Azzas 2154 (AZZA3) enxuga portfólio, e ações sobem na B3: a estratégia ganhou mesmo a aprovação do mercado?
Menos de um ano após a fusão entre Arezzo e Grupo Soma, a companhia decidiu descontinuar marcas como Dzarm e Reversa
No mundo dos negócios, a ideia de encerramento nem sempre é sinônimo de fracasso. Terminar uma operação, descontinuar um produto ou até mesmo fechar uma empresa também pode ser parte de uma estratégia maior de crescimento ou reposicionamento.
Menos de um ano após o surgimento da Azzas 2154 (AZZA3), fruto da fusão entre Arezzo e Grupo Soma, a companhia decidiu fazer um reposicionamento do portfólio com a descontinuação das marcas Alme, Dzarm, Reversa (linha feminina da Reserva) e Simples.
A estratégia foi bem recebida pelo mercado, já que as ações da varejista de moda operam em alta nesta terça-feira (10). Por volta das 13h, os papéis AZZA3 subiam 2,66%, a R$ 33,53. No ano, a ação acumula queda de 32,87%. A Azzas vale R$ 6,9 bilhões na bolsa.
Azzas 2154 enxuga portfólio
Conforme comunicado enviado ontem (9) ao mercado, a Azzas 2154 anunciou a conclusão de um estudo estratégico voltado para a revisão do seu portfólio e marcas. Com isso, a companhia vai descontinuar as marcas Alme, Dzarm, Reversa e Simples.
Segundo a varejista, a decisão foi tomada com base em critérios como potencial de crescimento, retorno sobre capital empregado e geração de caixa.
Leia Também
“A Azzas 2154 reforça que movimentos de revisão de portfólio são processos naturais na indústria de moda global e que mantém uma combinação única de marcas desejadas em vários segmentos de atuação”, disse.
Outras medidas
A companhia ainda afirmou que está revisando seu portfólio estratégico e avaliando alternativas para outras três marcas do grupo de moda: BAW, Paris-Texas e Troc.
Juntas, elas somaram R$ 411 milhões em faturamento bruto nos últimos 12 meses até setembro de 2024, representando 3% da receita total da empresa.
Como parte da reestruturação, as marcas Brizza e Fábula serão integradas às categorias de produtos da Arezzo e da Farm, enquanto Carol Bassi e Foxton serão transferidas para unidades de negócio focadas em Vestuário Feminino e Masculino.
A empresa espera concluir essas mudanças até fevereiro de 2025, sem custos significativos. Além de simplificar o portfólio, a empresa espera aumentar a eficiência na gestão de marcas e reduzir estoques, maximizando o retorno para os acionistas.
“Preferimos estar concentrados em empresas de alta qualidade de execução”, diz a analista Larissa Quaresma; veja as 10 ações que compõem seu portfólio atual
Encerramento de marcas da Azzas 2154: perda ou estratégia de crescimento?
Na avaliação do Itaú BBA, a decisão da varejista de moda foi acertada e deve contribuir para a melhora na alocação de capital com impacto mínimo no Ebitda da companhia.
Segundo os analistas, a estratégia reflete uma abordagem baseada em métricas como potencial de crescimento, retorno sobre o capital empregado (ROCE) e geração de caixa.
Vale destacar que o Itaú BBA mantém classificação outperform para as ações da Azzas, equivalente a compra. O preço-alvo é de R$ 74 para 2025, o que representa um potencial de valorização de 127% para AZZA3 em relação ao fechamento anterior.
Embora existam sinergias significativas, como corte de custos e aumento de vendas, o mercado encara com cautela os desafios de integração e execução e deve aguardar os resultados antes de valorizar os benefícios projetados, na visão do BTG Pactual.
Os analistas lembram ainda que a fusão entre a Arezzo e o Grupo Soma, apesar de promissora, é considerada um processo complexo que cria um grande player com diversas marcas e culturas distintas nos setores de vestuário e calçados.
*Com informações do Money Times
IG4 avança na disputa pela Braskem (BRKM5) e leva operação bilionária ao Cade; ações lideram altas na B3
A petroquímica já havia anunciado, em meados deste mês, que a gestora fechou um acordo para assumir a participação da Novonor, equivalente a 50,1% das ações com direito a voto
Nvidia fecha acordo de US$ 20 bilhões por ativos da Groq, a maior aquisição de sua história
Transação em dinheiro envolve licenciamento de tecnologia e incorporação de executivos, mas não a compra da startup
Banco Mercantil (BMEB4) fecha acordo tributário histórico, anuncia aumento de capital e dividendos; ações tombam na B3
O banco fechou acordo com a União após mais de 20 anos de disputas tributárias; entenda o que isso significa para os acionistas
Kepler Weber (KEPL3) e GPT: minoritários questionam termos da fusão e negócio se complica; entenda o que está em jogo
Transações paralelas envolvendo grandes sócios incomodou os investidores e coloca em dúvida a transparência das negociações
Itaúsa (ITSA4) eleva aposta em Alpargatas (ALPA4) em meio à polêmica com a dona da Havaianas
Nos últimos dias, a Itaúsa elevou sua fatia e passou a deter cerca de 15,94% dos papéis ALPA4; entenda a movimentação
Presente de Natal? Tim Cook compra ações da Nike e sinaliza apoio à recuperação da empresa
CEO da Apple investe cerca US$ 3 milhões em papéis da fabricante de artigos esportivos, em meio ao plano de reestruturação comandado por Elliott Hill
Ampla Energia aprova aumento de capital de R$ 1,6 bilhão
Operação envolve capitalização de créditos da Enel Brasileiro e eleva capital social da empresa para R$ 8,55 bilhões
Alimentação saudável com fast-food? Ela criou uma rede de franquias que deve faturar R$ 240 milhões
Camila Miglhorini transformou uma necessidade pessoal em rede de franquias que conta com 890 unidades
Dinheiro na conta: Banco pagará R$ 1,82 por ação em dividendos; veja como aproveitar
O Banco Mercantil aprovou o pagamento de R$ 180 milhões em dividendos
Azul (AZUL54) perde 58% de valor no primeiro pregão com novo ticker — mas a aérea tem um plano para se recuperar
A Azul fará uma oferta bilionária que troca dívidas por ações, na tentativa de limpar o balanço e sair do Chapter 11 nos EUA
O alinhamento dos astros para a Copasa (CSMG3): revisão tarifária, plano de investimento bilionário e privatização dão gás às ações
Empresa passa por virada estratégica importante, que anima o mercado para a privatização, prevista para 2026
B3 (B3SA3) e Mills (MILS3) pagam mais de R$ 2 bilhões em dividendos e JCP; confira prazos e condições
Dona da bolsa brasileira anunciou R$ 415 milhões em JCP e R$ 1,5 bilhão em dividendos complementares, enquanto a Mills aprovou dividendos extraordinários de R$ 150 milhões
2026 será o ano do Banco do Brasil (BBAS3)? Safra diz o que esperar e o que fazer com as ações
O Safra estabeleceu preço-alvo de R$ 25 para as ações, o que representa um potencial de valorização de 17%
Hasta la vista! Itaú (ITUB4) vende ativos na Colômbia e no Panamá; entenda o plano por trás da decisão
Itaú transfere trilhões em ativos ao Banco de Bogotá e reforça foco em clientes corporativos; confira os detalhes da operação
Virada de jogo para a Cosan (CSAN3)? BTG vê espaço para ação dobrar de valor; entenda os motivos
Depois de um ano complicado, a holding entra em 2026 com portfólio diversificado e estrutura de capital equilibrada. Analistas do BTG Pactual apostam em alta de 93% para CSAN3
Atraso na entrega: empreendedores relatam impacto da greve dos Correios às vésperas do Natal
Comunicação clara com clientes e diversificação de meios de entregas são estratégias usadas pelos negócios
AUAU3: planos da Petz (PETZ3) para depois da fusão com a Cobasi incluem novo ticker; confira os detalhes
Operação será concluída em janeiro, com Paulo Nassar no comando e Sergio Zimerman na presidência do conselho
IPO no horizonte: Aegea protocola pedido para alterar registro na CVM; entenda a mudança
A gigante do saneamento solicitou a migração para a categoria A da CVM, passo que abre caminho para uma possível oferta pública inicial
Nelson Tanure cogita vender participação na Alliança (ALLR3) em meio a processo sancionador da CVM; ações disparam na B3
Empresa de saúde contratou assessor financeiro para estudar reorganização e possíveis mudanças no controle; o que está em discussão?
Pílula emagrecedora vem aí? Investidores esperam que sim e promovem milagre natalino em ações de farmacêutica
Papéis dispararam 9% em Nova York após agência reguladora aprovar a primeira pílula de GLP-1 da Novo Nordisk
