Adeus ano velho: aos 120 mil pontos, Ibovespa amarga perda de mais de 10% no pior ano desde 2021; dólar avança quase 30% no desempenho mais forte desde 2020
Lá fora, Nova York fechou o dia em baixa, com destaque negativo para a Boeing após os acidentes; Wall Street ainda opera nesta terça-feira (31) em uma sessão mais curta
“Adeus, ano velho, feliz ano novo… Que tudo se realize, no ano que vai nascer. Muito dinheiro no bolso, saúde pra dar e vender”. A bolsa brasileira deu adeus a 2024 nesta segunda-feira (30), com o último pregão do ano. E se teve investidor com muito dinheiro no bolso, também tem aquele que precisa torcer para que tudo se realize em 2025 — ainda mais se olharmos apenas para o Ibovespa e para o dólar.
O principal índice de ações da B3 terminou 2024 nos 120 mil pontos e 10,22% em perdas acumuladas, no pior ano desde 2021. Em dezembro, o papai Noel não trouxe presentes para os investidores e o Ibovespa também terminou o mês em baixa: -4,13%.
A última sessão do ano também não foi das mais fáceis por aqui. Depois de renovar uma série de mínimas, o principal índice da bolsa brasileira terminou o dia quase no zero a zero: +0,01%, aos 120.283,40 pontos.
No mercado de câmbio, saúde para dar e vender. O dólar à vista dá adeus a 2024 com uma valorização de 27,34% — o melhor desempenho anual desde 2020. Em dezembro, o ganho acumulado foi de 2,98%.
Mas o último mês do ano engana quem olha só para esse percentual. Foi em dezembro que o dólar renovou máxima histórica ao alcançar R$ 6,30.
Hoje, no entanto, a moeda norte-americana perdeu força e encerrou a sessão cotada a R$ 6,1802, uma queda de 0,21%.
Leia Também
A última dança de Warren Buffett: 'Oráculo de Omaha' vai deixar a Berkshire Hathaway com caixa em nível recorde
Quem ganhou e quem perdeu na bolsa
Embora o ano tenha sido difícil para a renda variável, especialmente por conta dos juros altos e da incerteza fiscal, houve quem ganhasse na bolsa brasileira.
E a líder absoluta do Ibovespa em 2024 é a Embraer (EMBR3), que voou alto e termina 2024 com 150,96% de ganhos acumulados.
Na outra ponta, a Azul (AZUL4) não viu o mesmo céu de brigadeiro da fabricante de aeronaves brasileira e termina o ano com perdas de 77,89%.
Enquanto a Embraer se beneficiou do dólar mais forte junto com outras exportadoras, a Azul acumulou prejuízos trimestrais e enfrenta um processo de reestruturação de dívidas com credores.
Confira as maiores altas do Ibovespa em 2024:
| Empresa | Ticker | Valorização |
| Embraer | EMBR3 | 150,96% |
| Marfrig | MRFG3 | 104,93% |
| BRF | BRFS3 | 87,89% |
| Santos Brasil | STBP3 | 69,42% |
| JBS | JBSS3 | 58,24% |
Na última sessão do ano, no entanto, a Azul liderou a ponta positiva do Ibovespa, com uma alta de 5,36%, cotada a R$ 3,54. Do lado negativo, Automob (AMOB3) foi a ação que mais caiu: -2,86%, a R$ 0,34%.
Confira as maiores baixas do Ibovespa em 2024:
| Empresa | Ticker | Desvalorização |
| Azul | AZUL4 | -77,89% |
| Magazine Luiza | MGLU3 | -69,73% |
| Cogna | COGN3 | -68,77% |
| Yduqs | YDUQ3 | -61,17% |
| CVC | CVCB3 | -60,57% |
Ibovespa, Haddad, Tesouro Direto... O PIOR do Seu Dinheiro em 2024
Bolsa e o dólar lá fora
Em Nova York, hoje não foi o último pregão do ano. A Nyse opera amanhã, dia 31 de dezembro. Mas, por lá, as negociações caminharam para terminar 2024 em nota mais baixa.
Uma nova rodada de realização de lucros nas ações das empresas de tecnologia dominou o pregão de hoje. Entre os destaques negativos esteve a Boeing na esteira de acidentes no final de semana na Noruega e na Coreia do Sul.
Os papéis da Boeing cederam 2,31%. A ação da Tesla caiu 3,30% antes do relatório de entregas de veículos elétricos. A Apple recuou 1,33% e Alphabet, -0,79%. A Amazon teve queda de 1,09%.
Outros papéis do grupo Sete Magníficas que ficaram pressionados foram: (-1,43%) e Microsoft (-1,32%). A Nvidia se recuperou, fechando o dia em alta de 0,35%.
Entre os principais índices da bolsa de Nova York, o Dow Jones caiu 0,77%, aos 42.992,21 pontos. O Nasdaq perdeu 1,49%, aos 19.722,03 pontos, e o S&P 500 fechou em baixa de 1,11%, aos 5.970,84 pontos.
Os índices chegam ao fim do ano longe de níveis recordes, ainda assim com bons desempenhos.
O S&P 500 e o Dow sobem 24% e 13%, respectivamente, a caminho do melhor ano desde 2021. O Nasdaq avança quase 30% em 2024 e está a caminho da mais longa sequência trimestral de ganhos desde 2021.
No mercado de câmbio, o dólar operou sem sinal único ante rivais, avançando contra os principais pares europeus, mas recuando ante o iene. Entre os emergentes, destaque para o rublo, que voltou a sofrer forte queda.
O índice DXY, que mede a variação da moeda norte-americana ante uma cesta de pares fortes, fechou em alta de 0,12%, a 108,130 pontos.
Na renda fixa, os yields (rendimentos) dos títulos do Tesouro dos EUA operaram em queda na última sessão completa do ano, já que o mercado fechará mais cedo na véspera de Ano Novo.
No fim da tarde em Nova York, o yield da T-note de 2 anos caía a 4,251%, o da T-note de 10 anos tinha queda a 4,541% e o do T-bond de 30 anos recuava a 4,762%.
Montanha-russa da bolsa: a frase de Powell que derrubou Wall Street, freou o Ibovespa após marca histórica e fortaleceu o dólar
O banco central norte-americano cortou os juros pela segunda vez neste ano mesmo diante da ausência de dados econômicos — o problema foi o que Powell disse depois da decisão
Ouro ainda pode voltar para as máximas: como levar parte desse ganho no bolso
Um dos investimentos que mais renderam neste ano é também um dos mais antigos. Mas as formas de investir nele são modernas e vão de contratos futuros a ETFs
Ibovespa aos 155 mil pontos? JP Morgan vê três motores para uma nova arrancada da bolsa brasileira em 2025
De 10 de outubro até agora, o índice já acumula alta de 5%. No ano, o Ibovespa tem valorização de quase 24%
Santander Brasil (SANB11) bate expectativa de lucro e rentabilidade, mas analistas ainda tecem críticas ao balanço do 3T25. O que desagradou o mercado?
Resultado surpreendeu, mas mercado ainda vê preocupações no horizonte. É hora de comprar as ações SANB11?
Ouro tomba depois de máxima, mas ainda não é hora de vender tudo: preço pode voltar a subir
Bancos centrais globais devem continuar comprando ouro para se descolar do dólar, diz estudo; analistas comentam as melhores formas de investir no metal
IA nas bolsas: S&P 500 cruza a marca de 6.900 pontos pela 1ª vez e leva o Ibovespa ao recorde; dólar cai a R$ 5,3597
Os ganhos em Nova York foram liderados pela Nvidia, que subiu 4,98% e atingiu uma nova máxima. Por aqui, MBRF e Vale ajudaram o Ibovespa a sustentar a alta.
‘Pacman dos FIIs’ ataca novamente: GGRC11 abocanha novo imóvel e encerra a maior emissão de cotas da história do fundo
Com a aquisição, o fundo imobiliário ultrapassa R$ 2 bilhões em patrimônio líquido e consolida-se entre os maiores fundos logísticos do país, com mais de 200 mil cotistas
Itaú (ITUB4), BTG (BPAC11) e Nubank (ROXO34) são os bancos brasileiros favoritos dos investidores europeus, que veem vida ‘para além da eleição’
Risco eleitoral não pesa tanto para os gringos quanto para os investidores locais; estrangeiros mantêm ‘otimismo cauteloso’ em relação a ativos da América Latina
Gestor rebate alerta de bolha em IA: “valuation inflado é termo para quem quer ganhar discussão, não dinheiro”
Durante o Summit 2025 da Bloomberg Linea, Sylvio Castro, head de Global Solutions no Itaú, contou por que ele não acredita que haja uma bolha se formando no mercado de Inteligência Artificial
Vamos (VAMO3) lidera os ganhos do Ibovespa, enquanto Fleury (FLRY3) fica na lanterna; veja as maiores altas e quedas da semana
Com a ajuda dos dados de inflação, o principal índice da B3 encerrou a segunda semana seguida no azul, acumulando alta de 1,93%
Ibovespa na China: Itaú Asset e gestora chinesa obtêm aprovação para negociar o ETF BOVV11 na bolsa de Xangai
Parceria faz parte do programa ETF Connect, que prevê cooperação entre a B3 e as bolsas chinesas, com apoio do Ministério da Fazenda e da CVM
Envelhecimento da população da América Latina gera oportunidades na bolsa — Santander aponta empresas vencedoras e quem perde nessa
Nova demografia tem potencial de impulsionar empresas de saúde, varejo e imóveis, mas pressiona contas públicas e produtividade
Ainda vale a pena investir nos FoFs? BB-BI avalia as teses de seis Fundos de Fundos no IFIX e responde
Em meio ao esquecimento do segmento, o analista do BB-BI avalia as teses de seis Fundos de Fundos que possuem uma perspectiva positiva
Bolsas renovam recordes em Nova York, Ibovespa vai aos 147 mil pontos e dólar perde força — o motivo é a inflação aqui e lá fora. Mas e os juros?
O IPCA-15 de outubro no Brasil e o CPI de setembro nos EUA deram confiança aos investidores de que a taxa de juros deve cair — mais rápido lá fora do que aqui
Com novo inquilino no pedaço, fundo imobiliário RBVA11 promete mais renda e menos vacância aos cotistas
O fundo imobiliário RBVA11, da Rio Bravo, fechou contrato de locação com a Fan Foods para um restaurante temático na Avenida Paulista, em São Paulo, reduzindo a vacância e ampliando a diversificação do portfólio
Fiagro multiestratégia e FoFs de infraestrutura: as inovações no horizonte dos dois setores segundo a Suno Asset e a Sparta
Gestores ainda fazem um alerta para um erro comum dos investidores de fundos imobiliários que queiram alocar recursos em Fiagros e FI-Infras
FIIs atrelados ao CDI: de patinho feio à estrela da noite — mas fundos de papel ainda não decolam, segundo gestor da Fator
Em geral, o ciclo de alta dos juros tende a impulsionar os fundos imobiliários de papel. Mas o voo não aconteceu, e isso tem tudo a ver com os últimos eventos de crédito do mercado
JP Morgan rebaixa Fleury (FLRY3) de compra para venda por desinteresse da Rede D’Or, e ações têm maior queda do Ibovespa
Corte de recomendação leva os papéis da rede de laboratórios a amargar uma das maiores quedas do Ibovespa nesta quarta (22)
“Não é voo de galinha”: FIIs de shoppings brilham, e ainda há espaço para mais ganhos, segundo gestor da Vinci Partners
Rafael Teixeira, gestor da Vinci Partners, avalia que o crescimento do setor é sólido, mas os spreads estão maiores do que deveriam
Ouro cai mais de 5% com correção de preço e tem maior tombo em 12 anos — Citi zera posição no metal precioso
É a pior queda diária desde 2013, em um movimento influenciado pelo dólar mais forte e perspectiva de inflação menor nos EUA