Após rumores de recuperação judicial e ações em derrocada na B3, Azul (AZUL4) atualiza projeções para 2024
Companhia citou queda na capacidade em decorrência das enchentes no Rio Grande do Sul, que levaram ao fechamento do Aeroporto de Porto Alegre

Com ações em queda na bolsa brasileira e o mercado de olho em uma potencial recuperação judicial nos EUA, a Azul (AZUL4) anunciou nesta segunda-feira (09) uma atualização em seus resultados esperados para 2024.
Em comunicado divulgado à CVM, a companhia aérea informou que projeta uma receita de R$ 20 bilhões este ano, “resultado impulsionado pelo ambiente de demanda saudável, receitas auxiliares robustas e o crescimento das unidades de negócios da empresa”.
Para o Ebitda (lucro antes de juros, depreciação, impostos e amortização) deste ano, a Azul estima um valor acima de R$ 6 bilhões, refletindo a queda na capacidade da companhia aérea.
“A Azul espera uma alavancagem em torno de 4,2x ao final de 2024, resultado do Ebitda atualizado além da desvalorização do real frente ao dólar norte-americano, que impacta as dívidas em dólar”, disse.
A alavancagem e o Ebitda não foram alterados em relação às estimativas anteriores. Em março, no entanto, a companhia divulgou que a alavancagem esperada para o ano era de 3x. Já o Ebitda projetado para 2024 era de R$ 6,5 bilhões — projeções posteriormente reduzidas no último relatório de agosto.
Enchentes no RS devem afetar a capacidade da companhia
A empresa aérea também projeta um aumento na capacidade, a estimativa de oferta de assentos (ASK, mensurada em assentos por quilômetro ofertados), em aproximadamente 7% este ano em comparação com o ano passado — mesma projeção do último relatório de agosto, quando a companhia reduziu a estimativa de março de 11% para 7%.
Leia Também
Segundo a Azul, a perspectiva permanece reduzida devido à queda na capacidade da Azul em decorrência das enchentes no Rio Grande do Sul em maio e ao fechamento do Aeroporto de Porto Alegre, com reabertura parcial prevista para outubro.
A companhia também citou a redução temporária da capacidade internacional no primeiro semestre do ano, além de atrasos dos fabricantes nas entregas de novas aeronaves.
- “Preferimos estar concentrados em empresas de alta qualidade de execução”, diz a analista Larissa Quaresma; veja as 10 ações que compõem seu portfólio atual
Preocupações com a situação financeira da Azul (AZUL4)
Recentemente, temores de que a Azul (AZUL4) poderia trilhar o mesmo caminho da Gol (GOLL4) e entrar com um pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos pesaram sobre as ações da companhia.
De acordo com a Bloomberg Línea, a empresa avaliava opções para cumprir com obrigações de dívida próximas do vencimento. Entre os caminhos avaliados, estariam um follow-on na B3 e um pedido de proteção contra credores nos EUA, conhecido como “Chapter 11”.
Outra opção que estaria em análise seria a emissão de novos títulos de dívidas por meio da unidade de carga da Azul.
Porém, a própria Azul informou ao mercado que a notícia foi mal interpretada — e que, na verdade, estaria desenvolvendo um plano estratégico para melhorar sua própria estrutura de capital e liquidez.
Azul negocia com bondholders
Na semana passada, os papéis reagiram a rumores de que a empresa iniciaria negociações com bondholders — isto é, detentores de títulos de dívida da companhia emitidos no mercado internacional — para captação de recursos.
Em nota ao Seu Dinheiro, a assessoria da companhia informou que a Azul atualmente possui em andamento negociações com os arrendadores e que pretende antecipar as obrigações.
Mesmo assim, as ações da companhia aérea ainda derreteram na bolsa brasileira desde o início dos rumores e recuperação judicial, liderando as maiores quedas do Ibovespa em agosto. Nesta segunda-feira, as ações AZUL4 caíram 8,33%, a R$ 4,07. No ano, a queda é de 74%
Dividendos e JCP: saiba quanto a Multiplan (MULT3) vai pagar dessa vez aos acionistas e quem pode receber
A administradora de shopping center vai pagar proventos aos acionistas na forma de juros sobre capital próprio; confira os detalhes
Compra do Banco Master: BRB entrega documentação ao BC e exclui R$ 33 bi em ativos para diminuir risco da operação
O Banco Central tem um prazo de 360 dias para analisar a proposta e deliberar pela aprovação ou recusa
Prio (PRIO3): Santander eleva o preço-alvo e vê potencial de valorização de quase 30%, mas recomendação não é tão otimista assim
Analistas incorporaram às ações da petroleira a compra da totalidade do campo Peregrino, mas problemas em outro campo de perfuração acende alerta
Estreia na Nyse pode transformar a JBS (JBSS32) de peso-pesado brasileiro a líder mundial
Os papéis começaram a ser negociados nesta sexta-feira (13); Citi avalia catalisadores para os ativos e diz se é hora de comprar ou de esperar
Minerva (BEEF3) entra como terceira interessada na incorporação da BRF (BRFS3) pela Marfrig (MRFG3); saiba quais são os argumentos contrários
Empresa conseguiu autorização do Cade para contribuir com dados e pareceres técnicos
“Com Trump de volta, o greenwashing perde força”, diz o gestor Fabio Alperowitch sobre nova era climática
Para o gestor da fama re.capital, retorno do republicano à Casa Branca acelera reação dos ativistas legítimos e expõe as empresas oportunistas
Dividendos e JCP: Telefônica (VIVT3), Copasa (CSMG3) e Neoenergia (NEOE3) pagam R$ 1 bilhão em proventos; veja quem tem direito a receber
A maior fatia é da B3, a operadora da bolsa brasileira, que anunciou na noite desta quinta-feira (11) R$ 378,5 milhões em juros sobre capital próprio
Radar ligado: Embraer (EMBR3) prevê demanda global de 10,5 mil aviões em 20 anos; saiba qual região é a líder
A fabricante brasileira de aviões projeta o valor de mercado de todas as novas aeronaves em US$ 680 bilhões, avanço de 6,25% em relação ao ano anterior
Até o Nubank (ROXO34) vai pagar a conta: as empresas financeiras mais afetadas pelas mudanças tributárias do governo
Segundo analistas, os players não bancários, como Nubank, XP e B3, devem ser os principais afetados pelos novos impostos; entenda os efeitos para os balanços dos gigantes do setor
Dividendo de R$ 1,5 bilhão da Rumo (RAIL3) é motivo para ficar com o pé atrás? Os bancos respondem
O provento representa 70% do lucro líquido do último ano e é bem maior do que os R$ 350 milhões distribuídos na última década. Mas como fica a alavancagem?
O sinal de Brasília que faz as ações da Petrobras (PETR4) operarem na contramão do petróleo e subirem mais de 1%
A Prio e a PetroReconcavo operam em queda nesta quinta-feira (12), acompanhando os preços mais baixos do Brent no mercado internacional
Dia dos Namorados: por que nem a solteirice salva apps de relacionamento como Tinder e Bumble da crise de engajamento
Após a pandemia, dating apps tiveram uma queda grande no número de “pretendentes”, que voltaram antigo método de conhecer pessoas no mundo real
Bradesco (BBDC4) surpreende, mas o pior ficou para trás na Cidade de Deus? Mercado aumenta apostas nas ações e diretor revela o que esperar
Ações disparam após balanço e, dentro da recuperação “step by step”, banco mira retomar níveis de rentabilidade (ROE) acima do custo de capital
Despedida da Wilson Sons (PORT3) da bolsa: controladora registra OPA; veja valor por ação
Os acionistas que detém pelo menos 10% das ações em circulação têm 15 dias para requerer a realização de nova avaliação sobre o preço da OPA
A Vamos (VAMO3) está barata demais? Por que Itaú BBA ignora o pessimismo do mercado e prevê 50% de valorização nas ações
Após um evento com os executivos, os analistas do banco reviram suas premissas e projetam crescimento de lucro para 2025 e 2026
A notícia que derruba a Braskem (BRKM5) hoje e coloca as ações da petroquímica entre as maiores baixas do Ibovespa
A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, e o empresário Nelson Tanure falaram sobre o futuro da companhia e preocuparam os investidores
T4F (SHOW3) propõe pagar R$ 1,5 milhão para encerrar processo sobre trabalho análogo à escravidão no Lollapalooza, mas CVM rejeita
Em 2023, uma fiscalização identificou que cinco funcionários da Yellow Stripe, contratada da T4F para o festival, estavam dormindo no local em colchonetes de papelão
Em meio ao ânimo com o Minha Casa Minha Vida, CEO da Direcional (DIRR3) fala o que falta para apostar mais pesado na Faixa 4
O Seu Dinheiro conversou com o CEO Ricardo Gontijo sobre a Faixa 4 do Minha Casa Minha Vida, expectativas para a empresa, a Riva, os principais desafios para a companhia e o cenário macro
Petrobras (PETR4) respira: ações resistem à queda do petróleo e seguem entre as maiores altas do Ibovespa hoje
No dia anterior, a estatal foi rebaixada por grandes bancos, que estão de olho das perspectivas para os preços das commodity
AgroGalaxy (AGXY3) reduz prejuízo no 1T25, mas receita despenca 80% em meio à recuperação judicial
Tombo no faturamento decorre do cancelamento da carteira de pedidos da safrinha de milho, tradicionalmente o principal negócio do período para distribuidoras de insumos agrícolas