Boeing anuncia reestruturação da diretoria e saída do CEO após problemas em jatos; ações sobem em Wall Street
Além do diretor executivo da empresa, o presidente do conselho de administração renunciou após 13 anos na companhia
O setor aéreo global está de pernas para o ar nesta segunda-feira (25) — e tudo por causa da dança das cadeiras causada na Boeing pela renúncia do CEO Dave Calhoun ao cargo.
O presidente da empresa anunciou hoje sua decisão de deixar a posição no fim de 2024 depois de mais de uma década na companhia — e em meio à crise na gigante aeroespacial após novos problemas em jatos da companhia.
Segundo a nota à imprensa, Calhoun permanecerá à frente da companhia ao longo deste ano para “concluir o trabalho crítico em andamento para estabilizar e posicionar a empresa para o futuro”.
“Os olhos do mundo estão voltados para nós e sei que passaremos por este momento como uma empresa melhor. Continuaremos totalmente focados em concluir o trabalho que fizemos juntos para devolver a estabilidade à nossa empresa após os extraordinários desafios dos últimos cinco anos, com segurança e qualidade na vanguarda de tudo o que fazemos”, escreveu Calhoun, em carta aos funcionários.
As ações da Boeing reagiram em alta ao anúncio nesta segunda-feira (25) e fechou o pregão com avanço de 1,36% na bolsa de valores de Nova York (NYSE). Mas os papéis acumulam queda de 25% em 2024, com uma perda de US$ 41 bilhões em valor de mercado desde o início do ano.
- VOCÊ JÁ DOLARIZOU SEU PATRIMÔNIO? A Empiricus Research está liberando uma carteira gratuita com 10 ações americanas pra comprar agora. Clique aqui e acesse.
Dança das cadeiras
A renúncia do executivo não foi a única mudança no alto escalão da Boeing. Na realidade, a fabricante de aeronaves está vivenciando uma verdadeira reestruturação da diretoria.
Leia Também
Energisa (ENGI3) avança em reorganização societária com incorporações e aumento de capital na Rede Energia
Sinal verde no conselho: Ambipar (AMBP3) aprova plano de recuperação judicial
O presidente do conselho de administração da companhia, Larry Kellner, informou que não pretende se candidatar à reeleição na próxima assembleia anual de acionistas após a saída do CEO.
Kellner atuou no conselho da Boeing por 13 anos, ocupando a liderança do colegiado desde o fim de 2019.
O colegiado elegeu Steve Mollenkopf, que atua como conselheiro da Boeing desde 2020, para assumir a posição de presidente independente do conselho — que será responsável por liderar o processo do conselho de seleção do próximo CEO da Boeing.
“Com a decisão de Dave de deixar o cargo como CEO no final deste ano, agora é o momento certo para uma transição para o meu sucessor. Steve é o próximo líder ideal para assumir o cargo de presidente do conselho, e é importante que o processo de seleção do CEO seja liderado por um novo presidente do conselho que permanecerá no comando como parceiro do novo executivo”, disse Kellner.
Por sua vez, Stan Deal, atual CEO da Boeing Commercial Airplanes, também deixará a empresa.
Para substituí-lo no comando da BCA, a empresa elegeu Stephanie Pope — que trabalhava como diretora de operações da Boeing desde janeiro deste ano — para liderar a empresa a partir de hoje.
Pope já atuou como CEO da Boeing Global Services e diretora financeira (CFO) da Boeing Commercial Airplanes, além de “ter ocupado posições em todas as unidades de negócio da Boeing”, segundo o comunicado.
A tempestade na Boeing
A saída de Dave Calhoun e de outros executivos da Boeing acontece meses após um novo episódio de crise de segurança na fabricante de aeronaves.
Relembrando, no começo de janeiro, uma aeronave da Boeing operada pela Alaska Airlines perdeu uma parte da fuselagem durante voo e forçou o piloto a realizar um pouso de emergência, em Portland, no Oregon.
Segundo o CEO Dave Calhoun, o acidente do voo 1282 da Alaska Airlines foi um “divisor de águas para a Boeing”.
“Devemos continuar a responder a este acidente com humildade e total transparência. Também devemos manifestar um compromisso total com a segurança e a qualidade em todos os níveis da nossa empresa”, escreveu Calhoun.
A situação levou a Administração Federal de Aviação (FAA), agência regulatória de aviação dos Estados Unidos, a intensificar a supervisão da Boeing e barrar a companhia de aumentar a produção dos jatos 737 até que a agência esteja satisfeita com o controle de qualidade da empresa.
Com isso, a gigante aeroespacial atrasou as entregas de novos aviões a alguns dos maiores clientes da empresa, como a United Airlines, a Southwest Airlines e a American Airlines.
Na semana passada, os CEOs das companhias aéreas clientes da Boeing passaram a agendar reuniões com os diretores da empresa para expressar seu descontentamento com a falta de controles de qualidade de fabricação e com a produção abaixo do esperado dos aviões 737 Max.
Vale destacar que essa não foi a primeira vez em que a família de jatos 737 Max da Boeing apresentou problemas.
Em 2018 e 2019, dois aviões da linha 737 Max se envolveram em acidentes que mataram 346 pessoas. As quedas resultaram em uma suspensão de todos os voos com jatos do tipo por 20 meses.
*Com informações de CNBC e Reuters.
‘Socorro’ de R$ 10 bilhões à Raízen (RAIZ4) está na mesa da Cosan (CSAN3) e da Shell, segundo agência
Estresse no mercado de crédito pressiona a Raízen, que avalia aporte bilionário, desinvestimentos e uma reestruturação financeira com apoio dos controladores
WEG (WEGE3) abre o cofre e paga R$ 5,2 bilhões em dividendos
Os proventos autorizados nesta sexta-feira (19) serão divididos em três parcelas anuais de R$ 1,732 bilhão cada; confira os detalhes
Embraer (EMBJ3) testa protótipo de “carro voador” elétrico e inicia fase de certificação; ações chegam a subir 3%
Aeronave eVTOL da Eve Air Mobility inicia campanha de certificação com quase 3 mil encomendas; ações da Embraer avançam após voo inaugural
Raízen (RAIZ4) acelera desinvestimentos e vende carteira de comercialização de energia para Tria Energia, da Patria Investimentos
O negócio envolve o portfólio de contratos de trading de energia mantido pela Raízen no mercado livre; entenda
Mais um presente aos acionistas: Axia Energia (AXIA6) vai distribuir R$ 30 bilhões em bonificação com nova classe de ações
A distribuição ocorrerá com a criação de uma nova classe de ações preferenciais, a classe C (PNC). Os papéis serão entregues a todos os acionistas da Axia, na proporção de sua participação no capital social
Do campo de batalha ao chão da sala: a empresa de robôs militares que virou aspirador de pó — e acabou pedindo falência
Criadora dos robôs Roomba entra em recuperação judicial e será comprada por sua principal fabricante após anos de prejuízos
É para esvaziar o carrinho: o que levou o JP Morgan rebaixar o Grupo Mateus (GMAT3); ações caem mais de 2%
Embora haja potencial para melhorias operacionais, o banco alerta que o ruído de governança deve manter a ação da varejista fora do radar de muitos investidores
Sabesp (SBSP3), C&A (CEAB3), Hypera (HYPE3), Sanepar (SAPR11), Alupar (ALUP11), Ourofino (OFSA3) e outras 3 empresas anunciam R$ 2,5 bilhões em dividendos e JCP
Quem lidera a distribuição polpuda é a Sabesp, com R$ 1,79 bilhão em JCP; veja todos os prazos e condições para receber os proventos
Com dívidas bilionárias, Tesouro entra como ‘fiador’ e libera empréstimo de até R$ 12 bilhões aos Correios
Operação terá juros de 115% do CDI, carência de três anos e prazo de 15 anos; uso dos recursos será limitado em 2025 e depende de plano de reequilíbrio aprovado pelo governo
Banco Inter (INBR32) vai a mercado e reforça capital com letras financeiras de R$ 500 milhões
A emissão das “debêntures dos bancos” foi feita por meio de letras financeiras Tier I e Tier II e deve elevar o índice de Basileia do Inter; entenda como funciona a operação
Sob ameaça de banimento, TikTok é vendido nos EUA em um acordo cheio de pontos de interrogação
Após anos de pressão política, TikTok redefine controle nos EUA, com a Oracle entre os principais investidores e incertezas sobre a separação da ByteDance
O “presente de Natal” do Itaú (ITUB4): banco distribui ações aos investidores e garante dividendos turbinados
Enquanto os dividendos extraordinários não chegam, o Itaú reforçou a remuneração recorrente dos investidores com a operação; entenda
Petrobras (PETR4) e Braskem (BRKM5) fecham contratos de longo prazo de quase US$ 18 bilhões
Os contratos são de fornecimento de diferentes matérias primas para várias plantas da Braskem pelo país, como nafta, etano, propano e hidrogênio
Bradesco (BBDC4), Cemig (CMIG4), PetroRecôncavo (RECV3), Cogna (COGN3) e Tenda (TEND3) pagam R$ 5 bilhões em proventos; Itaú (ITUB4) anuncia bônus em ações
A maior fatia dessa distribuição farta ficou com o Bradesco, com R$ 3,9 bilhões, enquanto o Itaú bonifica acionistas em 3%; confira todos os prazos e condições para receber
CVM reabre caso da Alliança e mira fundo de Nelson Tanure e gestora ligada ao Banco Master 2 anos depois de OPA
O processo sancionador foi aberto mais de dois anos após a OPA que consolidou o controle da antiga Alliar, na esteira de uma longa investigação pela autarquia; entenda
Dona do Google recebe uma forcinha de Zuckerberg na ofensiva para destronar a Nvidia no mercado de IA
Com o TorchTPU, a Alphabet tenta remover barreiras técnicas e ampliar a adoção de suas TPUs em um setor dominado pela gigante dos chips
Casas Bahia (BHIA3) aprova plano que estica dívidas até 2050 e flexibiliza aumento de capital; ações sobem mais de 2%
Plano aprovado por acionistas e credores empurra vencimentos, reduz pressão de caixa e amplia a autonomia do conselho
Brava Energia (BRAV3) salta mais de 10% após rumores de venda de poços e com previsão de aumento nos investimentos em 2026
Apesar de a empresa ter negado a venda de ativos para a Eneva (ENEV3), o BTG Pactual avalia que ainda há espaço para movimentações no portfólio
Agora é lei: cardápios de papel serão obrigatórios em bares e restaurantes de São Paulo, dando adeus à hegemonia dos ‘QR Codes’
Cardápios digitais, popularizados durante a pandemia, permaneceram quase que de forma exclusiva em muitos estabelecimentos – mas realidade pode mudar com projeto de lei aprovado pela Alesp
Presente de Natal da Prio (PRIO3)? Empresa anuncia novo programa de recompra de até 86,9 milhões de ações; confira os detalhes
O conselho da Prio também aprovou o cancelamento de 26.890.385 ações ordinárias mantidas em tesouraria, sem redução do capital social
