Carrefour Brasil (CRFB3) volta a ter lucro e supera expectativas no 2º trimestre – mas o que explica a queda das ações na B3 hoje?
Grupo anunciou um lucro líquido de R$ 330 milhões e a abertura de novas lojas da rede de varejo; analistas, contudo, não são unânimes sobre a compra da ação
Os resultados no balanço do segundo trimestre do Grupo Carrefour Brasil (CRFB3) foram positivos, mas as ações da varejista não reagem à altura nesta terça-feira (23).
Às 13h43, os papéis do Carrefour caíam 3,46%, cotados a R$ 10,33. A queda nas ações também reflete a opinião dos analistas de grandes bancos que, embora tenham ressaltado os números sólidos e a perspectiva de lucros, frisaram alguns pontos de atenção.
No segundo trimestre de 2024, o Carrefour Brasil (CRFB3) registrou lucro líquido de R$ 330 milhões, revertendo um prejuízo de R$ 249 milhões no mesmo período do ano anterior.
O lucro líquido ajustado, após o pagamento de impostos e despesas financeiras, foi de R$ 151 milhões no trimestre, um aumento de 412,5% na comparação anual.
Já a receita total do grupo, incluindo vendas do varejo e números do banco, cresceu 7,8% para R$ 29,62 bilhões.
Entretanto, apesar dos números positivos, os analistas do BTG, Goldman Sachs, Santander e Itaú BBA não são unânimes em relação à compra da ação.
Leia Também
Entre os bancos, o BTG manteve uma recomendação neutra, enquanto as outras instituições recomendaram a compra, mas com ressalvas acerca das estratégias da companhia.
DIVIDENDOS: Veja 5 ações para comprar agora e buscar pagamentos extras na sua conta ainda em 2024
Bancos elogiam os resultados sólidos, mas existem exceções
Para o Santander, o Grupo Carrefour Brasil apresentou resultados sólidos no segundo trimestre, com tendências operacionais de melhoria e crescimento.
“Esperamos uma reação positiva do mercado, com notícias positivas de melhoria das tendências operacionais e a revisão para cima nas aberturas e na orientação de sinergias, provavelmente ofuscando a falha nos resultados financeiros”, comentam os analistas.
Com isso, o banco manteve classificação outperform – equivalente a compra – para CRFB3. O preço-alvo é de R$ 16, um potencial de alta de 50% em relação ao fechamento anterior.
Seguindo na mesma linha, o Goldman Sachs ressaltou a alta nas vendas das empresas do grupo Carrefour. No entanto, a estratégia da companhia de adotar preços mais agressivos e ofertas parceladas pressionou a margem bruta e o capital de giro.
Apesar da ressalva, o banco manteve a recomendação para “compra”. O preço-alvo é de R$ 14, um potencial de alta de 31% em relação ao fechamento anterior.
Já os analistas do Itaú BBA lembraram que a dívida líquida do Carrefour aumentou em R$ 2 bilhões no segundo trimestre, refletindo a deterioração nas tendências de capital de giro causada pelo aumento nas vendas parceladas nas lojas Atacadão.
No entanto, a instituição reiterou que vê uma assimetria positiva entre risco e recompensa, mantendo a classificação para o papel do Carrefour em outperform.
Já o preço-alvo é de R$ 15,50, uma alta de 45% em relação ao fechamento anterior.
O BTG Pactual, por sua vez, decidiu adotar uma postura neutra em relação à ação. O banco também destacou o resultado melhor que o esperado, mas crê que a integração do Grupo Big manterá os resultados pressionados no curto prazo.
Nesse contexto, os analistas do banco sustentam a recomendação neutra, com preço-alvo de R$ 13, potencial de alta de 21%. O BTG ressaltou ainda que a ação teve um desempenho superior nas últimas semanas (+19% no mês), limitando também o potencial de valorização no curto prazo.
Carrefour revisa abertura de lojas e sinergia com o Grupo Big
Responsável por impulsionar os resultados do Grupo Carrefour Brasil (CRFB3) no segundo trimestre, o Atacadão é a “menina dos olhos” da varejista. Tanto que a companhia revisou na segunda-feira (22) suas projeções de abertura de novas lojas da rede.
Segundo o comunicado ao mercado, serão abertas 20 lojas do Atacadão pelo país. Antes, a projeção era de 10 a 12 novas lojas. Isso significa que, de 20 lojas do varejo, sendo 12 hipermercados Carrefour e oito supermercados, todas serão transformadas em Atacadão.
O Carrefour também vai abrir entre sete e nove lojas do clube de compras Sam’s Club.
Além da abertura de lojas, o grupo divulgou novas projeções de captura de sinergias, ou seja, os valores adicionais decorrentes da fusão com o Grupo Big.
Em 2021, o Carrefour comprou a companhia por R$ 7 bilhões, concluindo a conversão de 129 hipermercados Big em lojas com a bandeira Atacadão no ano passado.
“Atingimos a marca de R$ 2,3 bilhões de sinergias anualizadas, ultrapassando nossa meta de R$ 2 bilhões em cerca de 17% e 18 meses antes do previsto”, disse a empresa.
“Estamos seguros de que ainda há mais por vir com as lojas maturando e as sinergias de receita começando a se materializar. Dessa forma, estamos aumentando nossa meta de run-rate de sinergias para R$ 3 bilhões por ano ao final de 2025”.
*Com informações do Money Times
Hasta la vista! Itaú (ITUB4) vende ativos na Colômbia e no Panamá; entenda o plano por trás da decisão
Itaú transfere trilhões em ativos ao Banco de Bogotá e reforça foco em clientes corporativos; confira os detalhes da operação
Virada de jogo para a Cosan (CSAN3)? BTG vê espaço para ação dobrar de valor; entenda os motivos
Depois de um ano complicado, a holding entra em 2026 com portfólio diversificado e estrutura de capital equilibrada. Analistas do BTG Pactual apostam em alta de 93% para CSAN3
Atraso na entrega: empreendedores relatam impacto da greve dos Correios às vésperas do Natal
Comunicação clara com clientes e diversificação de meios de entregas são estratégias usadas pelos negócios
AUAU3: planos da Petz (PETZ3) para depois da fusão com a Cobasi incluem novo ticker; confira os detalhes
Operação será concluída em janeiro, com Paulo Nassar no comando e Sergio Zimerman na presidência do conselho
IPO no horizonte: Aegea protocola pedido para alterar registro na CVM; entenda a mudança
A gigante do saneamento solicitou a migração para a categoria A da CVM, passo que abre caminho para uma possível oferta pública inicial
Nelson Tanure cogita vender participação na Alliança (ALLR3) em meio a processo sancionador da CVM; ações disparam na B3
Empresa de saúde contratou assessor financeiro para estudar reorganização e possíveis mudanças no controle; o que está em discussão?
Pílula emagrecedora vem aí? Investidores esperam que sim e promovem milagre natalino em ações de farmacêutica
Papéis dispararam 9% em Nova York após agência reguladora aprovar a primeira pílula de GLP-1 da Novo Nordisk
AZUL4 dá adeus ao pregão da B3 e aérea passa ter novo ticker a partir de hoje; Azul lança oferta bilionária que troca dívidas por ações
Aérea pede registro de oferta que transforma dívida em capital e altera a negociação dos papéis na bolsa; veja o que muda
Hapvida (HAPV3) prepara ‘dança das cadeiras’ com saída de CEO após 24 anos para tentar reverter tombo de 56% nas ações em 2025
Mudanças estratégicas e plano de sucessão gerencial será implementado ao longo de 2026; veja quem assume o cargo de CEO
Magazine Luiza (MGLU3) vai dar ações de graça? Como ter direito ao “presente de Natal” da varejista
Acionistas com posição até 29 de dezembro terão direito a novas ações da varejista. Entenda como funciona a operação
Tupy (TUPY3) azeda na bolsa após indicação de ministro de Lula gerar ira de conselheiro. Será mais um ano para esquecer?
A indicação do ministro da Defesa para o conselho do grupo não foi bem recebida por membros do colegiado; entenda
Santander (SANB11), Raia Drogasil (RADL3), Iguatemi (IGTI11) e outras gigantes distribuem mais de R$ 2,3 bilhões em JCP e dividendos
Santander, Raia Drogasil, JHSF, JSL, Iguatemi e Multiplan somam cerca de R$ 2,3 bilhões em proventos, com pagamentos previstos para 2025 e 2026
Eztec (EZTC3) renova gestão e anuncia projeto milionário em São Paulo
Silvio Ernesto Zarzur assume nova função na diretoria enquanto a companhia lança projeto de R$ 102 milhões no bairro da Mooca
Dois bancos para lucrar em 2026: BTG Pactual revela dupla de ações que pode saltar 30% nos próximos meses
Para os analistas, o segmento de pequenos e médios bancos concentra oportunidades interessantes, mas também armadilhas de valor; veja as recomendações
Quase 170% em 2025: Ação de banco “fora do radar” quase triplica na bolsa e BTG vê espaço para mais
Alta das ações em 2025 não encerrou a tese: analistas revelam por que ainda vale a pena comprar PINE4 na bolsa
Tchau, B3! Neogrid (NGRD3) pode sair da bolsa com OPA do Grupo Hindiana
Holding protocolou oferta pública de aquisição na CVM para assumir controle da Neogrid e cancelar seu registro de companhia aberta
A reorganização societária da Suzano (SUZB3) que vai redesenhar o capital e estabelecer novas regras de governança
Companhia aposta em alinhamento de grupos familiares e voto em bloco para consolidar estratégia de longo prazo
Gafisa, Banco Master e mais: entenda a denúncia que levou Nelson Tanure à mira dos reguladores
Uma sequência de investigações e denúncias colocou o empresário sob escrutínio da Justiça. Entenda o que está em jogo
Bilionária brasileira que fez fortuna sem ser herdeira quer trazer empresa polêmica para o Brasil
Semanas após levantar US$ 1 bilhão em uma rodada de investimentos, a fundadora da Kalshi revelou planos para desembarcar no Brasil
Raízen (RAIZ4) precisa de quase uma “Cosan” para voltar a um nível de endividamento “aceitável”, dizem analistas
JP Morgan rebaixou a recomendação das ações de Raízen e manteve a Cosan em Neutra, enquanto aguarda próximos passos das empresas
