Braskem: vendas crescem no 3T24, mas analistas mantêm o pé no freio e reduzem o preço-alvo para BRKM5; ainda vale a pena comprar a ação?
BB-BI revisou o potencial de valorização dos papéis da petroquímica de R$ 27 para R$ 24, equivalente a uma alta de 34%
Apesar do maior volume de vendas no mercado nacional, os números do relatório de produção da Braskem (BRKM5) divulgado na semana passada não foram suficientes para entusiasmar o mercado, especialmente os analistas do BB Investimentos (BB-BI).
Em um novo relatório divulgado nesta terça-feira (29), o BB-BI revisou estimativas para a gigante petroquímica, mantendo a recomendação neutra para as ações BRKM5.
Mas a novidade mesmo foi o preço-alvo para 2024, que de R$ 27 foi reduzido para R$ 24. O valor representa uma alta de 34% em relação ao preço da ação no fechamento anterior.
De acordo com os analistas, o cenário deve continuar desafiador para a companhia em 2025, dada a perspectiva de spreads — diferença entre o preço da matéria-prima e o preço dos produtos derivados —- melhores, mas ainda aquém das médias históricas.
Isso porque a demanda mais fraca persiste e as adições de capacidade de produção na Ásia seguem pressionando a dinâmica de custos e preços dos produtos petroquímicos.
- Temporada de balanços: fique por dentro dos resultados e análises mais importantes para o seu bolso com a cobertura exclusiva do Seu Dinheiro; acesse aqui gratuitamente
Os destaques do relatório de produção da Braskem
O maior volume de vendas dos principais químicos no mercado brasileiro e a maior utilização das centrais petroquímicas, após a retomada das operações no Rio Grande do Sul, estão entre os destaques do relatório de produção do 3T24 da Braskem.
Leia Também
BRK Ambiental: quem é a empresa que pode quebrar jejum de IPO após 4 anos sem ofertas de ações na bolsa brasileira
A maior disponibilidade de produtos fez as vendas da companhia no mercado brasileiro aumentarem 14% em relação ao 2T24 e 31% em relação ao 3T23. A retomada das operações no Rio Grande do Sul impulsionou a oferta de eteno, benzeno e gasolina.
A volta das operações no estado após as enchentes de março também contribuiu para o aumento de 2% da taxa de utilização das centrais petroquímicas, na comparação trimestral.
Já as exportações dos principais químicos caíram tanto na comparação anual quanto trimestral – quedas de 47% e 34%, respectivamente.
No relatório, a Braskem atribui esse resultado ao menor volume de vendas de gasolina e benzeno, que foram priorizados para o mercado local, e também pela menor disponibilidade de tolueno para vendas.
- Leia também: Conectando esse robô na sua conta, é possível lucrar até R$ 15 mil por mês
Por que o BB-BI reduziu o preço-alvo para BRKM5
Embora o relatório de produção da Braskem tenha influenciado na redução da projeção de valorização das ações, foram as perspectivas futuras que mais pesaram na decisão.
“À frente, vemos a manutenção de um cenário de margens pressionadas, dentro de um ciclo de baixa na indústria, o que deve seguir limitando o potencial de upside para o papel.”
Na visão do BB-BI, a companhia ainda enfrenta desafios relacionados ao desastre geológico em Alagoas, o que adiciona um elemento de cautela aos investidores e tem sido o principal fator de atenção para os potenciais compradores do controle da companhia.
Vale lembrar que diversos bairros de Maceió, em Alagoas, foram afetados com o afundamento do solo após décadas de extração de sal-gema pela Braskem.
Nesta semana, a companhia e o Ministério Público do Trabalho (MPT) firmaram um acordo de R$ 40 milhões como forma de reparar os prejuízos socioeconômicos causados aos moradores.
Ritmo fraco nos últimos anos
Os analistas do BB-BI também lembram que, desde 2022, a Braskem passou a reportar resultados mais fracos devido à redução de spreads dos petroquímicos, já que os preços dos produtos finais foram reduzidos pela combinação de uma demanda mais fraca com as novas entradas de capacidade produtiva no setor, principalmente na Ásia.
Outros riscos apontados pelos analistas ainda incluem volatilidade cambial, variações nos preços do petróleo e incertezas relacionadas aos passivos em Alagoas.
“Além de um cenário de spreads pressionados e margens comprimidas, a Braskem se encontra em um momento de incertezas que deve seguir deixando o papel sujeito a volatilidade em função de notícias menos associadas a seu operacional, o que sugere cautela para acionistas minoritários”, afirmam os analistas no relatório.
Esses fatores explicam as revisões nas estimativas de preço-alvo de BRKM5 para 2024, refletindo um cenário desafiador, com expectativa de vendas de 10,8 milhões de toneladas.
Entretanto, apesar da queda de 15% nas ações da Braskem no acumulado deste ano, a empresa lançou recentemente um polipropileno bio-circular nos EUA, um passo positivo em direção a uma produção mais sustentável, na avaliação do BB-Investimentos.
De sucos naturais a patrocínio ao campeão da Fórmula 1: quem colocou R$ 10 mil na ação desta empresa hoje é milionário
A história da Monster Beverage, a empresa que começou vendendo sucos e se tornou uma potência mundial de energéticos, multiplicando fortunas pelo caminho
Oi (OIBR3) ganha mais fôlego para pagamentos, mas continua sob controle da Justiça, diz nova decisão
Esse é mais um capítulo envolvendo a Justiça, os grandes bancos credores e a empresa, que já está em sua segunda recuperação judicial
Larry Ellison, cofundador da Oracle, perdeu R$ 167 bilhões em um só dia: veja o que isso significa para as ações de empresas ligadas à IA
A perda vem da queda do valor da empresa de tecnologia que oferece softwares e infraestrutura de nuvem e da qual Ellison é o maior acionista
Opportunity acusa Ambipar (AMBP3) de drenar recursos nos EUA com recuperação judicial — e a gestora não está sozinha
A gestora de recursos a acusa a Ambipar de continuar retirando recursos de uma subsidiária nos EUA mesmo após o início da RJ
Vivara (VIVA3) inicia novo ciclo de expansão com troca de CEO e diretor de operações; veja quem assume o comando
De olho no plano sucessório para acelerar o crescmento, a rede de joalherias anunciou a substituição de sua dupla de comando; confira as mudanças
Neoenergia (NEOE3), Copasa (CSMG3), Bmg (BMGB4) e Hypera (HYPE3) pagam juntas quase R$ 1,7 bilhão em dividendos e JCP
Neoenergia distribui R$ 1,084 bilhões, Copasa soma R$ 338 milhões, Bmg paga R$ 87,7 milhões em proventos e Hypera libera R$ 185 milhões; confira os prazos
A fome pela Petrobras (PETR4) acabou? Pré-sal é o diferencial, mas dividendos menores reduzem apetite, segundo o Itaú BBA
Segundo o banco, a expectativa de que o petróleo possa cair abaixo de US$ 60 por barril no curto prazo, somada à menor flexibilidade da estatal para cortar capex, aumentou preocupações sobre avanço da dívida bruta
Elon Musk trilionário? IPO da SpaceX pode dobrar o patrimônio do dono da Tesla
Com avaliação de US$ 1,5 trilhão, IPO da SpaceX, de Elon Musk, pode marcar a maior estreia da história
Inter mira voo mais alto nos EUA e pede aval do Fed para ampliar operações; entenda a estratégia
O Banco Inter pediu ao Fed autorização para ampliar operações nos EUA. Entenda o que o pedido representa
As 8 ações brasileiras para ficar de olho em 2026, segundo o JP Morgan — e 3 que ficaram para escanteio
O banco entende como positivo o corte na taxa de juros por aqui já no primeiro trimestre de 2026, o que historicamente tende a impulsionar as ações brasileiras
Falta de luz causa prejuízo de R$ 1,54 bilhão às empresas de comércio e serviços em São Paulo; veja o que fazer caso tenha sido lesado
O cálculo da FecomercioSP leva em conta a queda do faturamento na quarta (10) e quinta (11)
Nubank busca licença bancária, mas sem “virar banco” — e ainda pode seguir com imposto menor; entenda o que está em jogo
A corrida do Nubank por uma licença bancária expõe a disputa regulatória e tributária que divide fintechs e bancões
Petrobras (PETR4) detalha pagamento de R$ 12,16 bilhões em dividendos e JCP e empolga acionistas
De acordo com a estatal, a distribuição será feita em fevereiro e março do ano que vem, com correção pela Selic
Quem é o brasileiro que será CEO global da Coca-Cola a partir de 2026
Henrique Braun ocupou cargos supervisionando a cadeia de suprimentos da Coca-Cola, desenvolvimento de novos negócios, marketing, inovação, gestão geral e operações de engarrafamento
Suzano (SUZB3) vai depositar mais de R$ 1 bilhão em dividendos, anuncia injeção de capital bilionária e projeções para 2027
Além dos proventos, a Suzano aprovou aumento de capital e revisou estimativas para os próximos anos. Confira
Quase R$ 3 bilhões em dividendos: Copel (CPLE5), Direcional (DIRR3), Minerva (BEEF3) e mais; confira quem paga e os prazos
A maior fatia dessa distribuição é da elétrica, que vai pagar R$ 1,35 bilhão em proventos aos acionistas
Cade aprova fusão entre Petz (PETZ3) e Cobasi com exigência de venda de lojas em SP
A união das operações cria a maior rede pet do Brasil. Entenda os impactos, os “remédios” exigidos e a reação da concorrente Petlove
Crise nos Correios: Governo Lula publica decreto que abre espaço para recuperação financeira da estatal
Novo decreto permite que estatais como os Correios apresentem planos de ajuste e recebam apoio pontual do Tesouro
Cyrela (CYRE3) propõe aumento e capital e distribuição bilionária de dividendos, mas ações caem na bolsa: o que aconteceu?
A ideia é distribuir esses dividendos sem comprometer o caixa da empresa, assim como fizeram a Axia Energia (AXIA3), ex-Eletrobras, e a Localiza, locadora de carros (RENT3)
Telefônica Brasil (VIVT3) aprova devolução de R$ 4 bilhões aos acionistas e anuncia compra estratégica em cibersegurança
A Telefônica, dona da Vivo, vai devolver R$ 4 bilhões aos acionistas e ainda reforça sua presença em cibersegurança com a compra da CyberCo Brasil
