A Empiricus Research está liberando uma carteira gratuita com 10 ações americanas pra comprar agora. Clique aqui e acesse.
Spotify leva a melhor
A Comissão Europeia abriu uma investigação sobre a Apple após uma queixa do Spotify em 2019.
Leia Também
Quando o plano é não ter plano: Ibovespa parte dos 135 mil pontos pela primeira vez em 2025 em dia de novos dados sobre mercado de trabalho dos EUA
Trump vai jogar a toalha?
A investigação foi reduzida para se concentrar nas restrições contratuais que a Apple impôs aos desenvolvedores de aplicativos que os impedem de informar os usuários de iPhone e iPad sobre serviços alternativos de assinatura de música a preços mais baixos fora da App Store.
A conduta da Apple durou quase dez anos, segundo a comissão, e “pode ter levado muitos usuários do iOS a pagar preços significativamente mais altos por assinaturas de streaming de música por causa da alta taxa de comissão imposta pela Apple aos desenvolvedores e repassada aos consumidores na Apple App Store.”
- LEIA MAIS: Investimento em BDRs permite buscar lucros dolarizados com ações gringas, sem sair da bolsa brasileira – veja os 10 melhores papéis para comprar agora
A fabricante do iPhone se defende
A Apple se defendeu dizendo que o Spotify seria o que mais ganharia com o pronunciamento da UE.
“O principal defensor desta decisão – e o maior beneficiário – é o Spotify, uma empresa com sede em Estocolmo, na Suécia. O Spotify tem o maior aplicativo de streaming de música do mundo e se reuniu com a Comissão Europeia mais de 65 vezes durante esta investigação”, afirmou a Apple em comunicado.
A fabricante do iPhone alegou ainda que o Spotify tem uma participação de 56% no mercado europeu de streaming de música – mais que o dobro do concorrente mais próximo – “e não paga nada à Apple pelos serviços que ajudaram a torná-los uma das marcas mais reconhecidas do mundo”.
De acordo com a Apple, “grande parte” do sucesso do Spotify se deve à App Store, “juntamente com todas as ferramentas e tecnologia que o Spotify usa para construir, atualizar e compartilhar o aplicativo com usuários da Apple em todo o mundo”.
A Apple disse também que o Spotify não paga nada porque, em vez de vender assinaturas em seu aplicativo iOS, vende por meio de seu próprio site. A Apple não cobra comissão sobre essas compras.
Ao longo dos anos, os desenvolvedores se manifestaram contra a taxa de 30% que a Apple cobra nas compras no aplicativo.
*Com informações da CNBC e da Reuters
Agenda intensa: semana tem balanços de gigantes, indicadores quentes e feriado
Agenda da semana tem Gerdau, Santander e outras gigantes abrindo temporada de balanços e dados do IGP-M no Brasil e do PIB nos EUA
Adeus ao Papa Francisco: Vaticano inicia rito de 9 dias de celebração fúnebre; saiba o que acontece depois
Papa Francisco morreu aos 88 anos deixando um legado de significativas mudanças de paradigma na Igreja Católica.
O turismo de luxo na Escandinávia é diferente; hotéis cinco-estrelas e ostentação saem do roteiro
O verdadeiro luxo em uma viagem para a região escandinava está em praticar o slow travel
A culpa é da Gucci? Grupo Kering entrega queda de resultados após baixa de 25% na receita da principal marca
Crise generalizada do mercado de luxo afeta conglomerado francês; desaceleração já era esperada pelo CEO, François Pinault
Tudo tem um preço: Ibovespa tenta manter o bom momento, mas resposta da China aos EUA pode atrapalhar
China nega que esteja negociando tarifas com os Estados Unidos e mercados internacionais patinam
Meta e Apple são multadas em R$ 4,5 bilhões pela União Europeia por supostas violações aos direitos dos usuários
Segundo a UE, a Apple violou a obrigação de não impor restrições aos concorrentes da sua App Store, e a Meta limitou as opções de controle sobre quais informações os usuários cedem para uso da empresa
Roma e Vaticano: o que muda para as viagens próximas após a morte do Papa
Mudança nos horários e dias de visitação dos museus do Vaticano e da Capela Sistina já estão previstos, devido aos rituais da Igreja Católica após a morte do líder religioso
Quem vai substituir o papa: nas bolsas de apostas, surgem os primeiros nomes — “cópia asiática” de Francisco está entre os favoritos
Também começa a surgir nas casas de apostas o nome que o futuro papa pode escolher
Adeus ao papa Francisco: o que você precisa saber sobre o legado, a reação internacional e o que acontece agora
O Seu Dinheiro destacou os principais pontos da liderança do pontífice argentino nos 12 anos à frente da igreja católica e também resumo as vitórias e polêmicas do período
Van Gogh: 8 museus e destinos para conferir as obras do artista
Pintor holandês não teve notoriedade em vida; atualmente, é um dos artistas mais consagrados da história, com obras espalhadas por todo o mundo
O destino mais desejado da Europa é a cidade mais cara do mundo em 2025; quanto custa a viagem?
Seleção do European Best Destinations consultou mais de 1,2 milhão de viajantes em 158 países para elencar os 20 melhores destinos europeus para o ano
Até tu, Nvidia? “Queridinha” do mercado tomba sob Trump; o que esperar do mercado nesta quarta
Bolsas continuam de olho nas tarifas dos EUA e avaliam dados do PIB da China; por aqui, investidores reagem a relatório da Vale
Respira, mas não larga o salva-vidas: Trump continua mexendo com os humores do mercado nesta terça
Além da guerra comercial, investidores também acompanham balanços nos EUA, PIB da China e, por aqui, relatório de produção da Vale (VALE3) no 1T25
Felipe Miranda: Do excepcionalismo ao repúdio
Citando Michael Hartnett, o excepcionalismo norte-americano se transformou em repúdio. O antagonismo nos vocábulos tem sido uma constante: a Goldman Sachs já havia rebatizado as Magníficas Sete, chamando-as de Malévolas Sete
Um novo dono para o Instagram e WhatsApp: o que está em jogo no julgamento histórico da empresa de Zuckerberg
A Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos alega que a Meta, que já era dona do Facebook, comprou o Instagram e o WhatsApp para eliminar a concorrência, obtendo um monopólio
Alívio na guerra comercial injeta ânimo em Wall Street e ações da Apple disparam; Ibovespa acompanha a alta
Bolsas globais reagem ao anúncio de isenção de tarifas recíprocas para smartphones, computadores e outros eletrônicos
Smartphones e chips na berlinda de Trump: o que esperar dos mercados para hoje
Com indefinição sobre tarifas para smartphones, chips e eletrônicos, bolsas esboçam reação positiva nesta segunda-feira; veja outros destaques
Agenda econômica: PIB da China, política monetária na Europa e IGP-10 são destaques em semana de balanços nos EUA
Após dias marcados pelo aumento das tensões entre China e Estados Unidos, indicadores econômicos e os balanços do 1T25 de gigantes como Goldman Sachs, Citigroup e Netflix devem movimentar a agenda desta semana
Nada de iPhones mais caros? Governo Trump recua e isenta tarifas para smartphones, chips e computadores pessoais
Governo dos EUA exclui smartphones, servidores e chips das tarifas de 145%, em movimento visto como alívio estratégico para a Apple e o setor de tecnologia
Trump virou tudo do avesso (várias vezes): o resumo de uma das semanas mais caóticas da história — como ficaram dólar, Ibovespa e Wall Street
Donald Trump virou os mercados do avesso várias vezes, veja como ficaram as bolsas no mundo todo, as sete magníficas, Ibovespa e dólar