Ação da Ambipar (AMBP3) está muito barata? Por que a empresa quer tirar até 37% dos papéis de circulação do mercado
Após uma desvalorização de 50% só em 2024, a empresa aprovou um programa de recompra de até 20,8 milhões de ações na B3

A Ambipar (AMBP3) está insatisfeita com o preço das suas ações na bolsa brasileira — e após uma desvalorização de cerca de 50% só em 2024, a empresa decidiu retirar milhões de papéis de circulação do mercado.
A companhia anunciou um programa de recompra de até 20,8 milhões de ações na B3, equivalente a mais de um terço dos papéis atualmente negociados — mais especificamente, correspondente a 37,35% dos ativos AMBP3 hoje em circulação.
Já o valor das ações a serem adquiridas pela empresa será de R$ 8,07, considerando o fechamento do pregão de 31 de maio deste ano.
A companhia separou R$ 167,9 milhões em reservas de capital para garantir a aquisição do teto de papéis proposto.
O programa teve início nesta segunda-feira (03) e poderá ser estendido por 18 meses, até 30 de novembro de 2025.
As ações da Ambipar marcam valorização expressiva no pregão de hoje. Por volta das 12h15, os papéis AMBP3 subiam 13,88% na B3, negociados a R$ 9,19.
Leia Também
- Onde investir neste mês? Veja 10 ações em diferentes setores da economia para buscar lucros. Baixe o relatório gratuito aqui.
Por que a Ambipar (AMBP3) vai recomprar ações na B3?
Existem diversos motivos que levam uma empresa como a Ambipar (AMBP3) a aprovar um programa de recompras como esse. Entre eles, estão:
- A empresa acredita que suas ações estão baratas ou mal avaliadas pelo mercado;
- A companhia precisa distribuir ações aos executivos como bônus e não quer emitir novos papéis;
- Ela quer gerar valor ao acionista que continua em sua base, apesar da instabilidade do mercado.
No caso da Ambipar, o objetivo é justamente maximizar a geração de caixa aos investidores após a forte queda dos papéis AMBP3 na bolsa.
“Na visão da administração da companhia, o valor atual das suas ações no mercado não reflete o valor real dos seus ativos e a perspectiva de rentabilidade e geração de resultados”, disse a empresa, em fato relevante enviado à CVM.
Vale destacar que, quando uma companhia recompra suas ações em programas como esse, os papéis deixam de circular na bolsa de valores e passam a ser mantidos em tesouraria.
Além da manutenção, a Ambipar pode optar por vender os ativos no mercado ou ainda usar em programas de remuneração baseado em ações e ou quitação de parcela de preço em operações societárias.
A recompra é uma das maneiras que uma empresa pode optar para dar retorno para o seu investidor, já que o acionista acaba com uma participação proporcionalmente maior se a companhia opta por cancelar as ações recompradas.
Por outro lado, a aquisição dos papéis faz com que eles percam liquidez na bolsa, uma vez que menos ações são negociadas no mercado.
- [Carteira recomendada] 10 ações brasileiras para investir agora e buscar lucros – baixe o relatório gratuito
Um panorama da empresa
É importante lembrar que a Ambipar (AMBP3) encontra-se em uma situação financeira agridoce.
Cerca de sete meses atrás, a companhia teve um resultado frustrado numa oferta subsequente de ações na B3.
Mesmo saindo com um grande desconto em relação ao inicialmente proposto pela empresa, o follow-on não conseguiu conquistar o apetite dos investidores.
Cada ação foi precificada a R$ 13,25 na operação — um desconto de 28% em relação ao previsto pela empresa.
Com isso, a companhia levantou aproximadamente R$ 716,91 milhões com a oferta. O montante veio bem abaixo do previsto pela companhia, que projetava movimentar até R$ 1,12 bilhão com a oferta, considerando a venda integral do lote extra.
O objetivo da operação da Ambipar (AMBP3) era usar o dinheiro levantado na oferta primária para reforçar o caixa e diminuir sua alavancagem.
Afinal, a empresa de gestão de resíduos conquistou o apelido de “máquina de compras” ao longo dos últimos dois anos devido ao robusto número de aquisições realizadas.
A relação dívida/Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da empresa chegou a 3,39 vezes no fechamento do primeiro trimestre de 2023, mas retornou ao patamar histórico de 2,90 vezes nos três meses que se seguiram.
A companhia anunciou nesta segunda-feira suas projeções (guidance) para 2026. Para a alavancagem, a Ambipar se comprometeu a atingir uma alavancagem de 2,5 vezes até os próximos 12 meses, sem realizar novas aquisições adicionais até que o alvo seja atingido.
Já para a receita líquida, a empresa estipulou como meta um crescimento de 10% até 31 de dezembro de
2024. Por sua vez, a margem Ebitda deve crescer pelo menos 10% nos próximos 12 meses.
Para o Itaú BBA, o "ritmo acelerado" de crescimento inorgânico da Ambipar nos últimos anos impactou as margens, a alavancagem e a geração de caixa da empresa.
"No entanto, elogiamos a empresa pelas suas iniciativas contínuas para reduzir a alavancagem e concentrar-se na melhoria das suas margens comerciais atuais. Acreditamos que os investidores estão ansiosos para ver melhorias nas margens da Ambipar, bem como uma implementação bem sucedida do seu plano de gestão de passivos", escreveram os analistas.
Prio (PRIO3): banco reitera recomendação de compra e eleva preço-alvo; ações chegam a subir 6% na bolsa
Citi atualizou preço-alvo com base nos resultados projetados para o primeiro trimestre; BTG também vê ação com bons olhos
Bolsa de Metais de Londres estuda ter preços mais altos para diferenciar commodities sustentáveis
Proposta de criar prêmios de preço para metais verdes como alumínio, cobre, níquel e zinco visa incentivar práticas responsáveis e preparar o mercado para novas demandas ambientais
Tupy (TUPY3): Com 95% dos votos a distância, minoritários devem emplacar Mauro Cunha no conselho
Acionistas se movimentam para indicar Cunha ao conselho da Tupy após polêmica troca do CEO da metalúrgica
Quando o plano é não ter plano: Ibovespa parte dos 135 mil pontos pela primeira vez em 2025 em dia de novos dados sobre mercado de trabalho dos EUA
Investidores também se preparam para o relatório de produção e vendas da Petrobras e monitoram entrevista coletiva de Galípolo
Planos pré-feriado: Ibovespa se prepara para semana mais curta, mas cheia de indicadores e balanços
Dados sobre o mercado de trabalho no Brasil e nos EUA, balanços e 100 dias de Trump são os destaques da semana
Nova temporada de balanços vem aí; saiba o que esperar do resultado dos bancos
Quem abre as divulgações é o Santander Brasil (SANB11), nesta quarta-feira (30); analistas esperam desaceleração nos resultados ante o quarto trimestre de 2024, com impactos de um trimestre sazonalmente mais fraco e de uma nova regulamentação contábil do Banco Central
Prio (PRIO3): Conheça a ação com rendimento mais atrativo no setor de petróleo, segundo o Bradesco BBI
Destaque da Prio foi mantido pelo banco apesar da revisão para baixo do preço-alvo das ações da petroleira.
Negociação grupada: Automob (AMOB3) aprova grupamento de ações na proporção 50:1
Com a mudança na negociação de seus papéis, Automob busca reduzir a volatilidade de suas ações negociadas na Bolsa brasileira
Evasão estrangeira: Fluxo de capital externo para B3 reverte após tarifaço e já é negativo no ano
Conforme dados da B3, fluxo de capital externo no mercado brasileiro está negativo em R$ 242,979 milhões no ano.
Smart Fit (SMFT3) entra na dieta dos investidores institucionais e é a ação preferida do varejo, diz a XP
Lojas Renner e C&A também tiveram destaque entre as escolhas, com vestuário de baixa e média renda registrando algum otimismo em relação ao primeiro trimestre
Ação da Azul (AZUL4) cai mais de 30% em 2 dias e fecha semana a R$ 1,95; saiba o que mexe com a aérea
No radar do mercado está o resultado da oferta pública de ações preferenciais (follow-on) da companhia, mais um avanço no processo de reestruturação financeira
OPA do Carrefour (CRFB3): de ‘virada’, acionistas aprovam saída da empresa da bolsa brasileira
Parecia que ia dar ruim para o Carrefour (CRFB3), mas o jogo virou. Os acionistas presentes na assembleia desta sexta-feira (25) aprovaram a conversão da empresa brasileira em subsidiária integral da matriz francesa, com a consequente saída da B3
Vale (VALE3) sem dividendos extraordinários e de olho na China: o que pode acontecer com a mineradora agora; ações caem 2%
Executivos da companhia, incluindo o CEO Gustavo Pimenta, explicam o resultado financeiro do primeiro trimestre e alertam sobre os riscos da guerra comercial entre China e EUA nos negócios da empresa
JBS (JBSS3) avança rumo à dupla listagem, na B3 e em NY; isso é bom para as ações? Saiba o que significa para a empresa e os acionistas
Próximo passo é votação da dupla listagem em assembleia marcada para 23 de maio; segundo especialistas, dividendos podem ser afetados
Deixa a bolsa me levar: Ibovespa volta a flertar com máxima histórica em dia de IPCA-15 e repercussão de balanço da Vale
Apesar das incertezas da guerra comercial de Donald Trump, Ibovespa está a cerca de 2% de seu recorde nominal
Hypera (HYPE3): quando a incerteza joga a favor e rende um lucro de mais de 200% — e esse não é o único caso
A parte boa de trabalhar com opções é que não precisamos esperar maior clareza dos resultados para investir. Na verdade, quanto mais incerteza melhor, porque é justamente nesses casos em que podemos ter surpresas agradáveis.
Dona do Google vai pagar mais dividendos e recomprar US$ 70 bilhões em ações após superar projeção de receita e lucro no trimestre
A reação dos investidores aos números da Alphabet foi imediata: as ações chegaram a subir mais de 4% no after market em Nova York nesta quinta-feira (24)
Subir é o melhor remédio: ação da Hypera (HYPE3) dispara 12% e lidera o Ibovespa mesmo após prejuízo
Entenda a razão para o desempenho negativo da companhia entre janeiro e março não ter assustado os investidores e saiba se é o momento de colocar os papéis na carteira ou se desfazer deles
Lucro líquido da Usiminas (USIM5) sobe 9 vezes no 1T25; então por que as ações chegaram a cair 6% hoje?
Empresa entregou bons resultados, com receita maior, margens melhores e lucro alto, mas a dívida disparou 46% e não agradou investidores que veem juros altos como um detrator para os resultados futuros
O que está derrubando Wall Street não é a fuga de investidores estrangeiros — o JP Morgan identifica os responsáveis
Queda de Wall Street teria sido motivada pela redução da exposição dos fundos de hedge às ações disponíveis no mercado dos EUA