🔴 +30 RECOMENDAÇÕES DE ONDE INVESTIR EM DEZEMBRO – VEJA AQUI

Camille Lima

Camille Lima

Repórter de bancos e empresas no Seu Dinheiro. Jornalista formada pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), em 2025 foi eleita como uma das 50 jornalistas mais admiradas da imprensa de Economia, Negócios e Finanças do Brasil. Já passou pela redação do TradeMap.

NOVA TURBULÊNCIA

Azul (AZUL4): Mais uma agência de risco corta nota de crédito da aérea em meio a incertezas sobre futuro da empresa

A Moody’s cortou ratings de dívida corporativa da aérea devido ao perfil de liquidez rígido de Azul e à dependência da empresa de renegociações adicionais com arrendadores de aeronaves

Camille Lima
Camille Lima
23 de setembro de 2024
10:32 - atualizado às 11:25
Azul Linhas Aéreas AZUL4
Imagem: Shutterstock

As turbulências na Azul (AZUL4) parecem longe de acabar. Em meio a temores sobre a sustentabilidade financeira da companhia aérea, mais uma agência de classificação de risco acaba de rebaixar a perspectiva para a empresa.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Segundo fato relevante enviado à CVM na noite do último domingo (22), a Moody’s cortou na semana passada uma série de ratings de dívida corporativa da companhia aérea. 

Confira os novos ratings:

  • “Família corporativa” (que considera as dívidas da holding) : de Caa1 para Caa2 — apenas dois níveis acima do patamar mínimo considerado “calote” pela agência;
  • Dívida sênior garantida por “primeira garantia” (first lien debt): de B3 para Caa1 — a três níveis do nível de calote;
  • Dívidas seniores garantidas da Azul Sufued Finance LLP: de Caa1 para Caa2;
  • Nota sênior não segurada da Azul Investments LLP: de Caa2 para Caa3  — um nível antes do calote.

Vale destacar que as obrigações classificadas como “Caa” são consideradas especulativas com baixo posicionamento e estão sujeitas a risco de crédito muito elevado.

Além dos ratings mais baixos, as perspectivas para os emissores também foram alteradas de positivas para negativas.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“A perspectiva negativa reflete o perfil de liquidez rígido de Azul e a dependência da empresa de renegociações adicionais com arrendadores ou iniciativas adicionais de refinanciamento que podem ser consideradas trocas angustiadas para permanecer solvente”, escreveu a agência.

Leia Também

Vale lembrar que a Moody’s não foi a única agência a cortar o rating de crédito da Azul. No início do mês, a S&P Global Ratings rebaixou a classificação de crédito de emissor em escala global e nacional, com perspectivas negativas.

O peso das incertezas sobre as finanças da Azul também se faz sentir na bolsa brasileira. 

As ações AZUL4 iniciaram o pregão desta segunda-feira (23) em forte queda de 7,79%, a R$ 4,85, e acumulam desvalorização de 68% na B3 desde o início do ano. A companhia atualmente é avaliada em pouco mais de R$ 1,6 bilhão.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Por que a Moody’s rebaixou a Azul (AZUL4)

Segundo a Moody’s, o rebaixamento das classificações de Azul (AZUL4) vem na esteira de resultados mais fracos em 2024 com consistente queima de caixa, que aumentaram os riscos de liquidez da companhia. 

A aérea gerou R$ 1,2 bilhão em Ebit (lucro antes de juros e impostos) — indicador usado para mensurar a geração de caixa — durante o primeiro semestre de 2024.

No entanto, as altas necessidades de capital de giro, o ônus da dívida e as despesas levaram a uma queima de caixa acumulada bilionária, de acordo com a agência.

“A Azul possui um balanço altamente alavancado e uma fraca cobertura de juros, que limitam a geração de fluxo de caixa livre (FCF) da empresa. A capacidade da companhia de aumentar a liquidez, refinanciar suas obrigações financeiras e controlar as necessidades de queima de caixa ou dinheiro permanecerá fundamental para avaliar sua classificação”, destacou a Moody’s. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A classificação também reflete a exposição da Azul à volatilidade do setor aéreo e os crescentes riscos macroeconômicos — e outro ponto que pressiona a visão da Moody’s é a exposição ao câmbio e aos preços de combustível. 

Isso porque a maior parte da dívida e dos custos da Azul — e das empresas áreas de modo geral — é lastreada em dólar. Por esse motivo, uma depreciação da moeda local resulta em impactos diretos na companhia.

A situação financeira da Azul

A Azul atualmente encontra-se em "negociações ativas" com arrendadores de aeronaves para reestruturar dívidas.

As conversas fazem parte de um plano de otimização do capital acordado no ano passado, "cujos termos envolvem, dentre outros, uma potencial substituição de tal dívida por participação societária na Azul".

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Em meados de setembro, a Reuters informou que a Azul teria oferecido as ações da empresa aos credores como pagamento de cerca de US$ 600 milhões em dívidas.

O novo acordo também pode abrir as portas para novas captações de recursos com bondholders, detentores de títulos de dívida da companhia negociados no mercado internacional. 

O que esperar da aérea

Nas contas da Moody’s, a Azul deve registrar uma geração de caixa operacional entre R$ 3,5 bilhões e R$ 5 bilhões até 2025, enquanto a empresa gerenciará a saída de caixa, atrasando a entrega de aeronaves para reduzir os gastos de capital e gerenciar a geração de caixa. 

No entanto, a empresa ainda precisará refinanciar seus vencimentos de dívida para evitar uma queima de caixa significativa nos próximos anos. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A agência destacou que há possibilidade de revisão das classificações — desde que os riscos e incertezas fossem “significativamente” reduzidos e a demanda de passageiros exceda os níveis pré-pandemia de forma sustentável. 

A companhia também precisaria continuar a melhorar a estrutura de capital, manter a liquidez adequada, com caixa consistente acima de 15% da receita e alavancagem abaixo  de 6 vezes a relação dívida líquida sobre Ebitda.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
EFEITO MONSTER

De sucos naturais a patrocínio ao campeão da Fórmula 1: quem colocou R$ 10 mil na ação desta empresa hoje é milionário

12 de dezembro de 2025 - 14:33

A história da Monster Beverage, a empresa que começou vendendo sucos e se tornou uma potência mundial de energéticos, multiplicando fortunas pelo caminho  

TENTA SE REERGUER

Oi (OIBR3) ganha mais fôlego para pagamentos, mas continua sob controle da Justiça, diz nova decisão

12 de dezembro de 2025 - 14:01

Esse é mais um capítulo envolvendo a Justiça, os grandes bancos credores e a empresa, que já está em sua segunda recuperação judicial

ALGUNS BILHÕES MENOS RICO

Larry Ellison, cofundador da Oracle, perdeu R$ 167 bilhões em um só dia: veja o que isso significa para as ações de empresas ligadas à IA

12 de dezembro de 2025 - 10:56

A perda vem da queda do valor da empresa de tecnologia que oferece softwares e infraestrutura de nuvem e da qual Ellison é o maior acionista

CRISE CORPORATIVA

Opportunity acusa Ambipar (AMBP3) de drenar recursos nos EUA com recuperação judicial — e a gestora não está sozinha

12 de dezembro de 2025 - 10:01

A gestora de recursos a acusa a Ambipar de continuar retirando recursos de uma subsidiária nos EUA mesmo após o início da RJ

DANÇA DAS CADEIRAS

Vivara (VIVA3) inicia novo ciclo de expansão com troca de CEO e diretor de operações; veja quem assume o comando

12 de dezembro de 2025 - 9:21

De olho no plano sucessório para acelerar o crescmento, a rede de joalherias anunciou a substituição de sua dupla de comando; confira as mudanças

PREPAREM OS BOLSOS

Neoenergia (NEOE3), Copasa (CSMG3), Bmg (BMGB4) e Hypera (HYPE3) pagam juntas quase R$ 1,7 bilhão em dividendos e JCP

11 de dezembro de 2025 - 20:11

Neoenergia distribui R$ 1,084 bilhões, Copasa soma R$ 338 milhões, Bmg paga R$ 87,7 milhões em proventos e Hypera libera R$ 185 milhões; confira os prazos

UM TRUNFO E UM PROBLEMA

A fome pela Petrobras (PETR4) acabou? Pré-sal é o diferencial, mas dividendos menores reduzem apetite, segundo o Itaú BBA

11 de dezembro de 2025 - 19:46

Segundo o banco, a expectativa de que o petróleo possa cair abaixo de US$ 60 por barril no curto prazo, somada à menor flexibilidade da estatal para cortar capex, aumentou preocupações sobre avanço da dívida bruta

CORRIDA ESPACIAL

Elon Musk trilionário? IPO da SpaceX pode dobrar o patrimônio do dono da Tesla

11 de dezembro de 2025 - 19:00

Com avaliação de US$ 1,5 trilhão, IPO da SpaceX, de Elon Musk, pode marcar a maior estreia da história

APETITE VORAZ

Inter mira voo mais alto nos EUA e pede aval do Fed para ampliar operações; entenda a estratégia

11 de dezembro de 2025 - 18:35

O Banco Inter pediu ao Fed autorização para ampliar operações nos EUA. Entenda o que o pedido representa

O QUE TER NA CARTEIRA

As 8 ações brasileiras para ficar de olho em 2026, segundo o JP Morgan — e 3 que ficaram para escanteio

11 de dezembro de 2025 - 17:45

O banco entende como positivo o corte na taxa de juros por aqui já no primeiro trimestre de 2026, o que historicamente tende a impulsionar as ações brasileiras

VENTANIA EM SP

Falta de luz causa prejuízo de R$ 1,54 bilhão às empresas de comércio e serviços em São Paulo; veja o que fazer caso tenha sido lesado 

11 de dezembro de 2025 - 16:30

O cálculo da FecomercioSP leva em conta a queda do faturamento na quarta (10) e quinta (11)

TEM JEITO DE BANCO, NOME DE BANCO...

Nubank busca licença bancária, mas sem “virar banco” — e ainda pode seguir com imposto menor; entenda o que está em jogo

11 de dezembro de 2025 - 15:06

A corrida do Nubank por uma licença bancária expõe a disputa regulatória e tributária que divide fintechs e bancões

GRANA PESADA

Petrobras (PETR4) detalha pagamento de R$ 12,16 bilhões em dividendos e JCP e empolga acionistas

11 de dezembro de 2025 - 12:43

De acordo com a estatal, a distribuição será feita em fevereiro e março do ano que vem, com correção pela Selic

DESAFIOS GLOBAIS

Quem é o brasileiro que será CEO global da Coca-Cola a partir de 2026

11 de dezembro de 2025 - 9:37

Henrique Braun ocupou cargos supervisionando a cadeia de suprimentos da Coca-Cola, desenvolvimento de novos negócios, marketing, inovação, gestão geral e operações de engarrafamento

NA CONTA DOS ACIONISTAS

Suzano (SUZB3) vai depositar mais de R$ 1 bilhão em dividendos, anuncia injeção de capital bilionária e projeções para 2027

11 de dezembro de 2025 - 9:00

Além dos proventos, a Suzano aprovou aumento de capital e revisou estimativas para os próximos anos. Confira

PREPAREM O BOLSO

Quase R$ 3 bilhões em dividendos: Copel (CPLE5), Direcional (DIRR3), Minerva (BEEF3) e mais; confira quem paga e os prazos

10 de dezembro de 2025 - 20:05

A maior fatia dessa distribuição é da elétrica, que vai pagar R$ 1,35 bilhão em proventos aos acionistas

MATILHA CRESCENDO

Cade aprova fusão entre Petz (PETZ3) e Cobasi com exigência de venda de lojas em SP

10 de dezembro de 2025 - 18:46

A união das operações cria a maior rede pet do Brasil. Entenda os impactos, os “remédios” exigidos e a reação da concorrente Petlove

SOCORRO A CAMINHO

Crise nos Correios: Governo Lula publica decreto que abre espaço para recuperação financeira da estatal

10 de dezembro de 2025 - 16:54

Novo decreto permite que estatais como os Correios apresentem planos de ajuste e recebam apoio pontual do Tesouro

CONSTRUINDO VALOR AO ACIONISTA

Cyrela (CYRE3) propõe aumento e capital e distribuição bilionária de dividendos, mas ações caem na bolsa: o que aconteceu?

10 de dezembro de 2025 - 14:58

A ideia é distribuir esses dividendos sem comprometer o caixa da empresa, assim como fizeram a Axia Energia (AXIA3), ex-Eletrobras, e a Localiza, locadora de carros (RENT3)

ALÔ, ACIONISTAS

Telefônica Brasil (VIVT3) aprova devolução de R$ 4 bilhões aos acionistas e anuncia compra estratégica em cibersegurança

10 de dezembro de 2025 - 13:32

A Telefônica, dona da Vivo, vai devolver R$ 4 bilhões aos acionistas e ainda reforça sua presença em cibersegurança com a compra da CyberCo Brasil

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar