Após compra da AES Brasil, chegou a hora do ‘amanhecer de uma nova era’ para a Auren (AURE3)? Ações saltam na bolsa depois de bancão responder a essa pergunta
Na publicação, os analistas do Itaú BBA mantiveram recomendação neutra para as ações da Auren, mas elevaram o preço-alvo do papel

Auren (AURE3) e a AES Brasil (AESB3) definiram a combinação de negócios que forma a terceira maior empresa de geração de energia do país no último dia de outubro deste ano. A fusão gerou um vai e vem no mercado, com as ações da primeira empresa acumulando queda de 22,8% desde o começo de 2024.
Vale dizer que as ações AESB3 deixaram de ser negociadas no mesmo dia da fusão com a Auren. Isso porque a AES Brasil foi incorporada pela ARN Holding Energia que, por sua vez, foi incorporada pela Auren.
Mas, nesta quarta-feira (4), a empresa está na ponta positiva do Ibovespa, com uma alta de 2,18% por volta das 10h30 de hoje, com as ações negociadas a R$ 9,83. No mesmo horário, o principal índice da B3 avançava 0,2%, aos 126.149 pontos.
Uma das explicações está em um relatório do Itaú BBA, publicado na manhã de hoje — com o título “o amanhecer de uma nova e desafiadora era para Auren.”
Na publicação, os analistas mantêm a recomendação equivalente à neutra (market perform) para as ações, mas com uma elevação do preço-alvo de R$ 14,20 para R$ 15,10, o que representa um potencial de alta de 56,7% em relação ao fechamento da última terça-feira (3).
Entenda o que o bancão viu de positivo na Auren — e o que pode melhorar a partir da fusão com a AES:
Leia Também
A hora da Auren (AURE3) após a fusão
A elevação do preço-alvo leva em conta não apenas a aquisição da AES Brasil, mas também os mais recentes resultados trimestrais da Auren.
No trimestre encerrado em setembro, o lucro líquido da empresa de energia atingiu os R$ 270,8 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 838,1 milhões no mesmo período de 2023. A receita também aumentou para R$ 2,046 bilhões, alta de 25,8% no mesmo intervalo.
Além disso, a alavancagem (relação entre a dívida líquida e a geração de caixa da empresa, medida pelo Ebitda) vem reduzindo ao longo dos últimos trimestres, ainda que o impacto da aquisição da AES Brasil tenha afetado o indicador.
A expectativa do Itaú BBA é de que a alavancagem atinja os 6 vezes a relação dívida/Ebitda em 2024, mas caia para 4,5 vezes em 2025, 4,4 vezes em 2026 e 3,7 vezes em 2027.
Essa melhora contínua deve ser impulsionada pela geração de caixa livre (free cash flow, ou FCF), que sempre foi um ponto forte da Auren e deve ser impulsionada após a fusão, dizem os analistas.
Nem tudo que reluz…
Ainda que a incorporação da AES Brasil seja vista com bons olhos, toda aquisição tende a gerar um impacto no caixa e nas operações da empresa.
Somando isso ao ambiente macroeconômico pouco favorável projetado para os próximos anos, os analistas do Itaú BBA destacam que é preciso cautela daqui para frente.
“Embora reconheçamos as capacidades de gestão da Auren e seu compromisso com uma sólida recuperação, o ponto de partida de uma empresa com alavancagem esperada próxima a 6x até o final de 2024 é inegavelmente desafiador”, escrevem os analistas.
Além da alavancagem estar elevada, os dividendos também podem estar ameaçados no curto prazo — lembrando que o setor de energia é historicamente um segmento que paga proventos regulares, o que pode colocar a Auren para trás na preferência dos investidores mais impacientes.
Por fim, a Auren está exposta aos riscos naturais de qualquer fusão, exigindo foco na melhoria da gestão dos ativos e passivos, bem como na redução de despesas operacionais.
Santander (SANB11) divulga lucro de R$ 3,9 bi no primeiro trimestre; o que o CEO e o mercado têm a dizer sobre esse resultado?
Lucro líquido veio em linha com o esperado por Citi e Goldman Sachs e um pouco acima da expectativa do JP Morgan; ações abriram em queda, mas depois viraram
Alguém está errado: Ibovespa chega embalado ao último pregão de abril, mas hoje briga com agenda cheia em véspera de feriado
Investidores repercutem Petrobras, Santander, Weg, IBGE, Caged, PIB preliminar dos EUA e inflação de gastos com consumo dos norte-americanos
Como fica a rotina no Dia do Trabalhador? Veja o que abre e fecha nos dias 1º e 2 de maio
Bancos, bolsa, Correios, INSS e transporte público terão funcionamento alterado no feriado, mas muitos não devem emendar; veja o que muda
Azul (AZUL4) volta a tombar na bolsa; afinal, o que está acontecendo com a companhia aérea?
Empresa enfrenta situação crítica desde a pandemia, e resultado do follow-on, anunciado na semana passada, veio bem abaixo do esperado pelo mercado
Prio (PRIO3): banco reitera recomendação de compra e eleva preço-alvo; ações chegam a subir 6% na bolsa
Citi atualizou preço-alvo com base nos resultados projetados para o primeiro trimestre; BTG também vê ação com bons olhos
Tupy (TUPY3): Com 95% dos votos a distância, minoritários devem emplacar Mauro Cunha no conselho
Acionistas se movimentam para indicar Cunha ao conselho da Tupy após polêmica troca do CEO da metalúrgica
Quando o plano é não ter plano: Ibovespa parte dos 135 mil pontos pela primeira vez em 2025 em dia de novos dados sobre mercado de trabalho dos EUA
Investidores também se preparam para o relatório de produção e vendas da Petrobras e monitoram entrevista coletiva de Galípolo
Planos pré-feriado: Ibovespa se prepara para semana mais curta, mas cheia de indicadores e balanços
Dados sobre o mercado de trabalho no Brasil e nos EUA, balanços e 100 dias de Trump são os destaques da semana
Nova temporada de balanços vem aí; saiba o que esperar do resultado dos bancos
Quem abre as divulgações é o Santander Brasil (SANB11), nesta quarta-feira (30); analistas esperam desaceleração nos resultados ante o quarto trimestre de 2024, com impactos de um trimestre sazonalmente mais fraco e de uma nova regulamentação contábil do Banco Central
FI-Infras apanham na bolsa, mas ainda podem render acima da Selic e estão baratos agora, segundo especialistas; entenda
A queda no preço dos FI-Infras pode ser uma oportunidade para investidor comprar ativos baratos e, depois, buscar lucros com a valorização; entenda
OPA do Carrefour (CRFB3): de ‘virada’, acionistas aprovam saída da empresa da bolsa brasileira
Parecia que ia dar ruim para o Carrefour (CRFB3), mas o jogo virou. Os acionistas presentes na assembleia desta sexta-feira (25) aprovaram a conversão da empresa brasileira em subsidiária integral da matriz francesa, com a consequente saída da B3
Vale (VALE3) sem dividendos extraordinários e de olho na China: o que pode acontecer com a mineradora agora; ações caem 2%
Executivos da companhia, incluindo o CEO Gustavo Pimenta, explicam o resultado financeiro do primeiro trimestre e alertam sobre os riscos da guerra comercial entre China e EUA nos negócios da empresa
JBS (JBSS3) avança rumo à dupla listagem, na B3 e em NY; isso é bom para as ações? Saiba o que significa para a empresa e os acionistas
Próximo passo é votação da dupla listagem em assembleia marcada para 23 de maio; segundo especialistas, dividendos podem ser afetados
Deixa a bolsa me levar: Ibovespa volta a flertar com máxima histórica em dia de IPCA-15 e repercussão de balanço da Vale
Apesar das incertezas da guerra comercial de Donald Trump, Ibovespa está a cerca de 2% de seu recorde nominal
Hypera (HYPE3): quando a incerteza joga a favor e rende um lucro de mais de 200% — e esse não é o único caso
A parte boa de trabalhar com opções é que não precisamos esperar maior clareza dos resultados para investir. Na verdade, quanto mais incerteza melhor, porque é justamente nesses casos em que podemos ter surpresas agradáveis.
Dona do Google vai pagar mais dividendos e recomprar US$ 70 bilhões em ações após superar projeção de receita e lucro no trimestre
A reação dos investidores aos números da Alphabet foi imediata: as ações chegaram a subir mais de 4% no after market em Nova York nesta quinta-feira (24)
Subir é o melhor remédio: ação da Hypera (HYPE3) dispara 12% e lidera o Ibovespa mesmo após prejuízo
Entenda a razão para o desempenho negativo da companhia entre janeiro e março não ter assustado os investidores e saiba se é o momento de colocar os papéis na carteira ou se desfazer deles
O que está derrubando Wall Street não é a fuga de investidores estrangeiros — o JP Morgan identifica os responsáveis
Queda de Wall Street teria sido motivada pela redução da exposição dos fundos de hedge às ações disponíveis no mercado dos EUA
OPA do Carrefour (CRFB3): com saída de Península e GIC do negócio, o que fazer com as ações?
Analistas ouvidos pelo Seu Dinheiro indicam qual a melhor estratégia para os pequenos acionistas — e até uma ação alternativa para comprar com os recursos
‘Momento de garimpar oportunidades na bolsa’: 10 ações baratas e de qualidade para comprar em meio às incertezas do mercado
CIO da Empiricus vê possibilidade do Brasil se beneficiar da guerra comercial entre EUA e China e cenário oportuno para aproveitar oportunidades na bolsa; veja recomendações