Após prejuízo contábil no 2T24, números “impressionantes” no 3T puxam as ações da Suzano para as maiores altas do Ibovespa hoje; é hora de comprar SUZB3?
Companhia reportou um lucro líquido de R$ 3,237 bilhões, revertendo os prejuízos do mesmo período do ano passado e também do trimestre anterior
Depois de um prejuízo contábil no 2T24 por conta da alta do dólar, os investidores da Suzano (SUZB3) respiraram aliviados após a divulgação dos números do 3T24 da companhia — cujas ações figuram entre as maiores altas do Ibovespa nesta sexta (25).
Por volta das 15h03, os papéis SUZB3 subiam 3,66%, a R$ 59,50. As ações fecharam em alta de 2,79%, a R$ 59. A alta dos papéis acontece após o balanço da Suzano reportar um lucro líquido de R$ 3,237 bilhões, revertendo os prejuízos do mesmo período do ano passado e também do trimestre anterior.
Veja os principais destaques do balanço:
- Ebitda ajustado: R$ 6,523 bilhões, crescimento de 77% na comparação com o mesmo trimestre do ano passado
- Receita líquida: R$ 12,274 bilhões, alta de 37%
- Lucro líquido: R$ 3,22 bilhões
- Alavancagem em USD em 3,1x e 3,2x em BRL
- Vendas de celulose de 2.635 mil t (6% vs. 3T23)
- Vendas de papel de 360 mil t (9% vs. 3T23)
- Geração de caixa operacional: R$ 4,4 bilhões
O que dizem os analistas sobre o balanço da Suzano (SUZB3)?
Se a variação cambial prejudicou a Suzano no segundo trimestre, desta vez a desvalorização cambial e monetária sobre a dívida em moeda estrangeira foi um dos pontos que influenciaram o balanço considerado positivo e acima do esperado pelos analistas — vale lembrar que a maior parte das receitas da Suzano é em moeda estrangeira, assim como as dívidas.
Outros fatores de destaque foram os volumes de celulose melhores do que o esperado e o crescimento nos preços médios de celulose em relação ao terceiro trimestre de 2023.
Os analistas do Itaú BBA pontuaram que a Suzano reportou fortes resultados no terceiro trimestre, com destaque para o Ebitda de R$ 6,5 bilhões, que teve uma alta de 4% em relação ao trimestre anterior e ficou 4-5% acima das estimativas da instituição.
Leia Também
Itaú BBA: rendimentos “impressionantes”
Na visão do BBA, o desempenho acima do esperado foi principalmente impulsionado pelo melhor volume de celulose que, assim como a redução na alavancagem, trouxe rendimentos classificados como “impressionantes” pela equipe de especialistas do BBA.
Para os analistas do BTG Pactual, a Suzano registrou um terceiro trimestre sólido, apesar dos desafios “de cima para baixo”, principalmente em relação ao mercado na China.
“Ficamos satisfeitos em saber que o aumento do importantíssimo projeto Cerrado está progredindo bem, o que acreditamos que compensará as pressões de preços nos próximos trimestres”, afirmam os analistas, que já esperavam uma reação positiva do mercado.
Todavia, a “grande conquista” para a Suzano em relação ao balanço, na visão dos analistas do BTG Pactual, é mesmo o yield (rendimento) de fluxo de caixa para o acionista (FCFE) anual, que chegou a próximo de 20%. “Isso reforça a nossa preferência pelo nome”, afirma.
- Temporada de balanços: fique por dentro dos resultados e análises mais importantes para o seu bolso com a cobertura exclusiva do Seu Dinheiro; acesse aqui gratuitamente
Resultados robustos, mas ações estão voláteis
A analista Mary Silva, do BB Investimentos (BB-BI), pontuou que a Suzano apresentou resultados robustos, mas ressaltou que as ações da companhia seguem voláteis.
“Entendemos que essa correlação com a moeda norte-americana deverá continuar levando uma forte oscilação nas cotações no curto prazo e que a expectativa de queda de preços de celulose poderá pressionar as ações do setor como um todo no restante do ano, embora, em nossa visão, os próximos resultados operacionais da Suzano ainda serão satisfatórios.”
O BB-BI também lembrou que, no início deste mês, a Suzano decidiu limitar a produção de celulose em 2024 a um volume 4% menor. “O que vemos como positivo neste momento para o cenário de preços, frente à perspectiva de desaceleração da demanda”, afirma.
Já os analistas do Santander também consideraram os resultados positivos, mas dentro do esperado pelo banco. A instituição destacou o desempenho sólido da divisão de papel da Suzano, com volume de vendas subindo 8% em relação ao trimestre anterior, “devido à sazonalidade e estratégia de alocação entre o mercado e segmentos da empresa”.
- “Preferimos estar concentrados em empresas de alta qualidade de execução”, diz a analista Larissa Quaresma; veja as 10 ações que compõem seu portfólio atual
Suzano (SUZB3): compra ou venda?
Além dos números robustos, a gradual redução da alavancagem e a estratégia bem-sucedida de hedge cambial mostradas no 3T24 também merecem destaque, mas devem continuar sendo monitorados nos próximos trimestres, segundo o BB-BI.
Por conta disso, a analista mantém a recomendação neutra para SUZB3. O preço-alvo é de R$ 68 para o final de 2025, o que indica uma valorização de 18% em relação ao preço da ação no fechamento de quinta-feira (24), quando o papel foi negociado a R$ 57,4.
O BTG Pactual, por outro lado, recomenda a compra dos papéis da Suzano, e tem a ação SUZB3 como a favorita do setor de papel de celulose entre as empresas cobertas.
Os analistas do BTG indicam um preço-alvo de R$ 81 em 2025 para as ações da companhia, equivalente a um potencial valorização de 41% sobre o fechamento anterior.
Embora esperassem uma reação neutra do mercado, os analistas do Santander mantiveram recomendação “outperform” para as ações da Suzano, equivalente a compra. O preço-alvo é de R$ 75, o que representa um potencial de valorização de 31%.
No Itaú BBA, a recomendação para o papel também é de compra, com preço-alvo de R$ 67 — equivalente a uma alta de 17% em relação ao fechamento anterior da ação.
Por que a Axia Energia (AXIA3), ex-Eletrobras, aprovou um aumento de capital de R$ 30 bilhões? A resposta pode ser boa para o bolso dos acionistas
O objetivo do aumento de capital é manter o equilíbrio financeiro da empresa ao distribuir parte da reserva de lucros de quase R$ 40 bilhões
Magazine Luiza (MGLU3) aposta em megaloja multimarcas no lugar da Livraria Cultura para turbinar faturamento
Com cinco marcas sob o mesmo teto, a megaloja Galeria Magalu resgata a memória da Livraria Cultura, cria palco para conteúdo e promete ser a unidade mais lucrativa da varejista
Dividendos e bonificação em ações: o anúncio de mais de R$ 1 bilhão da Klabin (KLBN11)
A bonificação será de 1%, terá como data-base 17 de dezembro e não dará direito aos dividendos anunciados
Dividendos e recompra de ações: a saída bilionária da Lojas Renner (LREN3) para dar mais retorno aos acionistas
A varejista apresentou um plano de proventos até 2030, mas nesta segunda-feira (8) divulgou uma distribuição para os acionistas; confira os prazos
Vale (VALE3) é a ação preferida dos investidores de commodities. Por que a mineradora não é mais a principal escolha do UBS BB?
Enquanto o banco suíço prefere outro papel no setor de mineração, Itaú BBA e BB-BI reafirmam a recomendação de compra para a Vale; entenda os motivos de cada um
Cemig (CMIG4) ganha sinal verde da Justiça de Minas para a venda de usinas
A decisão de primeira instância havia travado inclusive o contrato decorrente do leilão realizado em 5 de dezembro de 2024
Nubank (NU/ROXO34) pode subir cerca de 20% em 2026, diz BB Investimentos: veja por que banco está mais otimista com a ação
“Em nossa visão o Nubank combina crescimento acelerado com rentabilidade robusta, algo raro no setor, com diversificação de receitas, expansão geográfica promissora e a capacidade de escalar com custos mínimos sustentando nossa visão positiva”, escreve o BB Investimentos.
“Selic em 15% não tem cabimento”, diz Luiza Trajano. Presidente e CEO do Magazine Luiza (MGLU3) criticam travas ao varejo com juros nas alturas
Em evento com jornalistas nesta segunda-feira (8), a empresária Luiza Trajano voltou a pressionar pela queda da Selic, enquanto o CEO Frederico Trajano revelou as perspectivas para os juros e para a economia em 2026
IRB (IRBR3) dispara na bolsa após JP Morgan indicar as ações como favoritas; confira
Os analistas da instituição também revisaram o preço-alvo para 2026, de R$ 54 para R$ 64 por ação, sugerindo potencial de alta de cerca de 33%
SpaceX, de Elon Musk, pode retomar posto de startup mais valiosa do mundo, avaliada em US$ 800 bilhões em nova rodada de investimentos, diz WSJ
A nova negociação, se concretizada, dobraria o valuation da empresa de Musk em poucos meses
Localiza (RENT3) propõe emitir ações preferenciais e aumento de capital
A Localiza, que tem uma frota de 600.000 carros, disse que as novas ações também seriam conversíveis em ações ordinárias
Fitch elevou rating da Equatorial Transmissão e de suas debêntures; veja o que baseou essa decisão
Sem grandes projetos à vista, a expectativa é de forte distribuição de dividendos, equivalente a 75% do lucro líquido regulatório a partir de 2026, afirma a Fitch.
Correios vetam vale-natal de R$ 2,5 mil a funcionários, enquanto aguardam decisão da Fazenda
A estatal negocia uma dívida de R$ 20 bilhões com bancos e irá fazer um programa de desligamento voluntário
Por que o Itaú BBA acredita que há surpresas negativas na compra da Warner pela Netflix (NTFLX34)
Aquisição bilionária amplia catálogo e fortalece marca, mas traz riscos com alavancagem, sinergias e aprovação regulatória, diz relatório
3tentos (TTEN3): veja por que Bank of America, XP e BBA compartilham otimismo com a ação, que já avança 30% em 2025
Vemos a 3tentos como uma história de crescimento sólida no setor agrícola, com um forte histórico, como demonstrado pela sua expansão no MT nos últimos 4 anos, diz Bank of America
Petrobras (PETR4) diz que é “possível” assumir operação na Braskem, prepara projeto de transição energética e retomará produção de fertilizantes
A presidente da estatal afirmou que não há nada fechado, mas que poderia “exercer mais sinergias” entre a atividade de uma petroquímica, Braskem, com a de uma petroleira, a Petrobras
ANS nega recurso da Hapvida (HAPV3), e empresa terá de reapresentar balanço à agência com ajustes de quase R$ 870 milhões
A empresa havia contabilizado o crédito fiscal relacionado ao programa, que prevê a negociação com desconto de dívidas das empresas de saúde suplementar com o Sistema Único de Saúde (SUS)
Super ricaços na mira: Lifetime acelera a disputa por clientes que têm mais de R$ 10 milhões para investir e querem tratamento especial, afirma CEO
O CEO Fernando Katsonis revelou como a gestora pretende conquistar clientes ‘ultra-high’ e o que está por trás da contratação de Christiano Ehlers para o Family Office
Game of Thrones, Friends, Harry Potter e mais: o que a Netflix vai levar em acordo bilionário com a Warner
Compra bilionária envolve HBO, DC, Cartoon Network e séries de peso; integração deve levar até 18 meses
A guerra entre Nubank e Febraban esquenta. Com juros e impostos no centro da briga, quais os argumentos de cada um?
Juros, inadimplência, tributação e independência regulatória dividem fintechs e grandes instituições financeiras. Veja o que dizem
