Música para os ouvidos do mercado? Haddad fala a investidores que pretende antecipar proposta de âncora fiscal
Segundo o plano revelado por Haddad, proposta de nova âncora fiscal deve vir à tona bem antes do prazo estipulado pelo Congresso

Em meio aos ruídos com o mercado financeiro, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tocou uma melodia com potencial de soar como música para os ouvidos dos investidores. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, manifestou na manhã desta quinta-feira (15) a intenção de antecipar o lançamento de sua proposta para uma âncora fiscal.
Segundo ele, o anúncio de uma regra fiscal capaz de suceder o estilhaçado teto de gastos deve ocorrer já em março. A fala veio à tona durante a participação do ministro no CEO Conference 2023, promovido pelo banco BTG Pactual.
Haddad vinha pontuando em ocasiões anteriores que a visão do governo para uma nova âncora fiscal seria revelada em abril.
No entanto, ela deve ser antecipada graças a contribuições da ministra do Planejamento, Simone Tebet, e do vice-presidente Geraldo Alckmin, que acumula o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviço.
"A Simone ponderou, e com razão, Geraldo Alckmin também, que, em vez de mandar para o Congresso junto com a LDO, seria melhor ter um período de discussão", explicou.
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De qualquer modo, será uma antecipação em relação ao prazo estabelecido pelo Congresso para que o governo apresente uma nova âncora fiscal. A saber, agosto.
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Haddad e sua equipe já vinham conversando com representantes do mercado, mas a presença no CEO Conference foi uma de sua primeiras aparições para o público da Faria Lima.
A participação do ministro no evento foi conduzida por Mansueto de Almeida, economista-chefe do banco BTG Pactual.
E, se pretende antecipar a âncora fiscal, Haddad não deixou de revisitar a recente crise entre o Palácio do Planalto e o Banco Central.
“Com juro real de 8% é difícil navegar”, disse ele, referindo-se ao diferencial entre a taxa Selic e a inflação oficial.
“É melhor chamar a atenção pra isso do que pra meta” de inflação, prosseguiu. “Está todo mundo com meta de 3% sabendo que não vai atingir”, disse Haddad.
De acordo com o ministro, nenhum país com meta de inflação conseguiu cumpri-la em 2022. “O que chegou mais perto fomos nós, porque socamos a taxa de juro lá pra cima, mas a um custo enorme e diante de uma enorme irresponsabilidade, de tentar reverter a situação com PEC.”
Seja como for, Haddad assegurou que o Ministério da Fazenda e o Banco Central mantêm contato diário. "Essa comunicação nunca deixou de existir, nem deixará. Não há como governar sem isso", afirmou.
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Numa menção ao painel anterior, quando Luis Stuhlberger, CEO da Verde Asset, manifestou o desejo de ver no Brasil presidentes e ministros estadistas, que pensem o país no longo prazo, Haddad expôs sua visão de como reconhecer se um político é um estadista. Ou não.
“Quando ele perde uma eleição, o que ele faz? É como você reconhece a pessoa que todos nós estamos procurando. A pessoa que sabe perder uma eleição, que faz com dignidade uma transição, deseja sorte ao adversário, faz oposição de maneira adequada.”
Numa indireta nem tão indireta assim, prosseguiu: “É muito fácil pensar nas grandes personalidades do Brasil e identificar quem faz isso e quem não faz”.
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