Aliança de AliExpress com Magazine Luiza (MGLU3) é boa, mas não o suficiente para resolver problemas da varejista, diz Santander
Ações da Magalu saltaram quase 10% após o anúncio, performando entre as maiores altas do Ibovespa

A varejista chinesa AliExpress e o Magazine Luiza (MGLU3) anunciaram nesta segunda-feira (24) um acordo para a venda de produtos em ambos os marketplaces.
Com a parceria, as ações da Magalu saltaram mais de 10% na sessão de hoje, performando entre as maiores altas do Ibovespa. A ação MGLU3 fechou com alta de 12,28% negociada a R$ 12,16.
Os investidores aparentemente gostaram do anúncio, mas o que dizem os analistas?
Em relatório divulgado nesta tarde, o Santander considerou o acordo como positivo para o Magazine Luiza. No entanto, o banco manteve a recomendação neutra para as ações do marketplace brasileiro.
- Não é Shein nem AliExpress: estas outras 3 varejistas negociadas na bolsa brasileira podem colocar dinheiro no seu bolso (e não sofrem com a nova taxação do governo)
Cenário desafiador para o Magalu
Apesar de positiva, a nova empreitada do Magazine Luiza ainda não é suficiente para solucionar os problemas de alavancagem financeira da varejista brasileira.
“Continuamos a observar um ambiente desafiador para os consumidores, especialmente no que diz respeito à alavancagem”, afirmam os analistas do banco.
Leia Também
“Uma situação que não vemos como favorável às vendas de bens duráveis, parcela significativa das vendas do Magalu”, diz o Santander.
Apesar das preocupações em relação à demanda de consumo, o Magazine Luiza reportou lucro líquido ajustado de R$ 29,8 milhões entre janeiro e março deste ano.
A companhia saiu de um prejuízo de R$ 309,4 milhões visto no mesmo período do ano passado.
Já as vendas nas lojas físicas cresceram 8% no primeiro trimestre na comparação com o mesmo período de 2023, enquanto o marketplace avançou 6%.
Os resultados positivos superaram as previsões e vieram após a companhia amargar prejuízos nos trimestres anteriores.
Segundo o Magalu, o prejuízo visto no ano passado estava relacionado à alta da taxa de juros e ao aumento dos gastos financeiros das operações da empresa.
Liderança no mercado de bens duráveis
Com o novo acordo anunciado hoje, o AliExpress passará a vender seus produtos dentro do marketplace do Magalu (chamado de 3P), oferecendo milhares de itens da sua linha Choice — o serviço de compras premium, que inclui, entre outras coisas, maior velocidade de entrega.
A parceria também prevê a distribuição de produtos de estoque próprio do Magazine Luiza na plataforma brasileira do AliExpress.
Inicialmente, serão vendidos itens de bens duráveis, aproveitando a capilaridade logística da varejista local.
Juntas, as varejistas têm mais de 700 milhões de visitas mensais em suas plataformas. Assim, a união de ambas foca em produtos variados com curadoria e serviços para as mais diversas faixas de renda.
- LEIA MAIS: Concorrência com as plataformas chinesas Shein e Shopee está prejudicando boa parte das varejistas brasileiras, mas três ações do setor parecem estar “imunes”; veja quais são neste relatório gratuito
Na visão do Santander, um canal de vendas adicional ao Magalu vai contribuir para “solidificar ainda mais a liderança da companhia no mercado de bens duráveis”.
Além disso, a inclusão de produtos do AliExpress, plataforma conhecida pelos preços baixos, no marketplace da brasileira, pode alavancar as vendas do Magazine Luiza.
“Finalmente, acreditamos que a inclusão de produtos de cauda longa e de baixo preço também poderia beneficiar Magalu em competir com o novo entrante, a Temu, que é conhecido por seus preços agressivos”, diz o relatório.
Para o Santander, a expectativa de preço para os papéis do Magazine Luiza (MGLU3) é de R$ 23 para 2024.
Ataque hacker: Prisão de suspeito confirma o que se imaginava; entenda como foi orquestrado o maior roubo da história do Brasil
Apesar de em muito se assemelhar a uma história de filme, o ataque — potencialmente o maior roubo já visto no país — não teve nada de tão sofisticado ou excepcional
CVM facilita registro e ofertas públicas para PMEs; conheça o novo regime para empresas de menor porte
A iniciativa reduz entraves regulatórios e cria regras proporcionais para registro e ofertas públicas, especialmente para companhias com receita bruta anual de até R$ 500 milhões
Cinco ações empatam entre as mais recomendadas para o mês de julho; confira quais são
Os cinco papéis receberam duas recomendações cada entre as 12 corretoras consultadas pelo Seu Dinheiro
Abrasca defende revisão das regras do Novo Mercado e rebate críticas sobre retrocesso na governança
Executivos da associação explicam rejeição às propostas da B3 e apontam custos, conjuntura econômica e modelo de decisão como fatores centrais
Ação da Klabin (KLBN11) salta até 4% na bolsa; entenda o que está por trás dessa valorização e o que fazer com o papel
Pela manhã, a empresa chegou a liderar a ponta positiva do principal índice da bolsa brasileira
Megaprojeto da Petrobras (PETR4) prevê aporte de R$ 26 bilhões em refino com participação da Braskem (BRKM5). Mas esse é um bom investimento para a estatal?
Considerando todos os recursos, o investimento no Rio de Janeiro ultrapassa os R$ 33 bilhões; à Braskem caberá R$ 4,3 bilhões para a ampliação da produção de polietileno
Câmara chama Gabriel Galípolo para explicar possível aval do Banco Central à compra do Master pelo BRB
Operação já foi aprovada pela Superintendência-Geral do Cade e agora aguarda autorização da autoridade monetária
Oi (OIBR3) entra com pedido de recuperação judicial para duas subsidiárias
Segundo o fato relevante divulgado ao mercado, o movimento faz parte do processo de reestruturação global do grupo
Roubo do século: Banco Central autoriza C&M a religar os serviços após ataque hacker; investigações continuam
De acordo com o BC, a suspensão cautelar da C&M foi substituída por uma suspensão parcial e as operações do Pix da fintech voltam ao ar nesta quinta-feira
Embraer (EMBR3) ganha ritmo: entregas e ações da fabricante avançam no 2T25; Citi vê resultados promissores
A estimativa para 2025 é de que a fabricante brasileira de aeronaves entregue de 222 a 240 unidades, sem contar eventuais entregas dos modelos militares
Banco do Brasil (BBAS3) decepciona de novo: os bancos que devem se sair melhor no segundo trimestre, segundo o BofA
A análise foi feita com base em dados recentes do Banco Central, que revelam desafios para alguns gigantes financeiros, enquanto outros reforçam a posição de liderança
WEG (WEGE3) deve enfrentar um segundo trimestre complicado? Descubra os sinais que preocupam o Itaú BBA
O banco alerta que não há gatilhos claros de curto prazo para retomada da queridinha dos investidores — com risco de revisões negativas nos lucros
Oi (OIBR3) propõe alteração de plano de recuperação judicial em busca de fôlego financeiro para evitar colapso; ação cai 10%
Impacto bilionário no caixa, passivo trabalhista explodindo e a ameaça de insolvência à espreita; entenda o que está em jogo
Exclusivo: Fintech afetada pelo ‘roubo do século’ já recuperou R$ 150 milhões, mas a maior parte do dinheiro roubado ainda está no “limbo”
Fontes que acompanham de perto o caso informaram ao Seu Dinheiro que a BMP perdeu em torno de R$ 400 milhões com o ataque cibernético; dinheiro de clientes não foi afetado
Gol (GOLL54) encerra capítulo da recuperação judicial, mas processo deixa marca — um prejuízo de R$ 1,42 bilhão em maio; confira os detalhes
Apesar do encerramento do Chapter 11, a companhia aérea segue obrigada a enviar atualizações mensais ao tribunal norte-americano até concluir todas as etapas legais previstas no plano de recuperação
Vale (VALE3) mais pressionada: mineradora reduz projeção de produção de pelotas em 2025, mas ações disparam 2%; o que o mercado está vendo?
A mineradora também anunciou que vai paralisar a operação da usina de pelotas de São Luís durante todo o terceiro trimestre
Natura começa a operar com novo ticker hoje; veja o que esperar da companhia após mudança no visual
O movimento faz parte de um plano estratégico da Natura, que envolve simplificação da estrutura societária e redução de custos
Casas Bahia (BHIA3): uma luz no fim do túnel. Conversão da dívida ajuda a empresa, mas e os acionistas?
A Casas Bahia provavelmente vai ter um novo controlador depois de a Mapa Capital aceitar comprar a totalidade das debêntures conversíveis em ações. O que isso significa para a empresa e para o acionista?
Empresas do Novo Mercado rejeitam atualização de regras propostas pela B3
Maioria expressiva das companhias listadas barra propostas de mudanças e reacende debate sobre compromisso com boas práticas corporativas no mercado de capitais; entenda o que você, investidor, tem a ver com isso.
O roubo do século: Hacker leva mais de R$ 1 bilhão em ataque a empresa de software que presta serviços a bancos
Um ataque cibernético à empresa de software C&M, que presta serviços ao sistema financeiro, resultou em um roubo estimado em R$ 1 bilhão