Americanas (AMER3): BTG Pactual se junta ao Santander e vende ações que recebeu em aumento de capital; papéis desabam 93% na B3 em 2024
Com a operação, o banco reduziu a participação que detém na companhia para 3,62%, equivalente a 714.588.713 ações da varejista

Mais um credor da Americanas (AMER3) resolveu se desfazer das ações que recebeu como parte do aumento de capital que a varejista realizou para cobrir parte do rombo bilionário no balanço.
Depois do Santander, foi a vez do BTG Pactual (BPAC11) anunciar a venda de parte das ações que recebeu em troca de parte dos valores que tem a receber da varejista.
- Leia mais: Vale a pena investir na bolsa agora, mesmo com a máxima histórica do Ibovespa? Analista responde
Com a operação, o banco reduziu a participação que detém na companhia para 3,62%. Desse modo, o BTG passou a deter 714.588.713 ações da varejista, o equivalente a R$ 42,9 milhões com base nas cotações dos papéis AMER3 na sexta-feira (R$ 0,06).
Além disso, o banco possui 463.196.695 bônus de subscrição, que dão o direito de conversão em novas ações.
Vale lembrar que o exercício dos bônus de subscrição está limitado e sujeito aos termos do acordo de lock-up — compromisso que impede os acionistas de venderem suas respectivas participações na empresa.
O banco não revelou quantas ações da Americanas possuía logo antes das vendas na B3. As normas do mercado de capitais obrigam o investidor a informar sempre que alcança uma participação maior ou menor que 5%.
Leia Também
No entanto, depois do aumento de capital da varejista, a instituição financeira detinha uma exposição combinada de aproximadamente 7,10% do total de ações AMER3 emitidas, considerando a posição do próprio banco e de outros veículos de investimento.
As ações da Americanas (AMER3) iniciaram o pregão desta segunda-feira em forte volatilidade. Por volta das 10h36, a varejista marcava alta de 16,67% na B3, a R$ 0,07.
Ações da Americanas (AMER3) nas mínimas
A venda das ações AMER3 pelos credores acontece em meio à derrocada dos papéis da Americanas na B3 depois do aumento de capital de R$ 24,5 bilhões.
Etapa fundamental do processo de recuperação judicial da varejista, a injeção de capital bilionária teve como objetivo recompor o balanço após a revelação da fraude contábil.
Desse total, R$ 12 bilhões vieram do trio de bilionários Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira.
O restante veio dos bancos credores, incluindo o BTG Pactual, que converteram parte dos valores que tinham a receber em ações.
No primeiro dia após a liberação da negociação dos papéis que fizeram parte do aumento de capital, as ações da Americanas desabaram mais de 70%.
- Leia também: Americanas (AMER3) define ‘teto de gastos’; veja quanto a diretoria está autorizada a gastar
Com isso, a varejista perdeu mais de 93% do seu valor de mercado desde janeiro, com as ações atualmente negociadas nas mínimas históricas, a R$ 0,06. Hoje, a empresa é avaliada em pouco mais de R$ 1 bilhão na bolsa.
Além do início da negociação dos papéis convertidos pelos credores nas últimas semanas, a Americanas também terá os bônus de subscrição da Americanas negociados na B3 a partir da próxima terça-feira (27).
A emissão dos bônus ocorreu junto com o aumento de capital e confere ao investidor uma nova ação da companhia, mediante o pagamento de R$ 0,01 por cada nova ação.
As novas ações decorrentes do exercício dos bônus de subscrição serão emitidas e entregues a cada quinze dias a partir do dia 11 de setembro e até o fim do prazo.
- Leia mais: 3 ações recomendadas pela Empiricus bateram recorde em agosto e podem mais com salto do Ibovespa.
Vem grupamento de ações pela frente
Além disso, a Americanas convocou uma assembleia de acionistas em setembro para aprovar um grupamento de 100 ações para 1, com data de corte prevista para esta segunda-feira (26).
Isso significa que grupos de 100 papéis AMER3 serão unidos para formar uma única nova ação.
Com essa união, o preço do papel também será multiplicado pelo mesmo fator — o que fará com que a companhia deixe de ser negociada como uma "penny stock”, isto é, aqueles papéis cotados abaixo de R$ 1,00.
É importante destacar que ações de menor valor na bolsa — como é o caso das penny stocks — são extremamente voláteis, uma vez que tendem a passar por oscilações de preços ainda maiores do que o restante dos ativos do mercado acionário.
Alguém está errado: Ibovespa chega embalado ao último pregão de abril, mas hoje briga com agenda cheia em véspera de feriado
Investidores repercutem Petrobras, Santander, Weg, IBGE, Caged, PIB preliminar dos EUA e inflação de gastos com consumo dos norte-americanos
Azul (AZUL4) volta a tombar na bolsa; afinal, o que está acontecendo com a companhia aérea?
Empresa enfrenta situação crítica desde a pandemia, e resultado do follow-on, anunciado na semana passada, veio bem abaixo do esperado pelo mercado
Shein ainda é a varejista de moda mais barata no Brasil, mas diferença diminui, diz BTG Pactual
Análise do banco apontou que plataforma chinesa ainda mantém preços mais baixos que C&A, Renner e Riachuelo; do outro lado da vitrine, a Zara é a mais cara
Prio (PRIO3): banco reitera recomendação de compra e eleva preço-alvo; ações chegam a subir 6% na bolsa
Citi atualizou preço-alvo com base nos resultados projetados para o primeiro trimestre; BTG também vê ação com bons olhos
Santander (SANB11), Weg (WEGE3), Kepler Weber (KEPL3) e mais 6 empresas divulgam resultados do 1T25 nesta semana – veja o que esperar, segundo o BTG Pactual
De olho na temporada de balanços do 1º trimestre, o BTG Pactual preparou um guia com suas expectativas para mais de 125 empresas listadas na bolsa; confira
Bolsa de Metais de Londres estuda ter preços mais altos para diferenciar commodities sustentáveis
Proposta de criar prêmios de preço para metais verdes como alumínio, cobre, níquel e zinco visa incentivar práticas responsáveis e preparar o mercado para novas demandas ambientais
Tupy (TUPY3): Com 95% dos votos a distância, minoritários devem emplacar Mauro Cunha no conselho
Acionistas se movimentam para indicar Cunha ao conselho da Tupy após polêmica troca do CEO da metalúrgica
Quando o plano é não ter plano: Ibovespa parte dos 135 mil pontos pela primeira vez em 2025 em dia de novos dados sobre mercado de trabalho dos EUA
Investidores também se preparam para o relatório de produção e vendas da Petrobras e monitoram entrevista coletiva de Galípolo
Valendo mais: Safra eleva preço-alvo de Magazine Luiza (MGLU3) e Casas Bahia (BHIA3). É hora de comprar?
Cenário mais turbulento para as empresas não passou despercebido pelo banco, que não alterou as recomendações para os papéis
Mercado Livre (MELI34) é a ação favorita do Safra para tempos difíceis: veja os três motivos para essa escolha
O banco é otimista em relação ao desempenho da gigante do comércio eletrônico, apesar do impacto das “dores de crescimento” nos resultados de curto prazo
Planos pré-feriado: Ibovespa se prepara para semana mais curta, mas cheia de indicadores e balanços
Dados sobre o mercado de trabalho no Brasil e nos EUA, balanços e 100 dias de Trump são os destaques da semana
Nova temporada de balanços vem aí; saiba o que esperar do resultado dos bancos
Quem abre as divulgações é o Santander Brasil (SANB11), nesta quarta-feira (30); analistas esperam desaceleração nos resultados ante o quarto trimestre de 2024, com impactos de um trimestre sazonalmente mais fraco e de uma nova regulamentação contábil do Banco Central
Prio (PRIO3): Conheça a ação com rendimento mais atrativo no setor de petróleo, segundo o Bradesco BBI
Destaque da Prio foi mantido pelo banco apesar da revisão para baixo do preço-alvo das ações da petroleira.
Negociação grupada: Automob (AMOB3) aprova grupamento de ações na proporção 50:1
Com a mudança na negociação de seus papéis, Automob busca reduzir a volatilidade de suas ações negociadas na Bolsa brasileira
Evasão estrangeira: Fluxo de capital externo para B3 reverte após tarifaço e já é negativo no ano
Conforme dados da B3, fluxo de capital externo no mercado brasileiro está negativo em R$ 242,979 milhões no ano.
Smart Fit (SMFT3) entra na dieta dos investidores institucionais e é a ação preferida do varejo, diz a XP
Lojas Renner e C&A também tiveram destaque entre as escolhas, com vestuário de baixa e média renda registrando algum otimismo em relação ao primeiro trimestre
Ação da Azul (AZUL4) cai mais de 30% em 2 dias e fecha semana a R$ 1,95; saiba o que mexe com a aérea
No radar do mercado está o resultado da oferta pública de ações preferenciais (follow-on) da companhia, mais um avanço no processo de reestruturação financeira
OPA do Carrefour (CRFB3): de ‘virada’, acionistas aprovam saída da empresa da bolsa brasileira
Parecia que ia dar ruim para o Carrefour (CRFB3), mas o jogo virou. Os acionistas presentes na assembleia desta sexta-feira (25) aprovaram a conversão da empresa brasileira em subsidiária integral da matriz francesa, com a consequente saída da B3
Vale (VALE3) sem dividendos extraordinários e de olho na China: o que pode acontecer com a mineradora agora; ações caem 2%
Executivos da companhia, incluindo o CEO Gustavo Pimenta, explicam o resultado financeiro do primeiro trimestre e alertam sobre os riscos da guerra comercial entre China e EUA nos negócios da empresa
JBS (JBSS3) avança rumo à dupla listagem, na B3 e em NY; isso é bom para as ações? Saiba o que significa para a empresa e os acionistas
Próximo passo é votação da dupla listagem em assembleia marcada para 23 de maio; segundo especialistas, dividendos podem ser afetados