Ação da Sabesp (SBSP3) já subiu 57% em um ano — e você pode lucrar ainda mais com a privatização da empresa, diz XP
Na avaliação da corretora, a possibilidade de a empresa de saneamento básico de São Paulo se manter estatal representaria um prejuízo para quem quer investir no papel — mas a probabilidade disso acontecer é baixa
As ações da Sabesp (SBSP3) acumularam uma valorização de 57% em 12 meses — mas a XP Investimentos acredita que a privatização pode destravar um potencial ainda maior para a companhia de saneamento.
Os analistas mantiveram a recomendação de “compra” para a ação SBSP3 e elevaram o preço-alvo, de R$ 80 para R$ 110 por papel. O novo valor implica em um potencial de alta de 38% em relação ao último fechamento.
Na visão da XP, a maior probabilidade de desestatização da companhia aliada ao novo modelo regulatório proposto para a empresa de água e esgoto de São Paulo e aos resultados financeiros recentes levaram a uma revisão para cima das estimativas.
“Acreditamos que a nova proposta foi uma notícia positiva, pois reduziu o risco regulatório para a empresa”, afirmou a XP, em relatório.
Além da proposta, os analistas acreditam que o governo está se movendo de acordo com o cronograma da privatização e que as chances de privatização “aumentaram consideravelmente com os recentes acontecimentos nos âmbitos político e regulatório”.
- Onde investir neste mês? Veja 10 ações em diferentes setores da economia para buscar lucros. Baixe o relatório gratuito aqui.
Sabesp (SBSP3): vem privatização pela frente?
Para os analistas, atualmente existem três principais cenários para o futuro da companhia de saneamento de São Paulo: manter-se estatal, com 20% de chance de acontecer; a privatização com um parceiro estratégico (40%); e a privatização como uma corporation (40%).
Leia Também
No caso da privatização, os analistas consideram que a probabilidade subiu para 80%, com a desestatização podendo acontecer até meados de 2024.
“Destacamos a aprovação do projeto de lei na Assembleia de São Paulo, o marco regulatório proposto, a derrota de várias ações judiciais contra o processo e o apoio político de participantes importantes, como o prefeito da cidade de São Paulo”, escreveu a XP.
Na análise da XP, porém, ainda existem muitas etapas consideradas essenciais a serem cumpridas até a desestatização. Confira:
- As aprovações municipais;
- O modelo de governança que será implementado na Sabesp;
- A seleção do parceiro estratégico; e
- A oferta pública na bolsa de valores.
Segundo os analistas, a visão mais positiva para a Sabesp ainda considera a mudança na revisão das tarifas no novo modelo regulatório proposto.
Para a XP, o reconhecimento do capex (investimento) anual nas tarifas do novo modelo é um dos pilares para o otimismo — ao contrário da estrutura anterior, que incluía o capex em uma base prospectiva nos ciclos de revisão tarifária.
Na projeção dos analistas, a expectativa é de 50% de compartilhamento de eficiência na segunda revisão e 75% nas revisões seguintes.
Diferenças entre um novo parceiro ou transformação em corporation
Para a XP, a maior probabilidade de privatização levanta dúvidas sobre como a desestatização será feita: por meio de um novo parceiro estratégico ou através da transformação em corporation — uma sociedade sem acionista controlador.
A corretora acredita que os investidores da Sabesp atualmente preferem um novo controlador estratégico para a companhia.
A expectativa é que esse potencial parceiro tenha uma participação de 15%, com um período de lock-up — que impede esse acionista de vender sua fatia na empresa por uma quantia de tempo — de 5 anos e seria escolhido em um leilão antes da oferta pública.
Porém, os analistas destacam a preocupação de que os potenciais parceiros estratégicos possam reconsiderar suas ofertas se o preço das ações ultrapassar suas metas internas de retorno.
Nas contas da XP, o valuation de 1,0 vez o múltiplo EV/RAB (valor de firma sobre a base de ativos regulatórios) parece ser uma referência importante para os investidores estratégicos que buscam a aquisição da Sabesp.
“Um valor adicional provavelmente viria de uma operação mais eficiente do que os níveis regulatórios devido ao know-how do parceiro estratégico”, projetam os analistas.
- LEIA TAMBÉM: O Money Picks analisou 20 carteiras recomendadas de diversas casas de análise e bancos para descobrir os melhores investimentos para março; confira as top picks aqui
Quanto é possível lucrar com as ações da Sabesp (SBSP3)?
A visão otimista dos analistas da XP Investimentos para os papéis SBSP3 considera os três cenários possíveis para o futuro da Sabesp — e a chance de cada um deles se tornar realidade.
Na avaliação da XP, porém, a possibilidade de a companhia de saneamento se manter estatal representaria um prejuízo para quem quer investir na ação.
Os analistas fixaram um preço-alvo de R$ 67 por papel — equivalente a uma desvalorização de 15,9% frente ao último fechamento das ações na bolsa de valores.
O cenário mais intermediário de desempenho dos papéis seria a privatização da companhia de saneamento para se transformar em uma sociedade sem controlador.
“Como uma corporation, esses ganhos devem ser obtidos em um ritmo mais lento e talvez nem sejam totalmente obtidos”, preveem os analistas. Nesse caso, os analistas preveem um preço-alvo de R$ 115 por ação, uma alta potencial de 44%.
Por sua vez, com um parceiro estratégico, a XP avalia que os ganhos operacionais devem ser obtidos pela Sabesp mais rapidamente, considerando a experiência desse investidor.
Para o caso da privatização com novo parceiro, os analistas acreditam que a empresa alcançaria um preço-alvo de R$ 127 por papel — implicando em um potencial de valorização de 59%.
Orizon (ORVR3) compra Vital e cria negócio de R$ 3 bilhões em receita: o que está por trás da operação e como fica o acionista
Negócio amplia a escala da companhia, muda a composição acionária e não garante direito de recesso a acionistas dissidentes
Maior rede de hospitais privados pagará R$ 8,12 bilhões em proventos; hora de investir na Rede D’Or (RDOR3)?
Para analista, a Rede D’Or é um dos grandes destaques da “mini temporada de dividendos extraordinários”
Fim da especulação: Brava Energia (BRAV3) e Eneva (ENEV3) negam rumores sobre negociação de ativos
Após rumores de venda de ativos de E&P avaliados em US$ 450 milhões, companhias desmentem qualquer transação em curso
Virada à vista na Oncoclínicas (ONCO3): acionistas querem mudanças no conselho em meio à crise
Após pedido da Latache, Oncoclínicas convoca assembleia que pode destituir todo o conselho. Veja a proposta dos acionistas
Bancos pagam 45% de imposto no Brasil? Não exatamente. Por que os gigantes do setor gastam menos com tributos na prática
Apesar da carga nominal elevada, as instituições financeiras conseguem reduzir o imposto pago; conheça os mecanismos por trás da alíquota efetiva menor
Mais de R$ 4 bilhões em dividendos e JCP: Tim (TIMS3), Vivo (VIVT3) e Allos (ALOS3) anunciam proventos; veja quem mais paga
Desse total, a Tim é a que fica com a maior parte da distribuição aos acionistas: R$ 2,2 bilhões; confira cronogramas e datas de corte
Vale (VALE3) mais: Morgan Stanley melhora recomendação das ações de olho nos dividendos
O banco norte-americano elevou a recomendação da mineradora para compra, fixou preço-alvo em US$ 15 para os ADRs e aposta em expansão do cobre e fluxo de caixa robusto
Não é por falta de vontade: por que os gringos não colocam a mão no fogo pelo varejo brasileiro — e por quais ações isso vale a pena?
Segundo um relatório do BTG Pactual, os investidores europeus estão de olho nas ações do varejo brasileiro, mas ainda não estão confiantes. Meli, Lojas Renner e outras se destacam positivamente
Pequenos negócios têm acesso a crédito verde com juros reduzidos; entenda como funciona
A plataforma Empreender Clima, lançada pelo Governo Federal durante a COP30, oferece acesso a financiamentos com juros que variam de 4,4% a 10,4% ao ano
Antes ‘dadas como mortas’, lojas físicas voltam a ser trunfo valioso no varejo — e não é só o Magazine Luiza (MGLU3) que aposta nisso
Com foco em experiência, integração com o digital e retorno sobre capital, o Magalu e outras varejistas vêm evoluindo o conceito e papel das lojas físicas para aumentar produtividade, fidelização e eficiência
Petrobras (PETR4): com novo ciclo de investimentos, dividendos devem viver montanha-russa, segundo Itaú BBA e XP
O novo ciclo de investimentos da Petrobras (PETR4) tende a reduzir a distribuição de proventos no curto prazo, mas cria as bases para dividendos mais robustos no médio prazo, disseram analistas. A principal variável de risco segue sendo o preço do petróleo, além de eventuais pressões de custos e riscos operacionais. Na visão do Itaú […]
Depois de despencarem quase 12% nesta terça, ações da Azul (AZUL4) buscam recuperação com otimismo do CEO
John Rodgerson garante fluxo de caixa positivo em 2026 e 2027, enquanto reestruturação reduz dívidas em US$ 2,6 bilhões
Ozempic genérico vem aí? STJ veta prorrogação de patente e caneta emagrecedora mais em conta deve chegar às farmácias em 2026
Decisão do STJ mantém vencimento da patente da semaglutida em março de 2026 e abre espaço para a chegada de versões genéricas mais baratas do Ozempic no Brasil
Por que tantas empresas estão pagando dividendos agora — e por que isso pode gerar uma conta alta para o investidor no futuro
A antecipação de dividendos tomou a B3 após o avanço da tributação a partir de 2026, mas essa festa de proventos pode esconder riscos para o investidor
Cosan (CSAN3) vende fatia da Rumo (RAIL3) e reforça caixa após prejuízo bilionário; ações caem forte na B3
A holding reduziu participação na Rumo para reforçar liquidez, mas segue acompanhando desempenho da companhia via derivativos
Raízen (RAIZ4) recebe mais uma baixa: S&P reduz nota de crédito para ‘BBB-‘, de olho na alavancagem
Os analistas da agência avaliam que a companhia enfrenta dificuldades para reduzir a alavancagem, em um cenário de dívida nominal considerável e queima de caixa
Fim da era Novonor na Braskem (BRKM5) abre oportunidade estratégica que a Petrobras (PETR4) tanto esperava
A saída da Novonor da Braskem abre espaço para a Petrobras ampliar poder na petroquímica. Confira o que diz a estatal e como ficam os acionistas minoritários no meio disso tudo
Fusão entre Petz (PETZ3) e Cobasi finalmente vai sair do papel: veja cronograma da operação e o que muda para acionistas
As ações da Petz (PETZ3) deixarão de ser negociadas na B3 ao final do pregão de 2 de janeiro de 2026, e novas ações ordinárias da Cobasi serão creditadas aos investidores
Fim da concessão de telefonia fixa da Vivo; relembre os tempos do “alô” no fio
Ao encerrar o regime de concessão, a operadora Vivo deixará de ser concessionária pública de telefonia fixa
Vamos (VAMO3), LOG CP (LOGG3), Blau Farmacêutica (BLAU3) anunciam mais de R$ 500 milhões em dividendos; Rede D´Or (RDOR3) aprova recompra de ações
A LOG fica com a maior parte da distribuição aos acionistas, ou R$ 278,5 milhões; Rede D´Or já havia anunciado pagamento de proventos e agora renova a recompra de ações
