3R Petroleum (RRRP3) e Enauta (ENAT3): esse bancão diz o que esperar da fusão entre as petroleiras juniores da B3 — e qual ação comprar agora
Na projeção do banco, o casamento entre as junior oils pode ser concluído até o fim do 3T24 — e já conta o que os investidores devem esperar pela frente
O casamento entre a 3R Petroleum (RRRP3) e a Enauta (ENAT3) está a poucos passos de acontecer — e o Santander já traçou os “frutos do matrimônio” que os investidores dessas petroleiras juniores (junior oils) da B3 devem colher daqui para frente.
A proposta de união surgiu no início de abril. De acordo com os termos da proposta, a 3R irá incorporar a Enauta e deterá 53% da nova empresa resultante da fusão, enquanto os acionistas da segunda empresa ficarão com 47% do negócio.
Além disso, a Maha Energy — que detém 15% de participação da subsidiária da 3R, chamada 3R Offshore — receberá 2,17% da nova companhia após o fim da aquisição.
Segundo os analistas, o valuation da nova empresa pós-fusão chegaria a US$ 5,4 bilhões, sem considerar as sinergias, e US$ 6,3 bilhões, contadas as contribuições por meio do negócio — um prêmio de 86% e de 117%, respectivamente, em relação ao atual valor de mercado combinado das empresas.
“Ter a Enauta como subsidiária da 3R deverá gerar um valor significativo para os acionistas”, afirmam os analistas, em relatório.
Na avaliação do Santander, a estrutura societária do novo negócio poderá ser ainda mais simplificada no futuro. “Acreditamos que esta estrutura não apenas simplifica a atual estrutura corporativa da 3R, mas também deve fornecer sinergias e oportunidades significativas para a nova sociedade monetizar ativos fiscais/perdas acumuladas”.
Leia Também
Nas perspectivas do banco, a estrutura de fusão poderá ser definida nos próximos meses, com conclusão do negócio prevista entre julho e agosto de 2024.
Então, qual ação vale mais a pena colocar na carteira antes da fusão? O Santander respondeu a essa pergunta.
- 3R Petroleum (RRRP3) é substituída por outra petroleira júnior em carteira recomendada da Empiricus Research; descubra gratuitamente quem foi a “substituta”
3R Petroleum (RRRP3) ou Enauta (ENAT3)?
Para o Santander, as vantagens de possuir ações da 3R Petroleum (RRRP3) ou da Enauta (ENAT3) são parecidas.
“Nos últimos dias, as ações da 3R e da Enauta têm sido negociadas dentro da proporção da proposta, de 53% a 47%, o que sugere, a nosso ver, que comprar ações da 3R ou da Enauta hoje terá o mesmo efeito para os investidores”, afirmaram os analistas.
Na visão do banco, a expectativa é que as ações continuem a caminhar juntas na bolsa brasileira — então não haveria grandes vantagens em termos de potencial de valorização.
Porém, no que diz respeito à liquidez dos papéis na B3, a 3R é considerada a favorita dos analistas.
Atualmente, o Santander possui recomendação de “outperform” — equivalente a compra — para RRRP3, com preço-alvo de R$ 48 para o final de 2024, implicando em um potencial de valorização de 43% com relação ao fechamento de hoje (22).
Já em relação à Enauta (ENAT3), o banco também recomenda que os investidores coloquem as ações da petroleira junior na carteira. Os analistas estipularam um preço-alvo de R$ 39 por papel para 2024, uma alta potencial de 45% ante o fechamento de hoje (22).
- VEJA TAMBÉM - ORIENTE MÉDIO EM ALERTA E JUROS NOS EUA AFETANDO O MUNDO TODO: COMO FICAM O DÓLAR E A BOLSA?
Vem sinergia pela frente
Para o Santander, a fusão entre as duas empresas poderá gerar US$ 925 milhões em sinergias, equivalente a quase 31% dos valores de mercado combinados das companhias.
A cifra leva em consideração seis frentes de sinergias:
- Potencial para destravar ou acelerar as recuperações fiscais da 3R;
- Realocação da dívida;
- Melhor comercialização e comercialização de petróleo;
- Sinergias operacionais em ativos offshore; e
- Ágio em fusões e aquisições.
Atualmente, a 3R possui entre R$ 700 milhões e R$ 1 bilhão em créditos fiscais que podem ser recuperados e que não podem ser aproveitados na atual estrutura corporativa da holding, segundo o Santander.
“Acreditamos que a adição de ativos operacionais à sua estrutura de holding ou o pagamento de dividendos à holding por suas subsidiárias poderia permitir que a 3R aproveitasse esses ativos fiscais.”
Já em relação à dívida, a 3R Petroleum atualmente atribui a maior parte da sua dívida às subsidiárias com taxas de imposto mais baixas, uma vez que a empresa “não aproveita plenamente o benefício fiscal que poderia ser gerado”, segundo o banco.
Isso porque alguns dos ativos da 3R atualmente se beneficiam de incentivos fiscais da Sudene, que confere uma alíquota de aproximadamente 15,3% em Potiguar e Recôncavo, enquanto os ativos offshore e Enauta têm uma alíquota mais próxima de 34%
Os analistas acreditam que a nova empresa resultante da fusão poderá realocar a dívida de suas subsidiárias com taxas mais baixas para aquelas que pagam impostos mais elevados, como a Enauta, e aproveitar de forma mais eficaz o benefício fiscal.
Já do lado do negócio de petróleo, a empresa poderia melhorar a sua estratégia de comercialização da commodity, uma vez que terá mais óleo disponível para venda e mais capacidade de armazenamento.
Por sua vez, na frente operacional, as operações offshore da Enauta e 3R poderiam apresentar algumas sinergias, de acordo com o Santander, como a redução no número de embarcações utilizadas nas operações e na infraestrutura de apoio de bases onshore.
Por fim, a expectativa do Santander é que a transação gere um ágio resultante da diferença de valor entre o valor de mercado e contábil da Enauta de US$ 620 milhões, que poderá ser amortizado em cinco anos e é dedutível de imposto durante o período.
O que esperar da fusão entre 3R Petroleum e Enauta
Na avaliação do Santander, é provável que a 3R Petroleum e a Enauta procurem estabelecer termos de lock-up — que impediria os investidores de venderem suas respectivas participações na empresa por determinado período de tempo — após a fusão, potencialmente por meio de um acordo de acionistas.
Do lado financeiro, o Santander projeta uma forte geração de Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de US$ 2,1 bilhões em 2025, com uma forte geração de fluxo de caixa livre de US$ 1,1 bilhão no ano que vem.
Para o Santander, a nova companhia resultante da fusão deterá um “extenso portfólio de ativos de petróleo e gás no Brasil, com reservas significativas e perfis de risco diversificados”.
Segundo os analistas, os ativos offshore da Enauta — Atlanta e Manati — podem adicionar risco ao portfólio da 3R. Porém, a forte geração de fluxo de caixa livre (FCF) de Atlanta deve trazer benefícios para a estrutura de capital da 3R e permitirá acelerar o investimento no portfólio da 3R, especialmente em Papa Terra, afirmou o banco, em relatório.
Já o portfólio de ativos onshore da 3R e Peroá traz geração recorrente de fluxo de caixa associada a um perfil de baixo risco.
“O portfólio deve permitir que a empresa passe por algumas fases, incluindo geração de caixa e oportunidades de crescimento.”
A nova empresa ainda deterá um sólido portfólio de campos de gás não associado de Manati, Peroá e campos onshore no Recôncavo, o que a coloca como uma das três maiores fornecedoras de gás natural no Brasil.
Do lado do petróleo, a expectativa é que a empresa combinada atinja uma produção de cerca de 115 mil barris de óleo equivalente por dia (boed) em 2025. Já para 2026, a perspectiva é de melhorias nas operações onshore (Potiguar e Recôncavo), devido aos esforços de revitalização e maior produção em Papa Terra.
Os analistas ainda esperam que a nova companhia atinja uma capacidade de processamento offshore de 315 mil barris de óleo por dia, o que permite que a empresa continue a aumentar a produção no futuro.
“Este excesso de capacidade de processamento pode permitir que a nova companhia busque novas oportunidades de exploração em campo próximo e oportunidades lideradas por infraestrutura, além de potenciais vínculos com novos ativos”.
Já em infraestrutura, a projeção é de capacidade de armazenamento equivalente a 25 a 30 dias de produção.
Ordinários sim, extraordinários não: Petrobras (PETR4) prevê dividendos de até US$ 50 bilhões e investimento de US$ 109 bilhões em 5 anos
A estatal destinou US$ 78 bilhões para Exploração e Produção (E&P), valor US$ 1 bilhão superior ao do plano vigente (2025-2029); o segmento é considerado crucial para a petroleira
Vale (VALE3) e Itaú (ITUB4) pagarão dividendos e JCP bilionários aos acionistas; confira prazos e quem pode receber
O banco pagará um total de R$ 23,4 bilhões em proventos aos acionistas; enquanto a mineradora distribui R$ 3,58 por ação
Embraer (EMBJ3) pede truco: brasileira diz que pode rever investimentos nos EUA se Trump não zerar tarifas
A companhia havia anunciado em outubro um investimento de R$ 376 milhões no Texas — montante que faz parte dos US$ 500 milhões previstos para os próximos cinco anos e revelados em setembro
A Rede D’Or (RDOR3) pode mais: Itaú BBA projeta potencial de valorização de mais de 20% para as ações
O preço-alvo passou de R$ 51 para R$ 58 ao final de 2026; saiba o que o banco vê no caminho da empresa do setor de saúde
Para virar a página e deixar escândalos para trás, Reag Investimentos muda de nome e de ticker na B3
A reestruturação busca afastar a imagem da marca, que é considerada uma das maiores gestoras do país, das polêmicas recentes e dos holofotes do mercado
BRB ganha novo presidente: Banco Central aprova Nelson Souza para o cargo; ações chegam a subir mais de 7%
O então presidente do banco, Paulo Henrique Costa, foi afastado pela Justiça Federal em meio a investigações da Operação Compliance Zero
Raízen (RAIZ4) perde grau de investimento e é rebaixada para Ba1 pela Moody’s — e mais cortes podem vir por aí
A agência de classificação de risco avaliou que o atual nível da dívida da Raízen impõe restrições significativas ao negócio e compromete a geração de caixa
Dividendos robustos e corte de custos: o futuro da Allos (ALOS3) na visão do BTG Pactual
Em relatório, o banco destacou que a companhia tem adotado cautela ao considerar novos investimentos, na busca por manter a alavancagem sob controle
Mercado torce o nariz para Casas Bahia (BHIA3): ações derretem mais de 20% com aumento de capital e reperfilamento de dívidas
Apesar da forte queda das ações – que aconteceu com os investidores de olho em uma diluição das posições –, os analistas consideraram os anúncios positivos
Oncoclínicas (ONCO3): grupo de acionistas quer destituir conselho; entenda
O pedido foi apresentado por três fundos geridos pela Latache — Latache IV, Nova Almeida e Latache MHF I — que, juntos, representam cerca de 14,6% do capital social da companhia
Por que o Itaú BBA acredita que a JBS (JBSS32) ainda pode mais? Banco elevou o preço-alvo e vê alta de 36% mesmo com incertezas no horizonte
Para os analistas Gustavo Troyano, Bruno Tomazetto e Ryu Matsuyama, a tese de investimento permanece praticamente inalterada e o processo de listagem nos EUA segue como um potencial catalisador
Black Friday 99Pay e PicPay: R$ 70 milhões em recompensas, até 250% do CDI e descontos de até 60%; veja quem entrega mais vantagens ao consumidor
Apps oferecem recompensas, viagens com cashback, cupons de até R$ 8 mil e descontos de 60% na temporada de descontos
Uma pechincha na bolsa? Bradesco BBI reitera compra de small cap e calcula ganho de 167%
O banco reiterou recomendação de compra para a companhia, que atua no segmento de logística, e definiu preço-alvo de R$ 15,00
Embraer (EMBJ3) recebe R$ 1 bilhão do BNDES para aumentar exportações de jatos comerciais
Financiamento fortalece a expansão da fabricante, que prevê aumento nas entregas e vive fase de demanda recorde
Raízen (RAIZ4): membros do conselho renunciam no meio do mandato; vagas serão ocupadas por indicados de Shell e Cosan
Um dos membros já havia deixado cargo de diretor vice-presidente financeiro e de relações com investidores da Cosan
A hora da Localiza (RENT3) chegou? O que levou mais esse banco a retomar o otimismo com as ações
Depois de o Itaú BBA ter melhorado projeções para a locadora de veículos, agora é a vez de o BTG Pactual reavaliar o desempenho da companhia
Executivos da empresa que Master usou para captar R$ 12,2 bilhões do BRB também foram sócios em fintech suspensa do Pix após ataque hacker, diz PF
Nenhum dos dois executivos da Tirreno, empresa de fachada usada pelo Master, estavam na Nuoro quanto esta foi suspeita de receber dinheiro desviado de golpe bilionário do Pix
Americanas (AMER3) aceita nova proposta da BandUP! para a venda da Uni.Co, dona da Imaginarium e Pucket; entenda o que falta para a operação sair do papel
A nova oferta conta com os mesmos termos e condições da proposta inicial, porém foi incluído uma provisão para refletir novas condições do edital de processo competitivo
Vale tudo pelos dividendos da Petrobras (PETR4)? O que esperar do plano estratégico em ano de eleição e petróleo em queda
A estatal está programada para apresentar nesta quinta-feira (27) o novo plano de negócios para os próximos cinco anos; o Seu Dinheiro foi atrás de pistas para contar para você o que deve ser divulgado ao mercado
Lula mira expansão da Petrobras (PETR4) e sugere perfuração de gás em Moçambique
O presidente afirmou que o país africano tem muito gás natural, mas não tem expertise para a extração — algo que a Petrobras pode oferecer
