De Lula para Bolsonaro: petista manda recado para o rival — e pode ter sido o último
O atual chefe do Executivo comentou a oposição que o ex-presidente pretende fazer a partir de agora, a volta dele ao Brasil e o caso das joias
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva mandou um recado para o ex-presidente Jair Bolsonaro — e pode ter sido o último.
O petista disse nesta quinta-feira (06) que, para Bolsonaro, de fato, fazer oposição ao governo federal, o ex-chefe do Executivo terá que responder, primeiro, a "vários inquéritos" em que é mencionado.
Na quarta-feira (05), Bolsonaro prestou depoimento à Polícia Federal para, pela primeira vez, dar explicações oficiais sobre a tentativa de esconder do fisco caixas com joias e diamantes presenteadas pelo regime da Arábia Saudita. O interrogatório durou 3 horas.
Apesar da explicação sobre a tentativa de esconder caixas com joias, Lula disse que o crime mais grave de Bolsonaro foi em relação à crise sanitária da covid-19, em que o então presidente fez discursos contra a obrigatoriedade da vacinação e do uso de máscara.
"Vai ter muito processo pela frente", afirmou Lula durante café da manhã com jornalistas.
- Quer acompanhar todas as decisões e acontecimentos dos primeiros 100 dias do governo Lula e comparar com o início da gestão de Jair Bolsonaro? Acompanhe AQUI a cobertura do Seu Dinheiro.
O último recado de Lula?
Esse pode ter sido o último recado público de Lula para Bolsonaro.
Depois de se envolver com polêmicas — principalmente com o ex-juiz e senador Sérgio Moro (União Brasil - PR) —, Lula disse hoje que o ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta, o orientou a não citar nominalmente "o coisa" e "a coisa", em referência a Bolsonaro e ao senador.
"Pretendo falar o menos possível", disse Lula.
Logo depois, o presidente também comentou o retorno de Bolsonaro ao Brasil.
"Tenho consciência que Bolsonaro voltou a acreditar tanto em política que se filiou ao PL", disse. "Ele já não discorda tanto da política quanto discordava", afirmou Lula em referência ao discurso de ser contra a política e o Centrão, que elegeu o ex-presidente em 2018.
O presidente citou ainda que Bolsonaro esperava uma grande recepção ao voltar ao Brasil, com uma grande motociata, mas que isso não ocorreu porque "não tinha ninguém para pagar a gasolina".
"Meu papel não é ficar preocupado com o que ele vai fazer, mas sim, o que eu tenho que fazer nesse País", completou Lula.
*Com informações do Estadão Conteúdo
Nem o FMI acredita mais que Lula vai entregar meta fiscal e diz que dívida brasileira pode chegar a nível de países em guerra
Pelos cálculos da instituição, o País atingiria déficit zero apenas em 2026, último ano da gestão de Lula
Haddad nos Estados Unidos: ministro da Fazenda tem agenda com FMI e instituição chefiada por brasileiro Ilan Goldfajn; veja
De segunda (15) a sexta-feira (19), o ministro participa, em Washington, da reunião de primavera do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial
Entrou na briga: após críticas de Elon Musk a Alexandre de Moraes, governo Lula corta verba de publicidade do X, antigo Twitter
Contudo, a decisão só vale para novos contratos, porque há impedimento de suspensão com os que já estão em andamento
Na velocidade da luz: Enel terá um minuto para responder os consumidores, decide Justiça de São Paulo
Desde novembro do ano passado, quando milhões de consumidores ficaram sem energia após um temporal com fortes rajadas de vento
Em meio a embate de Elon Musk com Alexandre de Moraes, representante do X (ex-Twitter) no Brasil renuncia ao cargo
Em sua conta no LinkedIn, o advogado Diego de Lima Gualda data o fim de sua atuação na empresa em abril de 2024
Mal saiu, e já deve mudar: projeto da meta fiscal já tem data, mas governo lista as incertezas sobre arrecadação
A expectativa é para a mudança da meta fiscal a ser seguida no próximo ano devido a incertezas sobre a evolução na arrecadação
São Paulo já tem oito pré-candidatos na disputa por nove milhões de votos; conheça os nomes
Guilherme Boulos (PSOL) e o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) lideram as pesquisas de intenção de votos a seis meses das eleições municipais
Haddad acerta com mercado financeiro mudanças na tributação e prazos para atrair investimentos para bolsa
A expectativa é de que as propostas avancem após a regulamentação da reforma dos impostos sobre o consumo, aprovada no ano passado pelo Legislativo
Simone Tebet diz que subirá em palanque de prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, quando Jair Bolsonaro não estiver
Candidato a reeleição na capital paulista, Nunes é do MDB, partido da ministra do Planejamento
Maioria da população diz que data do golpe de 1964 deve ser desprezada, diz Datafolha; como o governo Lula lidará com a data?
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) determinou que o governo não realize atos em memória do golpe neste ano
Leia Também
-
Nem o FMI acredita mais que Lula vai entregar meta fiscal e diz que dívida brasileira pode chegar a nível de países em guerra
-
Mercado Livre (MELI34) “dobra a aposta” com investimento bilionário e contratações após deixar Magalu e Casas Bahia para trás
-
Petrobras (PETR4) é uma das melhores petroleiras do mundo, mas ‘risco Lula’ empaca: “ações podem desabar da noite pro dia” — o que fazer com os papéis?