🔴 +30 RECOMENDAÇÕES DE ONDE INVESTIR ESTE MÊS – ACESSE DE GRAÇA

Micaela Santos

Micaela Santos

É repórter do Seu Dinheiro. Formada pela Universidade São Judas Tadeu (USJT), já passou pela Época Negócios e Canal Meio.

Camille Lima

Camille Lima

Repórter de empresas no Seu Dinheiro. Formada em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS). Já passou pela redação do TradeMap.

TER OU NÃO TER

Fugir para as montanhas ou correr para as oportunidades? O que fazer com os seus investimentos após o pânico generalizado nos mercados 

Depois do forte movimento de liquidação que tomou conta dos mercados em todo o mundo, o Seu Dinheiro ouviu especialistas que dizem qual o melhor caminho agora

Micaela SantosCamille Lima
5 de agosto de 2024
20:18 - atualizado às 10:36
Arte mostrando um homem segurando um cartão com uma bandeira do Brasil; no primeiro plano, um gráfico em queda, simbolizando o mau desempenho da bolsa e dos ativos brasileiros nos mercados internacionais, como o EWZ
Imagem: Shutterstock

O temor de que a economia norte-americana possa entrar em recessão levou a uma onda de aversão ao risco, que tomou conta dos mercados globais nesta segunda-feira (5) e deixou uma dúvida: essa turbulência abre uma oportunidade para quem quer investir em ações ou é hora de deixar esse mar revolto e fugir para as montanhas?

Se o ditado que diz que mar calmo não faz bom marinheiro estiver certo, não é hora de pular do barco, segundo os especialistas ouvidos pelo Seu Dinheiro

Thiago Pedroso, responsável pela área de renda variável da gestora Criteria — que hoje possui mais de R$ 10 bilhões em ativos sob gestão —, diz que o momento não é de correr para longe do mercado, mas sim de oportunidade. 

Entretanto, ele lembra que é fundamental optar por empresas mais seguras para depois seguir para ativos de risco maior. 

O especialista recomenda que o investidor busque ações de empresas cujos setores são mais protegidos contra a volatilidade e correção de receita de acordo com a inflação.

Entre os exemplos, Pedroso destaca o setor de utilities, especialmente empresas de energia, saneamento básico, infraestrutura e concessão de rodovias, como Grupo CCR (CCRO3) e EcoRodovias (ECOR3). Ele também recomenda o setor de shopping centers

Leia Também

"Esses ativos, além de uma receita pré-determinada em contrato, possuem uma resiliência dependendo do cenário", afirma. "Eu olharia com carinho para empresas que tenham uma correção da receita de acordo com a inflação. Mas ainda é preciso avaliar cada setor individualmente". 

Para Aline Cardoso, do Santander, o momento não é de mexer na carteira — pelo menos até que a neblina sobre o futuro das economias globais e os riscos macroeconômicos comece a se dissipar.

“Vai ter muita volatilidade até setembro, quando esse corte dos juros nos EUA de fato acontecer”, projetou Cardoso. 

“O que eu estou recomendando agora para os clientes é não fazer nada pelos próximos dois meses. É ficar parado, não vender o que tem, mas também não sair comprando e enchendo a mão. Pode ser um ponto interessante de compra, mas vai ter muita volatilidade.”

Mas para os investidores que já possuem alocação em bolsa, Cardoso recomenda manter uma exposição maior a segmentos mais defensivos, como utilities, e no setor financeiro. 

Para a economista, ainda é um bom momento para negócios cujo crescimento não depende da expansão da economia brasileira, como Mercado Livre (MELI34), Totvs (TOTS3) e RD Saúde (RADL3).

Onde investir neste mês? Veja GRATUITAMENTE as recomendações em ações, dividendos, fundos imobiliários e BDRs para agosto.

Bolsa americana: uma marolinha?

Com perspectivas de mais volatilidade para os próximos meses, mesmo que próximo de “alguma normalidade”, nunca é tarde para ter uma carteira mais diversificada e que não sofra tanto nesses momentos estresse, segundo Rodrigo Aloi, diretor de estratégia da HMC Capital.

“Quem tem uma carteira de investimentos bem equilibrada pode estar perdendo em termos de retorno, mas certamente está perdendo menos do que o investidor que possui uma carteira concentrada em ativos de empresas de tecnologia nos Estados Unidos”, afirma. 

Na avaliação da Guide Investimentos, os próximos meses tendem a ser ainda mais voláteis para ativos como os BDRs (certificados de ações emitidos por empresas estrangeiras) em função da expectativa de corte de juros nos Estados Unidos.

“Em nossa visão, o valuation do mercado americano já está bastante caro e faz sentido reduzir as posições neste momento, principalmente em grandes empresas de tecnologia”, afirmaram os analistas da Guide, em relatório.

“O preço das ações tem subido mais que os lucros. Além disso, os últimos dados de rentabilidade destas empresas mostraram alguns sinais de alerta”, acrescentaram.

Para a Guide, em meio aos temores de recessão nos EUA, uma boa pedida nos investimentos é a aposta na curva de juros norte-americana por meio da renda fixa.

Atualmente, a corretora recomenda dois investimentos neste sentido: o BTLT39, mais sensível aos vértices mais longos da curva, e o BSHY39, exposto à política monetária. Os analistas ainda indicam o ouro (GOLD11) como porto seguro. 

  • Você está preparado para ajustar sua carteira em agosto? Descobrimos as principais recomendações dos analistas da Empiricus no novo episódio do “Onde Investir”; confira aqui 

É hora de comprar ouro e dólar?

Ainda que seja importante possuir parte do portfólio dolarizado, é quase consenso entre os especialistas que não é hora de sair comprando dólar, uma vez que os preços estão “fortemente esticados”.

“Embora o dólar seja um ativo importante para a carteira do investidor, a alocação deve ser feita  ao longo do tempo, aproveitando as janelas de queda”, diz Pedroso, da Criteria.

A recomendação também vale para o ouro que, embora seja um ativo seguro, envolve custos de custódia e não possui rentabilidade. Nesse caso, existem alternativas melhores, como os ativos de renda fixa, por exemplo. 

“Eu pessoalmente não gosto da exposição ao ouro porque o ouro só gera custo para o investidor. Ele é um ativo seguro, mas não gera nenhum fluxo de caixa. Existem alternativas melhores como os ativos de renda fixa, por exemplo, porque ao menos você tem alguma rentabilidade,” diz Pedroso. 

O que aconteceu com os mercados globais?

O temor de uma recessão nos EUA foi o principal culpado pelo colapso dos mercados ao redor do mundo nesta segunda-feira (5) após o decepcionante relatório de empregos de julho divulgado na semana passada.  

Lá, a abertura de vagas no mês passado desacelerou mais do que o esperado, enquanto a taxa de emprego subiu para o maior nível desde outubro de 2021. 

A economia norte-americana criou em julho 114 mil postos de trabalho, segundo o Departamento do Trabalho, uma desaceleração em relação aos 179 mil de junho e abaixo dos 185 mil esperados pelos economistas consultados ​​pela Dow Jones. A taxa de desemprego, por sua vez, aumentou para 4,3%.

Os dados fracos de emprego levaram muitos investidores a acreditar que talvez o Federal Reserve devesse ter agido nesta quarta-feira (31), quando manteve os juros no maior patamar em 23 anos. 

O receio é de que, com os juros tão altos — entre 5,25% e 5,50% ano — a economia dos EUA entre em recessão. 

Por isso, Wall Street fechou em forte queda na sexta-feira (2), dia da divulgação do payroll, e essa liquidação se estendeu aos mercados globais hoje, especialmente na Ásia. 

O índice Nikkei da bolsa de Tóquio foi um dos mais afetados, com queda de 12,4% do — o maior recuo desde 1987. 

Vale lembrar que, na mesma Super Quarta na qual o Fed manteve os juros, o BC do Japão (BoJ) elevou as taxas para a faixa de 0,15% a 0,25% e sinalizou que novos aumentos estão em jogo caso as atuais projeções para a economia e inflação no país se confirmarem.

Por que a avalanche no exterior não afundou (tanto) o Ibovespa 

Mas ainda que a avalanche nos mercados internacionais tenha assustado investidores e gestores do lado de cá, o Ibovespa teve uma reação mais amena nesta segunda-feira.

“O movimento no exterior foi íngreme. Você está tendo um chacoalhão de política monetária no Japão sem precedentes, com intervenção cambial, primeira alta de juros em décadas e o Nikkei no ponto mais depreciado em relação ao dólar em 30 a 40 anos. O índice de ações do Japão teve a maior queda desde o crash de 1987. Não é pouca coisa e assusta”, disse Daniel Utsch, gestor de ações da Nero Capital.

Entretanto, para Utsch, o Brasil mostrou nesta sessão uma característica contracíclica em relação ao exterior. “O Brasil foi muito bem hoje. Se estiver acontecendo tudo de ruim lá fora, pode ser que a gente até defenda um pouco.”

Para Cardoso, do Santander, ainda que os mercados estejam em um momento de forte tensão, existem alguns motivos que seguram uma queda mais intensa do Ibovespa.

O primeiro deles é justamente a falta de vendedores. Segundo a economista, os investidores locais e estrangeiros estão com a mínima alocação em bolsa brasileira possível, o que impede que novas vendas aconteçam.

Outro motivo citado pela head do Santander é o movimento de rotação em relação às gigantes da tecnologia dos Estados Unidos, que beneficia mercados emergentes como o Brasil.

Além disso, de acordo com Cardoso, a iminência do início de ciclo de afrouxamento monetário nos EUA é historicamente um bom ponto de compra para a bolsa brasileira — isso se os temores sobre o futuro da economia norte-americana arrefecerem.

Na visão de Aloi, da HMC, caso as expectativas de afrouxamento monetário nos EUA se confirmem, o BC brasileiro poderá suavizar sua postura em relação aos juros no país. 

“Se o dólar voltar a apreciar e deixar de ficar menos pressionado, o BC pode ter mais autonomia para tomar decisões com base no cenário interno e menos o internacional”, afirma o diretor. 

Mas na visão dos analistas consultados pelo Seu Dinheiro, caso uma desaceleração mais forte se confirme nos EUA, o resultado deve ser um cenário problemático para o Brasil, com uma potencial queda nas commodities e consequente desvalorização do real.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
NOVO RECORDE

Ibovespa bate máxima histórica nesta quinta-feira (8), apoiado pelos resultados do Bradesco (BBDC4) e decisões da Super Quarta

8 de maio de 2025 - 16:12

Antes, o recorde intradiário do índice era de 137.469,27 pontos, alcançado em 28 de agosto do ano passado

DE VOLTA AO JOGO

Bitcoin (BTC) volta aos US$ 100 mil e mercado cripto mira novos recordes

8 de maio de 2025 - 14:00

Anúncio de acordo comercial entre EUA e Reino Unido, somado ao otimismo com uma possível negociação entre Trump e Xi Jinping, impulsiona criptomoedas a patamares não vistos há meses

COM PÉ DIREITO

Bradesco (BBDC4) salta 15% na B3 com balanço mais forte que o esperado, mas CEO não vê “surpresas arrebatadoras” daqui para frente. Vale a pena comprar as ações do banco?

8 de maio de 2025 - 11:35

Além da surpresa com rentabilidade e lucro, o principal destaque positivo do balanço veio da margem líquida — em especial, o resultado com clientes. É hora de colocar BBDC4 na carteira?

DINHEIRO NO BOLSO

Muito acima da Selic: 6 empresas pagam dividendos maiores do que os juros de 14,75% — e uma delas bateu um rendimento de 76% no último ano 

8 de maio de 2025 - 11:21

É difícil competir com a renda fixa quando a Selic está pagando 14,75% ao ano, mas algumas empresas conseguem se diferenciar com suas distribuições de lucros

UM BRINDE!

Ambev (ABEV3) tem lucro estável no 1º trimestre e anuncia R$ 2 bilhões em dividendos; ações saltam na B3

8 de maio de 2025 - 10:36

Lucro no 1T25 foi de R$ 3,8 bilhões, praticamente estável na comparação anual e em linha com o consenso de mercado

PARA INGLÊS VER?

Trump anuncia primeiro acordo tarifário no âmbito da guerra comercial; veja o que se sabe até agora

8 de maio de 2025 - 9:56

Trump utilizou a rede social Truth Social para anunciar o primeiro acordo tarifário e aproveitou para comentar sobre a atuação de Powell, presidente do Fed

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Não há escapatória: Ibovespa reage a balanços e Super Quarta enquanto espera detalhes de acordo propalado por Trump

8 de maio de 2025 - 8:30

Investidores reagem positivamente a anúncio feito por Trump de que vai anunciar hoje o primeiro acordo no âmbito de sua guerra comercial

ALTAS EXPECTATIVAS

Itaú Unibanco (ITUB4) será capaz de manter o fôlego no 1T25 ou os resultados fortes começarão a fraquejar? O que esperar do balanço do bancão 

8 de maio de 2025 - 7:04

O resultado do maior banco privado do país está marcado para sair nesta quinta-feira (8), após o fechamento dos mercados; confira as expectativas dos analistas

RESULTADO DO BANCÃO

Mesmo com apetite ao risco menor, Bradesco (BBDC4) supera expectativas e vê lucro crescer quase 40% no 1T25, a R$ 5,9 bilhões

7 de maio de 2025 - 18:49

Além do aumento na lucratividade, o banco também apresentou avanços na rentabilidade, com inadimplência e provisões contidas; veja os destaques

CRIPTO HOJE

Bitcoin (BTC) sobrevive ao Fed e se mantém em US$ 96 mil mesmo sem sinal de corte de juros no horizonte

7 de maio de 2025 - 16:45

Outra notícia, que também veio lá de fora, ajudou os ativos digitais nas últimas 24 horas: a chance de entendimento entre EUA e China sobre as tarifas

FOGO ALTO OU BANHO-MARIA?

Não vai meter a colher onde não é chamado: Fed mantém taxa de juros inalterada e desafia Trump

7 de maio de 2025 - 15:10

Como era amplamente esperado, o banco central norte-americano seguiu com os juros na faixa entre 4,25% e 4,50%, mas o que importa nesta quarta-feira (7) é a declaração de Powell após a decisão

LUCRO E DIVIDENDOS

Klabin (KLBN11) avança entre as maiores altas do Ibovespa após balanço do 1T25 e anúncio de R$ 279 milhões em dividendos

7 de maio de 2025 - 14:00

Analistas do Itaú BBA destacaram a geração de fluxo de caixa livre (FCF) e a valorização do real frente ao dólar como motores do otimismo

REJEIÇÃO À OPA

Conselho de administração da Mobly (MBLY3) recomenda que acionistas não aceitem OPA dos fundadores da Tok&Stok

7 de maio de 2025 - 12:25

Conselheiros dizem que oferta não atende aos melhores interesses da companhia; apesar de queda da ação no ano, ela ainda é negociada a um preço superior ao ofertado, o que de fato não justifica a adesão do acionista individual à OPA

COM PRESSÃO ALTA

Balanço fraco da RD Saúde (RADL3) derruba ações e aumenta pressão sobre rede de farmácias. Vale a pena comprar na queda? 

7 de maio de 2025 - 12:05

Apesar das expectativas mais baixas para o trimestre, os resultados fracos da RD Saúde decepcionaram o mercado, intensificando a pressão sobre as ações

CONTEÚDO EMPIRICUS

Analista revela 5 ações para buscar dividendos em maio diante de perspectiva de virada no mercado

7 de maio de 2025 - 12:01

Carteira gratuita de dividendos da Empiricus seleciona papéis com bom potencial de retorno em maio

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Bola de cristal monetária: Ibovespa busca um caminho em dia de Super Quarta, negociações EUA-China e mais balanços

7 de maio de 2025 - 8:16

Investidores estão em compasso de espera não só pelas decisões de juros, mas também pelas sinalizações do Copom e do Fed

DE CABEÇA NAS CRIPTOS

Méliuz (CASH3): assembleia não consegue quórum mínimo para aprovar investimento pesado em bitcoin (BTC)

6 de maio de 2025 - 19:11

Apesar do revés, a companhia fará uma segunda convocação, no dia 15 de maio, quando não há necessidade de quórum mínimo, apenas da aprovação das pautas de 50% + 1 dos acionistas.

PODCAST TOURO E URSOS #221

Copom deve encerrar alta da Selic na próxima reunião, diz Marcel Andrade, da SulAmérica. Saiba o que vem depois e onde investir agora

6 de maio de 2025 - 15:37

No episódio 221 do podcast Touros e Ursos, Andrade fala da decisão de juros desta quarta-feira (7) tanto aqui como nos EUA e também dá dicas de onde investir no cenário atual

BALDE DE ÁGUA FRIA?

Balanço da BB Seguridade (BBSE3) desagrada e ações caem forte na B3. O que frustrou o mercado no 1T25 (e o que fazer com os papéis agora)?

6 de maio de 2025 - 13:07

Avaliação dos analistas é que o resultado do trimestre foi negativo, pressionado pela lucratividade abaixo das expectativas; veja os destaques do balanço

OS DESTAQUES DO BALANÇO

Rafael Ferri vai virar o jogo para o Pão de Açúcar (PCAR3)? Ação desaba 21% após balanço do 1T25 e CEO coloca esperanças no novo conselho

6 de maio de 2025 - 11:58

Em conferência com os analistas após os resultados, o CEO Marcelo Pimentel disse confiar no conselho eleito na véspera para ajudar a empresa a se recuperar

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar