🔴 [EVENTO GRATUITO] COMPRAR OU VENDER VALE3? INSCREVA-SE AQUI

Julia Wiltgen
Julia Wiltgen
Jornalista formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com pós-graduação em Finanças Corporativas e Investment Banking pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Trabalhou com produção de reportagem na TV Globo e foi editora de finanças pessoais de Exame.com, na Editora Abril.
Restrição sanitária

Vaca louca: como a Minerva (BEEF3) pretende compensar a suspensão das exportações brasileiras de carne para a China

Frigorífico mais atingido pela restrição sanitária tem meios de continuar exportando para o país asiático; entenda

Embalagem de carne bovina
Caso de vaca louca no Pará foi confirmado e levou à suspensão das exportações de carne bovina do Brasil para a China. Imagem: Shutterstock

O setor de frigoríficos brasileiro sofreu um baque nesta semana com a identificação de um caso de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), conhecido popularmente como "mal da vaca louca", em um animal de uma fazenda no estado do Pará, resultando na suspensão das exportações de carne bovina para a China pelo Ministério da Agricultura.

Das empresas com ações negociadas na B3, a Minerva (BEEF3) é a mais afetada pela medida e viu suas ações liderarem as quedas do Ibovespa ontem, com um tombo de quase 8%. A companhia exporta carne bovina para a China a partir de unidades localizadas nos municípios de Barretos (SP), Palmeiras de Goiás (GO) e Rolim de Moura (RO).

Mas a Minerva tem meios de "segurar as pontas" em meio às restrições sanitárias e compensar, ao menos parcialmente, as perdas de exportações do Brasil para o Gigante Asiático.

Em comunicado ao mercado nesta quinta-feira (23), a companhia disse que continuará atendendo à demanda chinesa por meio de quatro plantas de abate no exterior, sendo três localizadas no Uruguai e uma na Argentina, sem comprometer sua participação de mercado e relacionamento com clientes.

  • [TREINAMENTO GRATUITO] O Seu Dinheiro preparou 3 aulas exclusivas para ensinar tudo que você precisa saber para poder receber renda extra mensal com ações. Acesse aqui.

O que é o 'mal da vaca louca'?

A EEB ficou famosa mundialmente após um surto na Grã-Bretanha durante os anos 1990, que provocou a suspensão do consumo de carne bovina no país.

A doença acomete o cérebro de bovinos, bubalinos (búfalos), ovinos (ovelhas e carneiros) e caprinos (cabras e bodes) é transmitida, inclusive para seres humanos, por meio da ingestão de carne contaminada, podendo levar à morte. Por isso, existe um controle sanitário muito rígido para prevenir e controlar os casos relacionados à enfermidade.

A transmissão por meio do consumo de carne contaminada caracteriza os chamados "casos típicos", mas o mal também pode ser gerado espontaneamente em animais mais velhos, os chamados "casos atípicos". No segundo caso, a doença gera menos preocupação, pois geralmente a ocorrência é isolada e independente.

O Brasil é considerado território de risco insignificante para a ocorrência da EEB, de acordo com classificação da Organização Mundial de Saúde Animal. Nas últimas décadas, o país registrou apenas alguns casos isolados da doença, que foram devidamente controlados e eliminados.

Os últimos registros de vaca louca no Brasil ocorreram em 2021, em Minas Gerais e no Mato Grosso. Na ocasião, os casos também foram atípicos, mas a China suspendeu a compra de carne bovina brasileira por três meses, de setembro a dezembro daquele ano.

O risco da doença para o Brasil

O Ministério da Agricultura anunciou que estava investigando um caso suspeito de EEB no município paraense de Marabá na última terça-feira (21), quando os mercados no Brasil ainda se encontravam fechados por conta do Carnaval. A fazenda foi isolada, e o animal, um macho de nove anos, foi abatido e teve sua carcaça incinerada no local.

Ontem, o ministério confirmou, por meio de nota, que se tratava de fato de um caso de EEB, acrescentando que comunicou o ocorrido à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), além de ter enviado amostras para o laboratório referência da instituição em Alberta, no Canadá, para confirmar se o caso é atípico.

Seguindo o protocolo sanitário oficial, firmado entre o Ministério da Agricultura brasileiro e a Administração Geral de Supervisão de Qualidade, Inspeção e Quarentena da China, as exportações de carne bovina para o país asiático foram temporariamente suspensas a partir desta quinta-feira (23).

"No entanto, o diálogo com as autoridades está sendo intensificado para demonstrar todas as informações e o pronto restabelecimento do comércio da carne brasileira", diz a nota do ministério.

Além da Minerva (BEEF3), outros frigoríficos sofreram na bolsa

Principal destino das exportações de carne bovina brasileira, a China responde por 70% dos embarques. Ontem, além das ações da Minerva (BEEF3), os papéis de outros frigoríficos também sofreram na bolsa. As ações da BRF (BRFS3) despencaram 6,71%, as da Marfrig (MRFG3) caíram 4,71% e as da JBS (JBSS3) recuaram 4,33%.

Em seu comunicado ao mercado, o Minerva lembrou que, desde 2015, a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) exclui a ocorrência de casos de EEB atípica para efeitos do reconhecimento do status oficial de risco do país, sendo que a doença pode ocorrer de forma espontânea e esporádica em todas as populações de bovinos do mundo.

"Em função disso, a Minerva acredita que, tal qual em períodos anteriores, a suspensão das exportações brasileiras é temporária e deverá ser retomada em um curto espaço de tempo", diz a nota.

*Com Estadão Conteúdo

Compartilhe

RESULTADO DO LEILÃO

Teste para a Sabesp? Em primeira privatização de Tarcísio, fundo arremata Emae por R$ 1 bilhão

19 de abril de 2024 - 19:51

Com ágio de 33,68%, o fundo arrematou a estatal e passará a gerir um ativo com 906 megawatts (MW) em geração hidrelétrica

RECUOU?

A explicação do ex-conselheiro da Vale (VALE3) após a acusação de interferência do governo na mineradora

19 de abril de 2024 - 19:41

O assunto voltou à tona na resposta a um ofício da CVM, que solicitou esclarecimentos sobre as recentes declarações de José Luciano Eduardo Penido

POR DENTRO DA OPERAÇÃO

Tchau, Vale (VALE3)? Por que a Cosan (CSAN3) vendeu 33,5 milhões de ações da mineradora

19 de abril de 2024 - 19:28

A Cosan também quitou R$ 2 bilhões do saldo remanescente do endividamento e liquidação dos derivativos atrelados às ações da Vale

Cura até coração partido

E agora, Ozempic? Caneta emagrecedora Zepbound se mostra promissora no tratamento da apneia do sono

19 de abril de 2024 - 18:45

De acordo com dados preliminares de ensaios clínicos, a Zepbound foi mais eficaz que um placebo na redução da gravidade da apneia obstrutiva do sono

REPORTAGEM ESPECIAL

Petz (PETZ3) mira fórmula “Raia Drogasil” em fusão com a Cobasi, mas mercado ainda é cético com modelo de negócios

19 de abril de 2024 - 15:35

Fundador da Petz, Sergio Zimerman falou sobre a fusão em teleconferência com analistas, que não contou com a presença de ninguém da Cobasi

RECICLAGEM DE ATIVOS

Log (LOGG3) garante mais de R$ 500 milhões para o caixa com nova venda de galpões para fundo do BTG

19 de abril de 2024 - 10:57

Vale relembrar que o FII foi criado justamente para investir nos imóveis da companhia e já havia comprado cinco outros galpões da Log no ano passado

NEGÓCIO ANIMAL

Petz (PETZ3) e Cobasi selam acordo para fusão que cria gigante do mercado pet; ações disparam mais de 40% na abertura na B3

19 de abril de 2024 - 8:19

Juntas, Petz e Cobasi formarão rede de 483 lojas e faturamento de aproximadamente R$ 6,9 bilhões. Cada rede terá 50% do negócio combinado

NA QUINTA TENTATIVA

Credores aprovam plano de recuperação judicial da Oi (OIBR3) após assembleia se estender até madrugada; veja detalhes

19 de abril de 2024 - 7:17

O documento obteve o aval de 79,87% dos credores presentes no encontro desta quinta-feira (18)

DINHEIRO NO BOLSO

CCR (CCRO3) e Vibra (VBBR3) anunciam mais de R$ 1,2 bilhão em dividendos; confira o cronograma de pagamento de cada uma das companhias

18 de abril de 2024 - 18:32

O maior valor será distribuído pela Vibra, que pagará R$ 676 milhões em duas parcelas; já a CCR depositará R$ 536 milhões na conta dos acionistas

O 'X' DA QUESTÃO

Dividendos da Petrobras (PETR4): governo pode surpreender e levar proposta de pagamento direto à assembleia, admite presidente da estatal

18 de abril de 2024 - 18:03

Jean Paul Prates admitiu a possibilidade de que o governo leve uma proposta de pagamento diretamente à assembleia de acionistas

Fechar
Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Continuar e fechar